Sócio e divulgador do Clube de Cinema de Porto Alegre, frequentador dos cursos do Cine Um (tendo já mais de 100 certificados) e ministrante do curso Christopher Nolan - A Representação da Realidade. Já fui colaborador de sites como A Hora do Cinema, Cinema Sem Frescura, Cinema e Movimento, Cinesofia e Teoria Geek. Sou uma pessoa fanática pelo cinema, HQ, Livros, música clássica, contemporânea, mas acima de tudo pela 7ª arte.
Me acompanhem no meu:
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Sinopse: Ihjãc é um jovem do povo Krahô, aldeia indígena localizada em Pedra Branca, no interior do Brasil. Depois de ser surpreendido pela visita do espírito de seu falecido pai, ele se sente na obrigação de organizar uma festa de fim de luto, comemoração tradicional da comunidade.
Dirigido pelo casal João Salaviza e Renée Nader Messora, além de vencedor do Prêmio do Júri da mostra Um Certo Olhar, no último Festival de Cannes, o filme se concentra no índio atual, do qual busca o seu lugar no mundo, em meio ao caminho entre a cultura original e a adquirida dos não índios. Em sua aldeia Pedra Branca, no Tocantins, Ihjãc é um pacato pai de família. Na cidade sertaneja de Itacajá, onde se hospeda numa Casa de Apoio para índios, ele aprecia jogos eletrônicos, música atual como qualquer pessoa do local. Sua mulher, Kotô Krahô, joga futebol, pinta as unhas e participa de conversas de namoro com as amigas, como qualquer outra jovem se for comparada a uma vinda da cidade grande.
A partir de uma longa convivência com os Krahô, Renée criou a história ficcional desempenhada por Ihjãc, Kotô e seus entes próximos, num modelo que se diferencia e muito do praticado por Vincent Carelli e seus discípulos. Renée e João dividiram quase todas as funções técnicas e de criação, enquanto os índios interpretam seus papéis como atores. Logicamente, principalmente por ser uma história baseada em casos verídicos vindos da tribo, a trama fictícia nos reserva uma relação pessoal com o mundo real vivido por eles. Curiosamente, o universo vindo da aldeia se chocando com a realidade vindo da civilização criada pelo homem branco se faz nascer um filme com um tom cujo o gosto é pouco degustado para os amantes do cinema brasileiro atual.
Enquanto no local indígena o ritmo segue de forma gradual, as sequências vistas na cidade ganham dimensões de uma obra quase documental. Curiosamente o lado folclórico, ou melhor dizendo sobrenatural, assombra o protagonista quase sempre e fazendo com que ele se sinta sempre em uma corda bamba com relação as escolhas que ele vem a tomar em sua cruzada. Dito isso, testemunhamos profissionais da cidade impotentes perante a um protagonista que não sabe ao certo o que quer para si mesmo e se movendo de acordo com suas crenças e temores vindos de si próprio.
Curiosamente, embora os realizadores tenham protestado pela demarcação das terras indígenas quando o filme era exibido em Cannes, a obra coloca assuntos políticos nas entrelinhas, para não dizer que, como um todo, fica em cima do muro com relação a determinados assuntos. Porém, há duas menções com relação ao massacre realizado por fazendeiros em 1940 e a uma placa de demarcação atingida por tiros. No demais, a trama se concentra nas escolhas do jovem protagonista e em sua derradeira consequência que virá no ápice da obra.
Transitando entre a magia e realidade, "Chuva é Cantoria na Aldeia dos Mortos" sintetiza a própria confusão mental do seu protagonista e o que difere muito de muitos indígenas que buscam entender a sua própria realidade em tempos de mudanças.
FILMES DE CHRISTIAN PETZOLD E MATI DIOP EM EXIBIÇÃO SESSÃO ESPECIAL DE DOCUMENTÁRIO SOBRE O CONJUNTO LOS HERMANOS
A partir de quinta-feira, 2 de maio, a Cinemateca Capitólio Petrobras exibe um programa duplo com o longa-metragem Em Trânsito (2018, 100 minutos), o novo filme do diretor alemão Christian Petzold, e o curta-metragem Atlânticos (2009, 18 minutos), de Mati Diop. A realizadora franco-senegalesa concorre neste ano à Palma de Ouro em Cannes com um longa-metragem baseado no filme de 2009.
A exibição de Atlânticos tem o apoio da Embaixada da França no Brasil, da Cinemateca da Embaixada da França no Brasil, e do Institut Français.
A estreia do novo filme de Petzold é acompanhada pela exibição de outros seis filmes do diretor alemão: Barbara, Dreileben – Algo Melhor que a Morte, Fantasmas, Jerichow, Yella e Phoenix. A programação é uma correalização da Cinemateca Capitólio Petrobras com o Goethe-Institut Porto Alegre e segue em exibição até o dia 15 de maio.
Nos dias 7 e 8 de maio, às 20h, para celebrar o retorno de um dos conjuntos mais importantes da história da música brasileira, a Cinemateca Capitólio Petrobras exibe o documentário Los Hermanos - Esse é Só o Começo do Fim da Nossa Vida, dirigido por Maria Ribeiro.
INGRESSOS:
Em Trânsito – R$ 16,00
Los Hermanos – R$ 16,00
Mostra Christian Petzold – R$ 10,00
FILMES
Em Trânsito
(Transit)
Alemanha/França, 2018, 101 minutos, DCP
Direção: Christian Petzold
Quando Georg tenta fugir da França após a invasão nazista, ele assume a identidade de um autor falecido cujos documentos ele possui. Preso em Marselha, Georg conhece Marie, uma jovem que está desesperada para encontrar seu marido desaparecido, o mesmo homem que ele assumiu a identidade, e acaba se apaixonando por ela.
