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Sapucaia do Sul/Porto Alegre, RS, Brazil
Sócio e divulgador do Clube de Cinema de Porto Alegre, frequentador dos cursos do Cine Um (tendo já mais de 100 certificados) e ministrante do curso Christopher Nolan - A Representação da Realidade. Já fui colaborador de sites como A Hora do Cinema, Cinema Sem Frescura, Cinema e Movimento, Cinesofia e Teoria Geek. Sou uma pessoa fanática pelo cinema, HQ, Livros, música clássica, contemporânea, mas acima de tudo pela 7ª arte. Me acompanhem no meu: Twitter: @cinemaanosluz Facebook: Marcelo Castro Moraes ou me escrevam para marcelojs1@outlook.com ou beniciodeltoroster@gmail.com

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terça-feira, 14 de outubro de 2025

Cine Dica: Em Cartaz - 'ALDO BALDIN – UMA VIDA PELA MÚSICA'

Sinopse: A trajetória do talentoso tenor brasileiro Aldo Baldin desde um início humilde no interior do país até se tornar um dos maiores tenores líricos do mundo em sua época. Aldo cantou com os maiores maestros, se apresentou nas mais famosas salas de concerto e gravou mais de 100 álbuns. 

Durante 14 anos, pesquisas, viagens e emoções se entrelaçaram para compor “Aldo Baldin – Uma Vida pela Música”, em cartaz no Brasil. O filme, dirigido por Yves Goulart, já recebeu 24 prêmios em festivais pelo mundo, e foi um dos dez indicados a Melhor Documentário no Septimius Awards, que aconteceu no início de setembro em Amsterdã. Mais do que um retrato de uma voz única, o documentário é um símbolo de resistência.

Ao resgatar um artista ausente da memória popular, a obra convida à reflexão sobre arte erudita, democratização cultural e a necessidade de dar acesso à música clássica a uma nova geração. Aldo Baldin (1945-1994) foi um tenor brasileiro de projeção internacional, considerado um dos intérpretes mais importantes da música erudita do século 20 no Brasil. O cantor nasceu em Urussanga, que também é a cidade natal do cineasta Yves Goulart. Mas o diretor só conheceu a história de seu conterrâneo quando já estava morando nos Estados Unidos.

A viúva de Aldo, Irene Fleisch Baldin, foi quem abriu todas as portas para Yves e assina como diretora musical. Entre os tesouros encontrados, está uma fita cassete gravada por Aldo três dias antes de sua morte precoce, aos 49 anos, na qual deixou sua história contada por sua própria voz, com as pessoas que fizeram parte de sua trajetória. No documentário é possível ouvir Aldo e também ver pessoas citadas por ele, peças-chave da música clássica brasileira e mundial, dando depoimentos sobre a importância do artista pouco conhecido do grande público.

O longa conta com depoimentos emocionados de quem conviveu com o tenor: o maestro Isaac Karabtchevsky, a pianista Lilian Barretto, o compositor Edino Krieger e os cantores Maria Lucia Godoy e Fernando Portari compartilham memórias que revelam não apenas o músico excepcional, mas o homem por trás da arte – dedicado, amigo, generoso e profundamente ligado às suas origens.

Mais do que um tributo, o documentário é um reencontro com um legado artístico que merece ser redescoberto. Para os amantes da música de concerto, é uma chance única de entender a dimensão de um brasileiro que elevou o nome do país no cenário erudito internacional. Para o público geral, uma oportunidade de se encantar com a história de um menino do interior que, com talento e persistência, tornou-se artisticamente imortal.


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Cine Dica: Cinemateca Capitólio - PROGRAMAÇÃO 16 a 22 de outubro de 2025

 MOSTRA DESTACA A PRESENÇA DAS MULHERES NO CINEMA TCHECOSLOVACO

Entre os dias 17 de outubro e 02 de novembro, a Cinemateca Capitólio apresenta a mostra Mulheres do Cinema Tchecoslovaco, um panorama com mais de 40 filmes em torno da presença das mulheres na produção cinematográfica do país europeu. Na sessão sessão de abertura, sexta, às 19h30, serão exibidos dois filmes: Algo Diferente, o primeiro longa-metragem de Věra Chytilová, e o curta-metragem de animação Dinheiro, de Jana Blechová. Entrada franca.

