Sócio e divulgador do Clube de Cinema de Porto Alegre, frequentador dos cursos do Cine Um (tendo já mais de 100 certificados) e ministrante do curso Christopher Nolan - A Representação da Realidade. Já fui colaborador de sites como A Hora do Cinema, Cinema Sem Frescura, Cinema e Movimento, Cinesofia e Teoria Geek. Sou uma pessoa fanática pelo cinema, HQ, Livros, música clássica, contemporânea, mas acima de tudo pela 7ª arte.
Me acompanhem no meu:
Twitter: @cinemaanosluz
Facebook: Marcelo Castro Moraes ou me escrevam para marcelojs1@outlook.com ou beniciodeltoroster@gmail.com
Na primeira semana de outubro (do dia 04 a dia 08) participarei do curso do CENA UM, “Filmes B que Amamos” (Museu da Comunicação: Rua dos Andradas, 959, Porto Alegre) onde o tema principal serão sobre filmes baratos (baixo orçamento e de vários gêneros) feitos pelo cinema americano que acabou conquistando inúmeros fãs. Por aqui, irei postar sobre o que eu sei desse universo de baixo custo, mas com enorme imaginação.
O Incrível Homem que Encolheu
Sinopse: A história de Scott Carey, que durante um passeio de férias em alto-mar é atingido por uma nuvem radioativa e, meses depois, começa a encolher, literalmente. Assim, as coisas mais simples tornam-se verdadeiros pesadelos e o que antes era inofensivo (como um gato, por exemplo), transforma-se em seu inimigo mortal.
Ganhando prestigio apartir do filme O Monstro da Lagoa Negra, que deu uma breve sobreviva aos filmes de monstros da Universal, o diretor Jack Arnold, em 1957, criou um dos filmes de ficção cientificas mais criativos da historia do cinema. Ao mostrar a jornada e um homem (Grant Williams, ótimo) que esteve no lugar errado e na hora errada, ao passar (mesmo que sem querer) numa nuvem radioativa no mar. Apartir daí, o protagonista começa (gradualmente) a encolher conforme o tempo passa, e é neste ponto que o filme se sobressai, a não cair no obvio num típico filme de ficção leve dos anos 50, mas sim num drama humano sobre o inevitável, sobre o terrível fim que se aproxima.
Fora isso, o diretor Arnold caprichou nos efeitos especiais, criando inúmeras coisas do cotidiano em tamanho maior para acompanhar a diminuição do personagem perto das coisas, assim como também perto das pessoas, e para os padrões da época, mesmo agora, os efeitos não envelheceram muito, se levar em conta a época que foi feito. A meia hora final é fantástica, mostrando o protagonista menor ainda, lutando para tentar sobreviver num mundo miniatura hostil, ao mesmo tempo aceitando sua inevitável condição e o final é pessimista, filosófico e imprevisível. E só por esses motivos, ainda hoje é muito bem lembrado.
VAMPIROS DE ALMAS
Sinopse: A trama é sobre o médico Miles Bennell. Após voltar de um congresso para a sua cidade natal, ele se depara com um fenômeno estranho: diversas pessoas afirmam que seus parentes não são os mesmos, apesar de manterem a aparência física e as lembranças. Incrédulo no início, aos poucos Bennell vai descobrindo que tudo faz parte de uma invasão alienígena, que assume a forma das pessoas para conquistar seu objetivo.
Numa época (anos 50) em que tanto povo americano como o próprio governo viviam com a paranóia de comunistas infiltrados em todos os lugares (e que causou a caça as bruxas dentro do cinema americano), o diretor Don Siegel (Fuga de Alcatraz) cria uma parábola desta época de perseguição, por meio de uma simples, mas eficaz conto de ficção cientifica. O filme se beneficia ainda mais pelo econômico roteiro escrito por David Mainwaring, para tornar a historia agiu e com um clima de paranóia em que os personagens passam durante o processo e fazendo acreditarem que qualquer um pode não ser mais o que dizem que são, e com isso, cria-se uma verdadeira corrida contra o tempo, sem muito uso de efeitos especiais. Aqui, tudo é mais sugestivo e muito bem elaborado em clima de suspense e tensão.
Atenção para a fantástica cena onde o protagonista, o dr. Bennell está correndo como um louco em meio a carros numa avenida. Uma das cenas mais clássicas do cinema de terror e ficção de todos os tempos.
Chegamos a um final de um mês no qual para mim foi muito especial, já que participei de um maravilhoso curso que foi sobre Jean Luc Godard, que vocês mesmos souberam através dos meus especiais sobre os filmes do diretor. O divertido desses cursos está no fato de reencontrar ou conhecer novamente esses clássicos de cada diretor, e aguardem para novos especiais, pois isso é só o começo. Enquanto isso continue lendo os especiais Filmes B que amamos que alias, o curso começa semana que vem e se estendera até o próximo sábado, portanto vocês já devem ter uma idéia do que eu irei passar nos próximos dias, pura curtição. Nada melhor do que você participar de um curso e já entender tudo que o professor diz antecipadamente kkkkk.
Confiram os filmes que estréiam neste final de semana:
Amizade Colorida
Sinopse: Amizade Colorida acompanha uma caça-talentos e um jovem talentoso que começam a trabalhar juntos e acabam se tornando ótimos amigos. Quando o relacionamento avança e começa a ficar mais íntimo as coisas se complicam. Eles tentam amenizar a situação impondo uma regra: tudo não passa de atração física e qualquer emoção deverá ser deixada de lado. Mas será que funciona impor regras ao coração?
