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Sapucaia do Sul/Porto Alegre, RS, Brazil
Sócio e divulgador do Clube de Cinema de Porto Alegre, frequentador dos cursos do Cine Um (tendo já mais de 100 certificados) e ministrante do curso Christopher Nolan - A Representação da Realidade. Já fui colaborador de sites como A Hora do Cinema, Cinema Sem Frescura, Cinema e Movimento, Cinesofia e Teoria Geek. Sou uma pessoa fanática pelo cinema, HQ, Livros, música clássica, contemporânea, mas acima de tudo pela 7ª arte. Me acompanhem no meu: Twitter: @cinemaanosluz Facebook: Marcelo Castro Moraes ou me escrevam para marcelojs1@outlook.com ou beniciodeltoroster@gmail.com

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terça-feira, 28 de outubro de 2014

Cine Dica: Em Cartaz: Drácula - A História Nunca Contada



Sinopse: A mitologia dos vampiros combinada com a história real do príncipe Vlad e a origem do Drácula.

Em 1992, Francis Ford Coppola surpreendeu com sua visão pessoal sobre Drácula. Criado com a ambição de ser a adaptação mais próxima da obra de Bram Stoker, o cineasta ainda teve a proeza de em poucos minutos (prólogo e o epilogo) em fundir o Drácula histórico (Vlad III, Príncipe da Valáquia) com o Drácula fictício e criando então sua origem definitiva no cinema. Vencedor de 3 Oscar, Drácula de Bram Stoker eu sempre defendi como a ultima melhor versão do personagem para o cinema e ver essa dispensável versão intitulada Drácula - A História Nunca Contada me faz ainda mais aumentar essa defesa.
Não que eu seja contra as novas adaptações, mas elas precisam ser bem dirigidas e que saiba respeitar a inteligência do cinéfilo. Mas parece que a Universal decidiu poupar em termos de orçamento, salários e contrataram um diretor novato (Gary Shore) que mais parece que saiu da área dos vídeos clipes, pois parece que se preocupa mais com os efeitos visuais do que a criação de uma boa historia. Falando nela, ela até que atrai, mas ela acaba se perdendo na forma que ela se encaminha do segundo até o seu ato final.
O grande o problema é dos roteiristas terem injetado na trama justificativas aparentemente plausíveis para os motivos que levaram o príncipe Vlad (Luke Evans) a se tornar no grande vampiro que nós conhecemos. Nós até aceitamos na boa que ele fez um pacto com um antigo vampiro (Charles Dance) para proteger a sua família e o seu reino da tirania dos turcos, mas vê-lo como um quase super herói (com direito de até lembrar Batman em alguns momentos) é meio que forçada de barra dos roteiristas. Funcionou com Malévola nesse ano, mas não significa que a mesma formula funcionária com outro personagem cinematográfico.
Se tornando conhecido por sua participação como mocinho em O Hobbit: A Desolação de Smaug, Luke Evans tem carisma e porte necessário para ser o mais novo astro de filmes de ação e aventuras no momento, mas para isso era preciso que ele estivesse nas mãos certas. Se fosse bem dirigido por um cineasta experiente, Evans teria a faca e o queijo na mão para conseguir a sua consagração . Ele até se força e torcemos por ele, mas só isso não basta.
O resto do elenco eu tenho pouco a dizer de positivo. Se Charles Dance surpreende com a sua voz soturna para o seu personagem Calígula, o mesmo não se pode dizer da mocinha Minera (Sarah Gadon) que de tão sem sal, ela poderia facilmente ter sido substituída por outra atriz facilmente. Nem mesmo uma cena crucial entre ela e o protagonista, que, aliás, o leva a sua queda definitiva pelo desejo de sangue, ajuda melhorar muita coisa. 
O filme só não se torna pior, pois pelo menos ele se sente na obrigação de tentar nos levar a sério e com isso não se torna uma grande piada como foi Van Helsing (2004). Mas ao mesmo tempo em que tenta nos levar a sério, o seu ato final é uma descarada prova que o estúdio Universal estão querendo criar uma nova franquia reunindo os outros monstros conhecidos como a Múmia, Lobisomem e Frankenstein. Se a intenção era fazer uma franquia que atraísse o público já formado por franquias conhecidas como de super heróis, então não precisava disfarçar tanto a proposta, mas sim escancarasse de uma vez.
Com efeitos visuais que mais parecem um Déjà Vu de outros filmes, Drácula - A História Nunca Contada é mais um exemplo de como o cinemão americano anda com falta de ideias e acabam por então recorrendo aos velhos conhecidos a usarem nova roupagem para atrair um novo público.
  