Mais informações: https://www.capitolio.org.br/novidades/9305/mulheres-do-cinema-tchecoslovaco/


CINEMA COLOMBIANO EM DEBATE

Na terça-feira, 22 de outubro, às 19h, a Cinemateca Capitólio recebe a sessão especial do drama político colombiano Novembro, dirigido por Tomás Corredor. O diretor participa de um debate após a projeção, com mediação da professora e pesquisadora Cristiane Freitas.

Mais informações: https://www.capitolio.org.br/eventos/9338/novembro-debate/


BICHO MONSTRO EM CARTAZ

A partir de quinta-feira, 16 de outubro, entra em cartaz na Cinemateca Capitólio a produção gaúcha Bicho Monstro, dirigida por Germano de Oliveira. Seu Cavalcanti, de Leonardo Lacca, segue em exibição até o dia 22.

Mais informações: https://www.capitolio.org.br/eventos/9332/bicho-monstro/


GRADE DE HORÁRIOS

16 a 22 de outubro


16 de outubro (quinta-feira)

15h – Seu Cavalcanti

17h – Bicho Monstro

19h – A Queda do Céu


17 de outubro (sexta-feira)

15h – Seu Cavalcanti


17h – Bicho Monstro

19h30 – Dinheiro + Algo Diferente


18 de outubro (sábado)

15h – Tonka da Forca

17h – Eva Está Aprontando

19h – Jaroslava Havettová: a primeira dama da animação eslovaca


19 de outubro (domingo)

15h – Pioneiras: Červenková. Rautenkranzová, Týrlová e Dodalová

17h – Uma História Comum + Celebração no Jardim Botânico

19h – Eu Não Sou Tudo o Que Eu Quero Ser


21 de outubro (terça-feira)

15h – Seu Cavalcanti

17h – Eu Não Sou Tudo o Que Eu Quero Ser

19h – Novembro + debate


22 de outubro (quarta-feira)

15h – Seu Cavalcanti

17h – Bicho Monstro

19h30 – Os Amores de uma Loira

segunda-feira, 13 de outubro de 2025

Cine Dica: Em Cartaz - 'Coração de Lutador - The Smashing Machine'

Sinopse: O filme traz a poderosa e real história de uma lenda do UFC que, no auge da fama, precisa enfrentar seus maiores combates fora do octógono: o vício, a pressão pela vitória, o amor e a lealdade.  

Desde que largou os ringues para se tornar um astro de cinema Dwayne Johnson sempre buscou não parar e se manter como herói de filmes de ação. Porém, foi no filme "O Acordo" (2013) que eu senti que o intérprete poderia ir mais longe e se desafiar ao incorporar personagens que poderiam distanciá-lo da imagem que havia lhe construído. " Coração de Lutador - The Smashing Machine" (2025) é uma boa tentativa do astro em se reinventar, mesmo que frustre os fãs que esperavam algo a mais.

Dirigido por Benny Safdie, do ótimo "Bom Comportamento" (2017), o filme conta a história real sobre a trajetória física e emocional do lutador de MMA Mark Kerr. A trama explora os altos e baixos da carreira do esportista, falando sobre sua luta contra o vício, suas vitórias e seu relacionamento com a sua esposa durante o auge da fama no UFC. Mark Kerr foi um dos maiores nomes do esporte nas décadas de 90 e 2000, mas ainda lhe faltava algo como grande desafio a ser enfrentado.

Apesar de ser responsável por poucos títulos na cadeira da direção, é preciso reconhecer que Benny Safdie se tornou especialista em extrair a melhor atuação de determinado intérprete. Se no já citado "Bom Comportamento" ele provou que Robert Pattinson era um ótimo ator, por outro lado, em "Joias Brutas" (2019) ele surpreendeu o mundo ao extrair a melhor atuação de Adam Sandler e provando que ele não se limitava somente no gênero da comédia. Isso vale agora neste filme estrelado por  Dwayne Johnson, onde o cineasta consegue capitar toda a doçura que o personagem tem em meio a toda força bruta e violência deste universo do esporte que é o MMA.