Contra o Tempo
Sinopse: Ling deseja ter a posse de um raro e valioso diamente. Para tê-lo em mãos decide sequestrar a filha de um famoso ladrão de jóias para assim obrigá-lo a roubar o diamante. É quando contra sua vontade o ladrão precisa juntar forças com a inteligência de Taiwan para ter sua filha de volta.
Família Vende Tudo
Sinopse: Uma família com dificuldades financeiras tem uma brilhante ideia: fazer com que a filha Lindinha (Marissol Ribeiro) engravide do famoso cantor Ivan Cláudio (Caco Ciocler) para herdar uma bolada e tirar todos do sufoco. Eles planejam certinho o dia em que a garota deve sair com o astro e passam acompanhar sua agenda de shows. Eles só não contavam com um detalhe: a ciumenta Jennifer (Luana Piovani) mulher de Ivan que não vai deixar esta história barata
O Mineiro e o Queijo
Sinopse: Documentário político e poético O MINEIRO E O QUEIJO conta como a técnica de produção artesanal de queijo chegou a Minas no século XVIII trazida por aventureiros portugueses em busca de ouro. Hoje quase 30 mil famílias vivem da produção do queijo artesanal em todo o estado.brO MINEIRO E O QUEIJO foi filmado nas belas paisagens do Serro da serra da Canastra e do Alto Paranaíba onde o queijo minas continua sendo produzido como há séculos atrás. Feito a partir do leite cru como os melhores queijos da Europa o queijo minas artesanal é um patrimônio ameaçado por leis anacrônicas e pelo lobby dos grandes laticínios. O MINEIRO E O QUEIJO coloca na tela as opiniões de produtores pesquisadores e técnicos sobre o impasse em que está hoje o verdadeiro queijo minas.
Palavra Cantada 3D
Sinopse: Palavra Cantada 3D Show Brincadeiras Musicais é o primeiro show infantil filmado em 3D no Brasil. Sandra Peres Paulo Tatit e os músicos da Palavra Cantada estreiam no cinema 3D num show interativo com brincadeiras e as músicas mais queridas do público como Sopa Fome Come Duelo de Mágicos e Ciranda e algumas inéditas como O Caramujo e a Saúva Bolinha de Sabão e Vem Dançar com a Gente
Todo Mundo Tem Problemas Sexuais
Sinopse: Impotência: mulher apaixonada descobre no bolso do parceiro uma cartela de estimulante sexual duvidando assim da validade de seu amor. Perversão: casal viveu anos um casamento convencional e por uma circunstância inesperada não pode mais viver sem outros parceiros na cama . Sedução: farmacêutico precisa seduzir a colega sem perder sua amizade. Desejo: casal se conhece na internet e tem encontros tórridos no escuro até que uma geladeira lança luz sobre verdades ocultas. Preferências sexuais: homem descobre mesmo amando e desejando uma mulher a atração por outro homem
Trabalhar Cansa
Sinopse: Helena (Helena Albergaria) é uma dona de casa que resolve abrir um minimercado. Tudo vai bem até Otávio (Marat Descartes) seu marido perder o emprego. A partir de então estranhos acontecimentos tomam conta do local afetando o relacionamento do casal com a empregada doméstica.
Na primeira semana de outubro (do dia 04 a dia 08) participarei do curso do CENA UM, “Filmes B que Amamos” (Museu da Comunicação: Rua dos Andradas, 959, Porto Alegre) onde o tema principal serão sobre filmes baratos (baixo orçamento e de vários gêneros) feitos pelo cinema americano que acabou conquistando inúmeros fãs. Por aqui, irei postar sobre o que eu sei desse universo de baixo custo, mas com enorme imaginação.
O LADO B DE TARANTINO / RODRIGUEZ
O projeto Grindhouse é uma homenagem aos filmes de terror e ação baratos da década de 1970 nos quais podiam se ver até dois filmes por dois dólares ou menos. Os cinemas em si também não eram dos melhores, sendo que os projetores passavam tanto esses filmes que as imagens ficavam arranhadas ou até se perdiam um pedaço da historia. Crescendo neste universo trash da sétima arte, Robert Rodrigues e Quentin Tarantino uniram forças para fazer um grande filmão que reunisse todos esses elementos numa forma de homenagem e nostalgia. O publico atual americano não entendeu a brincadeira, e sendo assim, o filme acabou se transformando em dois filmes e distribuídos separadamente ao redor do mundo, gerando um novela interminável de adiamento aqui no Brasil com relação a parte de Tarantino que foi A Prova da Morte, mas isso é outra historia.
A PROVA DA MORTE
Sinopse: À Prova de Morte' é estrelado por Kurt Russell. Três amigas saem para se divertir e chamam a atenção de todos por onde passam, inclusive a do misterioso Stuntman Mike, um dublê temperamental que se esconde atrás do volante do seu carro indestrutível.
