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Sapucaia do Sul/Porto Alegre, RS, Brazil
Sócio e divulgador do Clube de Cinema de Porto Alegre, frequentador dos cursos do Cine Um (tendo já mais de 100 certificados) e ministrante do curso Christopher Nolan - A Representação da Realidade. Já fui colaborador de sites como A Hora do Cinema, Cinema Sem Frescura, Cinema e Movimento, Cinesofia e Teoria Geek. Sou uma pessoa fanática pelo cinema, HQ, Livros, música clássica, contemporânea, mas acima de tudo pela 7ª arte. Me acompanhem no meu: Twitter: @cinemaanosluz Facebook: Marcelo Castro Moraes ou me escrevam para marcelojs1@outlook.com ou beniciodeltoroster@gmail.com

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segunda-feira, 31 de outubro de 2022

Cine Dica: PROGRAMAÇÃ CINEMATECA CAPITÓLIO 01 a 06 de novembro de 2022

ESPECIAL DIA DAS BRUXAS

A Cinemateca Capitólio apresenta uma sessão especial no dia 01/11, véspera de feriado, às 22h, com dois clássicos do cinema de horror: Zumbi, a Legião dos Mortos, de Victor Hugo Halperin, e Sangue de Pantera, de Jacques Tourneur. O valor do ingresso é R$ 10,00.


Mais informações: http://www.capitolio.org.br/eventos/5536/especial-dia-das-bruxas-zumbi-a-legiao-dos-mortos-sangue-de-pantera/


GAME SCI-FI GANHA EXIBIÇÃO ESPECIAL

O Esquadrão 51 contra os Discos Voadores, produção gaúcha que mistura jogo de naves e filme de ficção científica em preto e branco, será exibida na Cinemateca Capitólio, dia 1º de novembro (terça-feira), às 19h30min. A entrada é franca. Na trama, inspirada no cinema sci-fi dos anos 1950, a tenente Kaya (Kaya Rodrigues) e sua equipe enfrentam alienígenas, discos voadores em batalhas brutais enquanto o futuro está em jogo. A projeção inclui trechos do gameplay, todas as cenas em live-action e será seguida de debate com a participação de parte da equipe e elenco. O game já está disponível para PCs na plataforma Steam e em breve será lançado para consoles.


Mais informações: http://www.capitolio.org.br/eventos/5538/esquadrao-51-contra-os-discos-voadores/


AS MUSAS DO CINEMA ITALIANO

A Cinemateca Capitólio e o Consolato Generale d’Italia apresentam a partir de 3 de novembro a mostra As Musas do Cinema Italiano. A programação exibe oito obras-primas da era de ouro do cinema da Itália, de diversos gêneros, protagonizadas por Stefania Sandrelli, Laura Antonelli, Silvana Mangano, Claudia Cardinale, Gina Lollobrigida, Ornella Muti, Monica Vitti e Sophia Loren. As sessões têm entrada franca.


Mais informações: http://www.capitolio.org.br/novidades/5540/as-musas-do-cinema-italiano/


DOCUMENTÁRIO PREMIADO EM BERLIM NA SESSÃO PLATAFORMA

A penúltima edição de 2022 da Sessão Plataforma apresenta no dia 05 de Novembro, sábado, às 19h, o vencedor do Prêmio de Melhor Filme da mostra Encontros do Festival de Berlim 2022, Mutzenbacher, o novo longa-metragem da cultuada diretora austríaca Ruth Beckermann. Todas as pessoas podem pagar meia entrada na sessão (R$ 8,00).


Mais informações: http://www.capitolio.org.br/eventos/5532/sessao-plataforma-mutzenbacher/


GRADE DE HORÁRIOS

01 a 06 de dezembro de 2022


1 de novembro (terça-feira)

15h – Fome de Viver

17h – Twin Peaks: Os Últimos Dias de Laura Palmer

19h30 – Esquadrão 51 contra os Discos Voadores

22h – Especial Dia das Bruxas: Zumbi, a Legião dos Mortos + Sangue de Pantera


2 de novembro (quarta-feira)

15h – Labirinto - A Magia do Tempo 

17h – As Patricinhas de Beverly Hills

19h – Velvet Goldmine


3 de novembro (quinta-feira)

15h – Pão, Amor e Fantasia

17h – A Bela Moleira

19h – O Inocente


4 de novembro (sexta-feira)

15h – A Moça com a Valise

17h – Primeiro Amor

19h – O Conformista


5 de novembro (sábado)

15h – Sessão Vagalume: Sherlock Jr.

17h – Ciúme à Italiana

19h – Sessão Plataforma: Mutzenbacher


6 de novembro (domingo)

15h – Sessão Vagalume: Sherlock Jr.

17h – Pão, Amor e Fantasia

19h – Violência e Paixão

Cine Especial: Dia das Bruxas - 'Lobisomem Da Noite'

Sinopse: Em um macabro memorial à vida do líder, os participantes são empurrados para uma misteriosa e mortal competição por uma relíquia poderosa — uma caçada que os colocará cara a cara com uma criatura perigosa. 