Atlânticos
França/Senegal, 2009, 18 minutos, HD
Direção: Mati Diop
À noite, em volta da fogueira num acampamento, Serigne, um jovem de Dakar (Senegal), conta aos seus amigos sua odisséia de clandestino embarcado. Eles ficam desconcertados e se surpreendem com sua coragem, que o levou a enfrentar o oceano Atlântico e a morte. Todos escutam aquele que escapou do perigo sem entender perfeitamente o que o levou a embarcar para a Europa, onde a sobrevivência é mais fácil, mas parece ser inalcançável
Los Hermanos – Esse é Só o Começo do Fim da Nossa Vida
Brasil, 2015, 85 minutos, DCP
Direção: Maria Ribeiro
"Los Hermanos" (1999), "Bloco do Eu Sozinho" (2001), "Ventura" (2003), "4" (2005). Em 2007, com dez anos de carreira e quatro álbuns de estúdio, a banda formada nos corredores de uma universidade carioca decide parar. Mas volta em 2012 para uma série de shows pelo Brasil, para delírio dos fãs.
Barbara
Alemanha, 2012, 105’, digital
Direção: Christian Petzold
Uma cirurgiã pediátrica deseja viver em Berlim Oriental. Enquanto seu amante, Jörg, prepara a sua fuga, ela começa a receber grande atenção do chefe do hospital, André.
Dreileben: Algo melhor do que a morte
Alemanha, 2011, 88’ , digital
Direção: Christian Petzold
Uma complicada história de amor entre Johannes e Ana. A cidade de Dreileben é o cenário para o romance juvenil e para a fuga de um criminoso sexual do hospital onde Johannes trabalha.
Fantasmas
Alemanha, 2005, 85’, digital
Direção: Christian Petzold
Os caminhos de três mulheres se cruzam em Berlim. Um filme sobre insegurança, solidão, perda e desejo.
Jerichow
Alemanha, 2008, 93’, digital
Direção: Christian Petzold
De volta do Afeganistão, Thomas consegue um novo emprego. Ao passo em que conquista a confiança do chefe, pode pôr tudo a perder quando se aproxima da mulher dele, Laura.
Yella
Alemanha, 2007, 89’, digital
Direção: Christian Petzold
Divorciada e sem perspectiva de evolução na carreira, Yella muda de cidade. Conhece Philipp, tornando-se sua assistente. Quando parece progredir, o passado volta a atormentá-la.
GRADE DE HORÁRIOS
2 a 8 de maio de 2019
2 de maio (quinta-feira)
16h30 - Yella
18h - Phoenix
20h - Atlânticos + Em Trânsito
3 de maio (sexta-feira)
16h30 - Fantasmas
18h - Barbara
20h - Atlânticos + Em Trânsito
4 de maio (sábado)
14h - Yella
16h - Barbara
18h - Phoenix
20h - Atlânticos + Em Trânsito
5 de maio (domingo)
14h - Fantasmas
16h – Dreileben: Algo Melhor que a Morte
18h - Jerichow
20h - Atlânticos + Em Trânsito
7 de maio (terça-feira)
16h30 - Jerichow
18h - Atlânticos + Em Trânsito
20h - Los Hermanos – Esse é Só o Começo do Fim da Nossa Vida
8 de maio (quarta-feira)
16h30 - Dreileben: Algo Melhor que a Morte
18h - Atlânticos + Em Trânsito
20h - Los Hermanos – Esse é Só o Começo do Fim da Nossa Vida
Sinopse: Após Thanos eliminar metade das criaturas vivas, os Vingadores precisam lidar com a dor da perda de amigos e seus entes queridos. Com Tony Stark (Robert Downey Jr.) vagando perdido no espaço sem água nem comida, Steve Rogers (Chris Evans) e Natasha Romanov (Scarlett Johansson) precisam liderar a resistência contra o titã louco.
Em dez anos o estúdio Marvel fez o que antes parecia impossível, ao criar um universo cinematográfico interligado e poucas vezes visto. Tudo isso culminando em "Vingadores - Guerra Infinita" (2018), onde vemos metade dos heróis e do universo sendo dizimada pelo estalo de dedos vindo de Thanos (Josh Brolin). Se o filme anterior já era um espetáculo, "Vingadores-Ultimato" é a 9ª Sinfonia de Beethoven e culminando como uma das maiores experiências cinematográficas que eu já testemunhei desde "O Senhor dos Anéis - O Retorno do Rei" (2003).
Novamente dirigido pelos irmãos Russos, o filme se passa logo depois dos eventos do filme anterior, onde vemos os heróis sobreviventes em frangalhos, mas também dispostos a última chance de derrotar Thanos. Quando tudo parece perdido, é então que surge do nada o Scott Lang, (Paul Rudd), vulgo o Homem Formiga, que dá a chance para eles retornarem no tempo e obterem as joias do infinito antes de Thanos e assim trazerem todos os mortos de volta a vida. Porém, tudo isso dependerá de um grande esforço e também de muitos sacrifícios.
