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Sapucaia do Sul/Porto Alegre, RS, Brazil
Sócio e divulgador do Clube de Cinema de Porto Alegre, frequentador dos cursos do Cine Um (tendo já mais de 100 certificados) e ministrante do curso Christopher Nolan - A Representação da Realidade. Já fui colaborador de sites como A Hora do Cinema, Cinema Sem Frescura, Cinema e Movimento, Cinesofia e Teoria Geek. Sou uma pessoa fanática pelo cinema, HQ, Livros, música clássica, contemporânea, mas acima de tudo pela 7ª arte. Me acompanhem no meu: Twitter: @cinemaanosluz Facebook: Marcelo Castro Moraes ou me escrevam para marcelojs1@outlook.com ou beniciodeltoroster@gmail.com

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quarta-feira, 24 de maio de 2017

Cine Dica: Muito Romântico estreia no CineBancários e ganha Sessão Comentada

A Família Dionti, realizado por Alan Minas e Muito Romântico, dirigido, roteirizado, produzido e atuado por Melissa Dullius e Gustavo Jahn, estreiam no CineBancários nessa quinta-feira (25). Produção infantojuvenil vem derretendo corações em todo o país, A Família Dionti fica em cartaz nas sessões das 15h e 19h, dividindo a sala com Muito Romântico, que conta com fortes referências ao cinema vanguardista do diretor Godard e fica em exibição na sessão das 17h.
Na sexta-feira (26), será realizada uma Sessão Comentada do longa Muito Romântico, com a participação dos realizadores Melissa Dullius e Gustavo Jahn. A exibição do fime acontece as 21h e os ingressos podem ser adiquiridos meia hora antes do início da sessão, sendo R$10 a interiera e R$5 a meia entrada.
Nosso cinema funciona de terça a domingo e os ingressos podem ser adquiridos no local ou no site ingressos.com a R$10,00. Estudantes, idosos, pessoas com deficiência, bancários sindicalizados e jornalistas sindicalizados pagam R$5,00. Aceitamos os cartões Banricompras, Visa e Mastercard.
SINOPSE A FAMÍLIA DIONTI 
Melissa e Gustavo atravessam o Oceano Atlântico em busca de uma vida nova em Berlim. Eles seguem seu caminho fazendo filmes, amizades e música, mas um segredo revelado faz o medo vir à tona. Eles perdem o rumo, até o dia em que encontram um portal para o cosmos, expandindo a travessia para além do tempo e do espaço.

FICHA TÉCNICA
Brasil / 2015 / 96min
Direção/Roteiro: Alan Minas
Produção executiva: Daniela Vitorino
Fotografia: Guga Millet
Montagem: Livia Serpa
Edição de Som e Mixagem: Felipe Paszkiewicz
Direção de arte: Oswaldo Eduardo Lioi
Figurino: Marcela Poloni
Trilha sonora: Clower Curtis
Música original: Clower Curtis
Pós-produtor de finalização: Roni Rodrigures
Produtora: Caraminhola
Produções Artísticas Ltda. Elenco: Antônio Edson, Gero Camilo, Murilo Quirino, Anna Luiza Marques, Bernardo Lucindo, Bia Bedran, Neila Tavares, Fernando Bohrer e Alisson Minas.

SINOPSE MUITO ROMÂNTICO 
Melissa e Gustavo atravessam o Oceano Atlântico em busca de uma vida nova em Berlim. Eles seguem seu caminho fazendo filmes, amizades e música, mas um segredo revelado faz o medo vir à tona. Eles perdem o rumo, até o dia em que encontram um portal para o cosmos, expandindo a travessia para além do tempo e do espaço.

FICHA TÉCNICA 
Brasil / Alemanha / 2016 / 72 min 
Direção e roteiro: Melissa Dullius e Gustavo Jahn 
Produção: Melissa Dullius, Gustavo Jahn e Gustavo Beck 
Montadores: Melissa Dullius e Gustavo Jahn Designer de 
Produção: Melissa Dullius e Gustavo JahnDistribuição: Vitrine Filmes

terça-feira, 23 de maio de 2017

Cine Especial: Fantaspoa XIII: THE VOID



Sinopse: O policial Carter encontra homem ferido e o leva a um hospital que está prestes a ser fechado. Misteriosos seres encapuzados rodeiam o prédio, aparentemente desencadeando ocorrências estranhas e violentas. Porém, Carter e os sobreviventes acabam descobrindo um terrível segredo no hospital.   

