Sócio e divulgador do Clube de Cinema de Porto Alegre, frequentador dos cursos do Cine Um (tendo já mais de 100 certificados) e ministrante do curso Christopher Nolan - A Representação da Realidade. Já fui colaborador de sites como A Hora do Cinema, Cinema Sem Frescura, Cinema e Movimento, Cinesofia e Teoria Geek. Sou uma pessoa fanática pelo cinema, HQ, Livros, música clássica, contemporânea, mas acima de tudo pela 7ª arte.
Me acompanhem no meu:
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LONGA DE LUC
BESSON ESTREIA EM 28 DE AGOSTO NO BRASIL
A Universal Pictures divulgou uma cena de “Lucy”,
aventura de Luc Besson que chega aos cinemas brasileiros em 28 de agosto. No
vídeo, a protagonista (vivida por Scarlet Johansson) conversa com o policial
Pierre Del Rio (Amr Waked) enquanto tenta localizar pistas de traficantes de
drogas usando seus superpoderes. Para assistir a cena clique aqui.
Para assistir aos dois trailers já divulgados do filme,
acesseaquieaqui.
Em “Lucy”, Scarlett Johansson vive uma jovem que acidentalmente se
envolve em uma negociação de drogas no mercado negro. Depois de absorver a substância
que carrega em seu estômago, ela se transforma em uma guerreira implacável
capaz de evoluir além da lógica humana. Morgan Freeman, por sua vez, atua como
um cientista que estuda os limites do cérebro humano e auxiliará Lucy a
controlar suas novas habilidades.
SALA P. F. GASTAL EXIBE PRIMEIROS FILMES DE LEOS CARAX EM CÓPIAS REMASTERIZADAS
A partir de terça-feira, 19 de agosto, a
Sala P. F. Gastal da Usina do Gasômetro (3º andar) exibe as cópias remasterizadas de
Boy Meets Girl (1984) e Sangue Ruim (1986), os dois primeiros filmes do cultuado realizador francês
Leos Carax. Os filmes serão exibidos em blu-ray. O documentário Ozualdo Candeias e o Cinema, de
Eugenio Puppo, permanece em cartaz.
Boy Meets Girl
Um
jovem aspirante a cineasta é deixado pela namorada, que o troca por seu
melhor amigo. Em crise, ele não consegue
desenvolver os seus projetos e, para piorar, terá de se alistar no
exército dentro de três dias. Sem perspectiva, ele passa seus últimos
momentos de liberdade vagando por lugares obscuros de Paris. Vencedor do
Prêmio da Juventude no Festival de Cannes.
Sangue Ruim
Num
futuro próximo, surge um vírus mortal, que dizima pessoas que fazem
sexo sem amor. Enquanto isso, um homem
desesperado e cheio de dívidas, se arrisca num plano para roubar o
antídoto num prédio do governo, contando com a ajuda de um rapaz
dividido entre duas mulheres: sua namorada adolescente e a amante do
próprio líder da ação. Prêmio Louis Delluc e Prêmio Alfred
Bauer no Festival de Berlim.
BOY MEETS GIRL
Pais: França / Ano: 1984
Diretor: Leos Carax / Duração: 100 min.
Elenco: Denis Lavant, Mireille Perrier, Carroll Brooks e Elie Poicard
Exibição em blu-ray
SANGUE RUIM
(MAUVAIS SANG)
Pais: França / Ano: 1986
Diretor: Leos Carax / Duração: 116 min.
Elenco: Denis Lavant, Juliette Binoche, Michel Piccoli e Julie Delpy.