Falar muito sobre o que acontece é também estragar a experiência que o filme nos proporciona, pois assim como no filme anterior, os irmãos Russo se encarregam de colocar os seus protagonistas em situações em que eles se revelam serem mais humanos do que qualquer um. O primeiro ato, aliás, trata exatamente disso, ao vermos os nossos personagens queridos tendo que se virar com o que tem, não somente para manter vivo algum fio de esperança, como também não ceder a loucura proporcionada pela derrota. Portanto, não deixa de ser emocionante ao vermos a nova vida de Tony (Robert Downey Jr.); a triste fase de Clint (Jeremy Renner), vulgo Gavião Arqueiro; a surpreende nova transformação de Hulk (Mark Ruffalo) e da hilária fase que Thor (Chris Hemsworth) está passando.
O melhor de tudo isso é que os realizadores não tem pressa no primeiro ato, onde nós podemos então desfrutar por mais tempo de cada um dos personagens e fazendo assim com que tenhamos maior identificação com eles. Porém, uma vez que Scott Lang entra em cena, começa então a movimentação do tabuleiro e é então que os heróis restantes unem forças para a última e grande chance de salvar o universo. É aí então que o subgênero de viagem no tempo entra em cena e fazendo referências nostálgicas aos clássicos como, por exemplo, "De Volta para o Futuro" (1985) e até mesmo "Bill e Ted"(1989).
Com isso, os heróis retornam aos inúmeros eventos vistos nos filmes anteriores do universo cinematográfico Marvel, tanto de filmes importantes como "Vingadores" (2012) como até mesmo no mediano "Thor - O Mundo Sombrio"(2013). Não é somente uma forma de sentir um calor nostálgico por esses filmes, como também nos mostrar o quão cada um deles foram importantes na construção desse universo interligado. É maravilhoso, por exemplo, também revermos personagens coadjuvantes, antes esquecidos, retornarem em cena devido a viagem no tempo e provar o quanto eles foram importantes para a formação heroica dos personagens principais.
Mas embora exista os momentos de humor e emoção durante essa viagem no tempo, o filme não foge das consequências, principalmente vindo de personagens como Nebulosa (Karen Gillan) e Viúva Negra (Scarlett Johansson), que acabam se tornando elementos fundamentais para a vitória. Entre a lagrima e o sacrifício, o filme se encaminha para o derradeiro ato final, onde novamente os heróis restantes precisam a todo custo derrotar Thanos. É aí que público começa aplaudir, gritar e se emocionar ao testemunharmos algo que todos suspeitavam com relação ao Capitão América (Chris Evans) e fazendo o cinéfilo sentir à maior estase dentro da sala do cinema.
Mas o ápice do ato final se encontra no derradeiro momento onde o palco para a mais importante batalha cinematográfica finalmente toma forma e faz os nossos olhos se encherem de lagrimas ao testemunharmos algo até então inédito para todos nós. Do pouco que posso dizer é que esse momento pode ser facilmente equiparado com a clássica sequência final da HQ "Reino do Amanhã" (1996), mas que aqui a pintura ganha forma, movimento, emoção e adrenalina na medida certa. Após isso, testemunhamos o final da "jornada do herói", onde vemos os nossos queridos personagens concluindo a sua jornada, sem nenhum arrependimento, mas sim cada um tendo a consciência de dever cumprido.
“Vingadores - Ultimato” é um espetáculo cinematográfico até então jamais visto e que fará todos fãs rirem, chorarem, aplaudirem e fazendo todos saírem do cinema com a fé revigorada perante os obstáculos da vida.
Longa protagonizado por Julio Machado e Nina Medeiros aborda a complexa inversão de papeis entre um pai e uma filha.
“A SOMBRA DO PAI”, escrito e dirigido por Gabriela Amaral Almeida (O Animal Cordial), chega aos cinemas brasileiros, em circuito comercial, dia 2 de maio. No CineBancários, oA SOMBRA DO PAI será exibido ás 15h e 19h . O longa teve estreia mundial no 51º Festival de Brasília do Cinema Brasileiro, onde levou três prêmios, e foi selecionado para o Festival de Cinema de Tóquio de 2018.
NO DIA 07 DE MAIO, TERÇA-FEIRA, ÁS 19H30, HAVERÁ UMA SESSÃO ESPECIAL COM DEBATE APÓS A PROJEÇÃO COM A PRESENÇA DA DIRETORA GABRIELA AMARAL ALMEIDA E DO CRÍTICO ROGER LERINA.
Grabriela trabalha neste roteiro, que seria seu primeiro filme, há anos. “‘A SOMBRA DO PAI’ caminhou lado a lado às minhas descobertas como artista. Acompanhou meus curtas e os roteiros que escrevi para outros diretores. É um texto que reflete este caminho, de forma intuitiva, e que está muito próximo de minha autodescoberta como escritora e diretora. É um filme especial e bastante íntimo”, explica a cineasta.
Protagonizado por Julio Machado (Joaquim) e Nina Medeiros (As Boas Maneiras), “A SOMBRA DO PAI” conta a história de Dalva, uma menina de nove anos às voltas com o silêncio do pai, o pedreiro Jorge (Machado), que fica mais triste após perder o melhor amigo em um acidente. A irmã de Jorge, Cristina (Luciana Paes, de O Animal Cordial), administrava a vida de pai e filha desde a morte da mãe da menina, há três anos. Quando Cristina deixa a casa do irmão para se casar, Jorge e Dalva precisam enfrentar a distância que os separa.