Porém, é preciso dar muito crédito a  Dwayne Johnson, já que o próprio simplesmente se entregou ao personagem, ao não somente conseguir se parecer com o verdadeiro Mark Kerr, como também ter a proeza de nos esquecermos que estamos diante de um personagem que se distância daqueles que o astro havia construído ao longo dos anos. Não há como negar que os melhores momentos do intérprete em cena não são aqueles mostrados no ringue, mas sim quando ele luta contra os vícios e o medo de uma eventual derrota que ele não consegue aceitar de maneira alguma. Um personagem que transita na sua dedicação esportiva, fraquezas e medos que serão necessários serem confrontados na medida em que o tempo passa.

Além disso, as atuações dos demais personagens secundários tem o seu merecido destaque, como no caso da mulher de Mark Kerr, interpretada de forma intensa pela atriz Emily Blunt, sendo que a sua personagem procura o seu lugar no mundo na vida do seu marido e não querendo ser um mero objeto decorativo. As cenas de ambos juntos geram momentos de pura tensão, já que estamos diante de um casal que procura se entender, mas passando a ideia também que cada um ali precisa enfrentar os seus próprios demônios interiores, nem que para isso gere um caminho sem retorno. Ao mesmo tempo, é preciso reconhecer o bom desempenho de Ryan Bader, ao interpretar o melhor amigo do protagonista e se sentindo mais do que à vontade, já que na realidade ele foi realmente lutador da MMA, mas aqui dá sinais de que poderá ter uma ótima carreira cinematográfica.

Mas o que faz o filme ganhar opiniões divisíveis seja talvez a própria direção de Benny Safdie, já que ele faz com que as lutas nos ringues fiquem em segundo plano e destacando mais o lado emocional destes personagens envolvidos neste esporte como um todo. Talvez a intenção do realizador esteja mais na intenção de extrair a principal luta dos personagens fora dos ringues, onde cada um se pergunta qual é o seu papel no mundo e do temor pessoal que cada um ali precisa ser enfrentado. Ao mesmo tempo, o realizador improvisa uma transição entre ficção e lado documental, sendo que isso acontece na reta final e cuja essa transição é outro ponto alto da obra como um todo.

Acima de tudo, o filme lida com o medo do protagonista com relação a derrota, sendo que o mesmo procura a perfeição e o equilíbrio necessário para se manter no topo. É neste ponto, por exemplo, que não vemos somente Mark Kerr em cena, como também o próprio astro Dwayne Johnson ao saber lidar com o peso de sua escolha ao tentar ser um ator mais versátil e não somente um herói de filme ação que todos nós conhecemos. Portanto, a sua cena final se torna algo bem anti-hollywoodiano, já que não vemos somente o personagem abraçar o seu principal medo, como também vemos o ator aceitando esse novo trajeto.

"Coração de Lutador - The Smashing Machine" não é somente sobre a vida de um dos principais lutadores da MMA, como também sobre a luta em saber lidar com as fraquezas humanas e fazendo se sentirem mais vivos do que nunca. 


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Cine Dica: Cinema Marginal Brasileiro

 INSCRIÇÕES ABERTAS

Curso

 CINEMA MARGINAL BRASILEIRO 

de Leonardo Bomfim

* Datas: 15 e 16 / Novembro (sábado e domingo)

* Local: Cinemateca Capitólio (Rua Demétrio Ribeiro, 1085 - Centro - Porto Alegre - RS)

* Horário: 14h30 às 17h30

 * APROVEITE O 1º LOTE PROMOCIONAL *


 Apresentação

A década de 1960 foi marcada pelo fenômeno dos Novos Cinemas. Em todos os continentes, movimentos marcados por filmes ousados e inovadores, dirigidos por jovens cineastas, promoveram rupturas sedutoras, transformando para sempre a paisagem do cinema mundial. Outro fenômeno notável daquele período turbulento da história foi o surgimento das rupturas dentro de rupturas: a partir da segunda metade da década, obras ainda mais radicais – dirigidas por nomes ainda mais jovens – foram lançadas em diversos países, estabelecendo novas possibilidades para a invenção cinematográfica.

