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Sapucaia do Sul/Porto Alegre, RS, Brazil
Sócio e divulgador do Clube de Cinema de Porto Alegre, frequentador dos cursos do Cine Um (tendo já mais de 100 certificados) e ministrante do curso Christopher Nolan - A Representação da Realidade. Já fui colaborador de sites como A Hora do Cinema, Cinema Sem Frescura, Cinema e Movimento, Cinesofia e Teoria Geek. Sou uma pessoa fanática pelo cinema, HQ, Livros, música clássica, contemporânea, mas acima de tudo pela 7ª arte. Me acompanhem no meu: Twitter: @cinemaanosluz Facebook: Marcelo Castro Moraes ou me escrevam para marcelojs1@outlook.com ou beniciodeltoroster@gmail.com

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terça-feira, 29 de setembro de 2015

Cine Curiosidade: JOHNNY DEPP MOSTRA A FÚRIA DE "WHITEY" BULGER EM NOVO VÍDEO DE ALIANÇA DO CRIME

O drama é dirigido por Scott Cooper e tem estreia prevista para 12 de novembro
A Warner Bros. Pictures divulga novo conteúdo do drama Aliança do Crime. No vídeo, James “Whitey” Bulger aparece jantando com um agente chefe do FBI, John Morris (David Harbour), e revela seu lado obscuro e persuasor.

O três vezes indicado ao Oscar Johnny Depp (“Sweeney Todd – O Barbeiro Demoníaco da Rua Fleet”, “Em Busca da Terra do Nunca” e os filmes da série “Piratas do Caribe”) interpreta o notório mafioso James “Whitey” Bulger no drama Aliança do Crime, digirido por Scott Cooper (“Coração Louco”).
O filme também é estrelado por Joel Edgerton (“O Grande Gatsby”, “A Hora Mais Escura”) como o agente do FBI John Connolly; pelo indicado ao Oscar Benedict Cumberbatch (“O Jogo da Imitação”) como o poderoso senador Billy Bulger, irmão de Whitey; Rory Cochrane (“Argo”) como Steve Flemmi, o parceiro mais próximo de Whitey no crime; Jesse Plemons (série de TV “Fargo”) como Kevin Weeks, o principal capanga de Whitey; e Kevin Bacon (“Amor a Toda Prova”, série de TV “The Following”) como o Agente Especial Encarregado do FBI, Charles McGuire.
Na região sul de Boston nos anos 1970, o agente especial do FBI John Connolly (Edgerton) convence o mafioso irlandês Jimmy Bulger (Depp) a colaborar com o FBI a fim de eliminar um inimigo em comum para as duas partes: a máfia italiana. O drama conta a história desta inusitada aliança que saiu do controle, permitindo que Whitey descumprisse leis impunemente enquanto consolidava seu poder, tornando-se um dos gângsteres mais cruéis e perigosos da história de Boston.
Cooper dirige Aliança do Crime a partir do roteiro de Mark Mallouk e Jez Butterworth, baseado no livro de Dick Lehr e Gerard O’Neill. John Lesher, Brian Oliver, Scott Cooper, Patrick McCormick e Tyler Thompson são os produtores do longa, com Brett Ratner, James Packer, Peter Mallouk, Ray Mallouk, Christopher Woodrow, Brett Granstaff, Gary Granstaff, Phil Hunt Compton Ross como os produtores executivos. 
O filme também conta com W Earl Brown (“A Grande Escolha”) como Johnny Martorano, o assassino comandado por Bulger; David Harbour (“Marcados para Morrer”) como o agente do FBI John Morris, que é cúmplice no acordo entre Bulger e Connolly; Dakota Johnson (“Cinquenta Tons de Cinza”) como Lindsey Cyr, antiga namorada de Whitey e mãe do seu único filho; Julianne Nicholson (“Álbum de Família”) no papel da esposa de John Connolly, Marianne; Corey Stoll, (“O Legado Bourne”) como o promotor federal Fred Wyshak; Peter Sarsgaard (“Blue Jasmine”) como Brian Halloran; Adam Scott (da série “Parks and Recreation” da ABC) como o agente do FBI Robert Fitzpatrick; e Juno Temple (“Malévola”) como a jovem amante de Flemmi, que também é sua enteada, Deborah Hussey.
A equipe criativa por trás das câmeras inclui o diretor de fotografia Masanobu Takayanagi (“O Lado Bom da Vida”, “Tudo por Justiça”), a designer de produção Stefania Cella (“A Grande Beleza”), o editor indicado ao Oscar David Rosenbloom (“O Informante”) e a figurinista Kasia Walicka-Maimone (“Foxcatcher – Uma História que Chocou o Mundo”). 
Aliança do Crime é uma apresentação da Warner Bros. Pictures em associação com a Cross Creek Pictures e a RatPac Entertainment, uma produção da Cross Creek em associação com a Le Grisbi Productions, Free State Pictures e Head Gear Films. O filme tem estreia prevista para 12 de novembro de 2015 no Brasil e será distribuído pela Warner Bros. Pictures, uma empresa da Warner Bros. Entertainment Company. 
Links para o vídeo:

