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Sapucaia do Sul/Porto Alegre, RS, Brazil
Sócio e divulgador do Clube de Cinema de Porto Alegre, frequentador dos cursos do Cine Um (tendo já mais de 100 certificados) e ministrante do curso Christopher Nolan - A Representação da Realidade. Já fui colaborador de sites como A Hora do Cinema, Cinema Sem Frescura, Cinema e Movimento, Cinesofia e Teoria Geek. Sou uma pessoa fanática pelo cinema, HQ, Livros, música clássica, contemporânea, mas acima de tudo pela 7ª arte. Me acompanhem no meu: Twitter: @cinemaanosluz Facebook: Marcelo Castro Moraes ou me escrevam para marcelojs1@outlook.com ou beniciodeltoroster@gmail.com

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sexta-feira, 21 de fevereiro de 2014

Cine Dica: Em Cartaz: 12 Anos de Escravidão




Sinopse: Ganhador Globo de Ouro: Melhor filme Drama.Indicado ao Oscar nas categorias:Melhor filme / Melhor diretor:Steve McQueen / Melhor ator: Chiwetel Ejiofor / Melhor ator coadjuvante: Michael Fassbender / Melhor atriz coadjuvante: Lupita Nyongo / Melhor roteiro adaptado / Melhor figurino / Melhor montagem / Melhor design de produção.12 Anos de Escravidão é baseado na inacreditável verdadeira história de um homem que luta por sobrevivência e liberdade. Na época pré-Guerra Civil dos Estados Unidos Solomon Northup um homem negro livre do norte de Nova York é sequestrado e vendido como escravo. Diante da crueldade e de gentilezas inesperadas Solomon luta não só para se manter vivo mas também para manter sua dignidade. No décimo segundo ano de sua odisseia inesquecível Solomon encontra casualmente com um abolicionista canadense que muda sua vida para sempre.


Steve McQueen até o momento dirigiu pouco, mas já falou muito. Desde o filme Fome de 2008, ele vem ganhando destaque por aqueles que procuram no cinema americano algo no mínimo diferente do convencional. Tanto Fome  como  Shame (2011) são dois dos belos exemplos de cinema, cuja a emoção nasce facilmente naquele que assiste.  Uma das características mais lembradas de McQueen é de sua parceiria com o ator Michael Fassbender, que desde Fome, vem provando que ambos geram frutos genuínos no mundo da sétima arte, como esse 12 anos de Escravidão, que para mim é o melhor trabalho da dupla até então.     

12 anos de Escravidão é um filme, que embora tenha chegado tardiamente, nunca é tarde para nos lembrarmos do horror que foi os tempos da escravatura. Por ser  baseado em uma história real, isso somente aumenta o aperto na garganta quando nos damos de cara com a insanidade do lado mais obscuro do ser humano, daqueles tempos em que se tratava os negros como propriedades inanimadas ou simplesmente animais para serem domesticados. Baseado no livro - que dá título ao filme - escrito pelo próprio Solomon Northup: personagem principal da obra vivido pela atuação espetacular de Chiwetel Ejiofor. Do inicio ao fim, ficamos perguntando por que o ser humano age de formas tão animalescamente grotescas, ao ponto que não tem como achar uma resposta razoável que nos faça sairmos satisfeitos desses pensamentos.  

12 Anos de Escravidão é uma historia simples, mas que infelizmente disseca um período sombrio antes de tempos até mesmo difíceis como da Guerra Civil que iria estourar. Assistimos a historia de Solomon Northup, homem negro livre, casado e pai de um casal de crianças, que certo dia é enganado por dois brancos com a promessa de tocar violino em um circo na Capital e acaba sendo vendido como escravo. Enviado para trabalhar nas fazendas do sul, Solomon enfrenta a realidade crua de milhares de escravos negros, sofrendo todos os abusos físicos e psíquicos oriundos da sociedade escravocrata dominada pelos homens brancos que se diziam serem seus mestres.

12 Anos de Escravidão é recheado por momentos marcantes e que nos fazem ter uma boa dose de reflexão sobre tanto a história dos EUA como também do Brasil que teve a sua época que se vivia da escravidão. É impossível não se encolher e ficar petrificado perante á primeira surra que Solomon recebe em cativeiro logo após ter sido enganado. Embora cruéis e duras de se ver, percebo que as cenas de violência estão ali para tornar o filme melhor do que ele já é, sendo que elas não são jogadas na tela gratuitamente, mas sim elas fazem com que a historia flua de uma forma que não tem como imaginar sem elas     

Da mesma forma que não há muito sangue, pois  McQueen optou por mostrar o terror nos rostos daqueles que eram castigados ao invés de jorrar sangue na tela, sendo que foi uma decisão mais do que acertada. Cria-se então uma ligação entre espectador e os escravos e desejando que eles não estivessem em nenhum momento daquela situação terrível. O chicoteamento que ocorre no ato final da trama realizado pelo Mestre Edwin Epps (Fassbender) contra a escrava (Lupita Nyongo espetacular) é uma das cenas mais marcantes e dolorosas do filme e que se torna cada vez pior, no momento que Solomon é obrigado por seu senhor a chicotear sua companheira.