No Brasil não foi diferente. No início da década, o Cinema Novo de Glauber Rocha, Joaquim Pedro de Andrade, Ruy Guerra e cia. estabeleceu-se como a grande referência da vanguarda cinematográfica. A partir da segunda metade dos anos 1960, o panorama foi chacoalhado por jovens incendiários. Filmes de realizadores como Rogério Sganzerla, Júlio Bressane, Neville D’Almeida, Ozualdo Candeias, entre vários nomes, ganharam as telas e assumiram um protagonismo no panorama cinematográfico brasileiro. Com essa geração transgressora, surge o chamado Cinema Marginal, nomenclatura ingrata, maldita, recusada pelos próprios diretores, que se consideravam marginalizados.


Objetivos

O curso CINEMA MARGINAL BRASILEIRO, ministrado por Leonardo Bomfim, propõe um mergulho num dos momentos mais inventivos da história do cinema brasileiro, contextualizando os filmes em relação à cinematografia nacional e às influências das rupturas modernas dos anos 1960.


 Ministrante: Leonardo Bomfim

Jornalista e Doutor em Comunicação Social (PUCRS), Natural do Rio de Janeiro, Brasil. É Programador da Cinemateca Capitólio, espaço dedicado à preservação e difusão cinematográfica localizado em Porto Alegre. Foi programador do Cine P. F. Gastal, na mesma cidade, entre 2013 e 2017. Foi curador das mostras Cinema Marginal (2008), Cinema Novo: Brasil em Transe (2017) e Cinema de Invenção (2019). Realizou trabalhos de programação para festivais brasileiros como Olhar de Cinema, Gramado e Brasília. Publicou textos em revistas como Archive Prism (Coreia do Sul), Cahiers du Cinéma (França), La Vida Útil (Argentina) e Teorema (Brasil). Já ministrou os cursos Novos Cinemas dos Anos 60; Brian De Palma: O Poder da Imagem; Lumière, Méliès & Outros Pioneiros e A Gênese da Nova Hollywood pela Cine UM.


Informações / Inscrições

https://cinemacineum.blogspot.com/2025/10/cinema-marginal-brasileiro.html

domingo, 12 de outubro de 2025

Cine Especial: Próximo Cine Debate - 'A Baleia'

Sinopse: Charlie, um professor de inglês cujo tempo está se esgotando, faz uma última tentativa corajosa de se reconciliar com sua família desfeita. Com seu grande coração e mente afiada, ele confronta seus traumas enterrados e amor reprimido.

Sobre o Filme: Darren Aronofsky não é sutil com relação ao que ele passa nos seus filmes, mas sim escancara a luta dos seus protagonistas contra os seus demônios interiores. Se em "Réquiem Para Um Sonho" (2000) vemos os personagens caindo no inferno devido as drogas, em "Cisne Negro" (2009) testemunhamos a protagonista em ter que liberar, mas ao mesmo tempo enfrentar, o seu lado sombrio para obter o seu tão sonhado desejo. "A Baleia" (2022) é sobre o ser humano arrependido pelos seus erros do passado, mas tendo coragem para tentar de todas as formas salvar o que ainda lhe resta mesmo que isso se torne impossível.

Baseado na peça escrita por Samuel D. Hunter, acompanhamos a história de um professor de inglês e seu relacionamento fragilizado com sua filha, Ellie. Charlie (Brendan Fraser) é um professor de inglês recluso, que vive com obesidade severa e luta contra um transtorno de compulsão alimentar. Ele dá aulas online, mas sempre deixa a webcam desligada, com medo de sua aparência. Apesar de viver sozinho, ele é cuidado pela sua amiga e enfermeira, Liz (Hong Chau). Mesmo assim, ele é sozinho, convivendo diariamente apenas com a culpa, por ter abandonado Ellie (Sadie Sink), sua filha hoje adolescente que ele deixou junto com a mãe Mary (Samantha Morton) ao se apaixonar por outro homem.