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QuickTime
  
http://pdl.warnerbros.com/wbol/movies/black_mass/first_look/bpo_sub/black_mass_intl_first_look_bpo_sub_z3g7b8_qt_1080.mov
http://pdl.warnerbros.com/wbol/movies/black_mass/first_look/bpo_sub/black_mass_intl_first_look_bpo_sub_z3g7b8_qt_480.mov
http://pdl.warnerbros.com/wbol/movies/black_mass/first_look/bpo_sub/black_mass_intl_first_look_bpo_sub_z3g7b8_qt_720.mov
  


 Para mais informações à imprensa:

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segunda-feira, 28 de setembro de 2015

Cine Dica: Em Blu-Ray, DVD, Netflix e locação via TV a Cabo: Cobain: Montage of Heck



Sinopse: Documentário sobre o vocalista, guitarrista e compositor Kurt Cobain, líder do Nirvana. Com acesso a arquivos pessoais e depoimentos de familiares de Cobain - inclusive com a participação da filha dele com Courtney Love, Frances -, o filme conta do início até a ascensão de sua carreira, apresentando diversas canções, algumas delas inéditas. O retrato íntimo de um artista que raramente se revelou para a mídia.


Não importa qual área, seja da música, cinema ou até mesmo da pintura, o artista de enorme talento que se preze possuí um dom tão retumbante que, por vezes, o seu corpo que veio ao mundo não consegue administrar tamanha energia, independente de onde ela venha. Com isso, é comum vermos cantores ou atores estarem sempre no auge, mas que, gradativamente, vão sucumbindo ao mundo das drogas, violência e por fim a sua morte. São muitos os exemplos de mestres da área que, tiveram vida curta, mas deixaram a sua marca na história e Kurt Cobain foi um desses deuses da música que fez história, mas que o seu corpo e mente não foram fortes o suficiente para mantê-lo na terra.
Dirigido por Brett Morgen (O Show Não Pode Parar) o documentário promove uma verdadeira analise sobre a vida e a obra de Kurt Cobain, vocalista, guitarrista e compositor da banda Nirvana, que se tornou um dos maiores sucessos da música entre os finais dos anos 80 e início dos anos 90. O filme vai desde o princípio, mais precisamente nos primeiros anos de vida de Kurt, num período (anos 60) em que os EUA e o mundo estavam mudando drasticamente, assim como os costumes das pessoas e na convivência um com o outro do dia a dia. Talvez, essas mudanças que vê vieram através do termo “paz e amor” daquele período, não tenham causado muito efeito nos primeiros anos de Kurt, pois ele buscava amor e atenção, mas seus pais nunca souberam como fazer isso exatamente.
Rebelde, cheio de energia e um desejo de dizer muitas poucas e boas ao mundo, Kurt sempre se expressava como ninguém pela sua guitarra, assim como em seus desenhos e poesias. Através deles, além de gravações de áudio que continham palavras do próprio, o documentário cria uma animação que melhor retratasse os seus anos rebeldes ao lado de seus amigos, mas que ao mesmo tempo, mostrava o quanto ele sofria por não ser compreendido e não conseguir saber expressar da forma que ele queria. Um dos momentos mais marcantes do início do filme, é quando Kurt confessa que, tentou se matar nos trilhos do trem e isso é retratado na animação de uma forma impactante.