O filme é Tarantino puro, para aqueles que esperam todas as suas características dos seus filmes anteriores, tudo esta lá, desde uma trilha sonora maneira a várias referencias de outros filmes e dos próprios filmes do diretor. A trama em si é simples e funciona em duas partes, ambas tem algo em comum, um grupo de amigas saem juntas para se divertirem em bares e na estrada, quando derrepente acabam se encontrando com Stuntman Miike (Kurt Russell em seu melhor papel depois de muito tempo) e que acabaram tendo que enfrentar a sua loucura em querer matá-las sem motivos aparente. Ambas as historias tem finais diferentes um do outro, em meio a isso todas as marcas registradas do diretor estão lá, muito diálogos (e bota dialogo nisso) trilha sonora maneira e humor negro na medida certa, aliado a uma montagem que se finge ser tosco, afinal o diretor presta homenagem aos antigos filmes baratos que passava adoidado nos cinemas dos anos 70, por isso não estranhe a imagem estar arranhada, falta de cor ou sem nenhuma cor, é tudo proposital, portanto os marinheiros de primeira viajem pode estranhar a primeira vista ou se divertir perante a brincadeira do diretor. O legal é que o cinéfilo atento irá reparar na interligação desse filme com Planeta Terror numa determinada cena do hospital que separa ambas as partes dentro do filme. O curioso é fato de Tarantino que em cada filme que faz cada vez mais mostra a força feminina perante os homens da trama. Se muito curtiram a noiva de Kill Bill se preparem para esse grupo de garotas, principalmente pelo segundo, que deixara o personagem de Kurt Russell em maus lençóis. Atenção pela magistral perseguição de carro no ato final do filme, incrível de boa e que faz uma referencia aos antigos filmes de ação.
PLANETA TERROR
Sinopse: Em PLANETA TERROR, Robert Rodriguez mistura terror extremo e ficção científica, em uma homenagem aos filmes de Zumbi. Um hospital recebe doentes infectados que aos poucos se transformam em monstros. A heroína, que tem sua perna arrancada, ganha uma metralhadora como prótese.
Tosco, é a palavra que define como um todo esse filme de Rodriguez mas nem por isso o filme é ruim, longe disso, é pura diversão de primeira, onde acabamos por relembrar os bons tempos do cine trash que passava antigamente as tardes da Bandeirantes e apresentados pelo Zé do Caixão. No caso desse filme, é uma pura homenagem que o diretor faz aos antigos cines em que passavam dois filmes baratos a preço de um, os “Grindhouse”, a coisa era tão barata que a quem diga que faltavam partes do filme durante a sessão, portanto não estranhem se acontecer algo parecido quando estiverem assistindo a esse filme, uma pequena brincadeira que o diretor criou, fazendo uma referencia daquelas sessões, assim como a imagem toda arranhada e envelhecida, dando a entender que o filme estava guardado em algum lugar a muito tempo.
Com elenco estelar de vários rostos conhecidos como Bruce Willis, todos estão somente se divertindo na trama e não levando nem um pouco a sério com o que estão fazendo, assim como o próprio espectador, encarar um filme tosco de terror como pura diversão.
MACHETE
Sinopse: Depois de enfrentar Torrez um famoso chefe do tráfico o ex-agente federal mexicano Machete Cortez escapa para o Texas procurando esquecer o passado. Mas lá aceita a missão de matar o senador corrupto McLaughlin. Traído pela organização que o contratou Machete percebe que o plano era culpar os imigrantes mexicanos ilegais pela tentativa de assassinato e com isso ganhar apoio público para o senador. Ajudado por Luz uma sensual cozinheira de tacos e pelo padre local Machete parte para a vingança. Adaptado do falso trailer criado para o lançamento de Grindhouse em 2007.
Nascido apartir de um trailer falso antes da exibição do filme Planeta Terror, Machete se tornou clássico já antes de nascer. Talvez nem o próprio Rodriguez imaginasse que esse pequeno trailer faria sucesso, mas o publico via ali um herói de filme de ação como antigamente e que não leva desaforo para casa. Com isso, Rodriguez, com seu pequeno orçamento, reuniu uma penca de astros de todos os tamanhos e criou um filme que mais parece saído de uma sessão de cinema barato dos anos 70. Tudo é muito B, as cenas de mortes são chocantes e hilárias ao mesmo tempo, a critica feros sobre os imigrantes ilegais mortos pelo governo norte americano é de uma coragem só. Rodriguez atira para todos os lados com sua critica, ninguém esta a salvo, sobra para os dois lados em que ambos são retratados de uma forma caricata, mas não menos verdadeira.
Danny Trejo ganha (finalmente) o papel de sua vida. Visto sempre como vilão na maioria de filmes de ação (e dentro da filmografia de Rodriguez) ele sempre aparecia na maioria das vezes como capanga com cara de mau, mas sempre com as mesmas características, como as facas que ele usa desde os tempos da Balada do Pistoleiro e Um Drink no Inferno. Aqui ele finalmente mostra no que sabe fazer melhor, ser ele mesmo, mas dessa vez no lado dos mocinhos, o que não quer dizer menos mortífero, já que o cara mete medo com sua cara e seus facões. Dos demais do elenco, Steven Seagal mais canastrão do que nunca como vilão, Robert DeNiro como um político em versão divertida e caricata da era Bush, Jessica Alba apenas bela, mas segura as pontas, Michelle Rodriguez no seu melhor momento do cinema como uma sex guerrilheira caolha e Lindsay Lohan como ... Lindsay Lohan, o que não seria muito diferente, já que da para entender que o filme aproveitou para tirar sarro da vida problemática da atriz e pelo visto ela gostou da idéia, o que não quer dizer que tenha ajudado a melhorar a imagem dela fora das telas.
Com todos os elementos que fizeram sucesso nos filmes anteriores do diretor e com um ato final que corre morte, tiroteio e sangue para todos os lados, Machete termina dando entender que vem mais por ai. Nada mau para um filme que começou como uma brincadeira, mas as vezes, de uma boa brincadeira surge uma boa idéia, que criança engenhosa esse Rodriguez.