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Cine Dica: Programação especial da 60ª Feira do Livro

SALA P. F. GASTAL EXIBE PROGRAMAÇÃO ESPECIAL DURANTE FEIRA DO LIVRO
Entre os dias 28 de outubro e 12 de novembro, a Sala P. F. Gastal da Usina do Gasômetro (3º andar) apresenta uma grande programação celebrando a 60ª Feira do Livro de Porto Alegre, com exibições especiais, uma mostra de documentários sobre escritores franceses, seis adaptações de histórias infanto-juvenis e um ciclo com os ensaios cinematográficos que o mestre Eric Rohmer realizou para televisão francesa nos anos 1960.  


AS SESSÕES ESPECIAIS


31/1020:30 Exibição no dia das bruxas de O Mágico de Oz, com acompanhamento ao vivo do disco Dark Side of the Moon em sincronia com o filme.

01/1119:00 Sessão Aurora especial 120 anos de Jean Renoir, com exibição da cópia em 35mm de French Cancan e debate com os editores do Zinematógrafo.

02/1117:00 Exibição do documentário sobre o universo infantil Mitã, de Alexandre Basso e Lia Gomes, com a presença dos diretores.

02/1119:00 Exibição do filme O Trampolim do Forte, de João Rodrigo Mattos, com a presença da equipe.

05/1120:00 Lançamento da história em quadrinhos Kassandra - Versos do Silêncio e da Loucura, com arte e texto de Roger Monteiro, adaptação do curta-metragem Kassandra, de Ulisses da Motta Costa, que será exibido na noite. 

07/11 – 20:00 Projeto Raros exibe o clássico do Canadá, país homenageado da Feira do Livro, Les Bons Débarras, de Francis Mankiewicz. A sessão será comentada pelo professor, montador e cineasta Milton do Prado, que viveu no país e fez mestrado em Cinema na Concordia University, em Montreal. 

12/11 – 20:15 Pré-lançamento do documentário Navegando em Português em Edmonton, do brasileiro-canadense Julio Munhoz, com trilha sonora originalmente composta pela musicista gaúcha Giovana Bervian, sobre comunidades de fala portuguesa vivendo na cidade de Edmonton, extremo oeste do Canadá.   
  

RELEITURAS DE HISTÓRIAS INFANTO-JUVENIS

O tema da Feira do Livro deste ano é a infância. Ao longo da mostra, serão exibidos seis longas-metragens baseados em histórias infanto-juvenis. Entre eles, a sinistra versão de Alice (1988), do animador tcheco Jan Svankmajer, Oliver Twist (1948), adaptação de David Lean para o memorável romance de Charles Dickens, a versão de Randal Klaiser para o clássico Caninos Brancos (1991), de Jack London, e Pele de Asno (1970), obra-prima de Jacques Demy com Catherine Deneuve interpretando a protagonista do conto de fadas de Charles Perrault.  

Alice, de Jan Svankmajer
(Alice, Tchecoslováquia, 1988, 88 minutos)
Quando Alice seguiu o Coelho Branco no País das Maravilhas, iniciou-se assim uma surpreendente e perigosa aventura onírica pelo mundo infanto-juvenil. O animador tcheco Jan Svankmajer criou uma obra-prima, interpretando de maneira mais surreal e absurda possível o clássico conto de Lewis Caroll. Combinando técnicas de animação e atores reais, ele deu uma nova e fascinante dimensão para uma das melhores fantasias já escritas até então. Exibição em DVD.

 Caninos Brancos, de Randal Klaiser
(White Fang, Estados Unidos, 1991, 109 minutos)
 Órfão vai para o Alasca em busca de uma mina de ouro deixada pelo pai. Em sua viagem, ele trava amizade com um mineiro veterano e com um lobo, que o ajudarão em sua aventura. Terceira versão da obra de Jack London. Exibição em DVD.