No início do século vinte, o Expressionismo Alemão foi sem sombra de dúvida um dos grandes movimentos cinematográficos da história do cinema e que fez com que surgissem os primeiros realizadores autorais como Fritz Lang de “Metropolis” (1927) e F. W. Murnau de “Nosferatu” (1922). Na entrada dos anos trinta, por exemplo, diretores desse movimento desembarcaram nos EUA e levando consigo todos os jogos de luz e sombra que usaram ao longo de suas carreiras no cinema alemão. Graças a eles é que surgiram os primeiros filmes de horror norte-americanos, feitos em preto e branco e cujo o expressionismo estava incrustado em quase todas as cenas que nós assistíamos.

Drácula, Frankenstein, Lobisomem e tanto os outros monstros cinematográficos foram responsáveis do que hoje é considerado o primeiro universo compartilhado, já que após terem estrelado os seus respectivos filmes não demorou muito para que essas criaturas lendárias se cruzassem em uma determinada obra. Portanto, a Marvel não foi o primeiro estúdio em obter essa façanha, mas por conta disso fez com que os estúdios atuais tentassem obter a mesma fórmula. Até a pouco tempo, por exemplo, a Universal tentou fazer um universo compartilhado de monstros clássicos a partir do filme "A Múmia" (2017), mas obtendo um retorno desastroso e fazendo com que o projeto fosse engavetado.

Voltando para a Marvel, a mesma é sempre acusada de usar a mesma fórmula de sucesso e jamais se arriscando em quase nunca criar algo novo cinematograficamente falando. Porém, a galeria de personagens obscuros da editora é vasta, ao ponto que com eles se pode criar algo mais ousado e que fuja do padrão convencional. É então que surge do nada "Lobisomem da Noite" (2022), média metragem que não somente foge dessa fórmula, como também pode acertar aonde o estúdio Universal fracassou.

Estrelado por Gael Garcia Bernal, "Lobisomem na Noite" é um filme de terror em preto e branco. Baseado nos quadrinhos do Lobisomem dos anos setenta, seguimos um grupo de pessoas com poderes peculiares e caçadores que irão ir atrás do Lobisomem. O novo longa de terror apresenta Jack Russel, Elsa Bloodstone, Simon Garth e Homem-Coisa.

Sendo o primeiro média metragem do estúdio, a Marvel surpreende ao apresentar a história com uma fotografia em preto e branco caprichada, da qual remete elementos de sucesso, tanto do expressionismo alemão, como também dos filmes de horror dos anos trinta. A homenagem é tamanha que tudo aqui é feito de uma forma simplória, já que os cenários soam um tanto que artificiais, não há quase muito efeitos digitais e dando uma verdadeira aula de como se fazia filmes como antigamente. Só para se ter uma ideia eu fazia tempo que não sentia peso em determinadas cenas dos filmes da Marvel, já que aqui quase não há personagens digitais, mesmo com a presença surpresa do Homem Coisa, mas que diferente das últimas produções do estúdio, essa criatura, ao menos, é bem mais realista.

Para minha surpresa, foi uma novidade ver um ator como Gael García Bernal participar desse tipo de projeto, já que ele sempre foi alguém mais interessado em participar de filmes autorais como os de Pedro Almodóvar e mais recentemente "Tempo" (2021) de M. Night Shyamalan. Porém, ele está mais do que a vontade ao interpretar o personagem Jack, sendo inicialmente apresentado como caçador de monstros, quando na verdade ele é o próprio Lobisomem. Ao vê-lo transformado, por exemplo, não tem como não despertar dentro de mim uma aura de nostalgia pura, já que o seu visual é quase idêntico ao do Lobisomem clássico dos cinemas e que foi interpretado pelo lendário Lon Chaney Jr.

Curiosamente, atriz Laura Donnelly se sobressai na trama, ao interpretar Elsa. uma caçadora de monstros sarcástica, que não vê a hora de adquirir a herança que lhe é por direito e tratando os demais personagens com o maior desprezo. Quanto aos demais personagens pouco eles podem fazer algo em cena, já que eles estão somente ali para mover as pedras desse jogo de xadrez e culminando em lutas até que bem filmadas. Aliás, é preciso destacar um alto grau de sangue nas cenas violentas e que somente são amenizadas graças ao fato de a obra ser em preto e branco.

Com uma pequena homenagem ao grande clássico "O Magico de OZ" na reta final do filme, "Lobisomem da Noite" é uma pequena, porém, bela homenagem que a Marvel faz aos clássicos de horror nos primórdios do cinema e provando que pode ir muito além de sua velha fórmula. 

Onde Assistir: Disney+

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domingo, 30 de outubro de 2022

NOTA: ENQUANTO ISSO EM UMA GALÁXIA DISTANTE...

 POVOS DE VÁRIOS PLANETAS COMEMORANDO A VITÓRIA DA DEMOCRACIA NO BRASIL. 