OS TRAILERS DE GRINDHOUSE
Quando o projeto foi lançado como um único filme, vinha junto falsos trailers de possíveis filmes que seriam exibidos um dia, ou seja, mais uma brincadeira dos diretores que estavam deitando e rolando quando estavam filmando esse projeto. Mas da brincadeira surgiu frutos, como no caso de Machete que nasceu desses trailers falsos e ganhou o seu próprio filme. Abaixo, seguem os outros trailers falsos do projeto.
Werewolf Women of the SS
Sinopse: Dirigido por Rob Zombie, é inspirado em filmes com nazistas dos anos 70, mostrando um plano secreto do Dr. Heinrich von Strasser (Bill Moseley) da SS de transformar mulheres em lobisomens. Nicolas Cage aparece como Fu Manchu.
Don't
Sinopse: Dirigido por Edgar Wright (Todo Mundo Quase Morto), é homenagem aos filmes italianos dos anos 70, com narração assustadora, mansões assombradas, e história quase sem nexo.
Thanksgiving
Sinopse: Eli Roth (Cabin Fever) dirige esse segmento, um filme de assassinos passado no Dia de Ação de Graças (parodiando outros passados em feriados como Halloween, Natal Sangrento e Dia dos Namorados Macabro).
Na primeira semana de outubro (do dia 04 a dia 08) participarei do curso do CENA UM, “Filmes B que Amamos” (Museu da Comunicação: Rua dos Andradas, 959, Porto Alegre) onde o tema principal serão sobre filmes baratos (baixo orçamento e de vários gêneros) feitos pelo cinema americano que acabou conquistando inúmeros fãs. Por aqui, irei postar sobre o que eu sei desse universo de baixo custo, mas com enorme imaginação.
LUZ E SOMBRAS
Film noir (só a pouco tempo eu soube que se pronuncia-se no-ar) é um estilo de filme primariamente associado a filmes policiais, que retrata seus personagens principais num mundo cínico e antipático. O Film noir é derivado dos romances de suspense da época da Grande Depressão (muitos filmes noir foram adaptados de romances policiais do período), e do estilo visual dos filmes de terror da década de 1930. Juntos com os filmes de mafiosos, os primeiros filmes noir começaram a surgir a partir de filmes baratos de pequenos estudios, mas que foram com o tempo ganhando certo destaque, sendo que o genero estourou apartir da década de 1940. Os "Noirs" foram historicamente filmados em preto-e-branco e eram caracterizados pelo alto contraste, com raízes na cinematografia característica do expressionismo alemão.
O termo film noir (do francês, filme preto) foi atribuído pela primeira vez a um filme pelo crítico francês Nino Frank em 1946. O termo era desconhecido dos diretores e atores enquanto eles criavam os films noirs clássicos. A expressão foi definida posteriormente por historiadores do cinema e críticos. Muitos dos criadores de film noir revelaram mais tarde que não sabiam, naquela época, que haviam criado um tipo distinto de filme.
Abaixo, deixo cinco filmes que se sobressaíram dó gênero e se tornaram verdadeiros clássicos da sétima arte. Começando pelo meu favorito da lista:
CREPUSCULO DOS DEUSES
sinopse: No início um crime é cometido e uma voz em off começa a narrar que tudo começou quando Joe Gillis (William Holden), um roteirista fugindo de representantes de uma financeira que tentava recuperar o carro por falta de pagamento e se refugia em uma decadente mansão, cuja proprietária, Norma Desmond (Gloria Swanson), era uma estrela do cinema mudo. Quando Norma tem conhecimento que Joe é roteirista, contrata-o para revisar o roteiro de Salomé, que marcaria o seu retorno às telas. O roteiro era insuportável, mas o pagamento era bom e ele não tinha o que fazer. No entanto, o que o destino lhe reservava não seria nada agradável.
Hollywood é alvo direto desse filme, onde se faz uma verdadeira critica a essa indústria do entretenimento, onde deixa a carreira da pessoa no auge, mas depois o mastiga e deixa ao esquecimento. Isso o que acontece com os personagens principais da trama, principalmente para Norma Desmond, interpretada magistralmente pela atriz Gloria Swanson que curiosamente tem algo de muito em comum com a personagem, já que ambas eram da época do cinema mudo e foram esquecidas com o tempo. Sempre quando a atriz surge com o seu personagem ela simplesmente rouba a cena, com jeito de louca excêntrica e ao mesmo tempo esperançosa, acreditando completamente que irá voltar a fazer filmes.
Destaco também a convincente interpretação de William Holden, no modo como ele vai sendo envolvido por Norma é fabuloso. Talvez o único defeito do filme seja um pouco sua previsibilidade, mas o diretor em nenhum momento se mostra interessado em esconder o que vai acontecer, principalmente pelo início do filme, que já cria todo o clima pesado que a história propõe e já prepara o público para algo pior (o filme começa pelo final), que está por vir. O grande trunfo da história está mesmo no seu desenvolvimento perfeito e na denúncia grave do lado podre de Hollywood, que Wilder já enxergava bem à frente de seu tempo.
Fato curioso também é a participação do personagem, o empregado Max, interpretado pelo ator e diretor Erich von Stroheim, ele foi por algum tempo diretor de filmes mudos, mas acabou fracassando na carreira. O diretor Wilder o chamou para ser o mordomo da personagem e curiosamente tanto o passado do personagem como do ator na vida real ambos tem muito em comum.
