Sócio e divulgador do Clube de Cinema de Porto Alegre, frequentador dos cursos do Cine Um (tendo já mais de 100 certificados) e ministrante do curso Christopher Nolan - A Representação da Realidade. Já fui colaborador de sites como A Hora do Cinema, Cinema Sem Frescura, Cinema e Movimento, Cinesofia e Teoria Geek. Sou uma pessoa fanática pelo cinema, HQ, Livros, música clássica, contemporânea, mas acima de tudo pela 7ª arte.
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SALA P. F. GASTAL
REALIZA MOSTRA EM HOMENAGEMAOS 50 ANOS DO
HERÓI JAMES BOND
Nas vésperas da
chegada do mais novo filme da franquia, e de um curso criado pelo CENA UM que
irá acontecer na capital, A Sala P. F. Gastal da Usina do Gasômetro (3º andar)
realiza entre os dias 16 e 21 de outubro a mostra James Bond – 50 Anos, que comemora o cinquentenário de lançamento do
primeiro filme da série do popular espião imortalizado pelo ator escocês Sean
Connery, 007 Contra o
SatânicoDr. No (Dr. No). Dirigido pelo inglês Terence Young, este exemplar inicial da
série, que traz a célebre sequência em que a atriz Ursula Andress sai do mar
com um biquini branco, teve sua première em Londres no dia 5 de outubro de 1962 (no Brasil, o filme só estrearia
no ano seguinte, em 7 de setembro de 1963). A partir daí, Connery estrelaria
outros cinco filmes da série, associando para sempre sua imagem à do espião
sedutor com licença para matar: além de 007 Contra o
Satânico Dr. No,Moscou Contra 007(1963),007 Contra
Goldfinger(1964), 007 Contra a
Chantagem Atômica(1965), Com 007 Só Se Vive Duas Vezes(1967) e 007 – Os Diamantes São Eternos(1971). Nos anos
80, já maduro e longe da popularidade que gozou nas décadas de 60 e 70, o ator
retornaria ao personagem em 007 –Nunca Mais Outra Vez (1983), único dos títulos que não
integra a pequena retrospectiva dedicada a Bond pela Sala P. F. Gastal.
Os filmes serão
apresentados em suas cópias digitais de alta definição recentemente restauradas
e lançadas em Blu-ray, o que assegura uma projeção de excelente qualidade,
especialmente agora que a Sala P. F. Gastal instalou seu novo projetor Full-HD.
A mostra James Bond – 50
Anos tem o apoio distribuidora MPLC e da
locadora E o Vídeo Levou.
Mais informações, e
horários das sessões, vocês conferem na pagina da sala clicando aqui.
Leia também:
Sobre os filmes estrelados por Sean Connery clicando nas partes 1 e 2.
UM BELO CURTA QUE RESUME TUDO QUE VERÍAMOS POSTERIORMENTE NA CARREIRA DE BURTON.
Sinopse: O primeiro
trabalho em stop-motion de Tim Burton. Conta a história de Vincent Malloy, um
garoto de 7 anos que quer ser como Vincent Price. A narração é do próprio
Price.
Esse foi um dos
primeiros trabalhos de Tim Burton em termos de animação Stop Motion, e como era
fã de carteirinha do ator Vincent Price, não só cria uma trama que presta
homenagem ao ator, como também o convida para ser narrador da historia. Logicamente,
o filme nada mais é do que um pequeno retrato do próprio Tim Burton quando
menino, que possuía uma imaginação fértil e gostava de assistir a diversos
filmes de terror na TV.
Ao longo de seis minutos, testemunhamos tudo que nos viríamos nos filmes seguintes do cineasta,
desde a um teor sombrio, personagens excêntricos e uma verdadeira homenagem a
todo o momento do período do expressionismo alemão que da para se ver de uma
forma gritante. Assim como A Noiva Cadáver,Vincent é uma prova de como o Burton
fica leve e solto para criar uma trama no formato de animação stop motion e faz
com que a sua imaginação transborde sem excitar. Uma pequena perola da animação
que vale a pena ser conferida acima. Leia também: ESPECIAL EXPRESSIONISMO ALEMÃO
Com a chegada do feriadão, adianto aqui as estréias
para esse final de semana, que para a meninada que quer se divertir neste dia da criança, inclui o retorno de Procurando Nemo que agora é
em 3D. Para todos um ótimo feriadão e ótimas sessões.