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sexta-feira, 28 de outubro de 2022

Cine Especial: Próximo Cine Debate - 'Blonde'

Sinopse: Trama que reimagina a vida de Marilyn Monroe, que discute o preço pago por ela para atingir a fama. 

Marilyn Monroe, assim como foi o mestre Charles Chaplin, se tornou uma espécie de símbolo que representa o cinema como um todo e se caso houvesse uma eleição para que se votasse qual imagem melhor representaria essa arte com certeza ela estaria no páreo. Porém, estamos falando de Marilyn Monroe, o mito que Hollywood criou, mas não a pessoa por detrás da maquiagem, figurino e todo o lado circense que esta indústria do entretenimento havia criado para ela a qualquer custo. Portanto, "Blonde" (2022) não é sobre Monroe que nós conhecemos, mas sim sobre a pessoa por detrás de todo o mito que havia sido criado para ela como um todo.

Dirigido por Andrew Dominik, do filme "O Homem da Máfia" (2012), o filme conta a história de Norma Jeane Mortenson (Ana de Armas) de como ela tornou-se atriz, na Hollywood dos anos 1950 e início dos anos 1960. Ela se transformou em uma figura mundialmente famosa, sob o nome artístico de Marilyn Monroe. Todavia, por trás dos holofotes da fama, a atriz vivia guerras pessoais, e suas aparições na tela contrastam fortemente com os problemas de amor, exploração, abuso de poder e dependência de drogas que ela enfrentava em sua vida privada.

Antes de mais nada é preciso deixar claro que o filme do começo ao seu fim não é uma obra inspirada em faltos realmente verídicos sobre atriz, mas sim baseado no romance escrito por Joyce Carol Oates, que por sua vez escreveu o livro buscando inspiração sobre relatos, notícias e pessoas próximas da atriz naqueles tempos. Contudo, alguns eventos podem ter sido realmente inventados, mas ao meu ver podem não ter se distanciado muito das situações que Monroe tenha enfrentado para alcançar os seus reais objetivos. Se nos últimos dez anos choveu denúncias de escândalos sexuais que as atrizes sofreram ao longo das décadas o que dizer sobre os anos dourados de Hollywood em que tudo era jogado para debaixo do carpete?

Portanto, ao vermos a pequena e futura atriz sofrendo nas mãos de sua debilitada mãe, interpretada de forma poderosa pela atriz Julianne Nicholson, já começamos a nos preparar sobre o que está por vir. Aliás, é interessante observar a maneira como é apresentada pela primeira vez Los Angeles, onde mãe e filha adentram em uma estrada em chamas, como se aquele lugar fosse o verdadeiro inferno na terra e do qual nem todas as riquezas se compra a real felicidade que as pessoas realmente querem na vida. Ao meu ver, a pequena e futura Marilyn Monroe buscou o seu misterioso e desconhecido pai nas entranhas de um sistema em que se fabrica mitos, do qual ela se beneficiou, mas pagando um alto preço.

Com uma fotografia que transita entre as cores quentes e douradas da época para um preto e branco frio e desolador, vemos Norma Jeane Mortenson já caracterizada com a personagem que havia criado para ela, ou seja, Marilyn Monroe, mas não obtendo os papeis que realmente desejada. É aí então que finalmente conhecemos a verdadeira face do mito, ou seja, a sua real pessoa e isso se deve graças atuação extraordinária de Ana de Armas. Tendo se tornado mais conhecida a partir de "Blade Runner 2049" (2017), Ana se transforma de corpo e alma, se entregando no que talvez tenha sido um dia Marilyn Monroe, uma mulher em busca de sucesso, porém, sempre desejando respeito e a felicidade familiar que ela nunca havia alcançado.

Vale destacar a edição do filme como um todo, onde Andrew Dominik capricha em cenas em que sentimos estarmos entrando em uma transição entre sonhos, pesadelos e delírios da atriz enquanto a história vai seguindo o seu curso. Essa sensação sintetiza a forma como ela enxerga a si própria nas telas, uma personagem que ela própria havia construído para o mundo do entretenimento, mas sentindo total desgosto por tudo aquilo que ela estava testemunhando. Além disso, não deixa de ser chocante as passagens em que atriz sofre abortos, seja acidentalmente, ou obrigada a provoca-los para continuar no espetáculo cinematográfico.

Chocante, aliás, é a palavra que melhor define a reta final do filme, onde vemos uma Norma Jeane Mortenson entrando em total desiquilíbrio, abusando por demais de bebidas e drogas e sucumbindo nas mãos daqueles que somente querem explora-la até a sua última gota. A situação se torna ainda mais pesada principalmente pelo fato se alongar um tanto que demais em determinadas passagens e cujo o ápice desse peso se localiza durante o encontro em que ela tem com Presidente John F. Kennedy. A cena é por demais explicita, onde o mito é despedaçado e dando lugar a real mulher que ainda tenta se manter lucida perante o horror vindo do machismo.

