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Sapucaia do Sul/Porto Alegre, RS, Brazil
Sócio e divulgador do Clube de Cinema de Porto Alegre, frequentador dos cursos do Cine Um (tendo já mais de 100 certificados) e ministrante do curso Christopher Nolan - A Representação da Realidade. Já fui colaborador de sites como A Hora do Cinema, Cinema Sem Frescura, Cinema e Movimento, Cinesofia e Teoria Geek. Sou uma pessoa fanática pelo cinema, HQ, Livros, música clássica, contemporânea, mas acima de tudo pela 7ª arte. Me acompanhem no meu: Twitter: @cinemaanosluz Facebook: Marcelo Castro Moraes ou me escrevam para marcelojs1@outlook.com ou beniciodeltoroster@gmail.com

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quarta-feira, 27 de março de 2013

Cine Dica: Sessão Aurora Exibe "La Cecilia"


SESSÃO AURORA NA SALA P. F. GASTAL
EXIBE RARO FILME SOBRE A COLÔNIA CECÍLIA  

A Sessão Aurora apresenta no sábado, 30, às 18h, na Sala P. F. Gastal da Usina do Gasômetro (3º andar), o longa-metragem La Cecilia (1975), um dos raros filmes de ficção do renomado crítico de cinema francês Jean-Louis Comolli. Após a sessão, haverá um debate com os editores da revista Aurora. A entrada é franca.
 La Cecilia versa sobre um grupo de italianos que migra para os confins do Brasil no século XIX com a intenção de criar uma comunidade anarquista. Distante da Europa e dos anos 1970, Comolli busca inspiração na vida do pensador libertário Giovanni Rossi para colocar em debate alguns dos tópicos mais urgentes das rupturas políticas setentistas – que ainda ecoam em nossos dias –, como a negação das hierarquias, o desejo como uma condição essencial da revolução e as relações estreitas entre amor e poder.
 Para além das questões mais pontuais daqueles anos, Comolli destaca o fato de que seu filme também lança um olhar sobre a migração: “A passagem de um país a outro, de uma cultura, de uma língua, de uma sociedade a outra, mas também a passagem de um tipo de luta a outra, de um tipo de marginalidade a outra”. La Cecilia sempre foi tido como um título discreto entre as produções europeias contemporâneas, especialmente as de realizadores italianos como Francesco Rosi, Elio Petri e os Irmãos Taviani, mas a problematização dos diversos processos de transformação, do extremo íntimo ao social, faz do filme um exemplar precioso (e atual) do cinema político dos anos 1970.
 Jean-Louis Comolli foi editor-chefe da revista francesa Cahiers du Cinéma entre 1966 e 1971, período que marca a transição da defesa intensa do cinema moderno, encarnado especialmente nas manifestações experimentais dos Novos Cinemas espalhados pelo mundo, para a morte da cinefilia clássica – com a absorção total das reviravoltas políticas pós-maio de 1968 em seus escritos.

La Cecilia será exibido numa cópia em DVD, com legendas em português.
La Cecilia. França/Itália, 1975, cor, 113 minutos. Direção: Jean-Louis Comolli. Com Massimo Foschi, Maria Carta, Vittorio Mezzogiorno e Mario Bussolino.

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terça-feira, 26 de março de 2013

Cine Especial: O QUE É UM DOCUMENTÁRIO?: Parte 9


Nos dias 26 e 28/Março; 02 e 03/Abril, estarei participando do curso "O que é um Documentário?", criado pelo Cena Um e ministrado pelo jornalista Rafael Valles. Enquanto os dias da atividade não chegam, por aqui, estarei postando sobre últimos documentários nacionais e internacionais que eu assisti nos últimos anos.

Tropicália 

Sinopse: Uma análise sobre o importante movimento musical homônimo, liderado por Caetano Veloso e Gilberto Gil no final dos anos 1960. O documentário resgata uma fase na história do Brasil em que cena musical fervilhava e os festivais revelavam vários novos talentos. Ao mesmo tempo, o Brasil sofria com a ditadura dos generais no poder, o que fez com que Caetano e Gil fossem exilados do país.

O cinema brasileiro vive o seu auge no gênero documentário e Tropicália é grande cereja no bolo. Embora foque o universo musical que moldou no nosso país nos anos 60 e 70, a arte da musica aqui é apenas o primeiro catalisador que acabou se espalhando em diversos gêneros daquele período. A mistura de diversas artes daquele tempo possibilitou um panorama  e que acabou sendo muito lembrado ao longo dos anos.
O cineasta Marcelo Machado foi fundo na coisa, graças a um precioso material de arquivo preservado, que se casa com momentos em que clássicos filmes como Terra em Transe e o Bandido da Luz Vermelha se entrelaçam com as musicas já clássicas daquela época . Como se não bastasse, a obra tem a participação dos mestres Gilberto Gil e Caetano Veloso, cujo seus depoimentos (mais imagens raras deles naquele período) se cria uma viajem no tempo, tanto no auge deles dentro do movimento Tropicália, como também no período que tiveram que viver na Inglaterra devido ao período nebuloso da Ditadura daqui.