Exibição em blu-ray
Distribuição: Pandora Filmes
GRADE DE HORÁRIOS
19 a 24 de agosto de 2014
19 de agosto (terça)
15:00 – Sangue Ruim
17:00 – Ozualdo Candeias e o Cinema
19:00 – Boy Meets Girl
20 de agosto (quarta)
15:00 – Boy Meets Girl
17:00 – Ozualdo Candeias e o Cinema
19:00 – Sangue Ruim
21 de agosto (quinta)
15:00 – Sangue Ruim
17:00 – Ozualdo Candeias e o Cinema
19:00 – Boy Meets Girl
22 de agosto (sexta)
15:00 – Boy Meets Girl
17:00 – Ozualdo Candeias e o Cinema
19:00 – Sangue Ruim
23 de agosto (sábado)
15:00 – Sangue Ruim
17:00 – Ozualdo Candeias e o Cinema
19:00 – Sessão Aurora (O Comboio do Medo, de William Friedkin)
24 de agosto (domingo)
15:00 – Boy Meets Girl
17:00 – Ozualdo Candeias e o Cinema
19:00 – Sangue Ruim
Sala P. F. Gastal
Coordenação de Cinema, Vídeo e Fotografia
Av. Pres. João Goulart, 551 - 3º andar - Usina do Gasômetro
Documentário sobre o jornalismo brasileiro O Mercado de Notícias tem sessão especial no CineBancários
Diretor
do filme, Jorge Furtado e presidente do Sindicato dos Jornalistas,
Milton Simas, participam de bate-papo com o público dia 19 às 19h30 no
CineBancários
Abertura da bilheteria: 19hInicio da sessão: 19h30Debate após o filme
Discutir,
analisar, provocar reflexão. O filme “O Mercado de Notícias”, produção
da Casa de Cinema de Porto Alegre com direção e roteiro de Jorge
Furtado, convida profissionais da comunicação a repensar o seu papel de
agente mediador entre o acontecimento e o cidadão. Não só voltado aos
jornalistas, o longa também se propõe a instigar a sociedade, a observar
de maneira crítica, o processo de produção e distribuição de notícias. Para José
Roberto de Toledo, “o conceito do repórter está passando por uma
revolução”. Ele é um dos 13 jornalistas entrevistados no documentário,
que mescla depoimentos de profissionais de diferentes veículos e linhas
editoriais distintas, com uma peça de teatro inglesa do século XVII, que
leva o mesmo nome do filme. “Eu tenho esperança (...) de que as pessoas
se deem conta de que o Jornalismo depende dos jornalistas” é a opinião
expressa por Janio de Freitas em uma das cenas do filme, que estreou nas
salas comerciais do país no dia 7 de agosto. A produção analisa, ainda,
casos recentes da política brasileira, onde a imprensa teve papel de
grande destaque.
No dia 19
deste mês, além de acompanhar a exibição do filme, os interessados no
assunto poderão conferir um bate-papo sobre a produção com a
participação do diretor Jorge Furtado e o presidente do Sindicato dos
Jornalistas Profissionais do RS, Milton Simas. A atividade, parceria do
Sindicato dos Jornalistas com o Sindicato dos Bancários e Casa de Cinema
de Porto Alegre, acontece a partir das 19h30 (às 19h abre a
bilheteria).
Os
ingressos podem ser adquiridos no local a R$6,00. Estudantes, idosos,
bancários sindicalizados e jornalistas sindicalizados pagam R$3,00. Confira o trailer oficial e outras informações sobre o documentário no site www.omercadodenoticias.com.br
Sinopse: Desde que o
Destruidor e o Clã do Pé assumiram o controle de Nova York a cidade está tomada
pelas trevas. O futuro é sombrio até que quatro irmãos saem do esgoto e
descobrem seu destino. Michelangelo Donatello Raphael e Leonardo são as
Tartarugas Ninja e vão contar com a ajuda da destemida repórter April ONeil
para salvar a cidade dos planos horríveis do Destruidor.
Chef
Sinopse: No passado
Carl Casper foi considerado uma estrela em ascensão no que diz respeito à
cozinha de autor. Porém dez anos como chef principal num conceituado
restaurante de Los Angeles foram suficientes para que a sua veia criativa
esmorecesse. A gota que faz transbordar o copo é o momento em que é impedido de
dar largas à sua imaginação quando Ramsey Michel um dos mais respeitados
críticos gastronómicos da cidade vai jantar ao restaurante. Obrigado a servir
os mesmos pratos que tem feito repetidamente ao longo dos últimos anos ele sabe
que a crítica não lhes será favorável. No dia seguinte depois de ler a péssima
apreciação ao seu menu descontrola-se e num ímpeto de fúria insulta Ramsey.
