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Sapucaia do Sul/Porto Alegre, RS, Brazil
Sócio e divulgador do Clube de Cinema de Porto Alegre, frequentador dos cursos do Cine Um (tendo já mais de 100 certificados) e ministrante do curso Christopher Nolan - A Representação da Realidade. Já fui colaborador de sites como A Hora do Cinema, Cinema Sem Frescura, Cinema e Movimento, Cinesofia e Teoria Geek. Sou uma pessoa fanática pelo cinema, HQ, Livros, música clássica, contemporânea, mas acima de tudo pela 7ª arte. Me acompanhem no meu: Twitter: @cinemaanosluz Facebook: Marcelo Castro Moraes ou me escrevam para marcelojs1@outlook.com ou beniciodeltoroster@gmail.com

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segunda-feira, 2 de janeiro de 2017

Cine Dica: Estreia no Curta! o documentário “O Homem Pode Voar

 Estreia no Curta! o documentário “O Homem Pode Voar – A Saga de Santos Dumont” que traz imagens em movimento inéditas do aviador

PRODUÇÃO CONTOU COM DOIS ANOS DE PESQUISAS EM ARQUIVOS E COLEÇÕES PARTICULARES DE VÁRIAS PARTES DO MUNDO
 
O ano de 2017 começa com estreias no Curta!. Na segunda, dia 2, às 18h30, o canal exibe o documentário inédito na TV “O Homem Pode Voar – A Saga de Santos Dumont”, que revela a trajetória de Alberto Santos Dumont através de imagens garimpadas ao longo de dois anos de pesquisas em arquivos e coleções particulares de várias partes do mundo. Com direção de Nelson Hoineff, o filme apresenta 18 minutos de imagens em movimento de Santos Dumont, sendo a maior parte delas inéditas e narra como o jovem que foi a Paris para acompanhar um tratamento de saúde do pai, no início do século XX, se tornou o ‘pai da aviação’, com o voo do 14 Bis.
 
Na Terça das Artes, dia 3, às 22h25, o Curta! exibe o documentário “Bernardes”, que revela a personalidade afiada, questionadora e bem-humorada do arquiteto Sérgio Bernardes. O longa-metragem, escolhido como finalista do 19º Festival Internacional de Documentários “É tudo Verdade”, em 2014, parte da busca de Thiago Bernardes, neto do arquiteto, por entender as trajetórias profissional, pessoal e filosófica do avô, morto em 2002, aos 82 anos. Arquiteto, urbanista, designer, escritor, poeta e inventor, Sérgio Bernardes multiplicou talentos ao longo de sua trajetória. Ele assinou projetos que fazem parte da identidade de cidades brasileiras, como o Pavilhão de São Cristóvão e os Postos de Salvamento da Orla das praias, no Rio de Janeiro; o Palácio do Governo do Ceará; e o Hotel Tambaú, na Paraíba, além da lendária casa de Lota Macedo Soares, no Rio. 
 
O episódio inédito da série exclusiva “Grandes Cenas”, na Quarta de Cinema, dia 4, às 23h45, analisa a sequência final do filme “O Pântano” (2001), da diretora Lucrecia Martel.  Matheus Nachtergaele apresenta o depoimento do técnico de som Guido Berenblum, que detalha o processo de criação da cena da piscina, na qual o som assume a narrativa, uma característica dos filmes de Lucrecia. Ao final do episódio, a cena é exibida. 
 