Ao final, vemos Norma Jeane Mortenson finalmente descansando, para dar lugar ao mito que se imortalizou ao longo dos anos para entrar para história, porém, jamais experimentando a real felicidade que quase nunca havia abraçado. Um filme que fala sobre tempos dourados do cinemão norte americano, mas que por detrás das cortinas havia muita crueldade contra as mulheres e cuja as diversas histórias de abuso jamais podem ser repetidas em hipótese alguma. "Blonde" não é sobre Marilyn Monroe, mas sim sobre a construção de um mito, modelado pela ambição hollywoodiana e fazendo a gente não ter conhecido ao longo dos anos a verdadeira mulher por detrás da personagem que se tornou mundialmente conhecida.  

Onde Assistir: Netflix. 


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quinta-feira, 27 de outubro de 2022

Cine Dicas: Estreias do Final de Semana (27/10/2022)

ONE PIECE FILM RED

Sinopse: Em ONE PIECE FILM RED todos conhecerão Uta, a cantora mais amada do planeta, cuja voz foi descrita como "de outro mundo". Ela é conhecida por esconder sua própria identidade ao se apresentar. Agora, pela primeira vez, Uta se revelará ao mundo em um show ao vivo.



LILO, LILO CROCODILO

Sinopse: A família Primm se muda para Nova York e a adaptação de seu filho Josh à escola e aos novos amigos está difícil. Tudo muda quando ele encontra Lilo, um crocodilo cantor que vive no sótão da nova casa, pois se tornam grandes amigos rapidamente. O problema é que a existência de Lilo é ameaçada pelo Sr. Grumps, um vizinho muito malvado.


CONVITE MALDITO

Sinopse: Após perder sua mãe e sem ter outros parentes conhecidos, Evie (Nathalie Emmanuel) faz um teste de DNA; e descobre um primo perdido há muito tempo que ela nunca soube que tinha. Convidada por sua família recém-descoberta para um casamento luxuoso no interior da Inglaterra, ela é inicialmente seduzida pelo sexy anfitrião aristocrata; mas logo é lançada em um pesadelo de sobrevivência enquanto descobre segredos distorcidos na história de sua família e as intenções inquietantes por trás de toda a generosidade pecaminosa.



A LUZ DO DEMÔNIO

Sinopse: Em A Luz do Demônio, as ocorrências de possessão demoníaca aumentaram nesses últimos anos, de acordo com o Vaticano. Para ajudar a combater o crescente números de casos, a Igreja decidiu abrir uma escola voltada a treinar padres aptos para praticar exorcismos. A Irmã Ann está entre os alunos da escola, e, apesar dela ser uma das únicas mulheres na escola, ela acredita que seu destino é realizar exorcismos.



COM AMOR E FÚRIA

Sinopse:Quase 10 anos depois de deixar o companheiro pelo atual marido, uma mulher tem a vida balançada pelo reaparecimento do ex.


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Cine Dica: PROGRAMAÇÃO DE 27 DE OUTUBRO A 02 DE NOVEMBRO DE 2022 na Cinemateca Paulo Amorim.

 NÃO HAVERÁ SESSÕES NO DIA 30 DE OUTUBRO

SEGUNDAS-FEIRAS NÃO HÁ SESSÕES

PETER VON KANT 


SALA 1 / PAULO AMORIM

A SALA PAULO AMORIM ESTÁ FECHADA PARA REFORMA.


SALA 2 / EDUARDO HIRTZ


15h – O LIVRO DOS PRAZERES Assista o trailer aqui.

(Brasil, 2019, 105min). Direção de Marcela Lordy, com Simone Spoladore e Javier Drolas. Vitrine Filmes, 16 anos. Drama.

Sinopse: Professora do ensino fundamental, melancólica e reservada, Lóri vive só. Num acaso, ela conhece Ulisses, um reconhecido professor de filosofia, argentino egocêntrico e provocador, mas que ainda não entendeu nada sobre as mulheres. É com ele que Lóri aprende a amar enfrentando sua própria solidão. O filme é baseado no romance “Uma Aprendizagem ou O Livro dos Prazeres”, de Clarice Lispector.


17h15 – PETER VON KANT Assista o trailer aqui.

(França, 2021, 90min). Direção de François Ozon, com Denis Ménochet, Isabelle Adjani, Khalil Ben Gharbia. Bonfilm, 16 anos. Drama.

Sinopse: O diretor francês revisita a peça "As Lágrimas Amargas de Petra von Kant" (1972), do dramaturgo alemão Rainer Werner Fassbinder, trocando o gênero do seu protagonista. Agora, o protagonista é Peter von Kant, um artista egocêntrico que maltrata as pessoas que o cercam. Tudo muda quando Peter se apaixona pelo jovem ator Amir, a quem promete abrir as portas da indústria cinematográfica. O plano funciona, mas assim que Amir ganha fama, ele obriga Peter a lidar com seus próprios demônios.


