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Sapucaia do Sul/Porto Alegre, RS, Brazil
Sócio e divulgador do Clube de Cinema de Porto Alegre, frequentador dos cursos do Cine Um (tendo já mais de 100 certificados) e ministrante do curso Christopher Nolan - A Representação da Realidade. Já fui colaborador de sites como A Hora do Cinema, Cinema Sem Frescura, Cinema e Movimento, Cinesofia e Teoria Geek. Sou uma pessoa fanática pelo cinema, HQ, Livros, música clássica, contemporânea, mas acima de tudo pela 7ª arte. Me acompanhem no meu: Twitter: @cinemaanosluz Facebook: Marcelo Castro Moraes ou me escrevam para marcelojs1@outlook.com ou beniciodeltoroster@gmail.com

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terça-feira, 30 de maio de 2017

Cine Dica: Em Cartaz: Piratas do Caribe: A Vingança de Salazar

Sinopse: O Capitão Jack Sparrow (Johnny Depp), passa a ser assombrado pelos fantasmas de piratas do mal, que sob o comando de um antigo inimigo, Capitão Salazar (Javier Bardem), escapam do Triângulo do Diabo. Eles partem destinados a matarem todos os piratas do oceano, incluindo Jack. Para escapar da morte, o herói precisa achar o artefato Tridente de Poseidon, que concede ao seu detentor o controle dos mares. Mas claro, que não é só ele que quer tomar posse do valioso objeto.

O primeiro Piratas do Caribe foi um sucesso inesperado, mas muito bem vindo, pois além de ressucitar o velho filme de aventura de capa e espada, Johnny Depp nos brindou com um dos personagens mais divertidos do cinema. Veio então as sequências, das quais a Disney tentou expremer ao máximo toda a fórmula de sucesso, para então gerar lucro, mesmo quando as tramas não tinham mais nada para acrecentar a saga. Eis que chega então Piratas do Caribe: A Vingança de Salazar, cuja a missão é explorar mais daquele universo bucaneiro, mesmo quando o roteiro nos apresenta situações xerocadas dos filmes anteriores.
Dirigido por Joachim Rønning e Espen Sandberg, (A Aventura Kon-Tiki, 2013), o filme explora a busca  de  Henry Turner (Brenton Thwaites) ao tridente de Poseidon, do qual tem o poder de destruir as maldição da qual o seu pai Turner (Orlando Bloom) está condenado a viver para sempre no mar. Ele decide então recorrer ajuda a  Jack Sparrow (Johnny Depp) e mais uma jovem chamada Carina Smyth (Kaya Scodelario) que conhece um meio para localizar o tridente. Porém,  Capitão Salazar (Javier Bardem) escapa do triângulo do Diabo e caça sem trégua Jack Sparrow até que ele então  seja morto.
Resumidamente, o filme parece uma espêcie de releitura do primeiro filme, só  trocando o vilão e o tipo de cruzada em que os heróis tem que enfrentar. Assim como nos filmes anteriores, o filme osila entre os momentos de calmaria, para logo depois dar lugar a uma verdadeira montanha russa de cenas mirabulantes e bem cartunescas. Em meio a isso, Johnny Depp faz o que pode para tentar extrair ao maxímo o que o seu personagem tem a oferecer ao público em termos de humor, mesmo quando a sua figura já dá sinais de esgotamento de ideias.
Além disso, é muito visível a falta de química entre os atores Brenton Thwaites e Kaya Scodelario, sendo que é até válida as motivações de seus personagens dentro da trama, mas formarem um casal foi forçação de barra dos roteiristas.  Contudo, Javier Bardem consegue com louvor nos transmitir ameaça verdadeira contra os protagonistas, mesmo quando os efeitos especiais que moldam o seu personagem prejudica algumas vezes na sua atuação em cena. E quando se achava que Geoffrey Rush com seu personagem Barbossa se tornaria apenas um coadjuvante de luxo nesta quinta aventura, eis que os roteiristas inventam uma surpresa mirabolante que, embora forçada, se encerra de uma forma emocionante e satisfatória.
Embora com uma bela fotografia, cujo os grandes navios em auto mar formam uma espécie de pintura em movimento, o filme descamba para muita correria e efeitos visuais em seu ato final e fazendo com que a gente meio que se perca com relação ao que está acontecendo na tela. Logicamente, os minutos finais terminam com todas as pontas soltas amarradas, mesmo dando a entender que as ambições da Disney seja continuar com as aventuras de Piratas do Caribe com ou sem  Jack Sparrow.
Com uma participação hilária de Paul McCartney interpretando um pirata e tio de Jack Sparrow, Piratas do Caribe: A Vingança de Salazar talvez venha a ser o canto do cisne da franquia, mesmo quando o desejo do estúdio é sempre querer gerar mais lucro. 