Fã de filmes de terror, Dalva acredita ter poderes sobrenaturais e ser capaz de trazer a mãe de volta à vida. À medida que Jorge se torna cada vez mais ausente – e eventualmente perigoso –, resta a Dalva a esperança de que sim, sua mãe há de voltar.
A diretora comenta a representatividade do personagem de Machado: “Julio é o lixo tóxico de um sociedade hiper-capitalista e cruel. Ele é vítima e algoz de quem lhe é imediatamente mais fraco - no caso, a filha. É também o subproduto de nossa sociedade patriarcal. O arquétipo do homem forte, viril, apolíneo - mas que, por dentro, está desmoronando pelo simples fato de não saber amar, cuidar, chorar, pedir ajuda, ou seja, por não saber fazer absolutamente nada que o coloque numa suposta condição de ‘fragilidade’. O monte de músculos e força que ele aparenta ser contrasta com a pilha de medos, angústias e incertezas que ele realmente é”.
“A SOMBRA DO PAI” aborda as consequências da inversão de papéis entre um pai e uma filha, que enfrentam uma situação de exceção, por meio de uma narração realista, com toques de horror e fantasia, marcas registradas da diretora. A fantasia permeia todos os trabalhos de Gabriela, que a utiliza como “materialização dos dramas internos dos personagens”. Para ela, este é “um signo do que os personagens sentem e, na maior parte das vezes, não conseguem expressar - eles sequer são conscientes desses dramas. O monstro surge porque nos recusamos a enfrentá-lo quando ele ainda é uma larva. Ele cresce e se torna maior que nossa própria consciência. É este o mecanismo que me interessa na construção do fantástico, do horror, do terror e derivados”.
Para a escolha dos atores, a diretora contou com o apoio da produtora de elenco Alice Wolferson e do preparador de elenco Tomás Decina. “Testamos mais de 300 crianças para chegarmos à Nina Medeiros e à Clara Moura, que chamaram nossa atenção pela energia concentrada durante as improvisações”, lembra Gabriela. “Julio Machado também foi uma indicação da Alice e me ganhou no primeiro encontro. Já Luciana Paes é minha parceira de anos; a personagem Cristina foi escrita para ela”, completa.
“A SOMBRA DO PAI” é uma produção da Acere, em coprodução com a RT Features e tem distribuição no Brasil da Pandora Filmes.
SINOPSE: Quando uma criança é obrigada a virar o “adulto da casa” porque seu pai está doente e a sua mãe, morta, há uma inversão na ordem natural das coisas. A infância se transforma em saga. E a paternidade frustrada, em condenação.
FICHA TÉCNICA
Direção e roteiro: Gabriela Amaral Almeida
Argumento: Gabriela Amaral Almeida
Elenco: Julio Machado, Nina Medeiros, Luciana Paes
Produção: Acere
Coprodução: RT Features
Produção: Rodrigo Sarti Werthein, Rune Tavares e Rodrigo Teixeira
Produção Executiva: Rodrigo Sarti Werthein e Rune Tavares
Direção de Fotografia: Bárbara Álvarez
Direção de Arte: Valdy Lopes Jn.
Montador: Karen Akerman
Trilha Sonora: Rafael Cavalcanti
Produção de Elenco: Alice Wolfenson
Idioma: Português
Gênero: Drama / Fantasia / Horror
Ano: 2018
País: Brasil
Classificação: 16 anos
SOBRE A DIRETORA
A SOMBRA DO PAI é o segundo projeto de longa-metragem de Gabriela Amaral Almeida, e estreia em Festivais quase simultaneamente à estreia comercial de seu primeiro filme, O ANIMAL CORDIAL (em cartaz nos cinemas brasileiros a partir do dia 9 de agosto). Diretora, roteirista e dramaturga, Gabriela é Mestre em literatura e cinema de horror pela UFBA (Brasil) com especialização em roteiro pela Escuela Internacional de Cine y TV (EICTV) de Cuba. Escreveu (e escreve) para outros diretores, como Walter Salles, Cao Hamburger e Sérgio Machado. Como diretora, realizou os curtas “Náufragos” (2010, co-dirigido com Matheus Rocha), “Uma Primavera” (2011), “A Mão que Afaga” (2012), “Terno” (2013, co-dirigido com Luana Demange) e “Estátua” (2014). O conjunto de seus curtas foi selecionado para mais de cem festivais nacionais e internacionais, tais como o Festival de Cinema de Brasília, o Festival Internacional de Cinema de Roterdã, o Festival de Curtas de Nova York, dentre outros.
São destaque os prêmios recebidos por algumas destas obras, como os prêmios de melhor roteiro, melhor atriz (para Luciana Paes) e prêmio da crítica no 45o Festival de Cinema de Brasília para “A Mão que Afaga”, e os prêmios de melhor atriz (para Maeve Jinkings) e melhor roteiro para “Estátua!”, no mesmo festival, dois anos depois. Com o seu projeto de longa-metragem “A Sombra do Pai”, foi selecionada para os laboratórios de Roteiro, Direção e Música e Desenho de Som do Sundance Institute. O projeto contou com a assessoria de Quentin Tarantino (“Pulp Fiction”), Marjane Satrapi (“Persépolis”), Robert Redford (“Butch Cassidy and the Sundance Kid”), dentre outros.