Ainda na Quarta de Cinema, a faixa “A Vida É Curta!” resgata três dos principais curtas de ficção apresentados ao longo de 2016. Abrindo essa retrospectiva, “Chapa”, de Fábio Montanari. Vencedor dos prêmios “Aquisição Canal Curta!” e “Porta Curtas” no “Festival Internacional de Curtas de São Paulo” de 2015, “Chapa” conta a história de dois amigos, Chapa e Feola, que são injustamente demitidos da padaria onde trabalharam por mais de 20 anos. Eles decidem se vingar e assaltar o local. Mas precisam terminar antes que o primeiro jogo do Brasil na Copa comece. Depois, é a vez de “Lição de Esqui”. Filmado em Fortaleza, o curta conta a história de dois amigos que discutem, brigam, e conversam quando um deles decide viajar sozinho para o Canadá. “Lição de Esqui” foi escolhido como melhor curta-metragem no Festival de Brasília de 2013. Encerrando a faixa, “Avós”. Em cena, Leo comemora seu décimo aniversário. De uma avó, ele ganha meias; da outra, cuecas. Do avô, Leo recebe uma velha câmera Super-8, através da qual relata a tentativa de trocar os presentes com as avós. Nesse meio tempo, descobre que Mônica Lewinsky é judia, que Clinton é o presidente da América, que os números nos braços dos avós são os responsáveis por ele ser gordinho e que a tal câmera velha não serve para mais nada. 
 
O economista e ambientalista Sérgio Besserman conversa com representantes religiosos sobre o papel da prática espiritual na vida de crianças e adolescentes no episódio inédito da série exclusiva “No Caminho do Bem”, na Quinta do Pensamento, dia 5, às 23h. Besserman questiona como a fé impacta o dia a dia da criança, como as instituições religiosas devem lidar com a individualidade dos jovens fiéis e a forma com que a juventude atual lida com a espiritualidade. “No Caminho do Bem” é uma produção da Giros, dirigida por Belisario Franca e financiada pelo Fundo Setorial do Audiovisual (PRODAV 01/2013).
 
 
SEGUNDA DA MÚSICA
O Homem Pode Voar - A Saga de Santos Dumont  (Documentário)
Neste documentário de Nelson Hoineff é mostrada a contribuição do brasileiro Alberto Santos-Dumont ao mundo da aviação. Desde sua chegada a Paris, quando foi acompanhar o tratamento de saúde do pai até o momento em que decola em definitivo com o 14 Bis, o filme faz um resgate em imagens que muitos julgavam estarem perdidas ou mesmo inexistentes. Com uma narração que lembra uma matéria jornalística, "Santos Dumont - O Homem Pode Voar" contextualiza o trabalho do brasileiro junto às inovações da aviação no século XX.
 
 
Diretor: Nelson Hoineff
Duração: 75 min.
Estreia: 02 de janeiro, segunda-feira, às 18h30.
Classificação: Livre
Horários alternativos:
Dia 03 de janeiro, terça-feira, às 4h30 e às 12h30;
Dia 04 de janeiro, quarta-feira, às 6h30;
Dia 08 de janeiro, domingo, às 16h.
 
 
TERÇA DAS ARTES
Bernardes (Documentário)
Com narrativa não linear, o filme aborda de forma contundente e clara a polêmica vida profissional e familiar do arquiteto, urbanista, designer, escritor, poeta e inventor, Sergio Bernardes. Um homem de personalidade afiada e corajosamente inventiva, questionadora e extremamente bem-humorada.
 
Diretores: Gustavo Gama Rodrigues e Paulo de Barros
Duração: 85 min
Exibição: 03 de janeiro, terça-feira, às 22h25.
Classificação: Livre
Horários alternativos:
Dia 04 de janeiro, quarta-feira, às 2h25 e às 16h25;
Dia 05 de janeiro, quinta-feira, às 10h25;
Dia 07 de janeiro, sábado, às 22h20.
 
 
 
QUARTA DE CINEMA
A faixa “A Vida é Curta!” apresenta uma pequena retrospectiva de curtas focados na ficção: “Chapa”, “Lição de Esqui” e “Avós”. Em “Chapa”, a história de dois funcionários de uma padaria que decidem assaltar o antigo local onde trabalhavam por mais de 20 anos, mas precisam terminar antes que o primeiro jogo do Brasil na Copa comece. Em “Lição de Esqui”, dois amigos discutem, brigam e conversam quando um deles decide viajar sozinho para o Canadá. Encerrando a faixa, “Avós”. Leo comemora seu décimo aniversário. De uma avó, ele ganha meias; da outra, cuecas. Do avô, Leo recebe uma velha câmera Super-8, através da qual relata a tentativa de trocar os presentes com as avós.
Exibição: 04 de janeiro, quarta-feira, às 20h
Classificação: Livre
Horários alternativos:
Dia 05 de janeiro, quinta-feira, às 00h e às 14h;
Dia 06 de janeiro, sexta-feira, às 8h;
Dia 07 de dezembro, sábado, às 14h.
 