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segunda-feira, 29 de maio de 2017

Cine Dica: Em Cartaz: A Família Dionti e Muito Romântico



  A Família Dionti



Sinopse: O jovem Kelton vivem no interior de Minas Gerais, junto do irmão e do pai. Eles trabalham no canavial, e fazem pequenos bicos na feira. Kelton sofre com a ausência da mãe, que "se transformou" e abandonou a família. Ao se apaixonar por uma colega de sua sala, o garoto tem medo de sofrer o mesmo destino da mãe. Os indícios estão todos lá: ele transpira demais, tem desmaios... Kelton estaria derretendo?



Seja ficção, ou documentário, o cinema brasileiro vive numa fase da qual não esconde os altos e baixos de nosso país, mas sim criando um mosaico de obras das quais sintetizam o melhor e o pior da nossa realidade. Porém, nunca é demais soltar a imaginação, onde se pode criar uma fábula e da qual testemunhamos a imaginação se sobressair perante as adversidades. Portanto, Família Dionti é um filme pertencente ao gênero fantasia, sendo algo raro visto dentro do nosso cinema, mas não significa que não seja bem vindo.
Dirigido por Alan Minas, o filme é uma espécie de conto de fadas contemporâneo, onde vemos um jovem que sofre pelo fato de suar demais quando está no sol e correndo o risco de evaporar. Ao mesmo tempo, vemos ele se apaixonar pela jovem que a recém chegou à cidade junto com o seu circo e trazendo então inúmeras histórias fantasiosas com relação a sua família do picadeiro. Histórias fantásticas é o elo que fazem deles terem algo em comum e que usam isso para enfrentar uma realidade pouco colorida do mundo do qual eles vivem.
O filme pode ser interpretado de inúmeras formas como, por exemplo, da realidade sempre batendo na porta desses jovens, mas dos quais se entregam a possibilidade de um mundo onde tudo é possível. O filme também é uma representação do melhor do nosso folclore brasileiro, onde histórias, por vezes absurdas, é que dão vida nos lugares esquecidos por Deus. Ceticismo, fé, crenças e fantasias são o que movem boa parte dos personagens e criando então um convite para pessoas de todas as idades para assistir a obra.
Com um final imprevisível, mas ao mesmo tempo esperançoso, A Família Dionti é um pequeno sopro de vida para aqueles que ainda conseguem usar a imaginação em meio às adversidades de hoje em dia.

 

Muito Romântico



Sinopse: Melissa e Gustavo atravessam o Oceano Atlântico em busca de uma vida nova em Berlim. Eles seguem seu caminho fazendo filmes, amizades e música, mas um segredo revelado faz o medo vir à tona. Eles perdem o rumo, até o dia em que encontram um portal para o cosmos, expandindo a travessia para além do tempo e do espaço.