Seu mais recente trabalho como roteirista foi para o média-metragem “A Terra Treme”, drama ambientado na tragédia ambiental ocorrida em Mariana, Minas Gerais. Dirigido por Walter Salles, o curta integra uma antologia composta por cinco curtas, dirigidos por outros quatro diretores além de Salles: Aleksey Ferdochenko (Rússia), Madhur Bhandarkar (Índia), Jahmil X.T. Qubeka (África do Sul) e Jia Zhangke (China). O filme coletivo estreia no Festival de cinema BRICS, em Chengdu, na China, em junho deste ano (2017).
Atualmente, trabalha no desenvolvimento de seu próximo longa-metragem, uma fábula de exorcismo (ainda sem título), a ser produzida também pela RT Features. Nos Estados Unidos, é agenciada pela WME.
HORÁRIO DO CINEBANCÁRIOS DE 02 A 08 DE MAIO (não há sessões nas segundas-feiras):
Dia 02 de maio:
15h- A sombra do pai
17h – La cama
19h – A sombra do pai
Dia 03 de maio:
15h- A sombra do pai
17h – La cama
19h – A sombra do pai
Dia 04 de maio:
15h- A sombra do pai
17h – La cama
19h – A sombra do pai
Dia 05 de maio:
15h- A sombra do pai
17h – La cama
19h – A sombra do pai
Dia 07 de maio:
15h- A sombra do pai
17h – La cama
19h30 – A sombra do pai - SESSÃO ESPECIAL COM DEBATE COM A PRESENÇA DA DIRETORA GABRIELA AMARAL ALMEIDA E DO CRÍTICO ROGER LERINA.
Dia 08 de maio:
15h- A sombra do pai
17h – La cama
19h – A sombra do pai
Os ingressos podem ser adquiridos por R$ 12,00 na bilheteria do cinema ou no site ingresso.com . Idosos, estudantes, bancários sindicalizados, jornalistas sindicalizados,portadores de ID Jovem e pessoas com deficiência pagam R$ 6,00. Aceitamos Banricompras, Visa, MasterCard e Elo.
Sinopse: Após Thanos eliminar metade das criaturas vivas de todo o universo, os heróis sobreviventes precisam lidar com a dor da perda de amigos e seus entes queridos. Com Tony Stark vagando perdido no espaço sem água nem comida, Steve Rogers e Natasha Romanov precisam liderar a resistência contra o titã.
La Cama
Sinopse: Mabel e Jorge estão vivendo as últimas 24 horas juntos, entre tentativas de experienciar o amor enquanto ele ainda reside sob o mesmo teto e lembranças de uma vida conjunta prestes a acabar.
O Ano de 1985
Sinopse: Morando em Nova York e longe de casa há três anos, o jovem Adrian retorna para passar o Natal com sua família, durante a primeira onda de crise da AIDS. Sobrecarregado com uma tragédia recente, o jovem procura se reconectar com uma amiga de infância, com o irmão mais novo e com os pais religiosos, enquanto luta para contar seus segredos.
O Último Lance
Sinopse: Um velho negociante de arte, Olavi, está prestes a se aposentar. Ao perceber um quadro antigo à venda, suspeita que ele seja muito mais valioso do que o lance inicial e decide correr atrás dessa oportunidade com o apoio do neto, Otto.
Organismo
Sinopse: Diego é um jovem tetraplégico que se vê sozinho em casa após a morte fulminante da mãe. Ele tem a difícil missão de sobreviver dias sem se alimentar até que alguém o socorra.
Sobibor
Sinopse: Alexander Pechersky, um prisioneiro de guerra no campo de exterminação de Sobibor, organizou uma revolta que deu oportunidade para o escape em massa dos prisioneiros do campo.
Nos dias 27 e 28 de Abril eu estarei participando do curso "O Cinema Metanarrativo de Jafar Panahi", criado pelo Cine Um e ministrado pelo Jornalista e Mestre em Letras Pedro Garcia. Enquanto os dias da atividade não chegam vamos relembrar as principais obras desse cineasta que resiste perante a um governo ditatorial.
Isso Não é um Filme (2011) e Táxi Teerã (2015)
Leiam as minhas duas analises já publicadas clicandoaqui.
Nos dias 27 e 28 de Abril eu estarei participando do curso "O Cinema Metanarrativo de Jafar Panahi", criado pelo Cine Um e ministrado pelo Jornalista e Mestre em Letras Pedro Garcia. Enquanto os dias da atividade não chegam vamos relembrar as principais obras desse cineasta que resiste perante a um governo ditatorial.
'Ouro Carmim' (2003)
Sinopse: Hussein é um entregador de pizza pobre que diariamente entra em contato com os contrastes entre o mundo dos pobres e dos ricos, ao fazer seu trabalho em bairros nobres, onde vê diversas mansões e muita riqueza. Após ser impedido de entrar em uma joalheria por sua aparência, ele e o amigo Ali assaltam o lugar, como forma de vingança.
Com roteiro assinado pelo mestre Abbas Kiarostami, o cineasta Panahi tritura os últimos resíduos da ingenuidade associada aos filmes iranianos. O filme se abre com um plano-seqüência (já rico de pontos de vista, a despeito da câmera fixa) de uma violência assombrosa para nosso olhar estereotipado. Nele, vemos um assalto que culmina com a tomada de um refém, seu assassinato e o suicídio de Hussein, protagonista e vítima dessa história trágica. Na hora e meia seguinte, a adoção do flashback se justificará não apenas pela riqueza da estrutura teoremática da narrativa em forma de círculo como também para revelar em minúcias as origens do ato violento.
Assim, a ação substitui a contemplação num processo de ruptura com o clichê. O filme nunca foi exibido no Irã e por consequência disso não concorreu a uma vaga para o Oscar naquela época.