Confira a minha crítica já publicada na época clicando aqui.  e participe do próximo Cine Debate. 

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Cine Dica: "No Other Land" (Sem Chão) será a próxima atração do CIneclube Torres

 O Cineclube Torres retoma as sessões na Sala Audiovisual Gilda e Leonardo, junto da UP Idiomas com ciclo sobre Palestina.

Num momento como este, em que está em ato um brutal genocídio do povo palestino em Gaza, com o massacre e martírio da população, ainda em situação de fome e desassistência médica, o Cineclube Torres, como associação cultural engajada na promoção dos direitos humanos, não pode deixar de se posicionar e debater sobre esta urgência. Abre o ciclo um documentário premiado com Oscar este ano, "No Other Land - Sem Chão", realizado por um coletivo palestino-israelense formado pelos cineastas palestinos Basel Adra e Hamdan Ballal e colegas e jornalistas israelenses Yuval Abraham e Rachel Szor.

O tema não é a região de Gaza, mas sim a região da Cisjordânia e a histórica violência expansionista sionista com a brutal ampliação de colônias israelitas em territórios ancestrais palestinos. No longa "A câmera é utilizada como uma arma de demonstração da verdade, de evidenciação das diversas atrocidades que acontecem, de um grito por mudança e principalmente de conservação, mostrando que essa é a comunidade deles, que essa é a terra deles e que eles estão resistindo." (Kevin Rick em Plano Crítico)

Como todas as atividades do cineclube, a sessão é com entrada franca até lotação do espaço.

O Cineclube Torres, associação sem fins lucrativos devidamente formalizada e regularizada, não só é cineclube inscrito na Agência Nacional do Cinema e no Conselho Nacional de Cineclubes, mas é Ponto de Cultura certificado pela Lei Cultura Viva federal e estadual, Ponto de Memória pelo Instituto Brasileiro de Museus, Equipamento de Animação Turística certificado pelo Ministério do Turismo (Cadastur) e também Biblioteca Comunitária.



Serviço:

O que: Exibição do filme  "No Other Land", de Basel Adra, Yuval Abraham, Hamdan Ballal e e Rachel Szor (Palestina/Israel) - 1h35m

Onde: Sala Audiovisual Gilda e Leonardo, junto à escola Up Idiomas, Rua Cincinato Borges 420, Torres

Quando: Segunda-feira, 13/10, às 20h

Ingressos: Entrada Franca, até lotação do local (aprox. 22 pessoas).


Cineclube Torres

Associação sem fins lucrativos

Ponto de Cultura – Lei Federal e Estadual Cultura Viva

Ponto de Memória – Instituto Brasileiro de Museus

Sala de Espetáculos e Equipamento de Animação Turística - Cadastur


CNPJ 15.324.175/0001-21

Registro ANCINE n. 33764

Produtor Cultural Estadual n. 4917

sexta-feira, 10 de outubro de 2025

Cine Especial: 'Amor a Flor da Pele - 25 Anos Depois'

Da invasão de filmes orientais que acontece desde meados dos anos noventa, aqueles que trazem a assinatura de Wong Kar-wai estão entre os que mais chamaram a atenção para o fenomenal cinema produzido nas três Chinas (a China continental, a ex-colônia Inglesa Hong Hong e Taiwan). Distinto de muitos de seus colegas e ao mesmo tempo compartilhando com eles um gosto refinado pelo estetismo visual, os filmes de Har-wai também se destacam pelo forte apelo emocional. Desde "Amores Expressos" (1994), o diretor seduziu as plateias com sua visão romântica e ultra contemporânea dos desencontros amorosos.

"Amor à Flor da Pele" é o filme em que essa temática encontra uma forma que encaixa à perfeição. Ambientada em 1962, a obra narra os encontros de um homem e uma mulher, ambos casados, que se conhecem num hotel quando os respectivos parceiros estão longe. Entre os dois se tece uma teia de pequenos sentimentos, cumplicidade e erotismo sublimado, até que a história de amor esbarra nas convenções sociais e nunca chega a se efetivar. A nostalgia em tom amargo é reiterada pelo uso recorrente de duas canções na voz de Nat King Cole, Aquellos Ojos Verdes e Quizás, Quizás, que, por sua vez, repercutem os estados afetivos dos personagens.

