Sócio e divulgador do Clube de Cinema de Porto Alegre, frequentador dos cursos do Cine Um (tendo já mais de 100 certificados) e ministrante do curso Christopher Nolan - A Representação da Realidade. Já fui colaborador de sites como A Hora do Cinema, Cinema Sem Frescura, Cinema e Movimento, Cinesofia e Teoria Geek. Sou uma pessoa fanática pelo cinema, HQ, Livros, música clássica, contemporânea, mas acima de tudo pela 7ª arte.
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Curso “MULHERES NA DIREÇÃO: UMA OUTRA HISTÓRIA DO CINEMA AMERICANO" de Juliana Costa
As
mulheres sempre estiveram por trás das câmeras e frequentemente de fora
dos livros de história do cinema. A participação de mulheres nas mais
diversas funções, inclusive na direção de grandes filmes, no primeiro
cinema norte-americano e nos primórdios dos estúdios de Hollywood, por
exemplo, é fato inegável hoje em dia, mas por muito tempo pouco
difundido.
O curso Mulheres na Direção: Uma Outra História do Cinema Americano, ministrado por Juliana Costa,
objetiva analisar e difundir a cinematografia de diretoras mulheres;
estabelecendo uma narrativa revisionista do cinema norte-americano por
meio de suas diretoras mulheres. O curso a vida e a obra das mulheres
cineastas mais representativas da história do cinema norte-americano.
Inclui: Certificado de participação e Apostila
Público Alvo O
curso é aberto a quaisquer interessados. Não é necessário nenhum
pré-requisito de formação e/ou atuação profissional para participar
desta atividade.
Curso “MULHERES NA DIREÇÃO: UMA OUTRA HISTÓRIA DO CINEMA AMERICANO" de Juliana Costa
Nos dias 06 e 07 de
Outubro eu estarei na Cinemateca Capitólio de Porto Alegre participando do
curso Sonho Cinema e Psicanálise, criado pelo Cine Um e ministrado pelo
psicanalista Leonardo Della Pasqua. Enquanto os dias da atividade não chegam por
aqui eu irei falar um pouco sobre os seis filmes que serão analisados na
atividade.
CORALINE:
E O MUNDO SECRETO (2009)
Sinopse: Entediada em
sua nova casa, Caroline Jones (Dakota Fanning) um dia encontra uma porta
secreta. Através dela tem acesso a uma outra versão de sua própria vida, a qual
aparentemente é bem parecida com a que leva. A diferença é que neste outro lado
tudo parece ser melhor, inclusive as pessoas com quem convive. Caroline se
empolga com a descoberta, mas logo descobre que há algo de errado quando seus
pais alternativos tentam aprisioná-la neste novo mundo.
Tenho boas lembranças
deCoraline,pois afinal de contas, foi o primeiro filme em 3D que eu assisti
no cinema. Aliás,Coralinedemonstrou ser um ótimo exemplo, de como usar essa
ferramenta de uma forma certeira, pois no filme ela somente soltava aos nossos
olhos, quando a protagonista adentrava em outra realidade. O filme também me
pegou numa época em que ainda estava conhecendo o universo de Neil Gaiman pelos
quadrinhos, pois eu ainda estava lendo a série Sandman que estava sendo relançada
naquela época. Do pouco que eu conhecia, já era o suficiente para ficar
encantando com o universo do escritor inglês e Coraline é o mais bem sucedido
filme para o cinema ao transpor na tela toda essa magia de grande conteúdo.
Claro que esse sucesso
muito se deve ao fato de Coraline ser uma história concebida ao público mais
jovem, mas todos os ingredientes de Gaiman estão lá, desde as outras
realidades, aos gatos no mínimo misteriosos. Tudo isso, muito bem orquestrado
pelo cineasta Henry Selick que, embora tenha ficado um pouco eclipsado pela
visão autoral de Tim Burton,O Estranho Mundo de Jack (1993), é um filme
dirigido por ele com maestria e muito desse talento novamente se vê Coraline.Com uma jovem protagonista cheia de carisma, além de fazer qualquer criança se
identificar com ela, Coraline: E o Mundo Secreto rapidamente se tornou um
clássico instantâneo mais do que merecido e é por isso mesmo que merece ser
sempre revisitado.
Brilho
Eterno De Uma Mente Sem Lembranças (2004)
Sinopse: Joel (Jim Carrey) e
Clementine (Kate Winslet) formavam um casal que durante anos tentaram fazer com
que o relacionamento entre ambos desse certo. Desiludida com o fracasso,
Clementine decide esquecer Joel para sempre e, para tanto, aceita se submeter a
um tratamento experimental, que retira de sua memória os momentos vividos com ele.