A série da netflix Stranger Things prestou uma bela homenagem para aqueles que curtiam tudo que era de bom vindo da década de 80. Principalmente para aqueles que curtiam um bom filme de terror e que visto hoje dá sempre aquela sensação de nostalgia. The Void vai mais ou menos por esse caminho, sendo mais um filme dessa fase nostalgia, em que os realizadores olham para trás e resgatam a estéticas e o conteúdo daquele período que funcionava com perfeição.   
The Void é uma produção independente fruto de crowdfunding, escrito e dirigido pela dupla Jeremy Gillespie e Steven Kostanski que sempre estiveram envolvidos com a parte visual de grandes produções. Gillespie fez parte da equipe de direção de arte de Circulo de Fogo (2013) e da série Hannibal por exemplo. Já Kostanski tem uma filmografia bem mais expressiva sendo responsável pelos efeitos especiais de maquiagem de Nurse 3D (2014), Hannibal (a série), Clown (2014), ABC Da Morte 2 (2014), A Colina Escarlate (2015) e mais recentemente Esquadrão Suicida (2016).
Embora tenha sido feito no ano passado, visualmente o filme nos engana, já que ele possui uma estética dos anos 80 que vai muito além que o próprio Stranger Things e indo pelo caminho da quase perfeição. Aliás, é mais do que explicito que os realizadores são grandes fãs de diretores de filmes de horror daquela década como, por exemplo, John Carpenter (Fuga de Nova York), pois a todo o momento surgem cenas que da quais nos faz lembrar as obras do diretor e de outros cineastas. Começando como uma espécie de Assalto ao 13o.DP (1976), o filme gera uma mistura de referências, que vai desde O Enigma do Outro Mundo (de Carpenter) ao Videodrome (de David Cronenberg) e até mesmo Hellraiser (de Clive Barker).
Além disso, tecnicamente, o filme possui raramente algum efeito digital, sendo moldado com efeitos práticos e muita maquiagem, sendo uma coisa cada vez mais rara hoje em dia, mas ao mesmo tempo muito bem vinda. Com muito gore e violência explicita, o filme é pura tensão do começo ao fim e com certeza irá agradar em cheio o público que procura por algo que fuja do convencional. O final deixa claramente que poderá haver uma continuação, mas isso já é outra história. 
 
NOTA: O filme terá uma reprise dia 01 de Junho as 15horas na Cinemateca Capitólio.



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Cine Dica: Mostra Jerry Lewis

Nas duas últimas semanas de maio a Sala Redenção – Cinema Universitária faz uma homenagem ao ator, comediante, roteirista, produtor e diretor estadunidense Jerry Lewis. O rei da comédia, como ficou conhecido (e que mais tarde seria o título de um de seus filmes), estilo pastelão, fez enorme sucesso tanto no cinema quanto nos palcos. Joseph Joseph Levitch, filho de um ator de Vandeville e de uma pianista, fez sua primeira atuação quando tinha cinco anos. Atuou com Dean Martin nos palcos e em 16 filmes antes de a dupla acabar e Lewis partir para a carreira solo. Foi indicado ao prêmio Nobel da Paz em função de sua militância e doações para a causa da distrofia muscular. Escreveu sua autobiografia, e foi eleito pelo Entreitaimente Weekley como um dos maiores diretores de todos os tempos. Com graves problemas de saúde, ficou 18 anos sem filmar. Em 2013 voltou às telas em Max Rose, que foi exibido no Festival de Cannes no mesmo ano. Dizem que foi Lewis que inventou o video assist system, com o objetivo de ter mais visibilidade como ator e diretor ao mesmo tempo durante a gravação de um filme. De origem judaica, em 1972 realizou, mas não lançou, The Day the Clown Cried. O filme conta a história de um palhaço que leva crianças judias para a câmara de gás até o dia que entra e morre junto com elas. Em 1983 foi chamado por Martin Scorsese para fazer O rei da comédia, ao lado de Robert de Niro. Em 2016, atua em The trust, junto com Nicolas Cage e Elijah Wood.
Dizem que quem lê Monteiro Lobato na infância nunca mais para de ler. No caso do cinema, acreditamos que quem assiste aos filmes de Lewis nunca mais deixa de assistir a filmes, a bons filmes. Essa é a nossa homenagem a Jerry Lewis, nos 30 anos da Sala Redenção.

O quê: Mostra Jerry Lewis
Quando: 22 a 31 Maio
Onde: Sala Redenção – Cinema Universitário (Rua Eng. Luiz Englert, s/n., Campus Central UFRGS
Quanto: Entrada Franca
Coordenação e curadoria da Sala Redenção – Cinema Universitário: Tânia Cardoso de Cardoso
Departamento de Difusão Cultural da UFRGS
Fone (51) 3308-3933

 
O Mocinho Encrenqueiro (The Errand Boy, EUA, 1961, 92 min) Dir. Jerry Lewis
22 de maio – segunda-feira – 16h
O grande estúdio de Hollywood Paramutual Pictures quer saber onde todo seu dinheiro está indo e contratam Morty para ser seu espião. Mesmo sendo gentil e honesto, Morty tem um dom para arranjar confusão, transformando o estúdio em um pandemônio.