O filme convencional é aquele que sempre se apresenta com tramas de começo, meio, fim e fazendo com que a pessoa saia da sala no mínimo satisfeita. Porém, existem filmes que fogem desse papel, optando por nos apresentar uma trama da qual testa a nossa atenção e fazendo com que fiquemos pensando com relação ao que nós assistimos. Muito Romântico é um filme que tranquilamente poderia trilhar pela primeira opção, mas vai por um caminho imprevisível e testando as nossas próprias perspectivas.
Dirigido por Melissa Dullius e Gustavo Jahn, o filme acompanha a história de um casal (interpretados pelos próprios cineastas Melissa Dullius e Gustavo Jahn) que viajam para conhecer uma nova Berlim e que ainda guarda um pouco das raízes de ambos. Quando eles estão lá, eles começam a gravar inúmeras cenas da cidade, assim como também fazendo novas amizades e participando de inúmeras festas. Porém, o casal enfrenta adversidades na relação, mas algo surge para fazer com que esse quadro mude e de uma forma surreal.
Com inúmeras cenas rodadas, das quais nos passa a sensação de que elas foram criadas de uma forma bem amadora (relembrando o velho super 8), o filme transita entre a ficção, realidade e documentário, sendo algo cada vez mais comum visto em nosso cinema brasileiro como, por exemplo, Castanha e Branco Sai, Preto Fica. Porém, o lado abstrato, absurdo e fantástico é a palavra de ordem na história, onde o corriqueiro dá de encontro com situações que beiram ao surrealismo e não devendo nada do que já foi visto em filmes como de David Lynch (Cidade dos Sonhos). Ao mesmo tempo, o filme me fez lembrar o recente Adeus à linguagem, de Jean-Luc Godard, onde a relação conflituosa de um casal é mero pano de fundo e dando lugar a cenas que fogem do convencional cinematográfico. 
Ame ou odeie, Muito Romântico é aquele tipo de filme que fará você sair do cinema pensando sobre ele e por longas horas á fio.


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Cine Dica: Curso Pedro Almodovar


* Edição Porto Alegre *


Apresentação

Pedro Almodóvar é o cineasta espanhol de maior renome mundial atualmente. Sua filmografia é repleta de filmes onde a presença feminina é o ponto principal das tramas. Cores berrantes, personagens loucos, e a política espanhola também são destaques em seus roteiros. Suas narrativas, de modo geral, são bem humoradas e sem pretensões de se levar a sério.


Para Almodóvar seus filmes são tão autobiográficos quanto poderiam ser. Suas experiências de vida são suas fontes de inspiração, e a temática da sexualidade é abordada de maneira bastante aberta em vários filmes. Hoje, o diretor é tão conhecido quanto o conterrâneo Luis Buñuel, cineasta cuja obra se assemelha muito ao estilo de Almodóvar.

Pedro Almodóvar nunca pôde estudar cinema, pois nem ele nem sua família tinham dinheiro para pagar seus estudos. Antes de dirigir filmes foi funcionário da companhia telefônica estatal; desenhou histórias em quadrinhos; foi ator de teatro de vanguarda e cantor de uma banda de rock, na qual participava travestido. Foi o primeiro espanhol a ser indicado ao Oscar de melhor realizador.


Objetivos

O Curso TODAS AS CORES DE PEDRO ALMODÓVAR, ministrado por Josmar Reyes, vai tratar da filmografia de Pedro Almodóvar, abordando aspectos estruturais e narrativos (estrutura espacial e temporal, personagens, gênero, estrutura sonora e musical); técnicos; temáticos e estéticos, bem como particularidades da carreira do cineasta e a crítica em torno de seus filmes. Para tanto, durante as aulas serão apresentados fragmentos de seus filmes e textos que tratam de sua obra.


Público alvo

Esta atividade é aberta e dirigida ao público em geral.
Não é necessário nenhum pré-requisito de formação e/ou atuação profissional.



Conteúdo programático

Aula 1
- Os Filmes: Sinopse ilustrativa resgatando o conteúdo de cada filme;
- As Musas: Carmen Maura, Victoria Abril, Marisa Paredes, Cecilia Roth e Penélope Cruz;
- A Cidade: Madri como cenário e personagem;
- As histórias e temas recorrentes;
- Estrutura narrativa: Segredos, mistérios e suspense.