Após saber de sua atitude Joel entra em depressão, frustrado por ainda estar
apaixonado por alguém que quer esquecê-lo. Decidido a superar a questão, Joel
também se submete ao tratamento experimental. Porém ele acaba desistindo de
tentar esquecê-la e começa a encaixar Clementine em momentos de sua memória os
quais ela não participa.
Charlie Kaufman tem
algo de diferente e raro atualmente em seu ramo, pois ele acaba chamando mais
atenção pelas suas ideias originais dos seus roteiros nos filmes do que pelo
próprio elenco ou diretor em si de determinada produção. Desde em Quero ser
John Malkovich, o roteirista não parou de trabalhar no tema do subconsciente
das pessoas, principalmente pelo fato da mente das pessoas é vasta e basta uma ideia para ele então explorá-la ao máximo. Em Brilho Eterno de uma Mente sem
Lembrança não foi diferente, o roteiro de kautman leva ao espectador a lugares
nunca antes visto na mente do protagonista (Jim Carrey espetacular) que de início
tenta esquecer sua amada (Kate Winslet ótima) no tratamento experimental, mas
ao longo do percurso desiste da ideia e tenta de todas as formas não perder as
lembranças que tinha com ela. Isso tudo acontece quando o protagonista esta
dormindo, enquanto os responsáveis pelo experimento ficam controlando sua mente
para fazê-lo esquecer do seu relacionamento que teve. É ai que o filme vira uma
corrida contra o tempo dentro da mente de Joel. É interessante vermos o
personagem entrar em suas próprias lembranças em que viveu e tentar salvar os
sentimentos que tinha por Clementine, ao ponto de pedir ajuda para própria
dentro de sua mente. Não é a toa que o roteirista ganhou de forma merecida o
Oscar de roteiro original e não me admiraria muito se sua trama tenha
influenciado um pouco as ideias de Christopher Nolan ao fazer o seu A Origem.
O Filme
da Minha Vida (2017)
Sinopse: Serras
Gaúchas, 1963. Tony cresceu sem a presença do pai francês (Vincent Cassel). Os
anos passam e ele se torna professor de francês. Tony é apaixonado por livros e
começa a frequentar um cinema. Com o passar do tempo, o professor descobre
informações sobre seu passado, o forçando a tomar importantes decisões.
Não é pela sua
originalidade na trama em que um filme alcança os seus status de qualidade, mas
sim na forma como ele foi conduzido. Em
alguns casos, a parte técnica rouba a cena, mas não para superar a trama, mas
sim para torná-la ainda melhor. O filme da Minha Vida é um desses casos em que
a parte técnica, assim como na maneira em que o cineasta dirige as cenas, é o
que nos faz prestar mais atenção na obra, mesmo quando ela não tenha nenhuma
pretensão de mudar as nossas vidas através de sua história.
baseado na obra do
escritor chileno Antonio Skármeta (O Carteiro e o Poeta), o filme se passa nas
Serras Gaúchas do ano de 1963, onde acompanhamos a vida do jovem Tony (Johnny
Massaro, de Divã), do qual tinha uma infância feliz ao lado do seu pai francês
(Vicent Cassel). Porém, ao voltar da faculdade, seu pai decide ir embora,
abandonando não só ele como também a sua mãe. Para afogar suas dores, Tony se
torna professor de língua francesa, lendo inúmeros livros, frequentando cinema,
mas através dessa sua jornada de autoconhecimento será por onde ele consegue
aos poucos compreender a partida de seu pai.
Saiba mais sobre o
que eu achei do filme na época de lançamento clicando aqui.
Roteiro e Direção de
Valério Silva Salazar, a superprodução promete sucesso no Brasil e exterior e
será rodado ainda este ano em Goiânia
A atriz internacional
Cris Lopes foi convidada para atuar no filme do diretor Valério Silva Salazar
contracenando com o super ator Jackson Antunes para filmar em novembro em
Goiânia. O Longa metragem "Metrópole 153 Pela Garantia da Liberdade"
é uma superprodução que promete sucesso nos cinemas no Brasil e no exterior e
conta com grande elenco, efeitos especiais e perseguições de bandidos e muita
ação policial. "Metrópole 153" é uma ficção policial que conta a
história de uma família que após sofrer com a morte do pai, Otávio Braga,
assassinado em um Hotel em Brasília, mãe e filhos são sequestrados e levados
para um cativeiro próximo a cidade, mas graças a esperteza das crianças, uma
força policial é acionada e são resgatados com vida!