Procurando Nemo 3D
Sinopse: Marlin, um
peixe-palhaço, perde quase toda a família durante o ataque de um predador, e
assim, torna-se um pai super-protetor de seu único filho, Nemo. O problema é
que tanta proteção acaba envergonhando o peixinho na frente dos colegas, e para
provar ao pai que pode se virar sozinho, resolve nadar em mar aberto, quando é
capturado por um mergulhador, e levado para Sydney. Decidido a encontrá-lo,
Marlin nada por todo o oceano, enfrentando todo tipo de perigo ao lado de Dory,
um peixinho-fêmea muito simpático, mas com um grave problema de perda de
memória recente.
COCORICÓ CONTA
CLÁSSICOS
Sinopse: A turma da
fazenda mais divertida do Brasil resolveu interpretar alguns clássicos infantis
para a criançada. Como se isso não bastasse, Júlio e seus amigos ainda deram
uma leve mexida nas histórias, deixando-as mais engraçadas. Confira os
clássicos: Cocoricunda, com o Feito no papel de Corcunda; Rapunzilica, com a
Lilica e suas lindas tranças; Os Cigarras e As Formigas, no qual Lilica, Caco e
Júlio são as cigarras e Zazá, Mimosa e Lola interpretam as formigas; Belalilica
e Ditofera, com a Lilica no papel da Bela e o Dito, da Fera; e O Gaitista de
Quixeramobim, no qual o Júlio encanta a todos com sua gaita.
A Entidade
Sinopse: Em 'A
Entidade', Ethan Hawke interpreta um escritor de livros de crime, que luta para
conseguir escrever sua próxima história. Ele resolve se mudar com sua família
para uma casa onde ocorreu o assassinato de uma família inteira. Lá, descobre
uma caixa com vídeos, que mostram assassinatos de outras famílias, revelando a
existência de algo sobrenatural e perigoso naquele lugar.
Moonrise Kingdom
Sinopse: Anos 60, em
uma pequena ilha localizada na costa da Nova Inglaterra. Sam (Jared Gilman) e
Suzy (Kara Hayward) sentem-se deslocados em meio às pessoas com que convivem.
Após se conhecerem em uma peça teatral na qual Suzy atuava, eles passam a
trocar cartas regularmente. Um dia, resolvem deixar tudo para trás e fugir juntos.
O que não esperavam era que os pais de Suzy (Bill Murray e Frances McDormand),
o capitão Sharp (Bruce Willis) e o escoteiro-chefe Ward (Edward Norton)
fizessem todo o possível para reencontrá-los.
O Diário de Tati
Sinopse:Tati (Heloisa
Perissé) é uma adolescente típica, incapaz de aprender matemática, mas
inteligentíssima na hora de criar planos para fugir dos castigos da mãe.
Durante o verão, ela quer esconder que terá de fazer recuperação em matemática
e ainda conquistar Zeca (Thiago Rodrigues), o garoto mais gato da escola.
Porém, ela fica com a maior dor de cotovelo porque Zeca “fica” com Camila
Pessegueiro (Thaís Ferzosa), sua arqui-inimiga.
O Monge
Sinopse: Uma criança
é abandonada na escadaria do mosteiro dos Capuchinhos, no século XVII, na Espanha.
Ela cresce seguindo os costumes dos monges e torna-se um dos mais importantes
pregadores da fé. Ao mesmo tempo que seus discursos encantavam multidões,
internamente, a fama e o "poder" de Ambrósio (Vincent Cassel)
causavam uma relativa inveja entre seus pares. Seguro quanto as tentações e os
poderes do Diabo, ele enfrenta a discordância para acolher Valério (Déborah
François), vítima de um acidente, na instituição. Enquanto eventos misteriosos
começam a acontecer no local, ele descobre que o jovem, que protege o rosto
mutilado com uma máscara, tem o dom de aliviar a dor. Juntos, eles acabam
formando uma sinistra parceria que mudará para sempre as suas vidas.