19h – MARTE UM Assista o trailer aqui.

(Brasil, 2021, 115min). Direção de Gabriel Martins, com Cícero Lucas, Carlos Francisco, Camilla Damião. Embaúba Filmes, 16 anos. Drama.

Sinopse: Os Martins, uma família negra de classe média baixa, vivem na periferia de uma grande cidade brasileira – e, apesar da situação do país, tentam equilibrar suas expectativas e dificuldades. A mãe, Tércia, acha que está amaldiçoada depois de levar um susto, enquanto a filha mais velha planeja ir morar com a namorada. O pai, Wellington, que trabalha como porteiro, sonha com o dia em que o filho mais novo será um jogador de futebol, mas Deivinho sonha mesmo em viajar para Marte. O filme foi um dos destaques do Festival de Gramado 2022, com o prêmio especial do júri e os Kikitos de melhor roteiro e júri popular.


SALA 3 / NORBERTO LUBISCO


15h15 – SOCIEDADE DO MEDO Assista o trailer aqui.

(Brasil, 2021, 75min). Documentário de Adriana L. Dutra, com depoimentos de David Carrol, Francis Wolff, padre Júlio Lancellotti e Ailton Krenak. Forte Filmes, 14 anos.

Sinopse: O filme propõe uma reflexão sobre a forma como o medo domina a humanidade e o sistema se aproveita deste sentimento para manipular as pessoas, explorando as manifestações de cada ambiente e/ou comunidade para atingir seu objetivo. O longa encerra a trilogia da diretora sobre temas contemporâneos, que inclui “Fumando Espero” (2009) e “Quanto Tempo o Tempo Tem!” (2016).


17h – NOITES DE PARIS Assista o trailer aqui.

(Les Passagers de la Nuit - França, 2022, 110min). Direção de Mikhaël Hers, com Charlotte Gainsbourg, Quito Rayon Richter, Noée Abita. Vitrine Filmes, 16 anos. Drama.

Sinopse: No início dos anos 1980, a eleição do socialista François Mitterrand é festejada com esperança pelos franceses - mas Elizabeth acaba de se separar do marido e precisa cuidar sozinha dos dois filhos adolescentes. O emprego noturno em uma rádio surge como fonte de renda alternativa e também como uma possibilidade de recomeçar, principalmente depois que a protagonista decide levar para casa uma jovem problemática chamada Talulah. O filme faz várias citações à obra do cineasta francês Jacques Rivette (1928 - 2016), que Hers considera seu grande mestre.


19h15 – HOMENS À BEIRA DE UM ATAQUE DE NERVOS

(Hommes au bord de la crise de nerfs - Bélgica/França, 2022, 100min). Direção de Audrey Dana, com Thierry Lhermitte, Laurent Stocker, Marina Hands, François-Xavier Demaison, Ramzy Bedia. Synapse Filmes, 14 anos. Comédia dramática.

Sinopse: Um grupo de homens, entre 17 e 70 anos, se encontra em uma pequena estação de trem, no meio da natureza. Eles não têm nada em comum, exceto o fato de estarem muito estressados. Todos aceitaram participar de um treinamento, liderado pelo coach Ômega, para tratar de suas crises pessoais - mas nada é muito fácil neste novo cotidiano. A diretora Audrey Dana também assina "Se Eu Fosse um Homem”, da Netflix.

*Não haverá sessão na terça, dia 1º.*


SESSÕES ESPECIAIS DA SEMANA

ENTRADA FRANCA


DIA 1º, TERÇA

19h30 – SESSÃO ESCOLA DE CINÉFILOS

Exibição de programa de curtas-metragens de Yoko Ono, Joyce Wieland, Michael Snow e Hollis Frampton.


PREÇOS DOS INGRESSOS:

TERÇAS, QUARTAS e QUINTAS-FEIRAS: R$ 12,00 (R$ 6,00 – ESTUDANTES E MAIORES DE 60 ANOS). SEXTAS, SÁBADOS, DOMINGOS, FERIADOS: R$ 14,00 (R$ 7,00 - ESTUDANTES E MAIORES DE 60 ANOS). CLIENTES DO BANRISUL: 50% DE DESCONTO EM TODAS AS SESSÕES. 

Professores têm direito a meia-entrada mediante apresentação de identificação profissional. Estudantes devem apresentar carteira de identidade estudantil. Outros casos: conforme Lei Federal nº 12.933/2013. Brigadianos e Policiais Civis Estaduais tem direito a entrada franca mediante apresentação de carteirinha de identificação profissional.

*Quantidades estão limitadas à disponibilidade de vagas na sala.

A meia-entrada não é válida em festivais, mostras e projetos que tenham ingresso promocional. Os descontos não são cumulativos. Tenha vantagens nos preços dos ingressos ao se tornar sócio da Cinemateca Paulo Amorim. Entre em contato por este e-mail ou pelos telefones: (51) 3136-5233, (51) 3226-5787.


