Sócio e divulgador do Clube de Cinema de Porto Alegre, frequentador dos cursos do Cine Um (tendo já mais de 100 certificados) e ministrante do curso Christopher Nolan - A Representação da Realidade. Já fui colaborador de sites como A Hora do Cinema, Cinema Sem Frescura, Cinema e Movimento, Cinesofia e Teoria Geek. Sou uma pessoa fanática pelo cinema, HQ, Livros, música clássica, contemporânea, mas acima de tudo pela 7ª arte.
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Sinopse: No período entre as duas guerras mundiais, o famoso gerente de um hotel europeu conhece um jovem empregado e os dois tornam-se melhores amigos. Entre as aventuras vividas pelos dois, constam o roubo de um famoso quadro do Renascimento, a batalha pela grande fortuna de uma família e as transformações históricas durante a primeira metade do século XX.
O Espelho
Sinopse: Os irmãos Tim e Kaylie viviam felizes com seus pais até que Tim é acusado de matá-los e vai preso. Anos depois sob custódia preventiva Tim é libertado e tenta esquecer o que aconteceu mas Kaylie tem certeza de que o verdadeiro responsável pelas morte é um espelho herança da família que seria assombrado. Dessa forma ela convence o irmão a ajudá-la a quebrar a maldição.
Carreras
Sinopse: Duas famílias se cruzam na busca pelo sucesso no automobilismo: de um lado, o poderoso Barreto usa toda a sua influência para que o filho Juninho se torne um campeão no esporte; do outro, o mecânico de carros de corrida Pedrão decide competir, e para isso conta com o apoio do pai. Está instalada a batalha entre os poderosos e os desfavorecidos, correndo lado a lado.
Causa e Efeito
Sinopse: Paulo é um ex-policial que perde a esposa e o filho em um acidente causado por um motorista alcoolizado. O motorista não é preso e inconformado Paulo torna-se um matador de aluguel. Porém quando é contratado para dar um fim em uma garota de programa ele se sensibiliza com a história dela e importantes mudanças acontecem em sua vida.
Grand Central
Sinopse: Gary é jovem ágil e aprende rápido. Depois de uma série de trabalhos marginais ele consegue emprego em uma usina nuclear. Entre os reatores e altas doses de radioatividade ele finalmente encontra o que está procurando: dinheiro amigos uma família. Mas entre essas novas pessoas está Karole esposa de Toni por quem ele se apaixona. O amor proibido e a radiação lentamente o contaminam. Cada dia revela-se uma ameaça.
Não Aceitamos Devoluções
Sinopse:Valentin nunca se preocupou com a vida no México. Basicamente sua rotina era sair com várias mulheres e alternar em pequenos trabalhos. Porém um dia uma mulher bate em sua porta e lhe deixa um bebê alegando ser sua filha. Valentin toma a decisão de se mudar para os Estados Unidos e criar a pequena Maggie durante vários anos o que o faz se tornar um homem responsável. Seis anos mais tarde a mãe de Maggie reaparece com a intenção de pegar a filha de volta.
O Céu é de Verdade
Sinopse: O Céu é de Verdade é baseado no livro de mesmo nome e conta a história real de um menino de três anos que depois de quase morrer ao passar por uma cirurgia de emergência diz ter encontrado com Jesus. No início seus pais não acreditam nele mas quando o garoto começa a contar histórias de pessoas que ele não conhecia eles acabam enxergando a verdade.
O Que Os Homens Falam
Sinopse: Oito homens de 40 e poucos anos sofrem de crise de identidade masculina. Todos têm uma confusão emocional em comum e seus comportamentos formam um mosaico de emoções que muitos homens não revelam. J está deprimido e torna-se a vítima perfeita da psicanálise. Perdeu tudo e agora vive com a mãe e o gato. S tenta reconquistar sua mulher. G tenta entender com a ajuda de drogas porque sua mulher o está traindo. Um retrato cômico e impiedoso dos homens de hoje.
Nos dias 03 e 04 de
Julho, eu estarei participando do curso Tim Burton: O Poeta das Sombras, criado
pelo Cena Um e ministrado pelo Crítico de cinema Robledo Milani. Enquanto o
curso não chega, por aqui estarei fazendo uma retrospectiva das melhores momentos
da carreira desse cineasta, que se mantém fiel ao seu cinema autoral e sombrio.