Aula 2
- Estética almodovariana: O kitsch, figurinos e cenografia;
- Questões de gênero: O melodrama e o suspense;
- Referências culturais e cinematográficas;
- Análise da abertura dos filmes: Créditos iniciais;
- Trilhas musicais;
- Aspectos técnicos: Planos montagem e movimentos de câmera.


Ministrante: Josmar Reyes

Doutor em Ciências da Comunicação e da Informação, Novas Tecnologias e Artes do Espetáculo (Université de Paris III - Sorbonne Nouvelle). Professor do Curso de Realização Audiovisual (Unisinos) e do Curso de Comunicação Social (UNISC). Licenciado em Letras / Português - Francês (UFRGS) e Mestre em Estudos Francófonos (UFRGS). Já ministrou os cursos “Desconstruindo Woody Allen” e “Nouvelle Vague do Cinema Coreano” pela Cine UM.


Curso
Todas as Cores de Pedro Almodóvar
* Edição Porto Alegre *
de Josmar Reyes


Datas: 10 e 11 de Junho (sábado e domingo)

Horário: 14h às 17h

Duração: 2 encontros presenciais (6 horas / aula)

Local: Cinemateca Capitólio
(Rua Demétrio Ribeiro, 1085 - Centro Histórico - Porto Alegre - RS)

Investimento: 
R$ 85,00
* Desconto para pagamento por depósito bancário:
a) R$ 70,00 (para as primeiras 10 inscrições)
b) R$ 800,00 (demais inscrições)

Formas de pagamento: Depósito bancário / Cartão de Crédito (PagSeguro)

Material: Certificado de participação e Apostila (arquivo em PDF)

Informações
cineum@cineum.com.br / Fone: (51) 99320-2714

Inscrições

Realização

sexta-feira, 26 de maio de 2017

CINE ESPECIAL: PIRATAS DO CARIBE: DESENTERRANDO O BAÚ MILIONÁRIO DA DISNEY

   PIRATAS DO CARIBE: A MALDIÇÃO DO PÉROLA NEGRA

 Sinopse: Em pleno século XVII, o pirata Jack Sparrow (Johnny Depp) tem seu navio saqueado e roubado pelo capitão Barbossa (Geoffrey Rush) e sua tripulação. Com o navio de Sparrow, Barbossa invade e saqueia a cidade de Port Royal, levando consigo Elizabeth Swann (Keira Knightley), a filha do governador (Jonathan Pryce). Decidido a recuperar sua embarcação, Sparrow recebe a ajuda de Will Turner (Orlando Bloom), um grande amigo de Elizabeth que parte em seu encalço. Porém, o que ambos não sabem é que o Pérola Negra, navio de Barbosa, foi atingido por uma terrível maldição que faz com que eles naveguem eternamente pelos oceanos e se transformem em esqueletos à noite.

Antes mesmo de sua estreia, o filme já era considerado um fracasso e motivos é o que não faltaram. Para começar, o filme era baseado em um brinquedo famoso da Disneylândia, não era baseada de um livro, tão pouco de uma refilmagem mas baseado nisso. Isso sem contar que o diretor Gregor Verbinski vinha do desastroso A Mexicana, ou seja, tudo estava a favor para um grande desastre, mas a própria Disney mal imaginava do pé de coelho que tinha em mãos e esse pé de coelho seria Johnny Depp. 
A principio era para ser Will Turner (Orlando Bloom) como protagonista da trama e Jack Sparrow como coadjuvante, mas se a intenção era essa do estúdio, então devemos a agradecer a eles mesmos por terem errado, pois Johnny Depp não só se torna protagonista da trama como rouba a cena a cada momento que aparece. Isso graças o modo como ele criou seu Jack Sparrow, com trejeitos que, segundo ele, se inspirou em seu ídolo, o guitarrista Keith Richards. Apesar de longo, o filme não cansa em nenhum momento, graças a ótimas cenas de ação no alto mar e que lembra bastante os bons e velhos tempos dos filmes de aventura de pirata.
Isso sem contar as sequência da tripulação do pérola negra que esta amaldiçoada, lembrando bastante uma cena clássica de Jasão e os Argonautas. Depp, pela primeira vez na carreira, teve sua primeira indicação ao Oscar de melhor ator, já filme rendeu mais de R$ 300 milhões de dólares somente em território americano e o resto é história.