'Fora do Jogo' (2006)
Sinopse: Um grupo de mulheres desafia a lei no Irã ao tentar assistir a uma partida de futebol. As fãs querem ver o jogo decisivo para a classificação da seleção para a Copa do Mundo e se disfarçam de homem, tentando burlar a segurança.
Fora do Jogo (filme seguinte a Ouro Carmim, não visto) começa com o documentarismo dos filmes anteriores e com a aparência da mesma denúncia feita em O Círculo. No entanto, algo mudou daquele filme para esse, talvez com Panahi, talvez com o Irã, talvez com as mulheres, porque o tratamento é distinto. Talvez Panahi também esteja respondendo, na tela, às críticas de Kiarostami a O Círculo: para Kiarostami aquele filme, ao contrário de seu Dez, não era sobre mulheres do Irã, mas sobre atrizes representando como Panahi via as mulheres no Irã. Ou seja, oprimidas, sem espaço de respiro, sem campo de atuação, sem potência. Fora do Jogo relativiza O Círculo e, embora continue discutindo a censura comportamental regulada por lei, mostra a rebeldia feminina, o prazer da convivência entre elas, a negociação delas com os homens, sem jamais aceitar a condição de subalternas, sem jamais aceitar a ordem das coisas com passividade.
'Cortinas Fechadas' (2013)
Sinopse: Uma mulher e um homem iranianos são obrigados a uma reclusão em uma casa, de cortinas fechadas, em um ambiente de desconfiança. Quando o próprio diretor do filme entra em cena, as cortinas são abertas e a realidade apresentada desaparece.
Como na época o cineasta já tinha problemas com o governo local, "Cortinas fechadas" foi filmado em segredo, neste caso na casa de praia de Panahi, de frente para o mar Cáspio. Embora sem menções que fiquem em evidência na tela, a trama lida com a situação pessoal do cineasta e as circunstâncias nas quais o filme está sendo feito. Para isso, desencadeia metáforas nenhum pouco sutis do isolamento, a começar pelo próprio nome do filme, assim como o plano de abertura e encerramento da trama, sendo a grande janela gradeada dando para a praia.
Se fosse possível assistir a "Cortinas fechadas" sem saber sobre a situação do cineasta, essas metáforas não pareceriam tão óbvias. Mas é difícil que isso possa ocorrer. Fala-se pouco do filme em si, da qualidade do roteiro, hábil narrativa, composição dos planos, ambiguidade da metade inicial, forma de incluir na encenação a pequena equipe que está gravando etc. Resumidamente, se cria um ar de clandestinidade para o filme, o que o torna ainda mais interessante.
BIXA TRAVESTY E MAIS TRÊS LONGAS SÃO DESTAQUES DA PRIMEIRA EDIÇÃO DO PROJETO NOITES NA CINEMATECA
No sábado, 27 de abril, a Cinemateca Capitólio Petrobras inaugura um novo projeto que deverá mobilizar a atenção dos cinéfilos, o Noites na Cinemateca, que a cada dois meses promoverá maratonas cinematográficas temáticas nas madrugada de sábado para domingo. Nesta primeira edição do Noites na Cinemateca, com início marcado para a meia-noite, o tema dos filmes selecionados é a música, exibindo quatro títulos de diferentes nacionalidades: o premiado documentário brasileiro Bixa Travesty, de Kiko Goifman e Claudia Priscilla, sobre a cantora paulista Linn da Quebrada, o mítico documentário inglês Let It Be, sobre o derradeiro encontro da banda The Beatles, um filme surpresa (internacionalmente cultuada produção da década de 70, nunca lançada nos cinemas brasileiros), e o drama russo Verão, sobre a cena roqueira na Rússia durante a década de 1980.
O Noites na Cinemateca faz parte das ações do projeto Cinemateca Capitólio Petrobras – programação especial 2019. Entre os meses de março e novembro deste ano, a Cinemateca Capitólio Petrobras promoverá uma programação especial com 26 atividades com patrocínio master da Petrobras através da Lei Rouanet/Governo Federal e cooperação cultural da Fundacine – Fundação Cinema RS e Prefeitura Municipal de Porto Alegre, através da Secretaria Municipal da Cultura.
O ingresso para o Noites na Cinemateca tem o valor de R$ 20,00 (inteira) e R$ 10,00 (meia), e é válido para os quatro filmes da maratona. Entre um filme e outro, haverá pequenos intervalos para os espectadores dispostos a atravessarem esta madrugada de música e cinema poderem recarregar suas energias. Caso haja disponibilidade de lugares, também serão colocados à venda ingressos para quem desejar assistir a apenas parte da programação.
PROGRAMAÇÃO
Bixa Travesty, de Kiko Goifman e Claudia Priscilla (Brasil, 2018, 75 minutos)
Linn da Quebrada, cantora transexual negra, é apresentada ao público neste documentário que captura a sua esfera pública e privada, ambas marcadas não apenas pela força de sua presença de palco, mas também por sua incessante luta pela desconstrução de estereótipos de gênero, classe e raça, aliada a um discurso político contundente. Vencedor do Teddy Award de melhor documentário no Festival de Berlim em 2018 e do prêmio do público no último Festival de Brasília, este original retrato de uma das mais potentes artistas surgidas no Brasil em anos recentes – ainda inédito nos cinemas brasileiros – o ganha sua primeira exibição em Porto Alegre, abrindo a primeira edição do Noites na Cinemateca.