Uma coisa na qual eu achei curioso  é o fato de haver diferenças  entre a sociedade negra estadunidense: os homens e mulheres negros nascidos livres chamam os escravos de "negros" em tom pejorativo, e não parecem se importar em, eles mesmos, terem escravos. Acho que Steve McQueen foi feliz na escolha de apontar esses preconceitos durante o filme: a obra mostra os dois lados da sociedade escravocrata  com imparcialidade, mas que, obviamente, condena o tratamento dos homens brancos dados aos homens negros. E toda a tristeza que permeia o filme e o espectador se torna em revolta ao final da projeção, quando os letreiros dizem o que ocorreu a Solomon e o julgamento de seus sequestradores.

O que mais me espanta é que fica a pergunta em nossas mentes após vermos o filme: "Será que isso realmente mudou?" Sabemos que os EUA é uma sociedade extremamente racista  e sabemos que o Brasil também  é, sendo que são duas nações que têm sangue de escravos em suas mãos e que parecem não querer lavá-las tão cedo. Por isso, 12 Anos de Escravidão é um filme obrigatório e que merece ser visto. 



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Cine Dicas: Estréias do final de semana (21/02/14)



 Robocop (2014)

Sinopse: Em Robocop o ano é 2028 e o conglomerado multinacional OmniCorp está no centro da tecnologia robótica. No exterior seus drones têm sido usados ??para fins militares há anos mas na América seu uso foi proibido para a aplicação da lei. Agora a OmniCorp quer trazer sua controversa tecnologia para casa e buscam uma oportunidade de ouro para fazer isso. Quando Alex Murphy (Joel Kinnaman) - um marido e pai amoroso e um bom policial que faz seu melhor para conter a onda de crime e corrupção em Detroit - é gravemente ferido no cumprimento do dever a OmniCorp vê sua chance para criar um oficial de polícia parte homem parte robô. A OmniCorp prevê a implantação de um Robocop em cada cidade para assim gerar ainda mais bilhões para seus acionistas mas eles não contavam com um fator: ainda há um homem dentro da máquina. 


                 12 Anos de Escravidão

Sinopse: Ganhador Globo de Ouro: Melhor filme Drama.Indicado ao Oscar nas categorias:Melhor filme / Melhor diretor:Steve McQueen / Melhor ator: Chiwetel Ejiofor / Melhor ator coadjuvante: Michael Fassbender / Melhor atriz coadjuvante: Lupita Nyongo / Melhor roteiro adaptado / Melhor figurino / Melhor montagem / Melhor design de produção.12 Anos de Escravidão é baseado na inacreditável verdadeira história de um homem que luta por sobrevivência e liberdade. Na época pré-Guerra Civil dos Estados Unidos Solomon Northup um homem negro livre do norte de Nova York é sequestrado e vendido como escravo. Diante da crueldade e de gentilezas inesperadas Solomon luta não só para se manter vivo mas também para manter sua dignidade. No décimo segundo ano de sua odisseia inesquecível Solomon encontra casualmente com um abolicionista canadense que muda sua vida para sempre. 


              Clube de Compras Dallas

Sinopse: Ganhadores Globo de Ouro:Melhor ator coadjuvante - Jared Leto / Melhor ator Drama - Matthew McConaughey .brIndicado ao Oscar nas categorias:brMelhor filme / Melhor ator: Matthew McConaughey/Melhor ator coadjuvante: Jared Leto / Melhor roteiro original / Melhor montagem / Melhor maquiagem e cabelo.brbrBaseado em uma história real o filme se passa na década de 1980 e retrata o dia a dia do eletricista texano Ron Woodroof após ser diagnosticado com o vírus da AIDS. Em uma batalha contra a indústria farmacêutica e os próprios médicos Ron procura tratamentos alternativos e passa a contrabandear drogas ilegais do México.


Inside Llewyn Davis - Balada de um Homem Comum

Sinopse:Duas indicações ao oscar:Melhor fotografia e Melhor mixagem de sombrOscar Isaac interpreta um músico em ascensão na trama baseada levemente na vida do nova-iorquino Dave van Ronk (1936 - 2002) rebatizado Llewyn Davis que foi parte fundamental da cena Folk de Greenwich Village nos anos 60.

 
                              Pompéia

Sinopse:Pompeia conta a história épica de Milo (Kit Harington - Game of Thrones) um escravo que tornou-se um gladiador e se encontra em uma corrida contra o tempo. Ele precisa salvar seu verdadeiro amor Cassia (Emily Browning - Sucker Punch: Mundo Surreal) a bela filha de um comerciante rico que foi prometida a um corrupto senador romano em meio a destruição da cidade de Pompeia causada pela erupção do Monte Vesúvio.


