Sinopse: Uma terrível e
misteriosa doença se espalha pelo mundo, transformando as pessoas em uma
espécie de zumbis. A velocidade do contágio é impressionante e logo o Governo
americano recruta um ex-investigador da ONU (Organização das Nações Unidas)
para investigar o que pode estar acontecendo e assim salvar a humanidade, tendo
em vista que as previsões são as mais catastróficas possíveis. Gerry Lane (Brad
Pitt) tinha optado por dedicar mais tempo a sua esposa Karen (Mireille Enos) e
as filhas, mas seu amor a pátria e o desejo de salvar sua família acabam
contribuindo para que ele tope a missão. Agora, ele precisa percorrer o caminho
inverso da contaminação para tentar entender as causas ou, ao menos,
indentificar uma maneira de conter o contágio até que se descubra uma cura
antes do apocalipse. Começa uma
verdadeira corrida contra o tempo, que mostra-se cada vez mais curto, na medida
que a população de humanos não para de diminuir.
Guerra Mundial Z se tornou
mundialmente conhecido antes mesmo do filme estrear. Isso se deve a verdadeira
dança das cadeiras que a produção teve ao longo dos meses antes de chegar aos
cinemas, desde troca de roteiros, finais alternativos e discussões entre
produtores e o diretor Marc Foster (A Ultima Ceia). Com isso, é de se
surpreender que o filme não seja um desastre total, pois embora algumas
forçadas de barra, o filme diverte do começo ao fim e eleva para um novo grau os
zumbis do cinema.
Interessante observar que nos últimos
anos, o cinema sempre tenta apresentar os filmes de zumbi como uma espécie de metáfora
com relação à realidade. No caso aqui, o filme faz uma referencia a vida
desenfreada e alucinada do mundo contemporâneo, onde o ser humano está sempre
em movimento, desde comprando, comendo, vendendo, destruindo, criando e etc. Tudo
de uma forma acelerada e isso muito bem representado nos créditos de abertura,
para que em seguida sem mais nem menos, o personagem de Brad Pitt e sua família
se vêem a mercê de um enlouquecido arrastão de zumbis, que, aliás, lembram bastante
os zumbis velocistas de Extermínio.
Contudo, não espere um banho de
sangue que é sempre visto nos filmes já conhecidos, pois estamos falando aqui
de uma super produção de R$ 200 milhões de dólares, com astro encabeçando o elenco
e que é pertencente a produtores gananciosos com interesse de pegar uma boa
fatia do publico. Com isso, temos um filme menos violento, porém eficaz nas
cenas de terror e suspense. Sabendo da batata quente que tinha em mãos, pelo
menos Marc Foster caprichou numa direção agiu, onde a sua câmera está sempre em
movimento de uma forma vertiginosa e embalado com surpreendentes cenas de ação
sufocante (a cena do avião é disparada a melhor).
O final reserva algumas
surpresas, mas ao mesmo tempo previsíveis, para fazer com que o publico em
geral saia do cinema satisfeito, entretido e desejando uma possível seqüência
que pode muito bem acontecer.