Esse acto impensado vai custar-lhe para além do emprego o prestígio que demorou
anos a conquistar. Com a vida totalmente do avesso Carl encontra apenas uma
solução: mudar-se para Miami onde com a ajuda dos amigos e familiares inicia um
negócio de venda de comida numa velha rulote. E é assim que Carl reencontra a
chama perdida e simultaneamente recria laços com os que lhe são mais próximos.
Não Pare na Pista
Sinopse:Cinebiografia
de Paulo Coelho acompanhando sua trajetória antes de se tornar um escritor de
sucesso.
Uma Dose Violenta de
Qualquer Coisa
Sinopse: Pedro fugiu de casa
pegou a estrada e não sabe para onde ir. Lucas também não sabe mas a estrada é
seu palco. Eles têm pouco mais de 30 anos e levam apenas a roupa do corpo.
Depois de se conhecerem numa lanchonete de beira de estrada em Minas os dois
percorrem o interior do Brasil em busca de uma dose violenta de qualquer coisa.
“Se você não está em dúvida, é porque foi mal informado”
Jorge Furtado
Sinopse: Jornalistas
renomados discutem o papel da mídia e sua influência na democracia entre atos
da peça cômica "O Mercado de Notícias", de Ben Jonson. Uma viagem no
tempo desde o surgimento da imprensa, no século XVII, até os dias de hoje, em
que a sede por informação é cada vez maior.
Vencedoras do BBB14,
Vanessa Mesquita e Clara Aguiar são constantemente alvos de jornalistas
amadores que por vezes criam noticias que são infundadas com relação as suas
vidas pessoais. Com a morte recente do ator Robin Williams, inúmeros meios de
comunicação levantam inúmeras hipóteses sobre os motivos que levaram o ator a
se matar. O que ambos esses alvos da imprensa tem em comum? Audiência para a
massa, que infelizmente essa última, se vê mais acomodada em saber a vida
pessoal de alguém, do que saber de uma noticia importante sobre a economia, que
pode futuramente afetar o bolso do cidadão. No mais novo
documentário do cineasta Jorge Furtado (Meu Tio Matou um Cara), ele cria um
paralelo entre mundo jornalístico de ontem e hoje, através de entrevistas de
profissionais da área (dentre eles Bob Fernandes, Mino Carta e Geneton Moraes
Neto) e com um auxilio de uma peça de teatro, que é o que dá o nome ao
documentário, escrita pelo dramaturgo, poeta e ator inglês Bem Jonson. Foi
através dessa peça que ele teve inspirações para criar o documentário, reunindo
os mais renomados jornalistas da atualidade. Pelo que eu entendi
na visão de Jorge Furtado, por exemplo, o jornal da época dos tempos de chumbo,
comparados com os de uma década atrás, não eram muito diferentes entre si.
Sendo que eles somente tiveram um lado mais oposicionista no momento que Luiz
Inácio Lula da Silva se tornou Presidente da Republica e se tornando por alguns
meios jornalísticos, alvo de piadas por ele simplesmente não ser uma pessoa
vinda de uma classe superiora. Outro bom exemplo foi o caso do mensalão, em que
boas partes dos meios de comunicação fizeram a caveira de cada um dos acusados,
sem ao menos ter um conhecimento completo das acusações que eles estavam
sofrendo.
O que dá a entender,
é que o jornalismo atual não dá exatamente uma noticia legitima, ou
simplesmente ela somente existe através de terceiros, que um disse uma coisa,
outro disse outra e por assim vai. A questão se torna pior quando os meios
jornalísticos ajudam os candidatos em determinadas eleições. Belo exemplo é o caso
de anos atrás, quando José Serra estava sendo candidato para eleições de Presidente
e acabou tendo a testa machucada (segundo dizem) por alguém de outro partido
durante uma manifestação. A cena foi captada por diversos meios de comunicação
(vide SBT e Globo) e devido ao ocorrido, acabou fortalecendo a imagem hostil do
outro partido. Contudo, numa cena bem elaborada apresentada no documentário, Jorge Furtado reuniu todas as
imagens das emissoras, que captarão o momento da agressão, e percebesse que a
única coisa que atingiu ele foi uma bola de papel e vinda do seu próprio
segurança. Ou seja: em vez das emissoras terem noticiado uma manipulação,
simplesmente compraram a ideia da agressão vinda do outro partido. Sendo assim, vivemos
num mundo jornalístico que quem paga mais tem a noticia publicada, que por
vezes manipulada e sobra para o cidadão ler algo deveras suspeito para dizer o
mínimo. A situação beira ao hilário, quando um jornalista lança um furo de
reportagem, mas que às vezes, a matéria é claramente candidata em ser bem mentirosa.