Através de depoimentos de familiares, amigos e parceiros, conhecemos um pouco mais sobre Kurt, em momentos dos quais ele não havia deixado nenhum registro para ser ouvido ou retratado. É interessante observar que, embora todos tenham sido próximos ao cantor, nem mesmo eles sabiam com certeza o que se passava em sua mente. O documentário, por vezes, mostra o quanto Kurt era apreensivo com o seu verdadeiro “eu’ por dentro, através de imagens aonde mostram o interior do corpo humano, enlaçando com desenhos, pinturas, bonecos de argila e tudo aquilo do qual ele conseguia se expressar, ao invés de usar palavras saídas de sua própria boca. 
No auge do sucesso de Nirvana, parecia que ninguém poderia conter Kurt, ou saber pelo menos domar a fera que havia em seu interior. Mas coube atriz e cantora Courtney Love saber domar e corresponder tudo que vinha do cantor. Ambos se apaixonaram, casaram e tiveram uma filha, Frances Bean Cobain, (que aqui trabalhou como produtora executiva) e parecia que a vida e carreira ficariam nos eixos, se não fosse à mídia oportunista.
Durante a gravidez, e até mesmo após o nascimento de Frances, o casal era sempre fonte de fofocas que, por vezes, eram infundadas. O documentário faz questão de exibir vídeos caseiros do casal que, embora aparentem terem vivido uma vida da qual não existia nenhum freio para conter os seus desejos, não chegava nem perto das lendas urbanas das quais a imprensa somente aumentava para vender revistas. Isso fez com que Kurt se tornasse mais inquieto, melancólico e cada vez mais se acomodando em seu universo particular.
O final disso tudo talvez todo mundo já saiba, mas o documentário veio para mostrar um Kurt Cobain até então inédito aos olhos do público. Acima de tudo, ele era um gênio, mas ao mesmo tempo humano, com desejo de sempre ser acolhido, mas que infelizmente o mundo e as pessoas dentro dele não souberam como fazer isso. Com as melhores músicas de sucesso ao fundo no decorrer da projeção, Cobain: Montage of Heck é uma sincera e crua homenagem a um dos maiores cantores da história, mas ao mesmo tempo um cartão de visita para os fãs conhecerem quem era realmente o seu ídolo, seja ele por dentro ou por fora. 



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Cine Dica: MARIO BAVA: Maestro do Macabro


Apresentação

Ao longo de quatro décadas, do início dos anos 1940 ao final dos 70, o diretor de fotografia, técnico de efeitos especiais e cineasta Mario Bava (1914-1980) escreveu, com uma imaginação visual única, o seu nome na história do cinema de horror, e também no cinema popular italiano, do qual foi o mestre maior, desbravando o caminho para uma geração de diretores cultuados, como Dario Argento e Lucio Fulci. Nos últimos anos, graças ao trabalho dedicado de pesquisadores como o norte-americano Tim Lucas, seu principal biógrafo, e a ótimas restaurações que possibilitaram o lançamento de praticamente todos os seus filmes em versões integrais no mercado de vídeo doméstico, a extensa obra de Bava, que inclui mais de 20 longas-metragens somente na função de diretor, começou a receber o reconhecimento que merece pelo mundo, com a publicação de inúmeros estudos críticos, organização de retrospectivas, etc.


Seu frutífero legado pode ser visto não apenas em inúmeros elogios e citações, mas também nos filmes de famosos cineastas que estão entre seus confessos admiradores: Tim Burton (BatmanA Lenda do Cavaleiro Sem Cabeça), Joe Dante (O Buraco), Martin Scorsese (A Última Tentação de CristoCabo do Medo), Federico Fellini (Julieta dos EspíritosHistórias Extraordinárias) e David Lynch (Twin Peaks). Portanto, não causa nenhuma surpresa a bela homenagem a Bava realizada pela cineasta neozelandesa Jennifer Kent no recente e ótimo The Babadook (2014).