Convenção das Bruxas, de Nicolas Roeg
(The Witches, Inglaterra, 1990, 91 minutos)
Luke é um garoto de nove anos que precisa frustrar os planos de uma sociedade de bruxas que pretende transformar todas as crianças do mundo em ratos. E não será nada fácil: elas já conseguiram transformá-lo! Porém, algumas bruxas más podem não ser páreo para um roedorzinho cheio de recursos. Exibição em DVD.

Oliver Twist, de David Lean
(Oliver Twist, Inglaterra, 1948, 115 minutos)

Junto com Grandes Esperanças, outra versão definitiva de um romance de Dickens, dirigida por David Lean (Desencanto). O jovem órfão Oliver (John Howard Davies) é mandado para um reformatório, é castigado, perseguido, mas encontra num velho trapaceiro chamando Fagin (Alec Guiness), a falsa ilusão da liberdade. Este o ensinará a roubar e a sobreviver num mundo de canalhas e ladrões onde parece não existir qualquer bondade. Apoiado em sua maestria técnica, Lean cria um retrato amargo e poético da Inglaterra vitoriana. Exibição em DVD.

Pele de Asno, de Jacques Demy
(Peau D’âne, França, 1970, 100 minutos)

Num reino distante, a rainha em seu leito de morte fez o rei prometer que só voltaria a se casar com uma mulher que fosse mais linda do que ela. Mas em todo o reino, apenas uma pessoa era dotada de tal beleza: sua própria filha. Desesperada, a princesa pede ajuda à sua fada madrinha, que a aconselha a pedir presentes de casamento cada vez mais impossíveis de se encontrar para retardar a união. A princesa consegue escapar ao seu triste destino escondida sob uma pele de asno e passa a viver numa modesta cabana na floresta como criada. Até que, um belo dia, um príncipe nota sua beleza. Baseado no conto de fadas de Charles Perrault.
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O CINEMA EDUCATIVO DE ÉRIC ROHMER

Exibição dos oito filmes educativos que Eric Rohmer, um dos principais nomes da Nouvelle Vague, para a televisão francesa nos anos 1960, contemplando uma série de autores literários, como Cervantes, Victor Hugo e Edgar Allan Poe. Com exibição em DVD com legendas em português, o ciclo tem o apoio da Embaixada da França, a Cinemateca da Embaixada da França no Brasil, o Institut Français e da distribuidora Canopé.

Apesar de ter iniciado sua carreira como diretor na mesma época que François Truffaut, Jean-Luc Godard e outros expoentes da Nouvelle Vague, Eric Rohmer só se tornou conhecido como realizador cerca de uma década depois da eclosão do movimento, quando seu quarto longa-metragem, Minha Noite com Ela, de 1969, foi indicado à Palma de Ouro em Cannes e ao Oscar de melhor roteiro original. Antes disso, ele já havia dirigido dois longas-metragens, O Signo do Leão e A Colecionadora, que inclusive ganhara o Prêmio Especial do Júri em Berlim, e alguns curtas. Porém, pouco sabido é que uma série de documentários realizados por Rohmer para a TV francesa na década de 1960 teve papel decisivo na sua formação enquanto diretor. Trata-se de uma série de documentários didáticos produzidos pelo Centro Nacional de Documentação Pedagógica (CNDP). Nesta série de filmes-ensaio, Rohmer reflete sobre a arte, sobre o belo, sobre a condição humana e, acima de tudo, sobre o papel das imagens.  Essa coleção reúne oito desses documentários dirigidos por Rohmer entre os anos de 1964 e 1969.


PROGRAMA 1

AS CONTEMPLAÇÕES DE VICTOR HUGO
Les Contemplation de Victor Hugo (França 1966)/25’.
Confrontação poemas de Hugo nos dois últimos livros  de Contemplações com as paisagens de Jersey, onde ele escreveu. Textos de Victor Hugo lidos por Antoine Vitez.

EDGAR POE: HISTÓRIAS EXTRAORDINÁRIAS
Les histoires extraordinaires d'Edgar Poe (Canadá, França 1965)/24’.