Claro que todo bom clássico tem suas cenas clássicas, destaco o inicio, onde vemos o personagem de William Holden já morto na piscina e começa a contar a sua historia do porque estar ali. O espectador, é claro, é pego imediatamente pela previsibilidade, sabendo que o protagonista da trama irá morrer no final, mas como ele chega ali? Porque foi morto? Essas perguntas e mais outras são respondidas ao longo da projeção até o seu epilogo final, que é trágico, triunfante e talvez, para mim, uma das imagens mais perturbadoras que eu já vi na historia do cinema. Como prova de que como Wilder era um diretor a frente do seu tempo e corajoso, pois simplesmente estava dando uma mordida na mão que o alimentava com esse filme.
Antes que eu me esqueça, uma curiosidade: Cecil B. DeMille diretor de grandes épicos como Os Dez Mandamentos, fez uma participação especial como ele mesmo, na parte onde ele está filmando em estúdio o filme Sanção e Dalila e acaba recebendo a visita da Norma Desmond, acreditando que ele lhe dara uma nova chance para retornar ao cinema.
Enfim, assim como Cidade dos Sonhos (2001), Wilder criou uma obra máxima que mostra todo esse lado podre de Hollywood, e por mais que alguns quisessem que o filme caísse no esquecimento, o publico e a critica jamais se esqueceu dessa obra máxima que colocou o dedo no nariz e disse: "Você me da tudo e depois tira tudo de mim"... Essa para mim é a melhor frase que o filme diz ao espectador que assisti essa obra inesquecível, deslumbrante e arrebatador.
Relíquia Macabra
Sinopse:Um detetive particular (Humphrey Bogart) é procurado por uma mulher misteriosa (Mary Astor), que alega estar sendo ameaçada. Mas tanto o seu perseguidor quanto o homem encarregado de protegê-la aparecem mortos e tudo gira em torno de uma estátua de falcão de valor incalculável.
Primeiro filme como diretor do até então roteirista John Huston (O Tesouro de Sierra Madre, 1948), ousando em adaptar o livro O Falcão Maltês, de Dashiel Hammett, que já havia sido filmado em 1931 e 1936. O resultado é um clássico do filme noir, com Bogart provando ser o melhor interprete dos detetives deste tipo de filme. Tanto, que se alguém se lembrar de um filme de detetive, imediatamente se lembrara de Bogart com sua cara fechada de poucos amigos e com um cigarro na boca, mesmo não sabendo exatamente de qual filme. Fotografia em preto e branco primorosa, cheia de sombras e nuanças, se tornou uma verdadeira fonte de referencias para o gênero, onde inúmeros cineastas tentaram fazer outros filmes que talvez superassem ou chegassem perto do resultado final do filme de Huston, mas muitos não conseguiram.
GILDA
Sinopse: Johnny Farrell (Glenn Ford) é promovido a gerente de um famoso clube noturno em Buenos Aires, de propriedade de um amigo seu. Quando Gilda (Rita Hayworth), a mulher de seu amigo, é apresentada a Johnny ele a reconhece, pois tiveram um caso no passado. É quando o antigo amor existente entre os dois é reacendido.
“Nunca houve uma mulher como Gilda”, anunciava o cartaz na época. Realmente, poucas vezes a tela viu explodir tanta beleza como nesta historia ambígua. Muita atenção para o strip-tease (mais sugestivo do que fato) de Rita, ao som de Put The Blame on Mame. A belíssima fotografia em preto e branco de Rodolph Maté, é um dos grandes destaques do filme no qual, tornou as imagens (com Rita principalmente) inesquecíveis.
Pacto de Sangue
Sinopse: Walter Neff (Fred MacMurray), um vendedor de seguros, é seduzido e induzido por Phyllis Dietrickson (Barbara Stanwyck), uma sedutora e manipuladora mulher, a matar seu marido, mas de uma forma que pareça acidente para a polícia e também em condições específicas, que façam o seguro ser pago em dobro (no caso, 100 mil dólares).
Para muitos cinéfilos, um dos melhores filmes da história do cinema. Criado brilhantemente por Billy Wilder, que com certeza foi decisivo para o resultado final dessa obra, e que se tornasse um filme indispensável, se comparado com os outros filmes noir daquele tempo.
O filme faz um verdadeiro giro em inúmeros gêneros dentro da historia, da comédia ao drama, do romance ao noir. Tudo numa forma bem redonda e muito bem dirigida. Mas o grande trunfo está no roteiro, adaptado do romance homônimo de James Cain, e escrito a quatro mãos pelo próprio Wilder e por Raymond Chandler. O curioso, é que é de se espantar o roteiro ter ficado tão bom, já que, por motivos pessoais, Wilder e Chandler, simplesmente se odiavam.
Para a época, a historia de adultério e assassinato, levou anos para sair do papel devido ao código Hays, que ainda era vigente em 1944. Por isso a trama teve que ser moldada várias vezes para passar pela censura. O resultado final, foi um roteiro mais sugestivo em determinadas situações.
A atuação de Barbara Stanwyck, vivendo a fria Phyllis , que usou o tempo todo Walter para conseguir o que queria são magistral. Fred MacMurray, interpreta com desenvoltura Walter Neff. Mas o destaque do elenco é Edward Robinson. Ele se destaca como o analista Barton Keyes e dá o tom ironico dos filmes de Wilder.