Em uma de suas reportagens, com um tom levado mais
para o humor, Jorge Furtado destacou o “Picasso do INSS” que mais tarde se
descobriu ser uma verdadeira mentira. A história já é de algum tempo, sendo de março de 2004. O jornal Folha
de S.Paulo havia publicado na capa de sua edição de domingo com a seguinte
chamada: “Decoração burocrata”, matéria essa que falava sobre uma valiosa
pintura do pintor Pablo Picasso que se encontrava debaixo de luzes e em meio à
montanha de papeis de uma repartição do governo federal. Furtado resolveu então
com bom humor descrever o sentido de sua matéria: “os novos ocupantes do
governo federal não reconhecem e não sabem lidar com o valor da arte”. A
pintura nada mais era do que uma reprodução fotográfica, sem nenhum valor, da
pintura original de Picasso, o que gerou uma imensa repercussão na imprensa.
Porém, os jornais, mesmo alertados sobre o erro, preferiram não desmentirem a
informação. Exemplos como esse e outros são uma representação de inúmeros
jornalistas, que vão à caça de informação, mas que por vezes não dão uma
noticia legitima para o leitor. Eles vão somente por algo que vá dar audiência
na rede ou um aumento na venda do jornal imprenso infelizmente. Mas como um dos
jornalistas entrevistados durante o documentário disse que, se houver um
profissional que vá atrás de um caso a fundo em busca de fatos realmente
concretos, independente das decisões que possam vir depois dos seus superiores
do jornal, esse jornalista irá sim ser reconhecido e sempre será procurado por
um publico que busca realmente pela verdade. Outra questão muito debatida durante o documentário é como a imprensa se
comporta em meio às inúmeras informações que escorrem a cada segundo pela
internet. Um bom exemplo disso é quando eu soube da morte do ator Robin Williams: eu estava na frente do computador, quando um contato meu postou em sua
linha do tempo no facebook a morte do astro publicada num site americano.
Minutos depois eu viria a ler uma nota oficial de um site conhecido daqui. Ou seja: eu soube de uma noticia publicada por um usuário qualquer e não
de um jornalista oficial, sendo que o primeiro foi mais rápido, mesmo não tendo
ganhado nenhum centavo com isso e o jornalista profissional, mesmo sendo pago
pela publicação, teve menos audiência por ter sido menos rápido. Essa montanha
de informações que disparam a cada segundo pela rede faz com que os meios de
comunicação, tanto da internet como os jornais impressos, corram rapidamente
para se atualizarem e encontrarem um meio para ganhar algum lucro antes que
seja tarde demais. Infelizmente a pressa é a inimiga da perfeição, pois
atualmente inúmeros jornais de ponta se encontram numa espécie de
reestruturação, optando em publicar no jornal impresso somente noticias que dão
mais audiência em suas paginas oficiais pela internet e que por vezes são
banais e dispensáveis. Exemplos como esse é que fazem com que o futuro
jornalístico brasileiro se torna uma incógnita, sendo que o quadro não é pior,
porque nós termos justamente (para o bem ou para mau) uma internet livre, com
direito em lermos inúmeras noticias sobre o mesmo tema. Embora seja um tema sério, O Mercado de Noticias é um documentário
deveras educativo, divertido em alguns momentos e que deve ser visto e revisto
por pessoas de todas as idades e classes. Mas acima de tudo, deve ser visto por
aqueles que buscam as reais informações que surgem no mundo que nos rodeia.