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quarta-feira, 26 de outubro de 2022

Cine Especial: Próxima Sessão do Clube de Cinema de Porto Alegre - 'Mudança'

Sessão Comentada Clube de Cinema

com a presença do diretor Fabiano de Souza

Local: Sala Eduardo Hirtz, Cinemateca Paulo Amorim, Casa de Cultura Mario Quintana

Data: 29/10/2022, sábado, às 10:15 da manhã


"Mudança"

Brasil, 2021, 88 min, 16 anos

Direção: Fabiano de Souza

Elenco: Gustavo Machado, Guili Arenzon, Rosanne Mulholland, Fernando Alves Pinto.  

Sinopse: Reinaldo (Gustavo Machado) e seu filho adolescente voltam do litoral para Porto Alegre a fim de comemorar o fim da ditadura militar. O pai espera uma promoção no trabalho e nutre grandes esperanças para o futuro, enquanto o garoto só deseja que o tempo passe logo.

Sobre o Filme:  

Fabiano de Souza tem despertado o interesse do cinéfilo gaúcho através dos seus dois títulos realizados que foram "A Última Estrada na Praia" (2011) e "Nós Duas Descendo a Escada" (2015). Em ambos os casos são obras que retratam o espirito de uma juventude brasileira ainda se perguntando em qual caminho irá trilhar antes dos eventos políticos que mudariam os rumos do país a partir de 2016. Com "Mudança" (2022) ele faz uma viagem no tempo, onde uma geração lutava pela democracia, mas fazendo se perguntar o que viria logo em seguida.

A trama se passa em 1985, onde o Congresso elege Tancredo Neves como presidente do Brasil por meio do voto indireto. Nesse contexto de mudança, Reinaldo (Gustavo Machado) e seu filho adolescente voltam do litoral para Porto Alegre a fim de comemorar o fim da ditadura militar. O pai espera uma promoção no trabalho e nutre grandes esperanças para o futuro, enquanto o garoto só deseja que o tempo passe logo. O país todo sonha com a mudança.

Por eu ter nascido no ano de 1980 eu tinha pouca ou nenhuma noção sobre o que era a política naquele momento e tão pouco sobre a transição em que o país estava passando. Ao ver o funeral de Tancredo Neves, por exemplo, mal tinha ideia dos novos rumos em que o país estava passando, sendo que as eleições diretas viriam posteriormente em alguns anos, mas o povo já queria uma mudança radical naquele momento. O filme sintetiza muito bem isso, onde os protagonistas principais buscam novas mudanças em suas vidas, enquanto o país se encontra em uma espécie de metamorfose, mas da qual ninguém previa o que viria.

Os protagonistas da trama, pai e filho, são dois lados da mesma moeda, porém, com expectativas diferentes mesmo que ambos se encontrem no mesmo cenário de incerteza. Mesmo com o roteiro não nos dando informações precisas é notório que Reinaldo enfrentou e viu de perto o lado negativo da Ditadura Militar e esperava de forma imediata uma forma de começar a trabalhar para os novos rumos do Brasil, nem que para isso possa correr o sério risco de ter que se vender para um novo sistema capitalista que irá dominar dentro de sua Democracia tão sonhada. Já o seu filho, muito bem interpretado pelo jovem ator Guili Arenzon, se encontra em uma fase de descobertas, tanto com relação aos desejos como também tentar enxergar essa nova utopia em que tanto o seu pai prega.

Fabiano de Souza surpreende na reconstituição de Porto Alegre do ano de 1985. Mesmo com poucos recursos ele consegue em pequenos planos sintetizar o calor daquele momento, sem muitos artifícios técnicos, mas sim com criatividade e belo empenho. Ao vermos os porto alegrenses daqueles tempos comemorando a vitória de Tancredo Neves com as suas bandeiras verde amarelo sentimos dentro de nós uma espécie de conflito interno, pois a pessoa atual de sintonia com o mundo real sabe muito bem o que esse desgoverno fez com a nossa bandeira e cujo o estrago é por demais complexo e criando assim um verdadeiro paradoxo.

Do segundo ao terceiro ato da trama, concluímos que ambos os protagonistas enfrentem as suas incertezas de uma forma distinta e individual. Se por um lado o pai consiga administrar o lado amargo de que nem tudo o que ele imaginava será concretizado, por outro lado, o seu filho irá trilhar um caminho ainda mais perigoso, do qual a sua ingenuidade é estilhaçada logo cedo, mas que talvez isso sirva como aprendizado e para esse futuro indefinido. Curiosamente, é simbólico o primeiro plano desse filme e do qual se alinha com o plano de encerramento.

No primeiro plano, por exemplo, vemos um casal de namorados na praia, escondidos dentro de uma guarita em um momento de intimidade enquanto o jovem protagonista testemunha o ato. Já no plano de encerramento vemos o jovem no mesmo local e observando os seus pais indo de encontro com as ondas da praia. Ao fundo vemos um letreiro dizendo "Brasil o País do Futuro".