Um Conto do Destino
 Sinopse: Situado numa mítica cidade de Nova York há mais de cem anos Um Conto do Destino é uma história de milagres destinos cruzados e a velha batalha entre o bem e o mal.

 


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quinta-feira, 20 de fevereiro de 2014

NOTA: EM BREVE...



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Cine Dica: Mostra Sotigui Kouyate homenageia cultuado ator africano






O CineBancários, com o apoio da Cinemateca da Embaixada da França, traz a Porto Alegre, de 18 a 23 de fevereiro, a Mostra Sotigui Kouyate, com filmes inéditos deste cultuado ator africano. A entrada é franca. 
O nome Sotigui Kouyate significa o sábio do palco. Pertence a uma ilustre família de griots da tradição oral do antigo Império do Mali, incluindo genealogistas, cantores, atores, historiadores.
Apareceu em mais de sessenta filmes e foi o ator favorito do diretor Peter Brook, tendo atuado em A Tempestade, Hamlet, consubstanciando o místico sufi Tierno Bokar. Trabalhou em filmes de Bernardo Bertolucci, Amos Gitai, Jean-Claude Carrière e outros, e dirigiu uma versão de 'Antígona', de Sófocles, com o grupo Mandeka, trupe teatral que ele fundou em 1996. De 1990 a 1996 Kouyaté excursionou pelos Estados Unidos e Europa como La Voix du Griot. Em 2009, Kouyaté ganhou um Urso de Prata no Festival de Berlim por seu trabalho no filme de Rachid Bouchareb, London River. Em 2010, morreu em Paris, um ano após uma doença pulmonar aguda.
Programação:
A coragem dos outros (Le courage des autres), de Christian Richard (Burkina Fasso, 1982, drama histórico, colorido, 92 minutos)
Num passado longínquo, no auge do comércio triangular, em algum lugar da África, um mercado da savana é atacado por cavalheiros africanos que se dedicam ao comércio de escravos.
A Genesis (La Genèse) de Cheick Oumar Sissoko (Mali, 1999, drama, colorido, 99 minutos)
Inspirado no livro sagrado do Gênesis, este filme conta a luta de poder entre duas famílias: um clã de pastores liderado por Jacob e outro clã de caçadores liderado por seu irmão Esaú. Pego no fogo cruzado está seu primo Hamor, e sua tribo de agricultores.
Keïta! a Herança do Griot (Keïta! l'Héritage du Griot) de Dani Kouyaté (Burkina Fasso, 1995, comédia dramática, colorido, 97 minutos)
Enquanto dorme em sua rede, o contador de histórias Djeliba se vê em uma missão em um sonho. Ele deixou a cidade e se estabeleceu no jardim de uma família de classe média moderna. Mabo, a criança da família, é rapidamente intrigado com o velho griot , que prometeu contar a história do seu nome. Um nome que evoca uma história épica, a do fundador do Império de Mandinga, Sundiata Keita, o filho da mulher búfalo.
Little Senegal, de Rachid Bouchareb (Alemanha / Argélia / França, 2000, drama, colorido, 98 minutos).
Apaixonado pela história de seu povo, Alloune que vive na África decide visitar as Américas à procura dos descendentes de seus ancestrais, deportados como escravos, dois séculos atrás. Das plantações do Sul à Little Senegal, um bairro africano do Harlem, Alloune acaba encontrando uma prima distante, Ida, que ignora tudo de seu passado. Guiado pelo desejo de reunir sua família além dos séculos e fronteiras, e levado por seu envolvimento com Ida, ele encontra seu sobrinho Hassan, motorista de taxi clandestino, e sua noiva Eileen, grávida e esquiva; encontra também Karim, disposto a tudo com Amalris para obter sua green card. No filme, aparecem todas as contradições entre a América dos Negros e a África de seus antepassados.
Sotigui Kouyaté, um griot moderno (Sotigui Kouyate, un griot moderne) de Mahamat Saleh Haroun (Chade, 1997, documentário, colorido, 58 minutos)
Bamako, Julho de 1996. Sotigui Kouyate retorna à sua cidade natal para o seu sexagésimo aniversário, depois de trinta anos de ausência.
Grade de Horários:
18 de fevereiro (terça-feira)
15h - Keita! a herança de Griot
17h - A coragem dos outros
19h - Sotigui Kouyaté, um griot moderno
19 de fevereiro (quarta-feira)
15h ? A Genesis
17h - Little Senegal
19h - A coragem dos outros
20 de fevereiro (quinta-feira)
15h - Little Senegal
17h ? A Genesis
19h - Keita! a herança de Griot
21 de fevereiro (sexta-feira)
15h - A coragem dos outros
17h - Sotigui Kouyaté, um griot moderno
19h - Little Senegal
22 de fevereiro (sábado)
15h - Sotigui Kouyaté, um griot moderno
17h - A coragem dos outros
19h ? A Genesis
23 de fevereiro (domingo)
15h - Little Senegal
17h - Keita! a herança de Griot
19h - Sotigui Kouyaté, um griot moderno

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