Sócio e divulgador do Clube de Cinema de Porto Alegre, frequentador dos cursos do Cine Um (tendo já mais de 100 certificados) e ministrante do curso Christopher Nolan - A Representação da Realidade. Já fui colaborador de sites como A Hora do Cinema, Cinema Sem Frescura, Cinema e Movimento, Cinesofia e Teoria Geek. Sou uma pessoa fanática pelo cinema, HQ, Livros, música clássica, contemporânea, mas acima de tudo pela 7ª arte.
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Sinopse: Berlim no
início da década de 30. O nazismo fazia sua ascensão meteórica, mas a grande
maioria das pessoas ainda não tinha noção do terrível poder que aquela força
política se transformaria. Sally Bowles (Liza Minnelli), uma jovem americana
que canta em um cabaré e sonha em ser tornar uma estrela, se apaixona por Brian
Roberts (Michael York), que é bissexual. Ambos se envolvem com Maximillian von
Heune (Helmut Griem), um rico e nobre alemão. Quando Sally fica grávida, Brian
diz que quer casar e declara não se importar de quem seja o filho. Mas o futuro
lhes reserva outro destino.
O filme que marcou
Liza Minelli para sempre. Num período (anos 70) em que o musical havia se
tornado apenas uma pálida imagem do que foi um dia, esse filme foi um colírio
para os olhos, daqueles que sentiam saudade de uma trama conduzida por várias
musicas. Adaptação bem sucedida de contos sobre Berlim da autoria do Ingles
Christopher Isherwood e do musical que eles inspiraram, de grande sucesso da
Broadway. Liza Minelli jamais se
desvencilhou do papel que a consagrou, mas a sua imagem cantando e dançando em
cenas inesquecíveis, fizeram dela, uma imagem icônica da sétima arte.
Interessante a estrutura, que coloca um mestre de cerimônias para introduzir
cenas de Kit Kat Klub e passagens da trama. Ganhou 8 Oscar, inclusive diretor,
atriz (Liza) ator coadjuvante (Grey), fotografia e trilha sonora adaptada.
Curiosidades: Na
versão original da Broadway os protagonistas são um escritor americano e uma
cantora inglesa, enquanto que no filme a nacionalidade dos personagens foi
trocada;
Liza Minelli criou a
maquiagem e o penteado que sua personagem usa em cena, tendo a ajuda de seu
pai, o diretor Vincente Minnelli;
É o maior vencedor do Oscar a não ganhar na categoria de
melhor filme.
Nos dias 25 e 26 de Agosto, haverá o curso sobreJames Bond: 50 anos de Cinema, criado
peloCENA UM e ministrado pelo critico de cinemaRoberto
Sadovski (ex editor da saudosaSET). Minha presença
na atividade é incerta (pois os filmes com Roger Mooreme dava dor de cabeça), mas isso não me impede de
voltar no tempo e relembrar um pouco dos primeiros e últimos grandes filmes
desse ícone da sétima arte.
007 Contra a
Chantagem Atômica
Sinopse: Em sua quarta aventura, James Bond
(Sean Connery) deve descobrir onde está de um homem que ameaça explodir Miami
com uma bomba atômica, caso não lhe paguem um valor de 100 milhões de dólares.
Correrias, perseguições,
notável elenco de mulheres bonitas e o humor característico do sofisticado
agente britânico. Seqüências submarinas muito bem realizadas, que fizeram o
filme ganhar o Oscar de efeitos especiais, e desde então, é o único filme de
toda a franquia a ganhar um Oscar da academia. Curiosamente, foi refilmado em
1983 com o titulo 007: Nunca mais outra vez, já numa época que o publico estava
acostumado com Roger Moore como o agente, mas Connery retorna nesta versão (bem
mais velho claro) e dando a Deus a franquia definitivamente.
Com 007 Só Se Vive
Duas Vezes
Sinopse: Uma
espaçonave norte-americana desaparece do nada no espaço. Enquanto os EUA pensam
que os culpados foram os soviéticos e pensam em uma retaliação, some uma
espaçonave soviética nas mesmas condições. Percebendo a má intenção do
responsável, James Bond tem poucos dias para evitar a Terceira Guerra Mundial.
Nesta quinta aventura,
James Bond faz de tudo um pouco, desde a pilotar helicópteros há demonstrar
conhecimentos sobre a cultura nipônica, mas de uma maneira politicamente
incorreta. Como sempre, fica com belas mulheres, e de uma forma como sempre secreta,
invade o esconderijo do seu inimigo, que aqui se chama Blofeld, vivido pelo ótimo ator
Donald Pleasence (Halloween). Alias, o visual do vilão se tornou tão marcante,
que serviu de uma espécie de sátira, para a criação do vilão Dr Elvil da cine
série Austin Powers.