A MARCA DA MALDADE
Sinopse: Ao investigar um assassinato, Ramon Miguel Vargas (Charlton Heston), um chefe de polícia mexicano em lua-de-mel em uma pequena cidade da fronteira dos Estados Unidos com o México, entra em choque com Hank Quinlan (Orson Welles), um corrupto detetive americano que utiliza qualquer meio para deter o poder.
Visão crua de um mundo corrupto e racista das cidades fronteiriças, baseada no romance de Whit Masterson. Complexo e instigante, um filme com vários subtemas, sendo que um deles relacionado a uma gangue de narcóticos, cujo o chefe é representado pelo ótimo Akim Tamiroff. Musica notável de Henry Macini e fotografia antológica de Russel Metty. Preste atenção na maravilhosa entrada de Marlene Dietrich e as aparições não creditadas de Joseph Cotten e Mercedes McCambridge. Tendo se tornado apenas um relativo sucesso na época, o filme rapidamente se tornou um Cult ao longo dos anos.
Na primeira semana de outubro (do dia 04 a dia 08) participarei do curso do CENA UM, “Filmes B que Amamos” (Museu da Comunicação: Rua dos Andradas, 959, Porto Alegre) onde o tema principal serão sobre filmes baratos (baixo orçamento e de vários gêneros) feitos pelo cinema americano que acabou conquistando inúmeros fãs. Por aqui, irei postar sobre o que eu sei desse universo de baixo custo, mas com enorme imaginação.
COMEÇANDO POR BAIXO, MAS EM GRANDE ESTILO
A regra é simples, basta ter uma boa idéia na cabeça (que não importa o orçamento apertado) que irá gerar coisa boa. Parece meio impossível, mas no passado, diretores que hoje são super conhecidos, começaram com pouco no bolso, mas muito a dizer e mostrar nas telas. Abaixo, deixo um pouco sobre três grandes filmes do cinema B que consagraram jovens diretores que hoje são pioneiros no gênero, tanto de terror como aventura e fantasia.
A Noite dos Mortos Vivos
Sinopse: Um satélite com radiação extra-terrestre acaba provocando a volta à vida das pessoas recém-mortas na Terra. Um grupo de pessoas, então, acaba se abrigando em uma casa isolada para escapar dos comedores de gente, enquanto esperam o resgate, em uma noite infernal.
Cansado de filmar somente comerciais, o jovem George Romero, junto com o pequeno estúdio Image Tem, levantou um orçamento de pouco mais de R$ 114 mil dólares para criar aquele filme que viria mudar o cinema de horror para sempre. Filmado no interior, o filme se tornou um verdadeiro clássico do cinema de horror, com uma produção modesta, mas inovadora, extremamente bem resolvida ao criar um clima opressivo e atemorizante. Muito imitado, gerou dezenas de filmes de zumbi que se estendeu durante os anos 70, se proliferou nos anos 80, amenizou nos anos 90 e se revitalizou no século 21 de uma maneira jamais vista, desde cinema a serie de TV. O primeiro filme gerou uma trilogia que se seguiu com Zombie: Despertar dos Mortos (78) e Dia dos Mortos (85).
Romero retornaria numa refilmagem do primeiro sucesso em 1990. Desta vez em cores e muito fiel ao filme original, mas diferente do clássico, esse possui um orçamento mais generoso e com isso, possui cenas muito mais elaboradas e efeitos especiais e de maquiagem de primeira. Mas diferente do passado, Romero retornou aqui como produtor e roteirista, sendo que o cargo de direção ficou para Tom Savini que na época era um dos mais requisitados maquiadores de filmes de terror e atualmente muitos se lembram dele atuando como coadjuvante em filmes do Robert Rodrigues comoUm Drink no Inferno.
Uma Noite Alucinante - A Morte do Demônio
Sinopse: Cinco estudantes da Universidade de Michigan decidem passar um final de semana em uma casa isolada. Lá eles encontram o livro dos mortos, um documento que data da época da Babilônia e que está relacionado ao livro dos mortos egípcio. Enquanto vasculham a casa os amigos gravam em fita alguns encantamentos demoníacos, escritos no livro. A partir de então eles são possuídos por espiritos, um a um. O primeiro alvo é Cheryl (Ellen Sandweiss), brutalmente estuprada pelas forças do mal. Ash (Bruce Campbell), seu irmão, resolve levá-la a uma cidade próxima, mas descobre que a única ponte que leva ao local está destruída. Logo a transformação de Cheryl em demônio é concluída, resultando em seu ataque aos amigos.
Com pouco mais de US$ 350 mil no bolso,
e com amigos da faculdade (dentre eles Bruce Campbell), Sam Raimi inaugurou, o
que acabou se tornando conhecido como filmes de terror “terrir”, onde o filme (mesmo
sendo terror) possuía pitadas de humor negro ao estremo que, na maioria das
vezes, o publico soltava gargalhadas. Muito embora, esse primeiro filme da
trilogia é um pouco mais serio e bem mais perturbador, com cenas de violência ao
extremo e muito sangue jorrando. Mesmo com um orçamento apertado, Raimi
surpreendeu a todos com o uso da câmera, aonde ela ia para todos os lugares,
desde o giro de 360º graus e cenas em que ela esta correndo atrás de alguém por exemplo. Tudo de uma
maneira vertiginosa, contagiante e que viria a se tornar sua marca registrada
na maioria dos seus filmes.