Os Infratores
Sinopse: Em 'Os
Infratores', três jovens irmãos vão escrever as primeiras páginas da máfia com
a sua rebeldia e força. Jack (Shia LaBeouf) é o caçula e o mais ambicioso, ele
sonha com mulheres, carros e muito poder. Howard (Jason Clarke) é o irmão do
meio, ele usa os seus músculos para falar o que pensa, leal, mas imprudente. O irmão
mais velho, e líder, é Forrest (Tom Hardy) ele conduz os negócios da família
com força e determinação, nesta primorosa produção baseada em fatos reais.
Ruby Sparks - A
Namorada Perfeita
Sinopse: 'Ruby Sparks - A
Namorada Perfeita' acompanha Calvin (Dano), um jovem escritor com bloqueio
criativo que encontra o amor na forma menos usual possível: criando Ruby, uma
personagem que ele acredita que irá amá-lo. A garota ganhando vida sem nenhuma
explicação.
Versão mais longa de Metropolis achada em Bueno Aires é considerada a definitiva.
Nestes últimos dois dias, estive
participando do curso sobre o expressionismo alemão, ministrado por Carlos
Primati. Infelizmente uma coisa que ele falou, e que é verdade, é que dos 100% de filmes que foram criados naquele período na
Alemanha, apenas 20% sobreviveram ao longo do tempo. Motivos por ter acontecido
isso é que não faltam, desde a má conservação das copias originais, há incêndio
ou até mesmo destruídos pelo governo durante a segunda guerra mundial.
Felizmente ao longo da historia, existiram
pessoas, que se tornaram verdadeiros arqueólogos de filmes perdidos, que foram
escavando e encontrando obras até então desaparecidas. Bom exemplo disso, foi
quando acharam em Bueno Aires a versão original do clássico Metrópoles, sendo restaurada
e exibida na edição de 2010 do Festival de Berlim, data em que o festival
comemorou 60 anos. Porém, historiadores e cinéfilos não satisfeitos, ainda procuram
por aquelas obras que muitos consideram já impossíveis de se encontrar.
Pensando assim, solto abaixo
dois filmes(?) que ainda hoje se encontram perdidos.
LONDRES DEPOIS DA MEIA NOITE
Sinopse: A história do filme inicia-se
aproximadamente cinco anos antes de uma morte ocorrida numa casa aparentemente
assombrada. O inspector Burke (Chaney), da Scottland Yard, foi encarregado das
investigações e acredita que trata-se de um homicídio. Ele sugere aos dois
suspeitos (um deles amigo e o outro um sobrinho da vítima) de que os crimes
foram cometidos por um vampiro.
Londres depois da
Meia Noite, de 1927, é considerado o primeiro filme norte-americano tendo o
vampirismo como pano de fundo. A produção é resultado da parceria do realizador
Tod Browning com o ator Lon Chaney.Browning e Chaney são reunidos de novo pela
MGM (Chaney tinha regressado à Universal Pictures e interpretado o clássico O
Fantasma da Ópera, em 1925 antes da produção de Londres depois da Meia Noite.
Tanto o vampiro, como o inspetor, foram interpretados pelo próprio Chaney. No
caso do vampiro, o ator usou uma elaborada caracterização preparada por ele
próprio, que era sua especialidade (por isso o apelido do homem das mil faces).
O resultado, é uma cara assustadora, que não deve nada ao seu Fantasma da
Opera.
Lamentavelmente em
1960 um incêndio destruiu a última cópia viva da obra, levando o filme a
considerar-se perdido e lendário. Contudo, já na década de 90, Rick Schmidlin
reconstruiu o filme através de fotografias que havia, e é graças a ele que
podem encontrar este filme na internet ou online. Contudo, a versão tem apenas
45 minutos e como já disse é feita apenas de fotogramas, mas é a única maneira
de ainda se poder assistir a este filme místico.
Londres depois da
Meia Noite seria o ultimo filme de Chaney do tempo do cinema mudo. Ele iria
morrer em 1930 e Tod Browning iria voltar ao vampirismo ao dirigir Drácula, com
Bela Lugosi.