 

PIRATAS DO CARIBE: O BAÚ DA MORTE



Sinopse: Elizabeth Swann (Keira Knightley), a filha do governador Weatherby (Jonathan Pryce), está prestes a se casar com o ferreiro Will Turner (Orlando Bloom). Porém o evento é atrapalhado pela ameaça de Davy Jones (Bill Nighy), o capitão do assombrado navio Flying Dutchman, que tem uma dívida de sangue com o capitão Jack Sparrow (Johnny Depp), amigo do casal. Temendo ser amaldiçoado a uma vida após a morte como escravo de Jones, Sparrow precisa encontrar o misterioso baú da morte para escapar da ameaça.

Com o sucesso bem vindo do filme anterior, o estúdio Disney decide então, junto com o diretor Gregor Verbinski, criarem uma trilogia e assim como aconteceu com as trilogias De Volta para o futuro e Matrix, os capítulos dois e três de piratas foram rodados ao mesmo tempo. Tecnicamente o filme é muito superior ao seu antecessor e as cenas de ação são espetaculares. O que talvez tenha prejudicado um pouco para que esse filme não fosse 100% perfeito foi o fato de a trama possuir inúmeras sub-tramas nas quais, por alguns momentos, deixa o espectador desavisado confuso.
Outra coisa que o estúdio errou foi terem dado mais atenção ao personagem Will Turner (Orlando Bloom). Nada contra a trama de Will em si, o problema é que Orlando Bloom sempre foi um péssimo ator, principalmente se comparado ao Johnny Depp que aqui, por pouco não é relegado a segundo plano da trama toda, mas graças ao seu ótimo desempenho isso não aconteceu. Destaco aqui o ótimo desempenho de Bill Nighy como o amaldiçoado Davy Jones que, mesmo carregado de efeitos especiais, consegue passar para o público um personagem maquiavélico e trágico.
Atenção para o emocionante final que deixa inúmeras pontas soltas para o capítulo seguinte, mas  isso sem contar um retorno inesperado nos segundos finais da trama.

  

PIRATAS DO CARIBE: NO FIM DO MUNDO



Sinopse: O lorde Cuttler Beckett (Tom Hollander), da Companhia das Índias Orientais, detém o comando do navio-fantasma Flying Dutchman. O navio, agora sob o comando do almirante James Norrington (Jack Davenport), tem por missão vagar pelos sete mares em busca de piratas e matá-los sem piedade. Na intenção de deter Beckett, Will Turner (Orlando Bloom), Elizabeth Swann (Keira Knightley) e o capitão Barbossa (Geoffrey Rush) precisam reunir os Nove Lordes da Corte da Irmandade. Porém falta um dos Lordes, o capitão Jack Sparrow (Johnny Depp). O trio parte para Cingapura, na intenção de conseguir o mapa que os conduzirá ao fim do mundo, o que possibilitará que Jack seja resgatado. Porém para conseguir o mapa eles precisarão enfrentar um pirata chinês, o capitão Sao Feng (Chow Yun-Fat).


O filme começa exatamente onde a trama havia se encerrado no filme anterior e por conta disso, o ritmo é o mesmo, acelerado do inicio ao fim, mas ao mesmo tempo as sub tramas continuam nesse filme e dessa vez redobradas. Por sorte, o filme mantém o que funciona, como capitão Jack Sparrow (Johnny Depp) que, dessa vez, vem acompanhado de suas alucinações múltiplas dele mesmo. Curiosamente, Keith Richards aparece fazendo o pai de Jack Sparrow. Como o próprio ator havia falado no passado, quando disse que se inspirou no seu ídolo para criar o seu personagem, era mais do que lógico que, caso aparecesse o pai dele, tinha que ser Richards mesmo. 
Apesar dos tropeços lá e aqui, mais a longa duração, o ato final é espetacular onde todos os personagens da trilogia se confrontam em meio a um redemoinho moldado a fantásticos efeitos especiais. A trama da trilogia em si termina satisfatória, com todas as inúmeras sub tramas de seus protagonistas  resolvidas, com exceção do próprio Jack Sparrow. Ele termina da mesma maneira que começou a saga, mas novamente, pronto para uma grande aventura.