Artistas e Modelos (Artists and Models, EUA, 1955, 109 min) Dir. Frank Tashlin
22 de maio – segunda-feira – 19h
23 de maio – terça-feira – 16h
Rick Todd usa o sonho de seu colega de apartamento Eugene como base para uma famosa história em quadrinhos.

Bancando a Ama Seca (Rock-a-Bye Baby, EUA, 1958, 103 min) Dir. Frank Tashlin
23 de maio – terça-feira – 19h
24 de maio – quarta-feira – 16h
Um comum reparador de televisão deve cuidar dos trigêmeos recém-nascidos de sua antiga paixão, agora uma famosa estrela de cinema, para que a carreira dela não sofra.

Errado pra Cachorro (Who's Minding the Store?, EUA, 1963, 90 min) Dir. Frank Tashlin
Norman Phiffier trabalha como atendente em uma grande loja de departamento. Desajeitado e incapaz, ele não consegue fazer nada certo.
25 de maio - quinta-feira – 16h

O Mensageiro Trapalhão (The Bellboy, EUA, 1960, 72 min) Dir. Jerry Lewis 
25 de maio – quinta-feira – 19h
26 de maio - sexta-feira – 16h
Em Miami Beach, o mensageiro mudo Stanley trabalha no luxuoso hotel Fontainebleau. Apesar de ser um empregado útil e amigável, o desajeitado Stanley vive se metendo em confusão por seus erros.

Cinderelo sem Sapato (Cinderfella, EUA, 1960, 91 min) Dir. Frank Tashlin
26 de maio - sexta-feira – 19h

29 de maio - segunda-feira – 16h
Quando seu pai morre, o pobre Fella é deixado à mercê de sua madrasta esnobe e seus dois filhos, Maximilian e Rupert. Enquanto é escravizado por sua desagradável família, Maximilian e Rupert tentam encontrar um tesouro que o pai de Fella supostamente escondeu na propriedade.

O Terror das Mulheres (The Ladies Man, EUA, 1961, 95 min) Dir. Jerry Lewis
29 de maio - segunda-feira – 19h
30 de maio - terça-feira – 16h
Depois de sua namorada trocá-lo por outro homem, Herbert fica bastante depressivo e começa a procurar por um emprego. Ele finalmente encontra-o em uma grande casa cheia de muitas mulheres.

O Professor Aloprado (The Nutty Professor, EUA, 1963, 107 min) Dir. Jerry Lewis
30 de maio - terça-feira – 19h
31 de maio - quarta-feira – 16h
Para melhorar sua vida social, um desajeitado professor toma uma poção que o transforma temporariamente em Buddy Love, belo, mas desagradável homem.

O Otário (The Patsy, EUA, 1964, 101 min) Dir. Jerry Lewis
31 de maio - quarta-feira – 19h
Quando um famoso comediante morre, sua equipe decide treinar um desconhecido para substituí-lo em um grande programa de TV. Porém, o substituto não consegue fazer nada certo.

Tânia Cardoso de Cardoso
Departamento de Difusão Cultural
Coordenadora e curadora da Sala Redenção - Cinema Universitário
tania.cardoso@difusaocultural.ufrgs.br
www.difusaocultural.ufrgs.br
www.salaredencao.com

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segunda-feira, 22 de maio de 2017

Cine Dica: Em Cartaz: CORRA!

Sinopse: Chris é um jovem negro que namora uma branca. Ele vai conhecer os pais dela e está nervoso com a situação, pois acredita que eles não vão gostar dele justamente pelo fato de ser negro. Ao chegar lá, tudo corre tranquilamente até Chris perceber que nem tudo é o que parece.