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segunda-feira, 25 de março de 2013

Cine Especial: O QUE É UM DOCUMENTÁRIO?: Parte 8


Nos dias 26 e 28/Março; 02 e 03/Abril, estarei participando do curso "O que é um Documentário?", criado pelo Cena Um e ministrado pelo jornalista Rafael Valles. Enquanto os dias da atividade não chegam, por aqui, estarei postando sobre últimos documentários nacionais e internacionais que eu assisti nos últimos anos. 

O DIAMANTE BRANCO

SINOPSE: O Diamante Branco, de Werner Herzog - Amazônia, 1992: um acidente com um protótipo de dirigível criado pelo cientista britânico Graham Dorrington mata seu amigo e diretor de filmes ecológicos, Dieter Plage, enquanto filmava animais selvagens junto ao Rio Amazonas. Doze anos depois, Werner Herzog retorna à região ao lado de Dorrington, disposto a fazer uma segunda tentativa. Melhor documentário pelo New York Film Critics Circle.

Sendo um filme de Werner Herzog, já podemos ter uma idéia do que esperar dessa produção, pois o que todos os seus filmes tem em comum é mostrar pessoas que buscam a realização dos seus desejos e ao mesmo tempo enfrentam seus próprios limites, mesmo que isso possa lhe custar muito. Ou seja: vemos nos personagens apresentados em seus filmes um reflexo do próprio diretor do que ele faz, que é simplesmente busca meios para tentar se desafiar ou buscar alguém para se espelhar. E a bola da vez nesta produção de 2004 foi o cientista britânico Graham Dorrington, uma pessoa completamente obstinada em atravessar o Rio Amazonas com um dirigível.
Embora nos estejamos vendo o lado meio que excêntrico de Graham, ao mesmo tempo ele demonstra que tem pleno conhecimento do que ele faz é perigoso e que tudo tem seus limites, mas ao mesmo tempo, quanto mais ele sente que algo lhe impede de realizar o seu desejo, mais ele quer ir em frente, principalmente por talvez buscar redenção e fazer as pazes com o passado quando perdeu o seu amigo Dieter Plage numa tentativa de auto risco.
Como sempre, o filme explora bastante a natureza do lugar e Werner busca pela câmera as melhores cenas em retratar tanto a natureza como também os perigos que ela traz consigo. Em determinados momentos ficamos aflitos pelo destino dos protagonistas do documentário, principalmente pelos personagens secundários que surgem na tela, como um nativo do lugar que vive com suas galinhas e ajuda o resto do grupo, se interagindo e fazendo parte desse sonho de Graham.
Um filme indispensável para quem é fã do diretor e sabe muito bem o que esperar da produção.

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Cine Dica: Mostra Dedicada a Odete Lara na Sala P. F. Gastal


MOSTRA NA SALA P. F. GASTAL HOMENAGEIA ODETE LARA, UMA DAS GRANDES ATRIZES DO CINEMA BRASILEIRO
  
 A Sala P. F. Gastal da Usina do Gasômetro (3º andar) dedica a partir de terça-feira, 26 de março, uma pequena mostra em homenagem a Odete Lara, uma das mais importantes atrizes do cinema brasileiro. A mostra reúne quatro títulos, que estão entre os principais momentos da filmografia da atriz: Absolutamente Certo, de Anselmo Duarte, Bonitinha, mas Ordinária, de J. P. de Carvalho, Copacabana me Engana, de Antônio Carlos da Fontoura, e O Dragão da Maldade Contra o Santo Guerreiro.
Nascida em São Paulo, em 1928, Odete Lara teve uma infância e uma adolescência difíceis (tanto sua mãe quanto seu pai se suicidaram, deixando-a sozinha, pois era filha única). Desde cedo chamou a atenção por sua beleza, o que lhe valeu o convite para trabalhar como manequim. Logo começa a atuar no teatro, no elenco do célebre TBC. A passagem para o cinema se dará naturalmente. Seu primeiro filme será a comédia O Gato de Madame, de 1956, ao lado do cômico Mazzaroppi. Após atuar em várias chanchadas, que exploravam sobretudo a sua beleza, o momento de virada acontecerá com Noite Vazia (1964), de Walter Hugo Khouri, no qual comprova seu talento dramático. A partir daí, se torna uma das atrizes mais requisitadas do cinema brasileiro, atuando sob a direção de nomes como Nelson Pereira dos Santos, Glauber Rocha, Antônio Carlos da Fontoura, Cacá Diegues e Bruno Barreto, entre outros. Na metade da década de 70, decide abandonar a carreira artística, e passa a se dedicar ao budismo.
A mostra dedicada a Odete Lara tem o apoio da Programadora Brasil, projeto do Ministério da Cultura destinado à difusão do cinema brasileiro, e pode ser conferida em três sessões diárias, às 15h, 17h e 19h.