Sendo assim, hoje, mais do que nunca, é fundamental que todos os interessados e estudiosos pela história e crítica não apenas do cinema de gênero como também do cinema de autor vejam, revejam e compreendam os filmes de Mario Bava, o “Hitchcock da Cinecittà” e um dos monstros incontornáveis da criação cinematográfica.
                                     
Objetivos

O curso Mario Bava: Maestro do Macabro, ministrado por Fernando Brito, vai apresentar um panorama da vida e da obra de Mario Bava dentro do contexto histórico do cinema popular italiano, e também buscar compreender o estilo visual do diretor, a partir da análise de cenas de seus principais filmes e, por fim, discutir sua enorme influência em outros cineastas.

Conteúdo das aulas

AULAS 1 e 2 (10/Outubro)
  • Apresentando Mario Bava: por que “maestro do macabro”?
  • Uma família de artistas italianos: o aprendizado com o pai Eugenio Bava, escultor, cenógrafo e diretor de fotografia.
  • Os primeiros anos, a atuação como diretor de fotografia, técnico de efeitos especiais e operador de câmera, e o trabalho com grandes cineastas como Roberto Rossellini, Raoul Walsh, Steno, Mario Monicelli, G. W. Pabst, Mario Camerini e Jacques Tourneur.
  • Diretor de fotografia, diretor ou codiretor de Os Vampiros Caltiki – O Monstro Imortal?
  • Um dos melhores filmes de estreia de todos os tempos: A Maldição do Demônio.
  • Anos 60 – o gótico e “todas as cores da escuridão”: O Chicote e o CorpoAs Três Máscaras do Terror e O Ciclo do Pavor.
  • Anos 60 – a criação do giallo: o episódio “O Telefone” de As Três Máscaras do TerrorA Garota que Sabia Demais Seis Mulheres para o Assassino.
  • Anos 60 – os peplaHércules no Centro da TerraA Vingança dos Vikings Os Punhais do Vingador, e o “Polifemo” da minissérie A Odisseia.
  • Anos 60 – a incursão pelo pop: Bonecas Explosivas Perigo: Diabolik.
  • Anos 60 – paradigma de sci-fi “B” e “pai” do AlienO Planeta dos Vampiros.
  • Anos 60 – os obscuros faroestes spaghettiA Estrada do Forte AlamoRingo del Nebraska e Roy Colt & Winchester Jack.


AULAS 3 e 4 (11/Outubro)
  • Anos 70 – novas explorações estéticas: O Alerta Vermelho da LoucuraQuatro Vezes Naquela Noite Cinco Bonecas para a Lua de Agosto;
  • Anos 70 – subvertendo o giallo e antecipando o slasherBanho de Sangue;
  • Anos 70 – a volta ao gótico e o magnífico filme-súmula: Os Horrores do Castelo de Nuremberg e Lisa e o Diabo;
  • Anos 70 – um policial visceralmente moderno – Cães Raivosos;
  • Os últimos anos: ShockA Vênus de Ille e a colaboração com Argento em A Mansão do Inferno;
  • Os discípulos e filhos do maestro do macabro e Bava hoje.

Ministrante: Fernando Brito

Doutor em Literatura Inglesa pela Universidade de São Paulo, com especialização em romance gótico, Fernando Brito é também pesquisador e crítico de cinema, tendo colaborado ao longo de sua carreira com diversas publicações, como a Sci-Fi News Cinema e o extinto Jornal do Vídeo.
Desde 2002, trabalha como curador na Versátil Home Video, onde teve a felicidade de idealizar e supervisionar o lançamento de (por enquanto) dez filmes de Mario Bava em DVD: O Chicote e o CorpoO Ciclo do PavorLisa e o DiaboO Planeta dos VampirosA Maldição do DemônioO Alerta Vermelho da LoucuraA Garota que Sabia DemaisCães RaivososBanho de Sangue Seis Mulheres para o Assassino.
Curso
Mario Bava: Maestro do Macabro
 
de Fernando Brito

Datas
Dias 10 e 11 / Outubro (sábado e domingo)
Horário
Sábado: Aula 1: 14h30 às 16h20 / Aula 2: 16h40 às 18h30
Domingo: Aula 3: 14h30 às 16h20 / Aulas 4: 16h40 às 18h30
Local
Cinemateca Capitólio
(Rua Demétrio Ribeiro, 1085 - Porto Alegre - RS)