O passar do tempo capturado em suas mínimas modificações, uma das obsessões do diretor (fortemente influenciado pelos primeiros trabalhos do francês Alain Resnais), é tornado visível aqui sob a forma de uma troca incessante dos vestidos usados pela protagonista, num total de 46. O figurino segue sempre o mesmo modelo, mas o tecido das roupas nunca se repete de uma cena para outra. O perfeccionismo do diretor se reflete também no tempo que demorou para completas as filmagens: 15 meses.

Em seu trabalho seguinte, "2046" (2004), Wong recupera e desenvolve elementos de "Amora Flor da Pele", como o personagem do escritor e o número do seu quarto de hotel neste título anterior, numa espécie de retomada quase musical do tema. No festival de Cannes de 2000, o filme ganhou os prêmios de melhor ator (Tony Leung) e de melhor contribuição técnica, para fotografia assinada por Christopher Doyle, Pin Bing Lee e William Chang.

"Amor à Flor da Pele" é um dos melhores filmes do início do século e do qual nos convida para testemunharmos o nascimento de uma relação que nos seduz facilmente. 

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Cine Dica: MOSTRA DESTACA A PRESENÇA DAS MULHERES NO CINEMA TCHECOSLOVACO


Entre os dias 17 de outubro e 02 de novembro, a Cinemateca Capitólio apresenta a mostra Mulheres do Cinema Tchecoslovaco, um panorama com mais de 40 filmes em torno da presença das mulheres na produção cinematográfica do país europeu.

Com entrada franca, a mostra destacará obras de diretoras de diferentes épocas, entre pioneiras que produziram no período silencioso, como Thea Červenková, Olga Rautenkranzová, Hermína Týrlová, Zet Molas e Irena Dodalová, e a geração do cinema moderno dos anos 1960 e 1970, como Věra Chytilová, Jaroslava Havettová, Věra Plívová-Šimková, Ester Krumbachová e Drahomíra Vihanová, em cópias preservadas pelo Arquivo Nacional de Cinema da Tchéquia e pelo Instituto de Cinema da Eslováquia.

Atrizes importantes na história do cinema tchecoslovaco, como Ita Rina, Nataša Gollová, Hedy Lamarr, Jana Brejchová e Magda Vášáryová, também brilharão na tela da Capitólio durante as três semanas de programação. No dia 17 de outubro, a sessão de abertura exibirá dois filmes: Algo Diferente, o primeiro longa-metragem de Věra Chytilová, e o curta-metragem de animação Dinheiro, de Jana Blechová.

Realização: Cinemateca Capitólio, CzechArte, Associação Cultural Tcheco-Brasileira de Porto Alegre, Embaixada da República Eslovaca no Brasil, Consulado Geral da República Tcheca em São Paulo, Consulado Honorário da RTCH em Porto Alegre, NFA e SFU.

PROGRAMAÇÃO COMPLETA: https://www.capitolio.org.br/novidades/9305/mulheres-do-cinema-tchecoslovaco/


GRADE DE HORÁRIOS 


17 de outubro (sexta-feira)

19h30 – Dinheiro + Algo Diferente


18 de outubro (sábado)

15h – Tonka da Forca

17h – Eva Está Aprontando

19h – Jaroslava Havettová: a primeira dama da animação eslovaca


19 de outubro (domingo)

15h – Pioneiras: Červenková. Rautenkranzová, Týrlová e Dodalová

17h – Uma História Comum + Celebração no Jardim Botânico

19h – Eu Não Sou Tudo o Que Eu Quero Ser


21 de outubro (terça-feira)

17h – Eu Não Sou Tudo o Que Eu Quero Ser


22 de outubro (quarta-feira)

19h30 – Os Amores de uma Loira


23 de outubro (quinta-feira)

19h30 – Até que a Noite Acabe


24 de outubro (sexta-feira)