Com cenas fortes, o filme ficou proibido em alguns
países, sendo que na Alemanha, foi lançado nos cinemas e em vídeo no mesmo dia,
devido a problemas com a censura local. O filme foi posteriormente proibido de
ser exibido nos cinemas, mas permaneceu no top 10 local durante algumas
semanas. Com o sucesso alcançado, o filme gerou mais duas sequências, e deu
enorme prestigio ao diretor, que um dia viria a dirigir a trilogia bilionária
do Homem Aranha.
FOME ANIMAL
Sinopse: A mãe de um rapaz muito tímido é mordida por um macaco-rato de Sumatra, fica doente e morre, mas retorna como um zumbi matando e comendo animais e pessoas. O filho tenta esconder o fato, principalmente da moça por quem está apaixonado, mas a peste se alastra rapidamente e ele vê sua casa ser invadida por uma legião de mortos-vivos.
Uma dos mais divertidos e sangrentos filmes terrir da historia do cinema. Carregado com o mais puro humor negro e a escatologia ao estremo de uma maneira jamais vista. Vencedor do grande premio da critica no festival de avoriaz (França) de 92, o filme exige um estomago forte e resistente, pois ele extrapola todos os limites do bom gosto. Mesmo assim, é uma diversão de tamanha grandeza, que não tem como deixar de rever inúmeras vezes. O ato final é de uma extrapolação só, onde o herói e a mocinha ficam em meio a inúmeros mortos vivos e o sangue jorra solto de tal forma, que da vontade de colocar um balde em baixo da TV, para parar o sangue que está derramando. Com inúmeras cenas bizarras, de um bebê zumbi a um intestino grosso animado, Fome Animal foi o filme que deu sinal verde a Peter Jackson embarcar no cinema americano, e o resto são historia.
Na primeira semana de outubro (do dia 04 a dia 08) participarei do curso do CENA UM, “Filmes B que Amamos” (Museu da Comunicação: Rua dos Andradas, 959, Porto Alegre) onde o tema principal serão sobre filmes baratos (baixo orçamento e de vários gêneros) feitos pelo cinema americano que acabou conquistando inúmeros fãs. Por aqui, irei postar sobre o que eu sei desse universo de baixo custo, mas com enorme imaginação.
QUEM ERA QUEM??
Quando DWA lançou Monstros Vs, Alienígenas, o filme era mais do que uma simples aventura, mas também uma homenagem ao cinema B dos anos cinqüenta, onde os filmes de monstros e alienígenas faziam sucesso a torto a direito. Contudo, somente os mais aficionados pelo gênero (e os cinéfilos em geral) entendiam qual era a proposta do filme, mas o publico em geral (os não entendedores) não sabiam exatamente quem era quem. Melhor dizendo, os personagens eram inspirados em quais filmes exatamente? Abaixo, falo um pouco sobre cada filme que serviu de base para essa divertida animação.
SUSAN
O Ataque da Mulher de 15 Metros
Sinopse: Uma esposa bêbada em apuros com o marido mulherengo tem sua vida mudada depois de um encontro com um alienígena gigante. Depois do encontro do outro mundo, a mulher passa a crescer até atingir a altura de 50 pés e sai em perseguição do marido infiel destruindo a cidade.
Dirigido por Nathan Juran (Simba e a princesa) o filme foi lançado no auge em que o cinema americano fazia inúmero filmes de ficção cientifica com diversos tipos de historia, desde monstros alienígenas vindo do espaço como monstros terrestres radioativos. Agora, criar uma mulher ciumenta, furiosa com o marido, sabendo que ele esta traindo e transformar ela numa mulher gigante, não é algo para se levar a serio, mas o legal do filme é que surpreendentemente a trama leva a situação a serio, tanto que a forma que é mostrada o casal em crise é bem convincente em meio a uma trama de ficção boba, mas divertida. Embora os efeitos tenham envelhecido mau, o filme até hoje é lembrado e esta entre os melhores filmes B da historia.
O Elo Perdido
O Monstro da Lagoa Negra
Sinopse: Na Amazônia Brasileira Carl Maia (Antonio Moreno), um pesquisador, fotografa o que parece ser a nadadeira de um anfíbio que talvez estivesse extinto. Mas o que ninguém nota é a presença discreta de uma criatura com o mesmo tipo de nadadeira, que está bem viva e próxima a eles. Carl viaja para mostrar sua descoberta e obter apoio financeiro. Ao retornar com outros pesquisadores, vê horrorizado que foram mortos dois funcionários deles, Thomas (Perry Lopez) e Louis (Rodd Redwing), que ficaram no acampamento. Achando que podem ter mais sorte em outro local, eles rumam para a Lagoa Negra. Lá acham uma misteriosa criatura anfíbia, que pode ser o elo perdido entre duas espécies (uma aquática, outra terrestre). A criatura se mostra muito hostil, atacando sempre que possível os membros da expedição.
Numa época em que os estúdios da Universal estavam em baixa com relação a filmes de monstro, eis que o diretor Jack Arnold (O Incrível Homem Que Encolheu), mesmo com baixo orçamento, criou uma trama cheia de suspense com inumeras cenas subaquaticas muito bem filmadas. O monstro em si até assusta em alguns momentos, mas envelheceu mau para o publico atual mais exigente, mas quem curtiu os monstros da Universal, ira curtir muito bem esse. Vale lembrar, que o filme foi filmado em 3D, numa epoca que essa ferramenta estava engatinhando.