Curiosamente, seria Chaney
que faria o famoso Conde, se não fosse pela sua prematura partida. A pergunta
que fica é: Como seria Chaney como Drácula? Se tivesse acontecido isso, a
realidade seria completamente diferente da que conhecemos com relação ao rei
dos vampiros.
O Mistério Da Seqüência Da Aranha No
Poço do filme King Kong
O poder da historia
de King Kong nunca diminuiu, mas o conteúdo deKing Kongtomou muitas formas
desde que a sua produção iniciou em 1932. Cenas foram criadas e cortadas, foram
perdidas e achadas por uma variedade de motivos: financeiros, criativos e
políticos. Algumas das mudanças mais prejudiciais ocorreram cinco anos após a
estréia de King Kong. Em 1938, cinco anos depois do seu lançamento original
quando King Kong foi relançado à administração do código de produção ficou
preocupada. Rasgar as roupas de Fay Wray foi considerado como um estupro ou
algo assim e cheirar suas roupas não foi considerado de bom gosto.
Eles basicamente
pegaram suas tesouras e disseram: ”O que funcionou em 1933 não serve mais,
somos muito mais sofisticados hoje e não achamos que o publico deva ver isso”.Primeiramente,
estavam preocupados com a violência do filme. Kong derruba dois nativos do
andaime com um pau e então pegar um deles e o coloca na boca. E em outra cena
ele esta pisando e esmagando outro nativo no chão. E também a seqüência em que
ele procura por Fay Wray no prédio. Ele pega outra moça e a segura de cabeça
para baixo vê que não é Fay, então a solta e ela cai e morre.
São uns quatro
minutos e meio de material. Tem muita coisa que foi cortada do filme que
achavam que estava perdida por anos, por décadas. Aquelas cenas se tornaram um
tipo de Santo Graal do cinema. E por muito tempo, a versão censurada de 1938
era a única coisa que havia sobrevivido. E incrivelmente foi descoberta, nos
anos 60 ou 70. O homem que cortou fora aquelas cenas as levou para casa. E um
tempo depois ele encontrou as cenas vendeu para outra pessoa e foi
eventualmente, reinserida no filme. Então, por um tempo, a única maneira de ver
as tomadas censuradas, era vendo uma versão granulada e arranhada em 16 mm
editada em um filme de 35 mm, então elas se destacavam um pouco. E
milagrosamente, essa copia foi descoberta na Inglaterra. Pois a censura
britânica não sacou suas tesouras como os americanos. E assim temos essa bela e
intacta copia em nitrato. E essa copia de 35 mm foi restaurada.
E as 29 tomadas de
King Kong foram desenterradas e restauradas ao seu lugar de direito no filme,
mas outras cenas perdidas podem nunca ser encontradas. E a mais famosa é
chamada pelos fãs e peritos de “Seqüência da cova da aranha”.Diz-se que ocorria
entre o momento em que Kong derruba o tronco no precipício e o momento em que
Jack Driscoll é atacado pelo lagarto gigante.No filme, pelo roteiro, alguns dos
marinheiros que caíram do tronco nessa fossa sobreviveram no fundo do
desfiladeiro e são atacados por várias criaturas assustadoras, insetos e
lagartos nojentos gigantes que saem de dentro de cavernas e fissuras para
comê-los vivos. O`Brien disse que ele achava que essa era sua melhor animação.
Na época do filme
Merian C. Cooper disse que as cenas haviam sido cortadas porque eram chocantes
demais. Mas depois, Cooper revela em uma carta que as cenas foram removidas
porque ele admitiu que interrompia a história. E provavelmente foi queimado.Cooper
havia feito isso em outros filmes quando não queria que o filme fosse usado.A
seqüência da cova da aranha permaneceu virtualmente desconhecida por quase 30
anos.Então, nos anos 60, uma revista popular de fãs de cinema publicou uma foto
fascinante.
A primeira vez que se
viu a foto da seqüência perdida da aranha foi em um pôster na revista Famous
Monsters of Filmland de Forry Ackerman, que era sobre monstros. E ele publicava
fotos de King Kong.