Piratas do Caribe: Navegando em Águas Misteriosas



Sinopse: O Capitão Jack Sparrow retorna em mais uma aventura cheia de ação sobre verdade traição juventude. Ele começa sua jornada quando cruza com uma mulher de seu passado a filha do lendário Barba Negra. Sparrow está em busca da Fonte da Juventude e não sabe se a relação deles é amor ou se ela apenas é uma golpista que quer saber como chegar à fonte.

Por mais divertida que fosse a trilogia de Piratas do Caribe, ela sofria de dois grandes problemas: a insistência do estúdio em tentar focar a história nos personagens de Orlando Bloom e Keira Knightley que, por mais que fossem importantes dentro história, não conseguiam 100% conquistar a simpatia do público. Já o segundo grande problema, foi o fato de terem criado mirabolantes histórias no segundo e terceiro filme, no qual tornou a trama de ambos um tanto que confusa em muitos momentos. Piratas do Caribe: Navegando em Águas Misteriosas retorna as raízes do primeiro filme, cuja intenção era, acima de tudo, divertir do começo ao fim mas sem deixar a peteca cair. Com uma história bem mais limpa, além de acessível para todos que assistirem, finalmente o estúdio foca todas as suas atenções ao verdadeiro ganso dos ovos de ouro que Jack Sparrow.
Johnny Depp volta ao personagem de sua vida e mais a vontade do que nunca. É impressionante que cada gesto, trejeitos, tanto na forma de andar como de agir e com suas piadas rápidas e certeiras consegue conquistar tão facilmente o publico. Mas isso se deve a um dos melhores casamentos entre ator e personagem dos últimos anos, algo que não se via desde que Harrison Ford quando interpretou pela primeira vez Indiana Jones. 
Por conta disso, essa nova aventura é toda dele, do início ao fim, mas não é por isso que coadjuvantes serão dispensáveis, mas desta vez eles não atrapalham. Bom exemplo disso é a presença de Penélope Cruz, que surge como um antigo amor e ódio de Jack Sparrow. Ambos já haviam trabalhado juntos no filme Profissão de Risco e pelo visto a química aqui novamente funciona com doses e de humor e sedução. 
Geoffrey Rush volta a viver como um renovado Capitão Barbossa e, assim como aconteceu nos filmes anteriores, os momentos dele com Johnny Depp são impagáveis. De personagens novos, confesso que senti certa decepção com relação a Ian McShane como Barba Negra. Não que o ator esteja ruim, muito pelo contrario, mas o caso que ele interpreta um dos piratas mais conhecidos da história, mas sua introdução na trama e de como ela foi criada me soou um tanto que insatisfatória, mas talvez seja pelo fato de eu ter ido com muita expectativa de ver como ficaria o personagem nas telas.
Em contrapartida o novo casal, formado pelo religioso Philip (Sam Claflin) e a sereia Syrena (Astrid Bergés-Frisbey) possuem uma química bem boa e nada forçada, principalmente se compararmos aos personagens de Orlando Bloom e Keira Knightley dos filmes anteriores. Rob Marshall (Chicago) mesmo dirigindo um filme desse porte pela primeira vez, não se intimida nas cenas de ação e cria verdadeiros momentos de tensão e perigo, como a fantástica sequência do ataque das sereias que é, desde já, a melhor cena de ação do filme. Embora a aventura termine com algumas pontas soltas, Piratas do Caribe: Navegando em Águas Misteriosas poderia muito bem fechar com dignidade a saga do pirata Jack Sparrow nos cinemas, mas com 600 milhões de dólares na bilheteria mundialmente em apenas 12 dias na época, dificilmente a Disney largaria tão cedo seu ganso dos ovos de ouro. 


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