17h – Os Amores de uma Loira

19h30 – Projeto Raros: Romanetto


25 de outubro (sábado)

15h – Balada em Renda + Katka

17h – Êxtase

19h – A Era dos Servos


26 de outubro (domingo)

15h – Donzela do Sol + A Virgem Milagrosa

17h – Alegria Silenciosa

19h – Carro Blindado


29 de outubro (quarta-feira)

19h30 – A Noite da Freira


30 de outubro (quinta-feira)

19h30 – Meus Cumprimentos às Andorinhas


31 de outubro (sexta-feira)

19h30 – Seleção + Condessa Sangrenta


01 de novembro (sábado)

15h – Sessão Vagalume: O mundo animado de Hermína Týrlová

17h – O Mundo é tão Divertido Contigo

19h – Morgiana


02 de novembro (domingo)

15h – Sessão Vagalume: O mundo animado de Hermína Týrlová

16h30 - Documentaristas: Vihanová, Třeštíková, Sommerová

17h30 - Krakonoš e os Esquiadores

19h – O Assassinato do Sr. Diabo

quinta-feira, 9 de outubro de 2025

Cine Dica:O Clube de Cinema de Porto Alegre tem duas sessões imperdíveis nos próximos

No sábado, exibiremos A Minha Grande Noite, uma comédia ácida do espanhol Álex de la Iglesia, que mergulha com ironia no mundo do entretenimento de massa. Figurantes confinados, egos inflados e um Ano Novo gravado em pleno agosto compõem o cenário dessa sátira vibrante e caótica — uma verdadeira festa em que, poderíamos declarar, Luis Buñuel encontra Álex de la Iglesia.

E na terça-feira, em mais uma edição do nosso queridíssimo Ciclo de Cinema de Animação, teremos uma sessão muito especial. A exibição será seguida de um bate-papo com a cineasta Nurian Brandão, que tem ampla experiência na área de stop motion, com mediação de Kelly Demo Christ, diretora de comunicação do Clube. Uma ótima oportunidade para conhecer mais sobre os bastidores dessa técnica artesanal e encantadora. 

Ambas as sessões são abertas e gratuitas — traga seus amigos para viver o cinema com a gente! Detalhes das sessões:


🎬 PRÓXIMAS SESSÕES DO CLUBE DE CINEMA

📅 SÁBADO | 11/10

📍 Local: Cinemateca Capitólio — R. Demétrio Ribeiro, 1085 – Centro Histórico, Porto Alegre

⏰ 10h15 da manhã

A MINHA GRANDE NOITE (Mi gran noche)

Espanha, 2015, 100min, 14 anos

Direção: Álex de la Iglesia

Elenco: Raphael, Mario Casas, Pepón Nieto, Blanca Suárez, Santiago Segura

Sinopse: Durante a gravação de um especial de Ano Novo para a televisão, dezenas de figurantes passam dias trancados num estúdio, fingindo alegria e repetindo a mesma celebração sem fim. Entre crises de ego, rivalidades musicais e amores improváveis, o filme constrói uma sátira sobre a artificialidade do espetáculo e o caos da indústria do entretenimento.


📅 TERÇA-FEIRA | 14/10

📍 Local: Sala Redenção – Cinema Universitário (R. Eng. Luiz Englert, 333 – Farroupilha, Porto Alegre)

⏰ 19h da noite

FILME SURPRESA

Após a sessão, bate-papo com Nurian Brandão, cineasta com experiências com stop motion, com mediação de Kelly Demo Christ, diretora de comunicação do Clube de Cinema de Porto Alegre.

ENTRADA FRANCA!

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Cine Dicas: Estreias do Final de Semana (09/10/25)

 Tron - Ares

Sinopse: Um altamente sofisticado Programa, Ares, é enviado do mundo digital para o mundo real em uma missão perigosa.


Bia Mais um

Sinopse: O mundo de Bia está prestes a mudar. Ela guarda um segredo: uma gravidez inesperada. Entre incertezas, medos e angústias, surge Jean. A atração é imediata, porém o tempo é curto e Bia precisa contar a verdade. Ele estará preparado para a notícia?