 
Grandes Cenas – Série
Uma grande cena é aquela que não se define apenas na relação com as demais. Uma grande cena é aquela que contém em si um filme à parte, um universo à parte, capaz de alterar nossa sensibilidade e perdurar na nossa memória. Com o objetivo de resgatar o apreço por essa unidade fundamental que é a cena, a série Grandes Cenas busca analisar cenas memoráveis do cinema brasileiro. 
 
Episódio inédito – “O Pântano”
O técnico de som Guido Berenblum detalha o processo de criação da cena da piscina em “O Pântano” (La Ciénaga, 2001), filme de Lucrecia Martel, uma diretora que encontra no som a grande força motriz para suas narrativas. 
 
Diretores: Ana Luiza Azevedo e Vicente Moreno
Duração: 15 min
Estreia: 04 de janeiro, quarta-feira, às 23h40.
Classificação: Livre
Horários alternativos:
Dia 05 de janeiro, quinta-feira, às 3h40 e às 17h40;
Dia 06 de janeiro, sexta-feira, às 11h40;
Dia 07 de janeiro, sábado, às 22h.
 
 
QUINTA DO PENSAMENTO
No Caminho do Bem – Série
A partir da rotina de fieis e da conversa do apresentador Sergio Besserman com representantes religiosos, "No Caminho do Bem" nos revela como as diversas doutrinas religiosas professadas no Brasil se posicionam diante de questões inerentes ao espírito humano.
 
Episódio inédito - Infância e Juventude
A forma como as religiões entendem a infância e a adolescência é o tema deste episódio de No Caminho do Bem. Jovens fiéis contam como encaram a espiritualidade e representantes religiosos comentam sobre a importância da formação religiosa desde a infância. 
 
 
Diretores: Bárbara Kahane e Belisario Franca 
Duração: 52 min
Estreia: 05 de janeiro, quinta-feira, às 23h.
Classificação: Livre
Horários alternativos:
Dia 06 de janeiro, sexta-feira, às 3h e às 17h;
Dia 07 de janeiro, sábado, às 12h;
Dia 08 de janeiro, domingo, às 23h.

 
SEXTA DA SOCIEDADE
Pra Onde Corre o Rio – Baía de Guanabara – Parte I (série)
O biólogo Mario Moscatelli expõe a saga do projeto de despoluição da Baía de Guanabara, que já dura mais de 20 anos e novamente não foi concluído conforme prometido para as Olimpíadas. 
 
 
Diretora: Paula Fiuza 
Duração: 32 min.
Exibição: 06 de janeiro, sexta-feira, às 23h30.
Classificação: Livre.
Horários alternativos:
Dia 07 de janeiro, sábado, às 3h30;
Dia 08 de janeiro, domingo, às 13h45;
Dia 09 de janeiro, segunda-feira, às 1h30 e às 17h20.
 
Sobre o Curta!
Dedicado às artes, cultura e humanidades, o Curta! é um canal independente que acolhe a experimentação e se orgulha de ser um parceiro dos realizadores, artistas, criadores e produtores independentes. Com o compromisso de transmitir 12 horas por dia de programação nacional independente, os principais segmentos temáticos da programação são música, dança, teatro, artes visuais, meta-cinema, filosofia, literatura, história-política e sociedade.
O Curta! pode ser visto nos canais 56 da NET, 56 na Claro TV, 76 na Oi TV, na GVT e Vivo como canal opcional à la Carte, 132 e 664, respectivamente. Siga as redes do canal nos endereços: www.facebook.com/CanalCurta, twitter.com/CanalCurta e www.youtube.com/user/canalcurta.
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quinta-feira, 29 de dezembro de 2016

Cinematv: Agradecimentos, Resistência e um feliz 2017

Uma última palavra para todos os cinéfilos que me acompanharam nesse ano e um feliz 2017.  