Alice No País das
Maravilhas
Sou admirador
incondicional de Tim Burton, sempre o admirei sua fidelidade pelo filmes com
visual sombrio, onírico e personagens
estranhos, como os vistos em Fantasmas
se Divertem, Edward mãos de tesoura e Peixe Grande. Contudo, Burton sabe a
palavra que move a indústria do cinema: “bilheteria" e para isso nada
melhor do que encher os cofres dos engravatados com superproduções e Burton
arriscou em filmes como Batman, Planeta dos Macacos e Fantástica Fabrica
chocolate. São filmes no qual ele injetou sua visão própria, mas não teve uma
total liberdade criativa. No filme Alice no País das Maravilhas se
encaixa bem nesse segundo grupo. Voltando a fazer um filme para Disney depois
de vários anos afastado, Burton faz um filme para a família toda como ninguém,
mas não espere mais do que isso. A trama em si tem começo, meio e fim, previsível,
algo um tanto que frustrante para aqueles que são fãs de carteirinha da obra de
Lewis Carroll. Contudo, é de se tirar o chapéu pelo desafio cumprido pelo
diretor em conseguir tal feito em fazer um filme baseado em um livro com tantos
símbolos, significados e charadas no escuro que ainda hoje deixam inúmeros
leitores intrigados. Mas diferente do que
muitos imaginam, essa historia é uma espécie de continuação mostrando
acontecimentos após Alice ter ido para o mundo das maravilhas quando pequena,
agora com 17 anos, Alice busca compreender o que esta acontecendo em sua volta,
se é um sonho, fruto de uma possível loucura sua ou pura realidade. Ao mesmo
tempo em que essa nova aventura irá lhe servir como uma espécie de lição de
como saber lidar com o mundo normal onde vive. E por ser um mundo mágico cheio
de cores, Burton quis usar ao máximo a ferramenta do momento que é o 3D, e pelo
visto fez a lição de casa, pois nunca um mundo mágico se tornou tão vivo como
esse. Assim como Avatar, nos sentimos dentro da floresta onde flores e lagartas
falam com maior naturalidade. E o que dizer do elenco? Tenho pouco a dizer
sobre Mia Wasikowska como Alice, pois sua interpretação como a personagem não
ajuda, mas também não atrapalha e talvez fosse exigir demais dela em seu
primeiro papel de destaque. Já não posso dizer a mesma coisa sobre a dupla que
o diretor gosta tanto de trabalhar: Depp e Carter. Enquanto o primeiro
interpreta um chapeleiro maluco que por vezes é insano e por vezes controlado e
com boas motivações, Helena Bonham Carter da um show de excentricidade com sua
Rainha de copas e seu cabeção descomunal. Suas aparições em cena são os melhores
momentos do filme (a parte do porco que é usado de uma maneira inusitada é digna
de nota). Já Anne Hathaway faz uma curiosa Rainha Branca que a primeira vista
parece uma verdadeira princesa saída dos contos de fadas, mas possui uma
pequena dose de excentricidade, principalmente em fazer determinados chás. Com
isso, Anne prende a atenção do espectador numa personagem menos conhecida da
obra de Lewis Carroll. Mesmo com as velhas
lições de moral sobre escolhas e o bem vence o mal impregnado no decorrer do
ato final, o filme com certeza irá agradar o publico jovem pouco exigente e que
busca somente duas horas de boa diversão, mesmo que para alguns seja um tanto
que frustrante depois de tamanha expectativa, mas que esta muito longe de ser
um filme ruim. Talvez seja o melhor filme de Burton em termos de superprodução
e se não foi agora que ele teve total liberdade criativa, com certeza terá,
devido ao sucesso desse filme. Burton é mais que um diretor, é um autor que
fala por si, mas com uma determinada sintonia da forma que as coisas funcionam,
principalmente no mundo do cinema: "agrade os grandes primeiro e domine
depois", talvez esse seja seu lema. Talvez não tenha sempre uma total
liberdade com suas obras, mas quanto mais contem, melhor será o recheio quando
for liberado e esperamos ansiosos Sr Burton.