Feito por Eric Rohmer em homenagem a Edgar Allan Poe (1809-1849), este filme é baseado no ensaio "Eureka" (1848) em que o poeta pretende falar com lirismo e cientificidade "da Física do Universo, Metafísica e Matemática.”

O HOMEM E AS IMAGENS
L'Homme et les Images (França 1967).
Com Jean Rouch, Jean-Luc Godard, René Clair /34’.

Uma série de entrevistas com René Clair, Jean Rouch e Jean-Luc Godard sobre temas diversos: a técnica cinematográfica e sua história, do mudo ao falado, a arte do espetáculo, o teatro, o cinema, o romance, a escritura e a imagem, o público, a televisão...


PROGRAMA 2

OS PERSONAGENS DE LA BRUYÈRE
Les caractères de La Bruyère (França 1965)/22’.

Atores encarnam retratos diferentes de personagens de La Bruyère de um texto com narração em um cenário de castelo.

PERCEVAL OU O CONTO DO GRAAL
Perceval ou le conte du Graal (França 1965)/23’.

Descoberta e leitura de grandes passagens do romance de Perceval por Chrétien de Troyes ilustrado pelas miniaturas conservadas pela Biblioteca Nacional da França.

DON QUIXOTE DE CERVANTES
Don Quichotte de Cervantes (França 1965)/23’.

O espetáculo tenta mostrar como a ilustração tem tanto enriquecido quanto empobrecido nosso conhecimento do romance. Enriquecido porque nos mostrou como o físico dos personagens controla o caráter cômico da obra e seu simbolismo. Empobrecido porque ela negligencia, especialmente desde o século XIX e em favor dos protagonistas, a descrição do tempo e do ambiente, promovendo assim condensações e adaptações abusivas

PROGRAMA 3

LOUIS LUMIÈRE
França 1968/66’.
Com Henri Langlois, Jean Renoir

Para falar do cinema dos Lumière, do cinema dos começos e dos começos do cinema, de que vemos alguns trechos, Rohmer convidou apenas duas pessoas, que dialogam: Jean Renoir, o maior cineasta francês na opinião de Rohmer e de tantos outros e Henri Langlois, o guardião da memória do cinema, o inventor da cinefilia, no sentido mais nobre do termo. Nem um nem o outro consideram o cinema dos Lumière "primitivo".

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GRANDES NOMES DA ESCRITA FRANCESA

Em parceria com a Embaixada da França, a Cinemateca da Embaixada da França no Brasil e o Institut Français, a Sala P. F. Gastal apresenta um ciclo com vários documentários sobre grandes nomes da escrita francesa, entre eles Jean Cocteau, Marguerite Duras, Albert Camus, Pauline Reage e Jean-Paul Sartre.



Albert Camus, Uma Tragédia da Felicidade
Albert Camus, une tragédie du bonheur (França 1998).
De Jean Daniel, Joel Calmettes. Documentário em cores/52’.

Albert Camus é abordado aqui sob um ângulo pessoal e sensível: o da questão da felicidade e da dimensão trágica da vida. Descobrimos suas obras graças ao esclarecimento íntimo marcado pelo comentário de Jean Daniel. Exibição em DVD com legendas em português


Escritor de O
Écrivain d’O (França 2004).
De Pola Rapaport. Documentário em cores/80’.

Ecrivain d’O nos permite descobrir Pauline Reage, a autora de Histoire d’O (História de O), que se escondeu atrás de um pseudônimo de um escritor desconhecido. Seu segredo, bem guardado durante quarenta anos, finalmente foi descoberto em 1994. Na fronteira entre o documentário e a ficção, este filme mistura imagens de arquivo, de entrevistas com personalidades relacionadas à saga do livro, assim como recriações fictícias de algumas cenas do romance. Exibição em DVD com legendas em espanhol


Michel Tournier, Robinson e Seu Duplo
Michel Tournier, Robinson et son double (França 1997).
De Max Armanet. Documentário em cores/47’.

Michel Tournier dedica-se à "profissão de escritor" no seu presbitério do vale de Chevreuse. Seu universo, colocado sob a manifestação do clone, funde-se com a (re)leitura dos mitos para explorar os fantasmas contemporâneos. Exibição em DVD com legendas em português.

