Sinopse: Fora do radar como
lutator de rua, Jason Bourne (Matt Damon) é surpreendido por Nicky Parsons
(Julia Stiles), que o procura oferecendo novas informações sobre seu passado.
Inicialmente resistente, ele acaba voltando aos Estados Unidos para continuar a
investigação e entra na mira do ex-chefe Robert Dewey (Tommy Lee Jones), que
teme mais um vazamento de dados. Dentro na CIA, no entanto, a novata Heather Lee
(Alicia Vikander) acredita que tentar recrutar Bourne para a agência seja a
melhor solução.
Quando se achava que o gênero
de ação estava em decadência no início do século 21, eis que surgiu a trilogia
do Bourne, protagonizada por Matt Damon e comandada por uma mão precisa pelo
cineasta Paul Greengrass (Domingo Sangrento). Elogiada pela crítica e público, a
trilogia possuía um alto grau de verossimilhança, servindo assim de base para renovação
do gênero ação/espionagem, ao ponto que a franquia 007 teve que se renovar o
quanto antes para não ficar para trás. Claro que o estúdio Universal não quis
largar o osso, criando até mesmo um filme derivado (O legado de Bourne), mas
que não convenceu a maioria e por isso, após inúmeras tentativas de convencer
astro e cineasta, finalmente chegamos a Jason Bourne.
Após descobrir quem
realmente era no ato final da trilogia, Bourne (Damon) vive escondido como
lutador de rua e querendo deixar para trás o seu passado de espionagem e
desertor. Porém, Nicky Parsons (Julia Stiles) descobre novas informações do seu
passado e decide então informá-lo de fatos que nem ele sabia. Isso desperta a fúria
do ex-chefe CIA Robert Dewey (Tommy Lee Jones), que deseja eliminar a todo
custo Bourne, mas ao mesmo tempo, tem ajuda de uma nova agente Heather Lee
(Alicia Vikander) e que acredita que a melhor solução para terminar com essa
crise é recrutando novamente o agente.
Diferente da trilogia
original, onde a cada momento os roteiristas inventavam momentos imprevisíveis,
aqui o estopim dos eventos acaba soando bastante simples, para não dizer previsível
em alguns momentos da trama. Na realidade, o filme deixa um pouco (aparentemente)
de lado o jogo político, se concentrando mais nas motivações dos personagens e
na ação que se desencadeia devido as suas ações. Isso torna a trama mais limpa
e faz com que a gente não pense muito sobre o que está acontecendo na tela, mas
sim para curtir cada momento de ação que ocorre nela.
Ação, aliás, é o carro chefe
no decorrer do filme. Graças a uma montagem habilidosa, presenciamos inúmeras cenas
de ação, perseguição e lutas corpo a corpo muito bem filmadas. Embora ajam
algumas cenas de ação, principalmente no seu ato final, onde acontecem inúmeras
explosões e correrias, a gente nunca se perde sobre o que acontece na tela,
mesmo quando ocorre um sério risco disso acontecer.
Matt Damon retorna a vontade
em seu personagem, mas com poucas palavras e mais ação física, mas dando conta
muito bem das cenas perigosas. Tommy Lee
Jones está bem cena, mas nada muito diferente do que já foi visto em outros
papeis. E se Vincent Cassel tem o seu talento um tanto que desperdiçado em
cena, a grande surpresa fica por conta da atriz Alicia Vikander (Garota Dinamarquesa),
da qual consegue criar para a sua personagem uma aura de ambiguidade, pois nunca
sabemos ao certo quais as suas reais intenções no caso Bourne e se tornando a
melhor personagem do filme.
Embora os conflitos da trama
se resolvam num ato final cheio de ação nas ruas de Las Vegas, era inevitável que
houvesse um gancho para uma possível sequência. O caso que a trilogia do Bourne
tinha começo, meio e fim, mas querer dar continuidade a saga do espião desmemoriado,
pode gerar um sério risco de cair num lugar comum, assim como acontece a longas
franquias de cinema. Só o futuro irá dizer em que situação o agente Bourne irá
ficar, pois nunca se sabe o que ele pode se lembrar e partir para uma nova
missão em busca de verdades do seu passado.
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