SOMBRAS DA NOITE
Na maioria dos casos, personagens
incompreendidos e que sempre sofrem perante a sociedade comum, são sempre os
verdadeiros protagonistas dos filmes de Tim Burton e em Sombras da Noite o
quadro não é nenhum pouco diferente. Baseado fielmente de uma novela exibida na
tevê americana nos anos 60, a produção (como toda obra autoral do cineasta),
carrega inúmeras cenas góticas, que remetem o melhor da era do expressionismo
alemão. Com isso, não é de se surpreender, que inúmeras cenas remetem aqueles
clássicos, principalmente Nosferatu, contudo, o filme enlaça esse visual com o
colorido dos anos 70, onde o protagonista acorda, depois de vários anos embaixo
da terra. As cenas em que ele se levanta e se depara com o novo mundo é
hilário, com o direito de ele chamar o tão conhecido símbolo de Mcdonald de
Mefistófoles! Feito essa sequência,
vemos Barnabas se ajustar a essa realidade, ao lado da nova geração de sua
família, liderada por Elizabeth (Michele Pfeiffer, ainda no auge da beleza),
mas além de ter que se acostumar a esse novo mundo, ele precisara se confrontar
com seu algoz do passado, que é uma bruxa totalmente obcecada por ele,
interpretada de uma forma bem à vontade pela atriz Eva Green, que desde que
surgiu no reboot de 007, não tinha um papel tão significativo como esse. Mas
como é de costume, Johnny Depp é que sempre da um show de interpretação, mesmo
quando o seu desempenho, carrega algumas características de seus personagens
anteriores, mas que sempre é ajustado de acordo com o universo que o cineasta
cria para ele. Embora oscile de um
cinema autoral para um comercial (principalmente em seu ato final), Sombras da
Noite agradara em cheio os fãs de longa data do diretor. Muito embora ainda
estejam na espera por uma historia 100% original, que já faz um bom tempo que o
cineasta esta devendo.
FRANKENWEENIE
Quando se vê um filme de Tim Burton, sempre
você vera características que ele usou em outros filmes, ou seja, uma obra
sombria, embalada com um toque de humor negro e protagonizada por personagens
excêntricos e sombrios. Os filmes dele, nada mais são do que uma forma do
cineasta se expressar sobre o que ele é e foi quando criança, que cresceu
assistindo a filmes clássicos de horror e ficção B. Tudo isso se viu antes e se
verá novamente neste Frankenweenie, refilmagem de um dos seus primeiros curtas
criado dentro do estúdio Disney, mas que havia sito vetado por ser considerado
sombrio demais para as crianças na época. Como o diretor encheu o bolso do
estúdio com Alice no País das Maravilhas, era mais do que natural dele ganhar
sinal verde e realizar, o que talvez seja a sua obra mais pessoal desde o Peixe
Grande. Interessante
observar, como por exemplo, que quando ele criou Edward: Mãos de Tesoura no
inicio dos anos 90, ele quis passar um contraste entre o seu protagonista
gótico, com os cidadãos comuns de uma cidade comum, que se vestiam e agiam da
forma mais comum e chata possível. Os tempos são outros, onde ser diferente se
tornou legal, e Burton sabendo disso, não se intimidou em criar cada personagem
de Frankenweenie com um visual sinistro, que tanto lembram as suas obras
anteriores, como também os clássicos de horror do expressionismo alemão e dos
filmes de horror da Universal dos anos 30. Portanto, o cinéfilo atento, irá
contar com inúmeras referencias, que vão desde o Gabinete do Dr. Gargali, há
Drácula, Frankenstein(e a sua Noiva), Múmia e O Homem Invisível. Mas as
homenagens não param por ai, porque fiel como ele é com os seus ídolos antigos,
ele chega ao cumulo de criar um personagem importante para a trama, que nada
mais é do que uma copia perfeita do jaz falecido mestre do horror Vincent Price
e que caso ele ainda estivesse vivo com certeza ficaria orgulhoso. Claro que o
marinheiro de primeira viagem, talvez não compreenda todas essas referencias
saltando na tela a todo momento, mas esse problema logo é contornado, não só
graças ao belíssimo visual gótico em preto branco que enche os nossos olhos,
como também a delicada historia que nos conquista, sobre o menino solitário e
seu cão amigo inseparável. A partir do momento em que ocorre a morte do animal,
Burton é gênio de tratar esse assunto com delicadeza, pois mesmo hoje, com cada
vez mais crianças maduras e aprendendo rápido sobre diversos assuntos, a morte
ainda é tabu no qual elas não gostam de ouvir, mas que no final das contas,
para o bem ou para o mal, é algo que é preciso ser explicado e compreendido.
Talvez Burton tenha passado por algo parecido quando era pequeno e quis passar
esse sentimento da sua maneira para nos, de que um dia todos nos temos que
enfrentar essa dor, mas que devemos acreditar acima de tudo, que nossos entes
queridos mesmo partindo, irão viver no nosso coração.
Com um final que nos reserva
várias outras homenagens, como referencias explicitas a Godzilla e Gremlins,
Frankenweenie é um filme que facilmente faz com que qualquer um solte lágrimas
dos olhos, mesmo quando a trama solte soluções fáceis para não tornar tudo tão
triste, mas é algo compreensível, porque é um filme para ser visto por todos,
mesmo aqueles não acostumados com o estilo de Burton, que aqui cria uma obra
particular e com amor acima de tudo.