Dr BARATA
A Mosca da Cabeça Branca
Sinopse Cientista inventa maquina capaz de desintegrar a matéria e reintegrá-la em outro lugar, mas quando ele resolve teletransportar-se uma mosca entra na maquina com ele e os dois são desintegrados e reintegrados de forma trágica.
Dirigido por Kurt Neumann(Tarzan e a mulher leopardo) e estrelado pelo astro dos filmes de terror Vincent Price, o filme é um pequeno drama de ficção cientifica ao mostrar a típica historia do cientista em busca de uma revolucionaria forma de ajudar a humanidade, mas como todo filme de monstro que se preze, algo sai errado e o protagonista acaba adquirindo uma cabeça em forma de mosca. Mesmo com um final trágico (embora meio hilário em alguns momentos) o filme foi um sucesso estrondoso e gerou tanto uma seqüência como uma refilmagem muito superior em 1986 dirigida por David Cronenberg.
B.O.B
A BOLHA
Sinopse: Certa noite, Steve está com sua namorada Jane em seu carro conversível estacionado ao ar livre, quando ambos notam a queda de um meteorito uma colina próxima. Ao se dirigirem ao local aproximado, nada encontram, mas ao retornarem quase atropelam um velho que cruza a estrada gritando. Ao ir atrás dele, Steve nota que o velho tem alguma coisa gosmenta na mão e que lhe causa muita dor. Steve então o coloca no carro e o leva à cidade (Phoenixville (Pensilvânia)), ao consultório médico do Doutor Hallen. Mais tarde, Steve retorna ao local e vê o que parece uma massa disforme e monstruosa absorver por inteiro uma pessoa. Apavorado, ele tenta contar à polícia, mas duvidam dele, pois seus amigos adolescentes costumam pregar peças nos policiais. Steve então pede ajuda a esses mesmos amigos para alertar a cidade do perigo que estão correndo. Mas somente quando a criatura agora gigantesca ataca um cinema lotado, é que as pessoas descobrem a real ameça que paira sobre a cidade.
Apesar da produção precária, o filme ganha pela criatividade e suspense na medida certa e foi um dos raros filmes do gênero naquele tempo que foi colorido, fazendo da produção parecer muito mais requintada do que era. O filme gerou uma seqüência 14 anos depois e uma refilmagem, que embora barata, se tornou muito superior. Vale lembrar que o protagonista do filme de 58 é estrelado pelo futuro astro Steve Mcqueen.
Insectossauro
Godzilla
Sinopse: Um gigantesco réptil mutante surge em virtude de testes nucleares. A monstruosa criatura cria um rastro de destruição no seu caminho até Tóquio, que corre o risco de ser totalmente destruída se o dinossauro não for detido.
Se os Estados Unidos viviam com o temor de uma guerra nuclear nos anos cinqüenta, com o Japão não foi diferente, principalmente depois com o que aconteceu em Hiroshima. Produzido pela Toho Film Company era a personificação do medo dos japoneses perante as armas nucleares. Criado por uma explosão nuclear, seu imenso tamanho, força, terror e destruição evoca a fúria das bombas atômicas soltadas em Hiroshima e Nagasaki.O filme gerou pelo menos mais 28 filmes e no decorrer da série, o grande monstro se desenvolveu como um personagem com características de um vilão ou às vezes como herói, mesmo que indiretamente.
Em 1998 a Tristar Pictures produziu uma desastrada versão americana da criatura onde a historia se passava em Nova Iorque, com o monstro redesenhado e chamado de Zilla
Os Vilões Alienigenas
Guerra dos Mundos (1953)
Sinopse: Um locutor de rádio explica como as armas de guerra ficaram mais poderosas, destrutivas e mortais durante o século XX. O locutor fala sobre como os habitantes de Marte tiveram que abandonar o mundo deles, que está morrendo, e procurar um lugar novo para viver. Em uma pequena cidade da Califórnia, Linda Rosa, os habitantes ficam excitados quando um flamejante meteoro aterriza nas colinas, fazendo Clayton Forrester (Gene Barry), um cientista, chegar ao lugar acompanhado de dois outros cientistas para investigar o acontecido. Uma pequena multidão se formou no local, que inclui Sylvia Van Buren (Ann Robinson). Constatando que o meteoro ainda está muito quente para uma aproximação, Clayton decide ficar na cidade e esperar. Três homens são mantidos de guarda no local. Logo um som estranho é ouvido, como se desparafusassem a parte de cima do meteoro. Com o topo fora emerge uma sonda longa, que se assemelha à cabeça de uma cobra. Os guardas decidem mostrar que são pacíficos e caminham para a máquina com uma bandeira branca. Com um som intenso os homens são desintegrados imediatamente, ficando claro que uma guerra está começando.
Dirigido por Byron Haskin, o filme é baseado no livro de ficção cientifica de H.G Wells, cuja historia, já era muito conhecida pelo publico devido à trama ter sido narrada no radio pelo futuro cineasta Orson Wells e causado pânico ao publico americano desavisado. Um marco nos efeitos especiais (vencedores do Oscar) o filme foi um dos grandes estopins para a inauguração da mania de invasores do espaço que tanto o cinema americano explorou até a exaustão durante a década e cinqüenta. Admirado por muitos, o filme se tornou modelo de inspiração para inúmeros cineastas, como Steven Spielberg que prestou uma homenagem ao filme numa cena de ET, além de ter criado sua própria visão sobra a obra num filme de 2005 de grande sucesso de bilheteria.