Em memoria de:  


Debbie Reynolds, 1er avril 1932 - 29 décembre 2016.
Carrie Fisher, 21 octobre 1956 - 27 décembre 2016.


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Cine Dicas: Estreias do final de semana (29/12/16)

Animais Noturnos 

Sinopse: Susan (Amy Adams) recebe do ex-marido o esboço de um livro que está escrevendo, intitulado Nocturnal Animals. A obra gira em torno de um pai de família (Jake Gyllenhaal), cujas férias termina de forma violenta e o caso acaba sendo investigado por um policial (Michael Shannon).


Invasão Zumbi 

Sinopse: Em um trem de alta velocidade com destino à cidade de Busan, um vírus que transforma as pessoas em zumbis, se espalha. A cidade conseguiu com sucesso se defender da epidemia, mas agora eles devem lutar pelas suas sobrevivências.
Leia a minha crítica já publicada clicando aqui. 

ESTADOS UNIDOS PELO AMOR

Sinopse: Na Polônia, em 1990, o país vive um momento eufórico de liberdade e incerteza com o futuro. Nesse contexto, quatro mulheres decidem mudar suas vidas e lutar por suas felicidades. Agata (Julia Kijowska) é uma jovem mãe em um casamento infeliz que se refugia em um relacionamento impossível. Renata (Dorota Kolak) é uma velha professora fascinada por sua solitária vizinha Marzena (Marta Nieradkiewicz). Iza (Magdalena Cielecka), irmã de Marzena, é uma diretora apaixonada pelo pai de um dos seus alunos.


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quarta-feira, 28 de dezembro de 2016

Cine Dica: Em Cartaz

Confiram as minhas útimas críticas de cinema em 2016

Minha Mãe é uma Peça 2

Sinopse: Dona Hermínia (Paulo Gustavo) está fazendo sucesso na carreira de apresentadora de TV, mas sua vida amorosa está incerta. Ela tem se aventurado em novos relacionamentos e Carlos Alberto (Herson Capri) quer reatar o casamento. O problema é que Hermínia não se sente muito preparada para engatar um namoro ou até casamento, pois tudo o que lhe importa são os filhos Juliano (Rodrigo Pandolfo) e Marcelina (Mariana Xavier).

Embora eu não seja muito fã de comédia brasileira, e com razão, quando uma surge e que me faça realmente rir então tem coisa boa ali. Quando Minha Mãe é uma Peça estreou em 2013 me pegou de surpresa, pois embora a trama não traga nada de original, o filme possui alma e talento extraordinário de Paulo Gustavo, que nada mais é que uma entidade presente em cada cena que atua com a sua Dona Hermínia. Em Minha Mãe é uma Peça 2, além de ser superior, não possui a responsabilidade de apresentar novamente a personagem para o cinéfilo e estando livre então para nos fazer rir em cada palavra que solta na tela.
A trama é basicamente simples, onde mostra Hermínia colhendo frutos ao ter se tornado apresentadora de tv, mas ao mesmo tempo enfrentando mudanças no horizonte. Enquanto a sua tia sofre com a saúde debilitada, os seus filhos tentam sair da sombra da mãe e seguir suas próprias vidas. O que vemos então é Hermínia tentando se reajustar essa nova realidade e gerando situações cômicas.
É basicamente isso e o roteiro (autoria do próprio Paulo Gustavo) faz questão de não inventar muito, pois sabe que a sua personagem é o suficiente estando em cena e fazendo com que a gente ria a todo momento. Basicamente é uma cruzada de redenção da personagem que se encaminha para uma nova realidade e fazendo com que a gente torça para que ela alcance o equilíbrio da situação. O filme somente peca quando dá espaço para figuras globais que, nem sequer são atores, mas estão ali somente para divulgar determinado programa dispensável da emissora.
Com pouco mais de uma hora de duração, Minha Mãe é uma Peça 2 é  uma divertida comédia na medida certa e que assim como o seu antecessor não ofende a nossa inteligência.