007 - Os Diamantes
São Eternos
Sinopse: O governo britânico envia 007 para
descobrir quem está por trás de um suspeito contrabando de diamantes. Mas quem
James Bond encontra como responsável é Ernst Stavro Blofeld (Charles Gray), seu
maior inimigo, que também porta poderosas bombas atômicas para seus mais
maléficos planos. Indicado ao Oscar de Melhor Som.
Em vista da falta de
carisma de George Lazenby em Serviço secreto de sua majestade de 69(falo dele
mais amanhã), Connery ganhou uma fortuna para estrelar a sétima aventura do
espião britânico, com locações em Amisterdã, Los Angeles e Las Vegas. É impagável
a dupla de assassinos homossexuais, que cita provérbios ingleses. Shirley
Bassey interpreta a canção titulo, de John Barry e Don Black. Como eu disse acima,
Conney só voltaria ao papel em Nunca mais outra vez de 1983 e colocando um
ponto definitivo de sua participação na franquia, mas jamais abandonando o status de melhor 007 de todos os tempos.
Menção Honrosa: Desmond Llewelyn
Llewelyn surgiu como
Q pela primeira vez em Moscou contra 007, mas até aquele ponto, ninguém imaginava
que ele se tornaria o ator que mais participaria na franquia ao longo dos anos.
Dono de uma carisma contagiante, Llewelyn ganhou fãs pelo mundo por sua forma descontraída
da maneira que apresentava ao protagonista, seus apetrechos tecnológicos que
usaria em cada missão.
Mesmo com a mudança
do elenco (e de cinco atores diferentes que fizeram 007 ao longo dos anos),
Llewelyn encerrou sua participação na cine série somente em 007: O Mundo não é o bastante
em 1999, dando a entender que o personagem estava entrando em aposentadoria.
Curiosamente, Llewelyn morreu logo depois num acidente de carro e acabando com
qualquer possibilidade de retorno na cine série.
Nos dias 25 e 26 de Agosto, haverá
o curso sobre James Bond: 50 anos de Cinema, criado pelo CENA UM e ministrado
pelo critico de cinema Roberto Sadovski (ex editor da saudosa SET). Minha
presença na atividade é incerta (pois os filmes com Roger Moore me dava dor de
cabeça), mas isso não me impede de voltar no tempo e relembrar um pouco dos
primeiros e últimos grandes filmes desse ícone da sétima arte.
007: CONTRA O SATANICO Dr.
NO
Sinopse: A primeira aventura
do agente secreto mais conhecido do mundo James Bond (Sean Connery) mostra sua
investigação do desaparecimento de um agente britânico. Ele acaba descobrindo o
esconderijo do Dr. No (Joseph Wiseman), na Jamaica, um homem que utiliza sua
genialidade a serviço do mal, e fará de tudo para impedir que seus piores
planos se concretizem.
1962: nove anos da primeira
publicação de Ian Fleming com o personagem James Bond, mais conhecido como 007;
quatro anos depois da publicação do livro Dr. No, o sétimo da série e dois anos
antes do falecimento do autor por complicações causadas por um ataque cardíaco.
Assim nasceu a franquia mais duradoura do cinema, com 22 filmes canônicos até
agora, com mais um a ser lançado em novembro desse ano e dois filmes
não-canônicos. Mas diferente do que muitos imaginam, esse primeiro filme não é
sobre a origem do personagem, pois o seu passado nem sequer é mencionado.
Portanto já vemos o
protagonista partindo para a sua missão como veterano, dando a entender que já
teve inúmeras aventuras durante a guerra fria e que essa era apenas mais uma de
muitas. Sean Connery foi o primeiro, e
para muitos (comigo incluído), o melhor 007 de todos os tempos, mesmo tendo
havido outros atores, que embora alguns com suas qualidades, jamais superaram o
lado sínico, frio e sedutor que o ator transmitiu com o personagem. Nesta
primeira aventura, destaque para a beleza magistral de Ursula Andrews (a cena dela
saindo da água se tornou clássica), que mesmo restando quarenta minutos para
acabar a historia, ela simplesmente rouba o filme e se torna a primeira e grande bond
girls da cine série. Até aquele ponto, fica difícil imaginar, se os produtores
soubessem que 007 iria tão longe e durar até hoje, como uma das franquias mais
lucrativas da historia do cinema.