A Casa Mágica da Gabby - o Filme

Sinopse: No novo filme, Gabby parte em uma viagem de carro com sua avó Gigi para a metrópole encantada de Cat Francisco. Mas quando a casa de bonecas da Gabby, seu bem mais precioso, vai parar nas mãos de uma excêntrica senhora dos gatos chamada Vera, Gabby embarca em uma aventura pelo mundo real para reunir os Gabby Cats e salvar sua casa de bonecas antes que seja tarde demais.


Perrengue Fashion

Sinopse: Paula Pratta, uma influenciadora de moda, é convidada para uma campanha de Dia das Mães. Seu filho decide abandonar tudo pelo ativismo ambiental na Amazônia. Paula vai atrás dele, enfrentando uma realidade oposta à sua. Nessa jornada inesperada, ela é forçada a questionar seus valores, a relação com o filho e suas prioridades, descobrindo um novo mundo na floresta.

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quarta-feira, 8 de outubro de 2025

Cine Dica: Streaming - 'Cazuza - Boas Novas'

Sinopse: Os dois últimos anos de Cazuza, do diagnóstico de HIV à morte. Um retrato da potência criativa que floresceu mesmo em meio à fragilidade física. 

Nos anos oitenta eu ainda era uma criança e não tinha uma dimensão da importância que foi Cazuza no universo da música brasileira. Portanto, eu somente tive uma noção a partir do filme "Cazuza - O Tempo Não Para" (2004), mesmo quando adaptação sobre a sua vida omitia algumas coisas. "Cazuza - Boas Novas" (2025) é um documentário que procura explorar os últimos anos do cantor e de como ele foi forte em sua reta final.

Dirigido por Roberto Moret e Nilo Romero, o documentário revisita o período mais criativo e intenso da vida de um dos maiores artistas do Brasil. Entre os anos de 1987 e 1989, Cazuza produziu três álbuns, ganhou diversos prêmios e subiu no palco para mais de 40 apresentações do espetáculo O Tempo Não Para. Tudo isso lidava com o diagnóstico de AIDS e vivia sob o risco de morte e o agravamento contínuo de sua saúde.

Com cenas de arquivos de várias emissoras, além de cenas caseiras pessoais, o documentário revela tanto o lado frágil do artista, como também a sua força de vontade perante a sombra da AIDS. Além disso, talvez um dos fatores que colaboraram para que ele se mantivesse em pé foi o fato de querer enfrentar de frente os seus detratores daqueles tempos, seja aqueles que ainda defendiam o governo ditatorial, como também jornalistas sensacionalistas que vinham nele a chance de pregar o quanto era perigoso ter uma vida libertária.

Talvez um dos principais ataques contra o cantor foi sem sombra de dúvida a edição da Revista Veja que vinha com uma entrevista dele, mas que foi simplesmente remodelada para que condenasse ele a morte devido a doença. Mesmo debilitado isso não o impediu de seguir com os seus shows, principalmente com relação aquele que seria o seu mais conhecido "O Tempo não Para" e que foi dirigido por Ney Matogrosso. Aliás, assim como o recente "O Homem Com H" (2025) o documentário faz questão de destacar a breve, porém, marcante relação de Ney e Cazuza e sendo que isso foi um ponto falho na adaptação sobre a vida do cantor em 2004.

Com uma edição de cenas em que se explora as principais notícias sobre o artista nos jornais e revistas da época, o documentário só falha ao encerrar de uma forma abrupta, sendo que poderia ter explorado muito mais do que se imaginava. Ao menos, a obra se torna também um material farto para essa nova geração que nem ao menos sabe da importância que teve o artista na história da nossa música. Em tempos em que cantores fazem sucesso com músicas que se tornam rapidamente esquecidas nunca é demais conhecermos melhores talentos cuja sua obra é lembrada anos a fio.

"Cazuza - Boas Novas" é um despretensioso documentário sobre um dos cantores de nossa história, mas que serve como um belo cartão de visita para aqueles que nunca ouviu as suas músicas. 


Onde Assistir: Amazon Prime Vídeo, Apple TV, Google Play Filmes.  

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