Quando se é bem feito, o gênero de horror é um território fértil de boas histórias, onde se tem a possibilidade de se criar uma trama da qual se torne um reflexo sobre a nossa realidade contemporânea. Em tempos incertos, onde um conversador como Trump está no posto mais poderoso do mundo, o cinema se encarrega de lançar obras das quais nos fazem debater sobre os poderosos que nos governam e sobre o papel daqueles que são perseguidos pelo preconceito sem sentido. Mais do que uma obra de terror sobre o racismo em pleno século 21, Corra! é uma metáfora crítica sobre a nosso mundo alienado e cada vez mais absorvido por uma realidade plástica do qual os meios de comunicação tentam nos vender no dia a dia.
Dirigido pelo estreante Jordan Peele, o filme acompanha a ida do casal Cris (Daniel Kaluuya) e Rose (Allison Williams) à casa dos pais dessa última e para que eles então possam conhecer Cris. Aos estarem na residência, os pais de Rose se comportam de uma forma meio peculiar com o Cris pelo fato dele ser negro. A situação fica cada vez mais mórbida no momento que Cris se dá conta que os empregados do casal agem de uma forma peculiar e sarcástica, como se não vivessem exatamente na realidade dos quais eles se encontram.
Falar mais seria igual a estragar as inúmeras surpresas que o filme nos reserva, principalmente pelo fato de ser uma obra da qual ela é mais bem compreendida após uma segunda sessão e o que torna a experiência cinematográfica cada vez mais interessante. Bebendo da fonte dos mestres do suspense como Alfred Hitchcock, por exemplo, o cineasta Jordan Peele fez bem a sua lição de casa, ao criar uma trama da qual nos identificamos, mesmo quando sua obra foge de uma verossimilhança da qual havia injetado em sua primeira meia hora de projeção. Curiosamente, o filme parece um grande episódio da já cultuada série Black Mirror e essas sensações aumentam ainda mais principalmente pela presença do ator Daniel Kaluuya (visto no segundo episódio da série) que aqui se apresenta como a verdadeira força matriz do filme.
Na trama, o seu personagem Cris é alguém desconfiado perante o mundo em sua volta, como se a perfeição fosse apenas uma cortina da qual esconde uma realidade crua e que vive tentando escapar dela. Essa sensação somente piora no momento em que ele se encontra naquele local misterioso, onde a normalidade e a perfeição se tornam estranhas e até mesmo amedrontadoras. Quando então conhecemos um pouco sobre o seu passado, percebemos que Cris é vitima desde o princípio, não pela possibilidade de ter sofrido o preconceito racial, mas por ter sido absorvido por um determinado meio de comunicação que o deixou adormecido em um momento crucial de sua vida e que o marcou para sempre.
Ponto para o cineasta Jordan Peele, ao conseguir criar um momento simbólico, onde uma simples figura familiar de nosso dia a dia se torna então uma figura maléfica e opressora. Os simbolismos apresentados então no filme se casam com perfeição com a ambigüidade vinda dos personagens daquele local, onde não deixam de escancarar um desejo de curiosidade por Cris, como se ele estivesse numa jaula sendo estudado e para logo depois ser colocado numa prova de choque. Esse cenário é todo moldado pelos pais de Rose (Catherine Keener e Bradley Whitford, ótimos em cena), cujo comportamento de ambos só não é mais estranho graças à presença de outros personagens negros do local, dos quais se comportam como se estivessem deslocados dessa realidade, absorvidos em um tempo retrógrado e já muito esquecidos.
Uma vez que aquela realidade já não faz nenhum sentido, é então que Cris toma uma providência e o que acaba descobrindo o que realmente se passa no local. É então que o filme, surpreendentemente, se encaminha por um território familiar para os fanáticos pelos filmes de terror de antigamente, mas que poderia soar ridículo e sem nenhum sentido nos dias d hoje. Felizmente, a proposta principal do filme fica intacta, mesmo quando o roteiro ameaça se enveredar para o absurdo ou para soluções fáceis e fechando a obra de uma forma que a gente saia da sessão com o desejo de debatermos sobre o que assistimos.
Com a proeza de ter até mesmo algumas boas pitadas de humor, CORRA! nos surpreende pela sua originalidade, mas ao mesmo tempo, sabendo usar velhas fórmulas de sucesso para se criar um belo filme de terror contemporâneo.     


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Cine Especial: Fantaspoa XIII: Hoje à Noite ela Virá



Sinopse: Após uma garota desaparecer, duas de suas amigas e um misterioso grupo de desconhecidos são atraídos até uma cabana na mata na qual ela desapareceu. Eles irão se divertir, irão beber, irão se beijar e todos irão morrer !

Dirigido por Matt Stuertz, o filme é uma homenagem explicita aos filmes de horror dos anos 80. Para aqueles que cresceram vendo, por exemplo, Uma Noite Alucinante, Sexta-Feira 13 e O Massacre da Serra Elétrica irá encontrar no filme inúmeras passagens  que lembram e muito essas obras clássicas. Quanto à trama em si, está mais para uma brincadeira satírica, mesmo que explicita, pois as situações que, vão desde rituais satânicos, possessões e sexo são uma verdadeira piada á todo momento e que serve mais para curtir obra do que levar a sério.
Do elenco, destaque para Jenna McDonald que sobressai toda vez que surge em cena e leva a brincadeira a sério, ao ponto de ter ganhado o prêmio de melhor atriz na A Night Of Horror Internacional Film Festival 2016.

NOTA: O filme terá reprise na quarta (24/05) as 13h30 no Cine Santander Cultural.  



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