MOSCOU CONTRA 007
Sinopse: James Bond
(Sean Connery) é encarregado de ajudar uma agente russa a fugir de seu país,
sem saber que, na verdade, isso é um plano dos grandes nomes da terrível
organização Spectre para executá-lo. Neste filme é a primeira vez que aparece a
personagem M na série.
Para muitos, é o mais
bem realizado filme da série inspirada nos romances de Lan Fleming ecom o titulo mais corajoso de todos os títulos da cine-serie, pois naquele tempo, Russia, Inglaterra e EUA ainda estavam em grande conflito de egos. Divertido, perseguições, violência e fugas mirabolantes. O grande
ponto alto da trama fica pelo embate entre 007 e o agente Spectre (Robert Shaw)
num vagão do expresso oriente, sendo que a luta e a forma de filmá-la, acabou
servindo de base para os filmes em que se exigiam cenas bastante físicas. Destaques
para a atriz Lotte lenya, cuja sua personagem seria satirizada anos mais tarde
na cine série Austin Powers e para a musica de John Barry, dando apoio preciso
as imagens
007 Contra Goldfinger
Sinopse: James Bond (Sean
Connery) é encarregado de investigar um milionário, mas acaba capturado. Bond
descobre que o plano de Goldfinger (Gert Fröbe) é muito mais complexo do que
imaginava: ele pretende roubar toda a reserva de ouro dos EUA! Oscar de
Melhores Efeitos Sonoros.
Embora o filme anterior seja
o mais próximo das raízes literárias do personagem, essa terceira aventura é
uma das mais queridas dos fãs do agente inglês. É o mais movimentado dos filmes
estrelados por Connery, onde exigiu o máximo do seu físico na época, sendo que
seu personagem assume as características de cinismo (em abundancia), cavalheirismo,
inteligência e charme. Pela primeira vez, Bond usa seu carro Aston Martin,
super equipado e acabou se tornando objeto de desejo para os amantes desse tipo
de veiculo.
Atenção para a cena do raio
laser cortando a mesa de aço em direção ao corpo do herói, que imediatamente se
tornou clássica e bastante imitada. Dentre outros atrativos, o vilão Goldfinger
esta entre os melhores vilões da enorme galeria vilanesca que o herói já
enfrentou e da explosiva canção titulo, interpretada por Shirley Bassey.
Sinopse: Um triângulo
amoroso envolve Cauby (Gustavo Machado), um fotógrafo de passagem pelo interior
da Amazônia, a bela e instável Lavínia (Camila Pitanga) e seu marido, o pastor
Ernani (ZéCarlos Machado), que acredita ser possível consertar as contradições
do mundo.
Inspirado no livro homônimo
escrito por Marçal Aquino, o filme se aprofunda numa estética ousada e genial,
onde as interpretações dos personagens energizam todo o filme. A trama vem e
volta no tempo, para compreender melhor as personalidades dos personagens,
muito embora, não fica muito claro o lado mais oculto da instável Lavínia (Camila
Pitanga, espetacular), que surge como uma verdadeira entidade pronta para
explodir, mas que consegue um equilibro emocional entre os dois homens da trama.
Os homens em questão têm um desejo por ela lógico, mas um (Gustavo Machado) deseja
possuir sua bela imagem através das fotos, já o outro (Zecarlos Machado),
deseja a todo o custo salvar a sua alma de demônios que a assombram.
Esses conflitos e desejos
são retratados em uma trama que não respeita as regras do espaço tempo, mas que
não compromete o entendimento, e sim enriquece ainda mais a interpretação do
trio central, que deu tudo de si em cenas angustiantes, onde cada um deles encara
os seus conflitos internos e seus atos que nasce dali suas conseqüências. Camila
Pitanga da um verdadeiro show de interpretação, onde sua personagem, tanto
passa um olhar singelo, como também olhar de desejo e o mais puro pedido de
socorro para parar com os seus conflitos que a assombram. E se muitos a acharam
sex na novela Paraíso Tropical, esperem para ver ela nesse filme, em cenas de
sexo explosivas, mas de muito bom gosto.
Um filme que representa o
melhor do nosso cinema nacional atual.
DIRETOR NÃO SE
INTIMIDOU E CRIOU UM INICIO DEFINITIVO PARA O HOMEM MORCEGO
sinopse: Marcado pelo
assassinato de seus pais quando ainda era criança, o milionário Bruce Wayne
(Christian Bale) decide viajar pelo mundo em busca de encontrar meios que lhe
permitam combater a injustiça e provocar medo em seus adversários. Após
retornar a Gotham City, sua cidade-natal, ele idealiza seu alter-ego: Batman,
um justiceiro mascarado que usa força, inteligência e um arsenal tecnológico
para combater o crime.