Falando em animações,
não poderia me esquecer (na verdade me esqueci nas postagens anteriores) O
Estranho Mundo de Jack: com argumento e co-produção de Tim Burton, este é um
projeto pessoal do diretor que injeta sangue novo na arte da animação de
bonecos. Apesar de não inovar na técnica, a história com pitadas góticas,
trabalha com uma estética incomum e pode agradar tanto as crianças como os
adultos com sua trama simples e divertida.
Curiosidades: Tim Burton
declarou que teve a idéia do poema em que O Estranho Mundo de Jack é baseado ao
ver uma placa publicitária do Halloween sendo substituída, em uma loja, por uma
do Natal.O teaser de O Estranho Mundo de Jack o anunciava como sendo
distribuído pela Walt Disney Pictures, enquanto que seu trailer já dizia que a
distribuição era da Touchstone Pictures, uma divisão do grupo Disney. A mudança
ocorreu devido a Michael Eisner, CEO da Disney na época, que considerava o
filme "sombrio demais" para ser acoplado à marca Disney.
Filme brasileiro da franquia “Cities of Love” tem estreia nacional nos cinemas em 11 de setembro
Dirigido por alguns dos mais consagrados diretores, Rio, Eu Te Amo,
tem o trailer divulgado. O vídeo reúne cenas do filme que retratam os
mais diversos tipos de relações e de amores: os jovens, os roubados, os
não correspondidos, os relâmpagos e até os tímidos. As 23 estrelas
nacionais e internacionais que integram o elenco, entre elas, Fernanda
Montenegro, Rodrigo Santoro, Vincent Cassel, Jason Isaacs, Cláudia
Abreu, John Turturro, Emily Mortimer, Marcelo Serrado, Harvey Keitel e
Vanessa Paradis, vivem histórias emocionantes nos principais cenários da
Cidade Maravilhosa, como a Praia de Copacabana, o Pão de Açúcar, as
ruas do Vidigal e o Theatro Municipal.
Com
estreia marcada para 11 de setembro, o filme brasileiro da franquia
“Cities of Love” é produzido pela Conspiração Filmes, Empyrean Pictures e
BossaNovaFilms terá lançamento nacional, nas principais cidades
brasileiras. Além do longa-metragem, foi criado um movimento de amor ao
Rio chamado #RIOEUTEAMO que incentivou os amantes da cidade a se mobilizarem em intervenções e eventos.
“Reunimos
algumas das maiores mentes criativas do cinema mundial e um elenco
estrelar para realizar esse projeto. E o resultado é uma bela homenagem à
Cidade Maravilhosa partindo dos mais variados pontos de vista”, afirma o
produtor Leonardo Barros.
A
franquia “Cities of Love” foi iniciada com a produção de “Paris, Eu Te
Amo”, que abriu o Festival de Cannes em 2006. O sucesso deste primeiro
trabalho convenceu Emmanuel Benbihy, criador do projeto, de que ele
deveria percorrer outros continentes e cidades, como Nova York e Xangai.
Assim, o segundo filme “Nova York, Eu Te Amo” ficou pronto em 2009. A
partir daí, o produtor começou a licenciar a franquia para produtores
estrangeiros, como ocorreu no caso do Rio, Eu Te Amo. O
filme teve patrocínio de O Boticário (patrocinador-master), Nextel,
Santander, Unilever, Fiat e Brasil Kirin; e apoio da RioFilme/Prefeitura
do Rio. Rio, Eu Te Amo é parcialmente financiado por
recursos obtidos através dos incentivos fiscais federais da Lei
8.685/93. A distribuição no Brasil e na América Latina é da Warner Bros.
Pictures e as vendas internacionais estão a cargo da WestEnd Films, de
Londres.
#RioEuTeAmo
Lançado
em outubro de 2012, o movimento de amor à cidade que virou filme –
#RioEuTeAmo – tem mobilizado milhões de pessoas. No Facebook são mais de
um milhão de fãs e no Instagram quase 60 mil fotos foram postadas com a
hashtag#rioeuteamo. As ações também se espalham por
todos os cantos da cidade: apresentação de Orquestra Sinfônica Ambulante
no Complexo do Alemão, show flutuante para o público da mureta da Urca,
flashmob na estação Siqueira Campos do metrô (na hora do rush),
distribuição gratuita de mais de cinco mil flores na Lagoa Rodrigo de
Freitas, feijoada com a Velha Guarda da Mangueira, entre outras.