Julia Kristeva, Estranha Estrangeira
Julia Kristeva, étrange étrangère (França 2005).
De François Caillat. Documentário em cores/60’.

Teórica em literatura, linguista, psicanalista e romancista, Julia Kristeva encarna a figura da intelectual perfeita. De Paris a Sofia, da Ilha de Ré ao Mar Negro, o filme acompanha uma personalidade dinâmica e explora o movimento de uma ideia. Encontro com esta mulher de múltiplas identidades, que situa a linguagem no centro de sua reflexão. Exibição em DVD com legendas em português.

Escrever
Écrire (França 1993).
De Benoit Jacquot. Com Marguerite Duras. Documentário em cores/43’.

Escrever é a continuação da experiência iniciada no filme A Morte do Jovem Aviador Inglês, onde a Marguerite Duras debate com Benoît Jacquot sobre a relação com o processo de escrita, a solidão e a casa onde ela escreveu O Vice-Cônsul e O Arrebatamento de Lol V. Stein. Exibição em DVD com legenda em português.

A Morte do Jovem Aviador Inglês
La Mort du jeune aviateur anglais (França 1993).
De Benoit Jacquot. Com Marguerite Duras. Documentário em cores/36’.

A Morte do Jovem Aviador Inglês conta a história de um aviador britânico do qual Marguerite Duras descobriu a sepultura nas proximidades de Deauville. Não sabemos bem onde começa a ficção da romancista, mas a narração de Duras é de uma autenticidade notável. Uma veracidade manifesta na escritura espontânea, brilhantemente captada pelas lentes de Benoit Jacquot. Onde a escritura direta de Marguerite Duras interage perfeitamente com a técnica sem artifícios do realizador. Exibição em DVD com legenda em português.

Marguerite como em si Mesma
Marguerite telle qu'en elle-même (França 2001).
De Dominique Auvray. Documentário em cores/61’.

Uma das mais belas evocações de "Marguerite Duras, mulher das letras" como ela diz. Diz também que faz filmes porque não possui força de não fazer nada. Bonita, livre, politizada, assombrada por sua história pessoal, prometendo não se esquecer de nada, Duras está sempre presente. Tal qual ela mesmo, é o seu rosto, seu sorriso, sua diversão, sua impertinência que nos revela o espelho de uma outra mulher, aquela que dirige seu primeiro filme. Uma sábia desordem cronológica e uma montagem sem intenção de homenagear nos conduz ludicamente até uma lenda mundialmente conhecida mas sempre um pouco desconhecida. DVD com legendas em inglês.

Jean Cocteau, Autorretrato de um Desconhecido
Jean Cocteau, autoportrait d'un inconnu (França 1985).
De Edgardo Cozarinsky. Documentário em preto e branco/68’.

A trama desse filme é dada pela voz e pela mão do poeta que ata e desata seu traço para passar da escrita ao desenho. Exibição em DVD com legendas em espanhol.


Temos Razão de nos Revoltar: Em Direção ao Engajamento
On a Raison de se Révolter I. Vers L´Engagement J-P Sartre (França 1991).
De André Waskman. Documentário em cores/52’.

O autor propõe uma biografia política de Jean-Paul Sartre, símbolo do engajamento político dos intelectuais. Após a publicação de O Ser e o Nada, ele estará presente em todas as frentes de batalha, e seu percurso o levará a simpatias pelo comunismo, e a posições anti-colonialistas, passando pelo maoísmo. Finalmente de volta à esquerda, ele irá lutar até o fim.O filme traça o perfil deste personagem que foi antes de tudo alguém que estimulava o espírito crítico de seus leitores, começando pelo seu próprio. Exibição em DVD com legendas em português.

Temos Razão de nos Revoltar: Do Comunismo ao Maoísmo
On a Raison de se Révolter II. Du Communisme au Maoisme J-P Sartre (França 1991).
De André Waskman. Documentário em cores/52’.