Lembrando, que logo após
Peter Jackson lançar sua versão do clássico em 2005, havia sido lançado um DVD caprichadíssimo
do filme original, em que dentre muitos dos materiais de extras, Peter Jackson
e sua equipe da Nova Zelândia, decidem recriar, no que poderia ser a “Seqüência
da cova da aranha”. Embora a cena criada não esteja inserida no filme, é de se
dar palmas para Jackson por ter criado algo muito próximo do que pode ter sido
a obra original. Abaixo, segue a cena que o diretor criou.
O curso ministrado
por Carlos Primati já começou, mas me peguei vendo mais dois filmes do período neste
final de semana. Portanto solto ai mais dois grandes clássicos do expressionismo.
A Caixa de Pandora
Sinopse: Louise
Brooks, neste audacioso e magistral melodrama, que se tornou uma obra prima
indiscutível do cinema, ela interpreta Lulu, a amante de um editor de jornal
que depois de casar-se com ele, uma série de acontecimentos trágicos rondarão
sua vida.
Muitos consideram o
expressionismo alemão, como a semente que deu a origem a diversos gêneros,
desde ficção, terror e filmes noir. Esse ultimo, aliás, é um gênero que ficou
marcado por suas lindas, e fatais mulheres, sendo que uma das grandes precursoras
desses maus caminhos é Louise Brooks.
Dona de uma incrível beleza,
e um corte de cabelo inconfundível, Brooks viveria neste filme, um papel que
muitos dizem que não era muito diferente de sua vida pessoal que era em volta
de muitos homens. Se for verdade ou não, isso pouco importa, sendo que ao fazer
a personagem Lulu, uma mulher que domina, e conquista os homens com um olhar, e
um sorriso, foi o suficiente para ficar no imaginário de qualquer cinéfilo que
se preze.
Como só isso não
bastava, o cineasta Georg Wilhelm Pabst, cria um universo na trama, em que os
personagens se vêem envolvidos em volta da protagonista, seja para lhe
conquistar ou para se beneficiar de acordo com a situação em que ela está envolvida.
Curiosamente, não foram somente os homens, que se viam envolta dela, sendo que
a condessa Anna Geschwitz é considerada por muitos historiadores como sendo a
1ª personagem lésbica do cinema, mesmo no contra gosto da atriz Alice Roberts
que fez a personagem.
Com um final que
deixa os personagens a mercê dos resultados dos seus próprios erros, A Caixa de
Pandora é uma verdadeira aula de sugestão e gestos dos personagens, em que
basta um olhar para se dizer tudo o que o eles pensam e o que irão fazer.
A Morte Cansada
Sinopse:Recém-chegada a um
vilarejo perdido no tempo, A Morte compra um terreno ao lado do cemitério
local, onde constrói um gigantesco muro ao redor. Segue um casal em lua-de-mel
e leva o marido, assim fazendo com que sua esposa o procure... ou melhor,
cometa o suicídio para encontrá-lo.
A primeira vista, esse filme
mais parece do Murnal do que de Fritz Lang, principalmente para aqueles que
assistiram aos filmes do primeiro, como Nosferatu, e Fausto que eram em volta
de um visual gótico e deslumbrante. Embora todo muito saiba que Lang, foi um
diretor não preso a um único gênero, e ao contar uma fabula sobre o significado
da vida e da morte, mostra como o cineasta possuía certa versatilidade, que há
quem diga, vinha muito da ajuda da sua esposa da época Thea von Harbou, que trabalhava como
roteirista para ele.
A trama em si, é uma bela
fabula sombria, em que mostra até aonde a protagonista irá para conseguir o seu
amado de volta. Neste ponto, Lang nos brinda com uma historia imaginativa, em
que cada vela apresentada no lar da morte, seria então outras vidas. É-nos
apresentado então três historias sem interligação, mas que serve de desafio
para a protagonista vencer a morte. Esse ponto, para mim é interessante, sendo
que me lembrou muito a forma de contar historias de como o estúdio inglês Amicus
apresentava em seus filmes. Sendo assim, não me surpreenda se o rival da Hammer
na época, tenha se inspirado neste clássico para a realização de seus projetos.
Visto atualmente, é uma
trama que faz agente sentir, que já tenhamos testemunhado uma historia parecida
em outras mídias, mas que neste filme, ela é muito bem orquestrada pelo cineasta
austríaco.
Leia mais sobre o expressionismo alemão clicandoaqui.