Let It Be, de Michael Lindsay-Hogg (Inglaterra, 1970, 81 minutos)
Quinto filme feito pelo grupo de rock inglês The Beatles, lançado em maio de 1970, um ano após ser gravado junto com o álbum homônimo. Originalmente a ideia do filme era mostrar a banda gravando e criando um álbum em estúdio. Mas quando começaram as gravações os integrantes dos Beatles viviam em meio a uma série de conflitos e quando o filme foi finalmente lançado a banda já havia se separado. O filme ficaria então reconhecido como o documentário sobre o fim da banda. As câmeras captaram discussões, o gradual desinteresse dos músicos e uma briga notória entre Paul McCartney e George Harrison. A artista conceitual Yoko Ono, casada com John Lennon, acusada como um dos pivôs da separação do grupo, também é vista em várias cenas do filme. A parte final do documentário é um mini-show realizado no telhado do estúdio em Saville Row. As filmagens começaram em 2 de janeiro de 1969 e terminaram no final do mesmo mês. Algumas músicas gravadas durante as filmagens jamais foram lançadas oficialmente pelo grupo.
Filme Surpresa (98 minutos)
Filme de culto, nunca lançado nos cinemas brasileiros, esta obra única realizada na década de 70 e assinada por um artista célebre, vai surpreender o público com sua inventividade e invenções formais.
Verão, de Kirill Serebrennikov (Rússia/França, 2018, 126 minutos)
No verão de 1981, o rock underground chegava na Rússia Soviética, mais precisamente em Leningrado, onde hoje localiza-se a cidade de São Petersburgo. Sob a influência de artistas internacionais, como Led Zeppelin e David Bowie, o rock vibrava na cidade, marcando o nascimento de uma nova geração de artistas independentes. O jovem Viktor Tsoi (Teo Yoo) ganhou fama internacional e tornou-se o primeiro grande representante russo do gênero. Além da música, ele também ficou conhecido pelas polêmicas relacionadas a sua vida pessoal, como o triângulo amoroso que viveu junto com o seu mentor musical, Mike, e a esposa dele, Natasha.
GRADE DE HORÁRIOS
23:59 – Bixa Travesty, de Kiko Goifman e Claudia Priscilla (Brasil, 2018, 75 minutos)
02:00 – Let It Be, de Michael Lindsay-Hogg (Inglaterra, 1970, 81 minutos)
04:00 – Filme Surpresa (98 minutos)
06:00 – Verão, de Kirill Serebrennikov (Rússia/França, 2018, 126 minutos)
Sinopse: Bertrand está no auge dos seus quarentas anos e sofre de depressão. Depois de um tratamento infeliz, ele começa a frequentar a piscina de seu bairro, onde se junta a uma equipe de nado sincronizado masculina. Sob o comando de Delphine, uma ex-atleta vitoriosa, Bertrand e os novos companheiros decidem participar do Campeonato Mundial de Nado Sincronizado.
Existe um novo grupo de profissionais dentro cinema atual francês e que se envolve em alguns dos principais atores de lá. Guillaume Canet, Jean Dujardin, Mathieu Amalric e Gilles Lellouche estão quase sempre atuando nos filmes um dos outros ou vice e versa. “Um Banho de Vida” marca a estreia na direção do último e conta com Canet e Amalric como protagonistas. O cinéfilo antenado irá reparar que os realizadores se inspiraram no já clássico “Ou Tudo ou Nada” (1997), comédia britânica que concorreu ao Oscar em 1998, em que protagonistas de meia idade, desempregados, viravam strippers para obter reconhecimento e algum lucro. Agora, substitua o strip-tease pelo nado sincronizado e obterá uma trama que, se não é original, ela ao menos diverte e faz a gente se identificar com os personagens.
Além dos talentos que são vistos na tela, Lellouche se mostra um hábil diretor de atores, mas sua obra se leva mais a sério do que se deveria em alguns momentos, além de se estender um pouco em algumas situações dispensáveis, mesmo quando elas se tornam em alguns momentos importantes para compreendermos melhor as motivações de cada um dos personagens principais. Uma das boas sacadas da trama é a troca de papeis geralmente criados pela sociedade. Aqui são os homens, alguns bem-sucedidos, mas que começam a sentir dificuldades financeiras, ou alguns frustrados perante a vida e que procuram na atividade de natação uma forma de buscar uma redenção pessoal e para assim conseguir forças para prosseguir na vida. Lellouche consegue, portanto, uma investigação sobre o lado sensível do homem, do qual aqui não se difere muito do lado doce da mulher, mas sim demonstram estarem na mesma corda bamba em termos de buscar um novo começo na vida, na profissão e no amor.
O clima "Sessão Da Tarde' faz de “Um Banho de Vida” se encaminhar para um final um tanto inverossímil, mas nunca é demais saímos da sala do cinema com um sorriso no rosto e termos mais esperança para enfrentarmos os obstáculos vindos do mundo.
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HONG SANG-SOO EM DEBATE, A VERTIGEM DO CINEMA MODERNO NO PROJETO RAROS, SESSÃO ACESSÍVEL DE SUEÑO FLORIANÓPOLIS
A programação da mostra A Vertigem do Cinema Moderno apresenta duas sessões especiais nesta semana. Na sexta-feira, 26 de abril, às 21h, uma edição especial do Projeto Raros apresenta dois filmes que antecipam questões abordadas por Alfred Hitchcock em Um Corpo que Cai: O Retrato Inacabado (1910, 18 minutos), de Léonce Perret, e Muito Além do Esquecimento (1956, 92 minutos), de Hugo del Carril.