Se no primeiro plano vemos um jovem ainda imaturo e curioso em descobrir sobre certas incertezas da vida, no plano final testemunhamos um jovem mais disposto em encarar os ventos da mudança, mesmo quando a mesma traga algo que não é bem o que o próprio esperava. Ao final, constatamos que aquela geração estava disposta em abraçar um novo futuro, mesmo quando o mesmo tenha decepcionado a maioria para dizer o mínimo. "Mudança" fala sobre uma geração brasileira que se encontrava em transição, mas cujo os ventos da mudança não corresponderam bem com as nossas expectativas. 


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Cine Dica: PROGRAMAÇÃO CINEBANCÁRIOS 27 DE OUTUBRO A 02 DE NOVEMBRO

 MEU TIO JOSÉ

Direção: Ducca Rios

Brasil/ Animação/ 2021/ 90min.

Elenco: Wagner Moura, Tonico Pereira, Lorena Comparato

Sinopse:Meu Tio José é uma animação que conta história de José Sebastião Rio de Moura, membro do movimento de esquerda "Dissidência da Guanabara". Ele participou do sequestro do embaixador estadunidense Charles Elbrick em 1969 e ficou exilado no exterior por 10 anos. Quando retorna ao Brasil, ele é vitíma de um atentado que culmina em sua morte. No mesmo dia de seu assassinato, seu sobrinho Adonias precisa escrever uma redação na escola. O menino precisa lidar com o luto de perder o tio e decide transformar a tristeza em homenagem a José através de seu trabalho.


ENQUANTO ESTAMOS AQUI

Direção:Clarissa Campolina, Luiz Pretti

Brasil/ Drama-Documentário / 2019/ 75min.

Sinopse: Um diário de viagem de duas vidas que se cruzam em Nova York. Lamis, uma libanesa, acaba de se mudar para a cidade e descreve suas impressões, enquanto o brasileiro Wilson já mora lá há 10 anos. Nunca os vemos na tela, mas o relacionamento deles é descrito por meio de dublagens poéticas em árabe e português, que contrastam fortemente com as imagens —filmadas em Nova York, Berlim e Brasil. Desta maneira, o filme aguça a imaginação, já que os eventos ocorrem entre o que vemos e o que ouvimos.

Elenco:Mary Gatthas, Marcelo Souza e Silva, Grace Passô


SOCIEDADE DO MEDO

Direção:Adriana Dutra

Brasil/ Documentário/ 2022/ 76 min.

Sinopse: Sociedade do Medo aborda a pandemia de medo que assola o homem contemporâneo. A diretora Adriana L. Dutra investiga a construção da sociedade pela ótica do medo, a sua presença ao redor do mundo e discute o tema com personalidades e especialistas. O documentário propõe uma reflexão crítica, buscando as origens de uma sociedade absorta em seus medos e, consequentemente, no consumo feroz de possíveis paliativos que contribuem para nos levar à solidão e à barbárie.


HORÁRIOS DE 27 DE OUTUBRO A 02 DE NOVEMBRO :

(não há sessões nas segundas-feiras)


15h: ENQUANTO ESTAMOS AQUI

17h: MEU TIO JOSÉ

19h: SOCIEDADE DO MEDO


Os ingressos podem ser adquiridos por R$ 12,00 na bilheteria do cinema . Idosos, estudantes, bancários sindicalizados, jornalistas sindicalizados, portadores de ID Jovem, trabalhadores associados em sindicatos filiados a CUT-RS e pessoas com deficiência pagam R$ 6,00.Aceitamos Banricompras, Visa, MasterCard e Elo.

CINEBANCÁRIOS :Rua General Câmara, 424 – Centro – Porto Alegre -Fone: 30309405/Email: cinebancarios@sindbancarios.org.br


C i n e B a n c á r i o s 

Rua General Câmara, 424, Centro 

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terça-feira, 25 de outubro de 2022

Cine Dica: Streaming - 'Dahmer: O Canibal Americano'

Sinopse: Por mais de uma década, Jeffrey Dahmer conseguiu matar 17 jovens rapazes sem levantar suspeitas da polícia. Descubra como ele conseguiu evitar a prisão por tanto tempo. 

A primeira vez que eu tive conhecimento sobre o serial killer Jefferey Dahmer foi pelo lançamento da premiada Graphic novel "Meu Amigo Dahmer" (2017) que recontava adolescência do mesmo nos tempos de escola e sobre os seus primeiros passos para ao que ele viria a se tornar um dia. Com um caprichado texto do jornalista Ticiano Osório pelo jornal zero hora, eu logo fui comprar o volume e fiquei perplexo sobre a construção gradual de um ser humano para uma entidade fora do normal e que até hoje não se tem uma explicação clara sobre o que levava o mesmo a cometer tais atrocidades. Porém, a minissérie " Dahmer: O Canibal Americano” (2022) traz uma nova luz sobre os fatos, muito embora cada um levante a sua própria interpretação sobre a verdadeira origem do mal vinda de dentro de Dahmer.

