Sinopse: Se passando cem anos antes do golpe de estado contra Alta-Republica, conhecemos a história de Mae e Osha, irmãs gêmeas criadas por lendárias Bruxas, mas que acabam fazendo parte da história dos Jedis de forma inesperada.
Embora criticada por muitos fãs é notório que a segunda trilogia de Star Wars (1999-2005) comandada por George Luca não somente revelava o que levou Anakin a se tornar Darth Vader, como também o lado prepotente dentro do próprio universo Jedi. Defensores da Republica, esses cavaleiros acabaram sucumbindo perante a certeza que tinham com relação a tudo, quando na verdade não deixam de serem também humanos e tendo o risco de errarem ao longo do percurso. "The Acolyte" (2024) revela que isso já estava acontecendo já um bom tempo e que as sementes implantadas por Darth Sidious já estavam sendo implantadas nas sombras como um todo.
Criado por Leslye Headland, a série conta a história de uma jovem ex-padawan que se vê obrigada a se reunir com seu mestre Jedi para investigar uma série de crimes e cuja principal suspeita é a sua irmã gêmea. No caminho, eles deparam-se com forças mais sinistras do que esperavam, entre segredos e potências emergentes do lado sombrio da Força. Ao mesmo tempo, segredos são revelados e colocando todos em dúvida sobre quem é o principal envolvido nas principais peças da história.
Embora visualmente mais econômico se formos comparar com as outras séries lançadas nos últimos anos, "The Acolyte" se sobressai pelos seus personagens carismáticos, envolventes e ao mesmo tempo complexos diga-se de passagem. Amandla Stenberg se sobressai ao dar vida as irmãs Mae e Osha, cuja as personalidades de ambas aparentam serem distintas uma da outra, mas que aos poucos vai se revelando que essa diferença é na realidade bastante mínima. Duas personagens predestinadas para algo maior, mas que não era exatamente no mundo dos Jedis.
É aí que mora o ponto alto da produção como um todo, ao colocar em evidência certa arrogância, mesmo que mínima, da parte dos Jedis. O cavaleiro Sol, por exemplo, vivido pelo ótimo ator Jung-jae Lee, desde o primeiro momento em que surge em cena nota-se que ele carrega grandes segredos e que farão com que a história tome novos rumos. Por conta disso, nota-se que os atos e consequências, mesmo tendo sido orquestrados em um passado distante, são colocados em prática e resultando em uma grande carnificina que poderia ter sido evitada.
A série como um todo revela ainda alguns simbolismos já vistos nas trilogias anteriores, mas que aqui são melhor explorados, como no caso do significado dos siths usarem determinados capacetes e que se revelam não serem meras proteções. Além disso, é interessante observar que a série procura nos dizer que não é somente o lado sombrio que se nasce um determinado sith, mas sim devido as suas próprias ações e vindo da parte de outras pessoas. Quimir, por exemplo, é talvez um dos personagens mais complexos da trama ao sintetizar muito bem sobre isso, mas somente obtendo tal feito graças ao ótimo desempenho de Manny Jacinto.
Ao final, os erros do passado acabam ecoando forte no presente dentro da trama e fazendo com que ela se encaminhe para direções imprevisíveis. Pode-se dizer que a série termina de forma bem corajosa e se diferenciando e muito das demais produções que haviam sido lançados nos últimos anos. Cabe agora aguardar por uma segunda temporada, para não somente testemunharmos os desdobramentos da trama, como também explorar certos personagens que ficaram escondidos nas sombras.
"The Acolyte" é uma série que cresce e se tornando melhor a cada episódio, mesmo quando há alguns detratores que dizem ao contrário.
Onde Assistir: Disney+
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