Assim como no recente curso sobre Charles Chaplin,
eu decidi nesse último final de semana revisitar também o curso A Arte de Contar
Histórias, criado pelo Cine Um e ministrado pelo diretor e roteirista Alexandre
Derlam. Na primeira vez que eu havia participado da atividade foi no ano passado
e em quatro aulas. Embora nessa segunda visita o curso tenha sido reduzido em dois
dias, é curioso como Alexandre tornou tudo muito mais dinâmico e aprofundando
ainda mais sobre as obras que ele mesmo havia criado.
Dessas obras, o grande
destaque ficou por conta do seu curta Rito Sumário, vencedor de dois prêmios no
festival de Gramado em 2015, cuja sua atmosfera 'noir contemporânea" me
conquistou desde o primeiro momento em que eu assisti. Isso se deve principalmente
pelo fato do curta nos apresentar um olhar diferente sobre Porto Alegre em seus segundos
iniciais, onde as cenas filmadas nas ruas da cidade nos revelam uma realidade que,
ou a gente desconhece, ou que não queremos conhecer. Curiosamente, conheci a trama
somente na primeira versão do curso, onde Alexandre nos brindou com o roteiro
de sua obra e fez com que a gente lesse antes de apreciá-la.
Nunca me esqueço quando eu
li o roteiro pela primeira vez, pois assim como num livro, a gente começa
imaginar as situações de acordo como esta escrito nas folhas. Ao presenciar a
obra filmada, reparei que algumas passagens do roteiro não haviam sido levadas
para tela, mas algumas não só foram fieis como também me fizeram me dar conta
que eu imaginava elas de uma forma completamente diferente. Isso muito se deve,
não somente ao lado criativo Alexandre e de sua equipe que moldaram o filme,
como também do pequeno elenco que levou a sério em cada cena filmada e nos
dando a entender que improvisaram inúmeras situações apresentadas na tela.
Drive
Além disso, Alexandre nos deu
um imenso prazer ao fazer uma analise minuciosa de alguns títulos cinematográficos,
que foi desde a Rocky á Juno e cujo lado autoral de determinados cineastas
fazem com que essas obras se tornassem indispensáveis para os cinéfilos. Bom
exemplo do qual foi analisado durante atividade foi o filme Drive do cineasta Nicolas
Winding Refn. Estrelado por Ryan Gosling (Blade Runner 2049), os primeiros
minutos do filme podem ser até mesmo interpretados como curta metragem, onde é
apresentado o protagonista, mostrando rapidamente sobre o que ele faz e terminando
a sequência de uma forma redonda e que nos fisga para acompanharmos o restante
da obra.
O curso não foi somente
elaborado para incentivar determinadas pessoas a se tornarem futuros cineastas,
como também faz a gente ter um olhar mais minucioso sobre o perfeccionismo na realização
de determinados filmes e sobre o que fazem deles se tornarem até mesmo grandes
clássicos futuramente. Enfim, um curso da qual aproveitei muito bem e tenho mais
do que agradecer a Alexandre Derlam pela sua criatividade e empenho durante atividade.
E que venham mais cursos do
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