Dirigido por Ryan Murphy e Ian Brennan, acompanhamos na minissérie a trajetória do infame serial killer Jeffrey Dahmer (Evan Peters). A produção explora a juventude do assassino até sua vida adulta e traz um retrato complexo da mente por trás do monstro que tirou a vida de 17 homens e meninos. Nascido na cidade de Milwaukee, Dahmer aterrorizou o estado de Wisconsin na década de 1980. Além dos brutais assassinatos, Jeffrey também cometia violência sexual e tortura contra suas vítimas. Seus crimes hediondos o tornaram um dos seriais killers mais conhecidos e temidos dos Estados Unidos.

Sinceramente eu nunca tinha ouvido falar sobre esse terrível caso que abalou os EUA no início dos anos 90, pois não havia filmes ou documentários sobre o assunto na época. Porém, após a poeira baixar, era inevitável que houvesse alguma adaptação sobre os fatos, sendo que "Meu Amigo Dahmer" teve a sua adaptação para o cinema em 2019. Contudo, essa minissérie da Netflix vai mais longe, ao retratar um pouco da infância de Dahmer, assim como a desajustada vida de seus pais e sendo cada um responsável em parte pela formação do seu filho para se tornar em um futuro assassino. Ao chegar na adolescência, constatamos que Dahmer age de forma estranha, mas ao mesmo tempo compreendemos que é uma pessoa solitária, da qual não queria ficar só, mas tornando isso uma obsessão e o levando aos desejos nada convencionais para dizer o mínimo.

Vale destacar a incrível direção de cada um dos episódios, sendo que o primeiro é disparado o melhor deles, onde vemos Dahmer em seu apartamento e se preparando para cometer mais uma atrocidade contra uma vítima. A tensão é tamanha nas cenas que sentimos uma sensação claustrofóbica, como se estivéssemos naquele local ao lado da vítima e nascendo em nós o desejo para que ele pudesse fugir dali o quanto antes. Os desdobramentos desse primeiro episódio são imprevisíveis e abrindo um leque de situações inimagináveis.

A minissérie também escancara o desleixo da policial local onde ocorria os assassinatos, sendo que dois oficiais tiveram a capacidade de não fazerem nada para ajudar uma vítima que estava drogada na frente do prédio e permitindo que Dahmer o levasse para de volta ao seu apartamento. Dahmer somente conseguiu ser capturado, não somente pelo fato de a última vítima ter se salvado, como também da persistência da sua vizinha em tentar denuncia-lo. Niecy Nash está ótima como a vizinha que sente o horrível cheiro que vem do apartamento ao lado e sendo uma das primeiras a descobrir o que realmente Dahmer estava fazendo.

Curiosamente, a produção toca em assuntos espinhosos e que perduram até nos dias de hoje, sobre a discriminação contra os imigrantes, contra os negros e a comunidade LGBT, sendo que esses eram os principais alvos do assassino e cuja a justiça não se preocupava com os seus desaparecimentos. Acredito eu que os familiares das vítimas atualmente não tenham gostado de novamente reverem seus entes queridos na tela serem mortos pelo assassino, mas acredito também que a produção sirva como uma denúncia contra o preconceito e cuja as vozes que se calaram devido ao desleixo das autoridades locais não devam se calar tão cedo. Em um momento em que vivemos diversos retrocessos em inúmeros locais pelo mundo cabe nos lembrarmos que houve tempos piores, mas que não devem retornar em hipótese alguma.

Com um conteúdo tão pesado e polêmico como esse era preciso ter um ator que se entregasse de corpo e alma para o lado sombrio da mente humana e coube a Evan Peters a pesada tarefa.  Conhecido mundialmente como o velocista Peter da segunda trilogia de X-Men, Evan Peters tem se destacado nos mais diversos papeis, tanto para o cinema como para a tv e provando cada vez mais o seu lado versátil e não temendo pelas suas escolhas ao longo do percurso. Ao interpretar Jeffrey Dahmer, o interprete simplesmente se transforma no assassino, ao criar um tom de voz completamente semelhante e passando para nós uma imagem que transita entre a lucidez e a loucura e da qual a mesma explode toda vez que tudo foge do seu controle.

Ao final, concluímos que a história de Jeffrey Dahmer é triste e cujo o seu final é previsivelmente chocante. Infelizmente a sua busca pela satisfação do seu modo de viver acabou gerando dor e tristeza para diversas pessoas e cuja essa saga sangrenta poderia ter sido evitada, desde que Dahmer tivesse tido uma melhor orientação com relação aos passos em falsos da vida. Resta somente torcer para que atualmente tipos como ele sejam identificados o mais breve possível, para que não haja mais perdas e sofrimento.

" Dahmer: O Canibal Americano" é pesado, complexo, reflexivo e que fala sobre o que leva um ser humano em tonar um verdadeiro monstro. 

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