Investimento
R$ 80,00
(Inclui: Certificado de participação + Apostila)

INFORMAÇÕES
cineum@cineum.com.br / Fone: (51) 9320-2714
 

sexta-feira, 25 de setembro de 2015

Cine Dica: Em Cartaz: ORESTES



Sinopse:A filha de uma militante política traída e executada, uma defensora da pena de morte e uma enfermeira que lida diariamente com o resultado da violência são alguns dos personagens que se confrontam nesta reflexão sobre os mecanismos da justiça.


Atualmente a resposta dos brasileiros contra o crime tem sido muito agressiva, aonde muitos desejam até mesmo a morte de bandidos através do linchamento. Esse assunto, por vezes, se manifesta em alguns casos, como quando ocorrem confrontos entre policiais e (supostos) criminosos e é então quando entra em cena reflexões sobre o que ocorreu realmente nos tempos da ditadura. No mais novo filme de Rodrigo Siqueira (Terra Deu, Terra Come), Orestes constrói um cenário entre ficção e realidade para voltar no assunto com todo o seu lado complexo do decorrer do tempo.
Inspirado na tragédia Oréstia de Ésquilo com o caso do Cabo Anselmo, agente infiltrado que colaborou para a morte de vários militantes nos anos 1970, entre eles sua companheira Soledad Viedma, o filme estabelece e enlaça outros assuntos similares do passado, presente e cria um mosaico de inúmeros debates e reflexões para serem digeridas gradualmente. Das inúmeras opiniões colocadas na mesa, vários envolvidos com a discussão, basicamente divergem de uma defensora de vitimas da violência que procura explicar de uma forma franca os sentimentos de vingança com o discurso de proteger os inocentes contra os bandidos que devem ser punidos severamente. Nesse ponto, o filme escancara os movimentos de grupos que praticam justiças com as próprias mãos e que acreditam estar acima de qualquer pessoa para praticar tais atos.
Em situações que exploram o lado emocional, as sessões de psicodrama envolvem os mesmos protagonistas, com destaque para a filha de Soledad e suas dores com relação a dúvidas quanto a sua paternidade. No nível jurídico, um julgamento fictício protagonizado por dois advogados põe em debate a culpabilidade de um Orestes fictício que, é baseado no caso de Anselmo e Soledad, e por extensão o perdão aos torturadores facultado pela Lei da Anistia. As cenas filmadas de São Paulo, aonde focam um  urubu voando  e depois por um helicóptero policial representam esse assunto e transformam num verdadeiro  estudo sobre as pulsões latentes na sociedade do passado e de hoje.
Em certo momento do longa, um dos personagens, sobrevivente da ditadura, diz: “Tive que procurar ajuda profissional para arrumar minha cabeça porque eu ia pirar. A questão não era o torturador que me machucou. É o torturador que tinha dentro de mim”. Os padrões de comportamento que são repetidos podem também ser fruto do que em psicologia chamamos de reforço positivo. Aquele que é achacado, assim que mudar de posição, não perderá a chance de dar o troco.
Nesse particular, Rodrigo, que dirigiu e escreveu o documentário, faz importante crítica à Lei da Anistia, que ao perdoar os crimes, chancela a impunidade e deixa livre a possibilidade de que os tais padrões de comportamento continuem acontecendo. A revisão da lei da Anistia proposta pela OAB foi rejeitada pelo STF, ainda em 2010, sob a justificativa de que, “devemos olhar para o futuro não para o passado”, nas palavras de Marco Aurélio Mello. A instância máxima da Justiça falava em transição democrática pacífica. O perdão aos torturadores trouxe uma carga emocional fortíssima para os violados e não propiciou a transição. Ainda vivemos em uma ditadura. Mas as vítimas e os motivos mudaram.
Embora sendo exibido num circuito restrito, Orestes é um documentário para ser visto por todos, onde nós coloca  de frente com o melhor e o pior de nós e resta somente você descobrir quais desses dois lados você mais alimenta. 


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