Cris Lopes atuou
recentemente como Delegada no longa nacional de Eliane Coster "Meio
Irmão" em breve nos cinemas no Brasil, o filme já foi exibido na França no
Festival de Cinema de Toulouse e também no longa canedense FREER rodado em
inglês em 3 Países: Estados Unidos, Canadá e Brasil, está em lançamento USA
Canadá em breve na Netflix. Cris é uma atriz de cinema premiada no Brasil e no
exterior que atua em diversos idiomas e também já filmou na Inglaterra e
França, especializada em cinema na Actors Studio England.
A atriz Cris Lopes
está realizando campanha internacional sobre Valorização da Mulher e este mês
esteve em Goiás no Festival de Cinema Curta Canedo da diretora Carmelita Gomes,
no primeiro debate no Brasil com exibição do filme que protagonizou sobre
Violência Doméstica "Miguel" de Natalia Grecco e recebeu prêmio
Menção Honrosa como protagonista do filme que viveu a mãe agredida e seu filho
sofre psicologicamente com a violência dos pais. Em outubro a atriz segue para
Argentina para realizar o próximo evento com exibição do filme em cinema na
cidade de Buenos Aires.
Crédito Fotos: Atriz
internacional Cris Lopes e cineasta Valério Silva Salazar
Atriz Cris Lopes e grande elenco do longa
"Metrópole 153 Pela Garantia da Liberdade"
Confira aqui a
entrevista com Cris Lopes na BAND Tv Goiania com apresentador Maracanã: https://youtu.be/-X7KDeyfYn0
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internacional Cris Lopes (entrevistas nacionais e internacionais, trailers,
cine & tv):www.facebook.com/crislopesoficial
Sinopse: Roberto (Silvio Guindane) e Mitsuo (Ricardo Oshiro) são dois desconhecidos que, após uma série de coincidências, voltam para o Brasil no mesmo dia, depois de um longo tempo no exterior. Eles se encontram devido a um terreno que foi negociado por seus pais decádas atrás e decidem tentar ganhar dinheiro em cima do local. No entanto, eles entram em conflito quando começam a achar que o lote possui poderes mágicos.
A cena de abertura, talvez, seja o melhor momento do filme. Duas pessoas se encontram num terreno, em meio a uma chuva inesperada, para cumprirem um contrato de venda. Nakano (Edson Kameda), de origem japonesa, mostra-se uma pessoa reservada, enquanto o outro, o expressivo João (Ailton Graça), aceita o acordo sem pensar muito nas causas e efeitos. Existe uma aura de magia com relação a esse encontro, sobre os termos do contrato, principalmente sobre a chuva forte e que se interrompe inesperadamente no momento em que o acordo foi fechado. Curiosamente, o gênero fantástico dá de encontro ao realismo nesse momento, mas de uma forma discreta e silenciosa. A partir desse ponto, a trama se move pelos diálogos e ações de seus respectivos personagens principais. São momentos em que dois ou mais personagens conversam em casa, na mesa de bar, dentro do carro ou em meio as lembranças nostálgicas dentro de um quarto. São a partir desses diálogos que são, então, remexidos os passados de Roberto (Silvio Guindane) e Mitsuo (Ricardo Oshiro), os problemas familiares e financeiros de cada um e planos com relação ao futuro de ambos. Os encontros servem mais para explicar ao cinéfilo que assiste sobre as reais personalidades dos personagens, sobre o andamento da trama, mas que não dá espaço para que possamos tirar as nossas próprias conclusões no que é visto na tela.
Tal modo que é apresentadoa história, chama atenção o seu lado conveniente, como no caso, por exemplo, dos cenários serem apresentados somente para os personagens centrais. O universo da trama acaba se tornando então mero objeto de recurso: os bares onde os personagens conversam estão vazios, a estrada está deserta, não existem pessoas caminhando na praias, nem dentro na peixaria. Aqui, o horizonte parece artificial, e as conversas são tão destacadas quanto a trilha ou a parte técnica dos sons que são quase imperceptíveis. Mesmo assim, alguns pontos se destacam de forma positiva como no caso dos seus respectivos talentos em cena. No elenco, Carlos Meceni efetua um bom trabalho como Orestes, e Vera Mancini se mostra particularmente desenvolta na única cena em que aparece. Acima de tudo, é evidente o afeto pelos personagens, pelos sonhos desfeitos e pela melancolia de cada um. A redenção, por fim, vêm para os respectivos personagens centrais, mesmo quando ela soa artificial demais.