Capitão Fantástico

Sinopse:Ben (Viggo Mortensen) decidiu se isolar da sociedade para que seus seis filhos crescessem livres, educados ali mesmo, sem contato com as “perversões” da vida moderna. Quando sua esposa adoece, ele é confrontado por pessoas que consideram seu modo de vida prejudicial às crianças e acaba retornando à civilização com os filhos.

É raro quando um filme consegue ser poderoso em todos os pequenos detalhes do seu desenvolvimento. Partindo de um núcleo familiar, Capitão Fantástico trabalha com a filosofia de modo a criar camadas no que diz respeito à crítica ao consumismo, padrão de vida imposto pela sociedade e relação dos pais para com seus filhos. O diretor Matt Ross, que assina também o roteiro, parece ter uma ligação profunda com a história, transparecendo carinho com a sua criação e, como consequência, encanta em todos os aspectos.
O estilo de vida hippie é visto, por diversas pessoas, como uma forma de protesto ou até mesmo coragem, de fato existe uma ligação direta com o desprendimento.  Todos os atores estão excelente, inclusive os mais novos, com destaque para Viggo Mortensen (da trilogia O Senhor dos Anéis) entrega uma performance maravilhosa e cheia de carisma, ao ponto de fazer com que achemos natural tudo o que ele se propõe a fazer. Atuação digna de prêmios.
Capitão Fantástico é uma verdadeira montanha-russa de emoções que liga dois mundos extremamente diferentes, um despojado de bens materiais mas que transmite paz, o outro com a correria de um dia a dia caótico, com miúdos à mesa a mexerem nos smartphones.


 O Mestre e o Divino

Sinopse:Dois cineastas retratam a vida na aldeia e na missão de Sangradouro, Mato Grosso: Adalbert Heide, um excêntrico missionário alemão, que, logo após o contato com os índios, em 1957, começa a filmar com sua câmera Super-8, e Divino Tserewahú, jovem cineasta Xavante, que produz filmes para a televisão e festivais de cinema desde os anos 90. Entre cumplicidade, competição, ironia e emoção, eles dão vida a seus registros históricos, revelando bastidores bem peculiares da catequização indígena no Brasil.

Vencedor dos prêmios de melhor documentário, montagem e trilha sonora no Festival de Brasília 2013, O mestre e o divino, de Tiago Campos, coloca em paralelo não só dois personagens como duas visões de mundo sobre os indígenas – traduzindo o grande objetivo do projeto da ONG Vídeo nas Aldeias, do qual faz parte, que nestes 30 anos gerou cerca de 70 filmes.
De um lado, está o padre alemão Adalbert Heide, salesiano que há quase 60 anos veio para o Mato Grosso, para missão religiosa em Sangradouro. Nestas quase seis décadas, catequizou e alfabetizou xavantes, aprendeu sua língua, organizou projetos agrários e, principalmente, filmou em super-8 suas festas, costumes e a natureza ao redor. Sua integração entre eles valeu-lhe um nome xavante, Tsa Amri (que quer dizer “monte alto”).
De outro lado, está Divino Tserewahu, cineasta xavante, que realiza filmes desde os anos 1990. Educado no extinto internato dos salesianos, Divino aproximou-se do cinema por meio de Adalbert, de quem era assistente nas projeções realizadas pelo padre – mostrando não só filmes locais como atrações internacionais, como o faroeste alemão Winnetou (A lei dos apaches), de 1963, que retrata a amizade entre um caubói germânico e um apache (e que, nas sessões, recebia tradução simultânea do próprio Heide).
Entre cumplicidade, competição, ironia e emoção, eles dão vida a seus registros históricos, revelando bastidores bem peculiares da catequização indígena no Brasil. Colonização e raízes indígenas, conflitos e contradições pessoais são a matéria-prima desse filme que merece uma conferida. 


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