O autor propõe uma biografia política de Jean-Paul Sartre, símbolo do engajamento político dos intelectuais. Após a publicação de O Ser e o Nada, ele estará presente em todas as frentes de batalha, e seu percurso o levará a simpatias pelo comunismo, e a posições anti-colonialistas, passando pelo maoísmo. Finalmente de volta à esquerda, ele irá lutar até o fim.O filme traça o perfil deste personagem que foi antes de tudo alguém que estimulava o espírito crítico de seus leitores, começando pelo seu próprio. Exibição em DVD com legendas em português
GRADE DE HORÁRIOS
28 de outubro a 12 de novembro de 2014


28 de outubro (terça)

15:00 – Pele de Asno, de Jacques Demy (100 minutos)
17:00 – Julie Kristeva, Estranha Estrangeira (60 minutos)
19:00 – Eric Rohmer Educativo 1 (90 minutos)

29 de outubro (quarta)

15:00 –  Eric Rohmer Educativo 3 (60 minutos)
17:00 –  Michel Tournier, Robinson e Seu Duplo (47)
18:00 – Albert Camus – Uma Tragédia da Felicidade (52 minutos)
19:00 – Caninos Brancos, de Randal Klaiser (109 minutos)


30 de outubro (quinta)

15:00 – Escritor de O, de Pola Rapaport (80 minutos)
17:00 – Eric Rohmer Educativo 2 (75 minutos)
19:00 – Temos Razão de Nos Revoltar 1 e 2 (90 minutos), de André Waskman (104 minutos)


31 de outubro (sexta)

15:00 – Eric Rohmer Educativo 1 (90 minutos)
16:00 –  Marguerite como em Si Mesma, de Dominique Auvray  (60 minutos)
17:00 – A Morte do Jovem Aviador (45) + Escrever (44), de Benoit Jacquot
19:00 – Jean Cocteau, Autorretrato de um Desconhedido, de Edgardo Cozarinsky (68)
20:30 – O Mágico de Oz com show do Pink Floyd Dark Side of The Moon

1 de novembro (sábado)
15:00 – Alice, de Jan Svankmajer (88 minutos)
17:00 – Eric Rohmer Educativo 3 (60 minutos)
19:00 – Sessão Aurora (French Cancan, de Jean Renoir)


2 de novembro (domingo)
15:00 – Oliver Twist, de David Lean (115 minutos)
17:00 – Mitã, seguido de debate com os diretores
19:00 – O Trampolim do Forte, seguido de debate com a equipe

4 de novembro (terça)
17:30 – Temos Razão de Nos Revoltar 1 e 2, de André Waskman (104 minutos)


5 de novembro (quarta)
17:30 –  Albert Camus – Uma Tragédia da Felicidade (60 minutos)
19:00 – Julie Kristeva, Estranha Estrangeira (60 minutos)
20:00 – Lançamento da HQ Kassandra - Versos do Silêncio e da Loucura

6 de novembro (quinta)
17:30 – Marguerite como em Si Mesma, de Dominique Auvray  (60 minutos)
19:00 –  Escritor de O, de Pola Rapaport (80 minutos)

7 de novembro (sexta)
17:30 – Alice, de Jan Svankmajer (88 minutos)
19:00 – Michel Tournier, Robinson e Seu Duplo (47 minutos)
20:00 – Projeto Raros: Les Bons Débarras, de Francis Mankiewicz

8 de novembro (sábado)

PROGRAMAÇÃO FECHADA

9 de novembro (domingo)
15:00 – Pele de Asno, de Jacques Demy (100 minutos)
17:00 – Convenção das Bruxas, de Nicolas Roeg (90 minutos)
19:00 - A Morte do Jovem Aviador (45) + Escrever (44), de Benoit Jacquot


11 de novembro (terça)
15:00 – Eric Rohmer Educativo 2 (75 minutos)
17:00 – Oliver Twist, de David Lean (116 minutos)
19:00 – Albert Camus – Uma Tragédia da Felicidade (60 minutos)
20:30 – Sessão Plataforma

12 de novembro (quarta)
15:00 – Caninos Brancos, de Randal Kleiser (109 minutos)
17:00 – Eric Rohmer Educativo 3 (60 minutos)
18:00 – Marguerite como em Si Mesma, de Dominique Auvray  (60 minutos minutos)
19:00 – Jean Cocteau, Autorretrato de um Desconhecido, de Edgardo Cozarinsky (68 minutos)
20:15 – Sessão de pré-lançamento de Navegando em Português em Edmonton, de Julio Munhoz (30 minutos)