Mais informações e horários das sessões, vocês conferem na pagina da sala clicando aqui.

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sexta-feira, 22 de março de 2013

Cine Especial: O QUE É UM DOCUMENTÁRIO?: Parte 7


Nos dias 26 e 28/Março; 02 e 03/Abril, estarei participando do curso "O que é um Documentário?", criado pelo Cena Um e ministrado pelo jornalista Rafael Valles. Enquanto os dias da atividade não chegam, por aqui, estarei postando sobre últimos documentários nacionais e internacionais que eu assisti nos últimos anos.
  
5x Pacificação

Sinopse: Para contar a história das UPPs (Unidades de Polícia Pacificadora) nas favelas do Rio de um modo diferente do que se vê nos noticiários, os produtores Cacá Diegues e Renata de Almeida Magalhães abraçaram o projeto de quatro diretores de "5x Favela -- agora por nós mesmos", para que as UPPs fossem examinadas de dentro, do ponto de vista dos que moram nas comunidades.

Num determinado momento do clássico Matar ou Morrer, a personagem de Grace Kelly pergunta para o dono de um hotel, porque ele não gosta do marido dela, que é o xerife local da cidade (Gary Cooper)? A resposta é mórbida, pois o dono do estabelecimento respondeu que ganhava muito mais na cidade, quando não havia o xerife Cooper e quando a bandidagem controlava as redondezas. Essa cena me veio à mente imediatamente ao assistir esse documentário, quando um dono de um bar na favela do alemão, disse que ganhava bem mais, quando os bandidos e o universo do trafico dominavam aquela região, até é claro a chegada da invasão da policia e do UPPs  (Unidades de Polícia Pacificadora).
Os produtores Cacá Diegues e Renata de Almeida Magalhães decidiram destrinchar esse novo universo apresentado na favela, entrevistando tanto pessoas satisfeitas com essa nova situação, como também aquelas que estavam a anos acostumados com aquela realidade em que a criminalidade dominava o território. Se por um momento ficamos chocados por declarações de pessoas que preferem como era antes, por outro devemos compreender que aquele mundo em que eles viviam já durava há anos e sempre um mundo novo é difícil de acostumar num primeiro momento. Principalmente com suas novas regras impostas pela lei, que para o bem ou para o mal, será algo para o bem futuramente para os dois lados da mesma moeda.  
Embora o documentário foque ao máximo todo o lado positivo dessa pacificação, por outro fica a sensação no ar, que sempre a qualquer momento pode tudo voltar como era antes. Mas é claro que isso somente irá acontecer se caso a boa vontade e determinação dos mesmos que criaram essa pacificação, venha a desaparecer conforme o tempo passe. 

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Cine Dica: Em DVD e Blu-Ray: O Hobbit: Uma Jornada Inesperada

Leia a minha critica já publicada clicando aqui. 

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quinta-feira, 21 de março de 2013

Cine Dica: CineBancários estréia longa nacional DISPAROS


CineBancários estreia longa nacional com trama sobre violência urbana

O CineBancários lança com exclusividade a partir de 26 de março o longa nacional Disparos, de Juliana Reis, tenso drama sobre violência urbana, valorizado por seu excelente elenco e pela fotografia de Gustavo Hadba, um dos mais competentes profissionais da área no cinema brasileiro.

A trama de Disparos, inspirada em fatos reais, mostra o envolvimento de um fotógrafo (Gustavo Machado) em um caso de violência pela cidade ao ser assaltado por motoqueiros, que são atropelados por um carro não identificado. Após recuperar sua câmera, ele percebe que precisa voltar ao local para encontrar o seu cartão de memória. Questionado por um policial (Sílvio Guindane), ele é acusado do crime por omissão de socorro e, consequentemente, é levado a uma delegacia. Lá precisa lidar com Freire (Caco Ciocler) e Gomes (Thelmo Fernandes), que não estão dispostos a facilitar a situação para ele.
 A diretora Juliana Reis, estreante no formato longa-metragem, consegue construir uma trama que evita o velho clichê dos mocinhos contra bandidos, criando uma tensa narrativa sobre um embate moral. De um lado, o fotógrafo arrogante que foi vítima de assalto. Do outro, o policial que prolonga a investigação ao máximo como resposta à postura superior do primeiro. É a partir deste conflito, sem uma única bala ser disparada – o título é uma referência ao disparo das máquinas fotográficas e também uma ironia em relação ao tema principal –, que o longa-metragem é apresentado. Disparos revela uma direção segura, que ma ntém a atenção do espectador desde o início. Também chama a atenção do espectador a habilidade da diretora em tirar bons desempenhos de seu elenco, formado por atores de talento comprovado, como Gustavo Machado, Caco Ciocler e Sílvio Guindane.

Mais informações e horários das sessões, vocês conferem na pagina da sala clicando aqui.  

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