Na sessão de encerramento da mostra, 28 de abril, às 18h30, integrantes do grupo de estudos Aurora debatem os diálogos contemporâneos com a obra de Hitchcock após a sessão de Você e os Seus, filme realizado pelo sul-coreano Hong Sang-soo, inédito em Porto Alegre.
SESSÃO ACESSÍVEL DE SUEÑO FLORIANÓPOLIS
No sábado, 27 de abril, inicia a série de dez sessões acessíveis que integram a programação especial da Cinemateca Capitólio Petrobras com patrocínio da Petrobras e produção cultural da Fundacine e Prefeitura Municipal de Porto Alegre, através da Coordenação de Cinema e Audiovisual da Secretaria da Cultura. O filme Sueño Florianópolis, escrito e dirigido por Ana Katz foi o escolhido para abrir a programação, com sessão gratuita às 14h.
O filme, uma coprodução entre Brasil, Argentina e França, conta a história de uma família que viaja da Argentina para o Brasil em busca de reconexão entre si. No elenco, estão os atores brasileiros Andréa Beltrão, Caio Horowicz, Marco Ricca, e os argentinos Mercedes Morán, Gustavo Garzón, Manuela Martinez e Joaquin Garzon. O longa conquistou três prêmios no Karlovy Vary International Film Festival: Melhor Atriz (Mercedes Morán), Prêmio Especial do Júri e Prêmio da Crítica Internacional. Produzido pela Prodigo Films, Campo Cine e Groch Filmes, as filmagens aconteceram entre abril e maio de 2017, em Florianópolis (Santa Catarina/Brasil) e Buenos Aires (Argentina).
As sessões acessíveis da programação especial 2019 da Cinemateca Capitólio Petrobras contam com legendagem descritiva, audiodescrição e libras. O projeto conta com oito mostras de cinema, quatro eventos “Noites na Cinemateca”, duas masterclasses, dez sessões de cinema acessível, além de duas exposições relacionadas ao acervo da Cinemateca. Além disso, o aporte também possibilitou a compra de equipamentos que proporcionarão acessibilidade completa (Libras, legenda descritiva e audiodescrição), que em breve será disponibilizada.
“O projeto como um todo reforça a vocação da Cinemateca como um espaço de cinefilia e reflexão crítica do cinema clássico e contemporâneo e como um local de referência na preservação do audiovisual garantindo a difusão do seu acervo ao público. Estamos também muito felizes com a realização da programação acessível que vem ampliar a democratização do acesso à Cinemateca garantindo a inclusão de pessoas com deficiências”, afirma Andreia Vigo, Diretora da Cinemateca Capitólio Petrobras.
A bilheteria abre 30 minutos antes da sessão, para distribuição de senhas. A Cinemateca Capitólio Petrobras fica na Rua Demétrio Ribeiro 1085 - Esq. com Borges de Medeiros. Mais informações (51) 3289 7453 | http://www.capitolio.org.br | facebook.com/cinemateca.capitolio
Sinopse: Buenos Aires, Argentina, verão de 1990, Pedro (Gustavo Garzón) e Lucrécia (Mercedes Morán), separados após vinte e dois anos de casamento, decidem viajar de férias com seus dois filhos adolescentes rumo ao litoral Sul do Brasil. Motivados pelo câmbio favorável, caem na estrada em um Renault 12, sem ar-condicionado, e viajam 1.750 km até Florianópolis (Santa Catarina). Juntos, porém separados, conhecem Marco (Marco Ricca) e Larissa (Andrea Beltrão). Pouco a pouco vão descobrindo qual é o sonho de cada um.
Ficha técnica
Direção: Ana Katz
Roteiro: Ana Katz e Daniel Katz
Produzido por: Beto Gauss, Camila Groch, Francesco Civita, Nicólas Avruj
Produção Executiva: Camila Groch, Beto Gauss, Nicolás Avruj
Uma Produção: CAMPO CINE (ARG) e PRODIGO FILMS (BRA), em coprodução com GROCH FILMES (BRA)
Fotografia: Gustavo Biazzi
Direção de Arte: Gonzalo Delgado
Elenco Brasil: Andrea Beltrão (Larissa), Marco Ricca (Marco), Caio Horowicz (César)
A morte da esposa deixa um marquês desesperado. Anos depois, ele encontra Madeleine, uma mulher idêntica à morta.
Muito Além do Esquecimento
(Mas allá del Olvido)
Argentina, 1956, 92 minutos, digital
Direção: Hugo del Carril
Após a morte de sua esposa, um homem encontra uma mulher idêntica e torna-se obcecado pelo o amor perdido. Adaptação do romance “Bruges, a morta” de Georges Rodenbach, que inspirou o roteiro de Um Corpo que Cai.
Você e os Seus
(Dangsinjasingwa dangsinui geot)
Coréia do Sul, 2016, 86 minutos, HD
Direção: Hong Sang-soo
Um jovem pintor não consegue achar sua namorada de jeito nenhum.
GRADE DE HORÁRIOS
25 de abril a 1º de maio de 2019
25 de abril (quinta-feira)
17h – Efeitos Especiais
21h – Instinto Selvagem
26 de abril (sexta-feira)
17h - Blow-Up – Depois Daquele Beijo
21h – Projeto Raros Especial (O Retrato Inacabado + Mas allá del Olvido)