Após o fiasco que a
Warner fez com Batman e Robin, parecia que jamais haveria uma chance de Batman
retornar aos cinemas para limpar a sua imagem depois daquele vexame. Eis que
então, a Warner decidida a trazer novamente o herói de volta, contratou
Christopher Nolan, que soube criar um filme, cuja trama não só soube respeitar
o personagem do inicio ao fim, como também criou o universo do morcego algo
mais crível para o nosso mundo real. A
trama não tem pressa em apresentar o personagem já encapuzado, e sim
mostrar todo o desenvolvimento e os motivos que levaram um homem a combater o
crime de uma cidade corrupta, sendo algo que nem nas outras adaptações soube
mostrar isso. Christian Bale faz do seu personagem, algo mais humano, e também
não esconder as dores que carrega ao longo dos anos e desde já se tornou o
melhor Bruce Wayne/Batman. Michael Caine, Liam Neeson, Morgan Freeman, Gary
Oldman, Ken Watanabe, Katie Holmes, Cillian Murphy, Tom Wilkinson e Rutger
Hauer completam o elenco de estrelas, nesse belo filme que trouxe respeito e
dignidade de volta para o ícone dos quadrinhos
Curiosidades: Antes
do início das filmagens o diretor Christopher Nolan reuniu todo o elenco para
uma sessão privada de Blade Runner, o Caçador de Andróides (1982). Após o
encerramento do filme, Nolan disse a todos que era daquele jeito que queria que
fosse Batman Begins. Apesar de Cillian
Murphy não ter sido escolhido para interpretar Batman, o diretor Christopher
Nolan gostou tanto de seu teste de cena que o convidou para interpretar o
personagem Espantalho.
O CAVALEIRO DAS TREVAS
Sinopse: Em sua nova
aventura para o cinema, Batman segue como o vigilante de Gotham City e tem Jim
Gordon (Gary Oldman) e o promotor público Harvey Dent (Aaron Eckhart) como
aliados, além do apoio de seu fiel mordomo Alfred (Michael Caine) e do amigo
Lucius Fox (Morgan Freeman). Mas um inimigo surge para ameaçar a paz da cidade:
o Coringa (Heath Ledger), que inicia uma série de ataques e ameaça Rachel Dawes
(Maggie Gylenhaal). Batman então percebe que não enfrenta simplesmente mais um
vilão, e sim um adversário maquiavélico e inteligente que não poupará esforços
para sair triunfante da batalha.
Christopher Nolan
havia feito no filme anterior, um filme correto e no momento certo para tentar
revitalizar o personagem no cinema, ao fazer um filme pé no chão em que a
ficção se misturasse com a realidade. Agora, ninguém esperava que a seqüência
fosse tão boa ao ponto de chegar a um novo patamar nas adaptações das historias
em quadrinhos. Se no filme anterior era trazer mais realismo ao universo do
morcego, aqui mostra o que realmente aconteceria se uma pessoa decidisse
combater o crime, sendo que sempre haveria conseqüências e o nome de uma delas
é Coringa.
Ao introduzir o
personagem no filme, a trama vai a níveis nunca alcançados antes em outras
adaptações de HQ. Quando acha que o personagem já fez de tudo, pode esperar
pelo efeito surpresa e isso, claro, se deve a sombrosa interpretação de Heath
Ledger. Se em 2006 ele ousou ao interpretar o caubói gay em O Segredo em
Brokeback Mountain de Ang Lee, aqui ele simplesmente desaparece no personagem
tornando um ser humano assustador e imprevisível que deseja nada mais alem do
mais puro caos.
Com isso, o filme
explora até que ponto vai a maldade e a loucura humana, até que ponto o ser
humano pode ou não ceder ao seu lado sombrio perante o horror que há no mundo,
e isso é muito bem retratado pelos personagens Batman/Bruce (Christian Bale),
Gordon (Gary Oldman) e Harvey Dent (Aaron Eckhart, espetacular), uma trindade
que se uniu para o bem de uma cidade, mas mal sabem que haveria tantos
sacrifícios em prol de algo maior.
Cenas ação realistas
ao extremo, e espetaculares em momentos de pura tensão psicológica, fazem desse
filme um dos melhores dos últimos anos que infelizmente não foi reconhecido
muito bem na academia (com exceção Heath Ledger que acabou sendo indicado e
ganhando todos os prêmios incluindo o Oscar).