Nos dias 03 e 04 de setembro na
Cinemateca Capitólio, eu estarei participando do curso D. W. Griffith: A
criação do cinema narrativo, criado pelo Cine Um e ministrado pelo crítico de
cinema Pedro Henrique Gomes. Enquanto os
dias da atividade não chegam, por aqui eu irei postar as minhas analises
pessoais de cada obra que eu vi desse cineasta, sendo ele responsável pelas
primeiras grandes produções da história do cinema.
Lírio Partido 1919
Sinopse: Uma jovem de
apenas 15 anos é abandonada em Londres e acaba se apaixonando por um místico
chinês, que está viajando pelo país para disseminar a filosofia do oriente.
D. W. Griffith
surpreendeu o mundo com Lírio Partido, devido o contraste com os
monumentais Nascimento de uma Nação e Intolerância que foram seus filmes anteriores. Este é o filme mais sério,
poético e dramático de Griffith, adaptado do livro Limehouse
Nights, de Thomas Burke. Com cenas tingidas de cores e grandes atuações,
especialmente a Lillian Gish que está em
grande performance, como a jovem de quinze anos de idade, assustada com sua
vida miserável: a cena em que ela sorri empurrando os cantos da boca para cima
com os dedos, é um das cenas mais belas e tristes do cinema.
Este filme foi realizado em apenas três
semanas e, apesar do orçamento modesto, foi grande sucesso de crítica e
público. Ao contrário dos filmes anteriores de Grifth, como o épico O
Nascimento de Uma Nação, esse filme foi quase uma peça filmada, utilizando,
apenas, dois pequenos sets, que eram rearranjados de acordo com as necessidades
do diretor de fotografia (Henrick Sartov).
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