Sala P. F. Gastal
Coordenação de Cinema, Vídeo e Fotografia
Av. Pres. João Goulart, 551 - 3º andar - Usina do Gasômetro
Fone 3289 8133 / 8135 / 8137

segunda-feira, 27 de outubro de 2014

Cine Dica: Em Cartaz: RELATOS SELVAGENS

Sinopse: Diante de uma realidade crua e imprevisível os personagens deste filme caminham sobre a linha tênue que separa a civilização da barbárie.
UM DIA DE CÃO DE NOSSOS HERMANOS 


Imagine uma pessoa em seu escritório, que fica na sua e leva o seu serviço a sério. O problema que na sala ao lado tem duas secretárias, que quando o chefe não se encontra, começam a conversar em demasia e falar de coisas por vezes alienadas. Isso acaba estressando-o, ao ponto dele desejar matá-las das mais diversas formas possíveis.
Claro que todo ato há consequências e por mais que a pessoa deseja botar pra fora a raiva que sente, sempre terá algo em seu interior para frear. Mas o que aconteceria se a pessoa dissesse “dana-se o mundo” e colocasse para fora o seu lado mais obscuro? A resposta se encontra no mais novo filme argentino Relatos Selvagens!
Dirigido por Damián Szifrón (Tempos de Valente), o filme apresenta seis seguimentos: passageiros de um avião começam a descobrir que todos têm ligação com o piloto, que por sua vez os culpa devido ao seu passado traumático; garçonete descobre que seu cliente foi alguém que arruinou o seu passado; dois motoristas se cruzam, se desentendem na estrada e a relação nada amistosa os leva para um caminho sem volta; engenheiro de implosões se revolta com as multas que ele vive levando; para salvar o filho, milionário tenta colocar um falso culpado em cena de atropelamento; noiva descobre justamente na festa de seu casamento, que o seu noivo tem uma amante.
Todos os seguimentos da trama são na realidade histórias das quais nós cruzamos todos os dias, ou que nós mesmos já fomos os próprios protagonistas. A diferença está no fato de alguns de nós nunca chegarmos a esse ponto do qual que os personagens chegam, mas acabamos aplaudindo mentalmente determinada pessoa quando comete determinados atos, dos quais não cometemos por falta de coragem ou devido as suas consequências. Pegamos por exemplo o personagem de Ricardo Darín, que quando chega ao seu fundo do poço ao alimentar ao máximo o sistema aonde vive, decide se vingar da maneira mais imprevisível e as pessoas de sua volta, que antes passavam pelo mesmo calvário, o aplaudem como herói.
É um filme que possui a mesma mensagem do já clássico Um Dia de Fúria estrelado por Michael Douglas, mas que aqui mira e acerta todos os níveis de nossa sociedade contemporânea, que por vezes se disfarça com máscaras cada vez mais mentirosas. Por mais que nos culpemos lá no fundo do nosso subconsciente, não tem como não rirmos de determinadas tramas que sintetizam exatamente o que passamos, vemos e reprovamos. De todos os seguimentos da trama, a da noiva (Erica Rivas, espetacular), que por vezes nos lembra algumas das protagonistas dos filmes de Pedro Almodóvar, desde já é disparada a melhor.
Falar desse, que é na realidade é o ultimo seguimento do filme, seria estragar inúmeras surpresas brilhantemente bem filmadas. O que posso dizer é que ele reúne drama, romance, tensão, suspense e por incrível que pareça momentos gore. Um seguimento que é uma representação nenhum pouco disfarçado sobre o modelo do casamento, que atualmente se encontra falido.
Mas para aqueles que ainda acreditam que esse modelo de união ainda funcione e sonhe em se casar de véu e grinalda, adianto que a trama termina de forma épica, otimista, mas que corresponde com a proposta que o filme quer passar para o cinéfilo que assiste. É claro que haverá alguns críticos dizendo que Damián Szifrón é uma espécie de Quentin Tarantino Argentino, por saber unir humor negro com boas doses de violência. Mas num período em que o cinema dos nossos hermanos parecia que estava deixando de lado a criatividade para viver de comédias fáceis, Relatos Selvagens é um filme muito bem vindo e qualquer tipo de comparação é perdoável.  

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