Com Amor,
Van Gogh
Sinopse: Armand
Roulin viaja a cidade natal de Vicente van Gogh para entregar uma carta ao
irmão do pintor.
De Dorota Kobiela e
Hugh Welchman, o filme é inspirado na correspondência entre os irmãos: Cartas a
Theo e toma como eixo narrativo a última carta escrita pelo artista holandês.
Em 1891, um ano após o suicídio do pintor, Armand Roulin encontra essa carta
que nunca chegou a ser enviada para Theo. Ele conversa com o pai, carteiro e
amigo de Vincent, que o aconselha a entregar pessoalmente a correspondência.
Houve um minucioso
trabalho de pesquisa e as cerca de 400 telas que Van Gogh pintou,
energicamente, em seus últimos anos, não apenas serviram de modelo como foram
recriadas. O objetivo último foi chegar a esse dia fatídico. Dorota e Welchman
assumem o que para eles é um mistério – Vincent realmente se matou? E por quê?
Um total de 125
pintores trabalhou na captação das imagens, produzindo 65 mil frames. Os atores
são facilmente identificáveis, desde Saoirse Ronan, que este ano se antecipa como
favorita para o Oscar por Lady Bird – É hora de voar, até Jerome Flynn, o Bronn
da cultuada série Game of thrones.
Confronto
No Pavilhão 99
Sinopse:O ex-boxeador
Bradley Thomas (Vince Vaughn) só vê um caminho para sustentar ele e a mulher
grávida: entrando para a vida do crime. Uma negociação de drogas acaba dando
errado e Bradley vai parar atrás das grades. Lá dentro, ele usa sua força e
habilidade como boxeador para sobreviver.
O filme pode não ser
o filme que você espera, mas ainda assim é um filme surpreendentemente rico e
poderoso, apesar de sua “impressão” de filme B. Ao invés de jogar a plateia no
meio da porrada desde o começo,o jovem cineasta Z. Craig Zahler (Rastro da
Maldade) e seu filme querem que o público invista no protagonista e se importe
com suas decisões, independente do fato do espectador saber que ele é um homem
capaz de transformar um indivíduo em suco de carne. Graças à performance
colossal de Vince Vaughn (Penetras Bons de Bico) e a direção sem concessões de
Zahler, Rebelião no Pavilhão 99 consegue escapar ileso da corda bamba de ser um
filme grindhouse, para ser um drama contundente que genuinamente se importa com
seu trágico protagonista.
Manifesto
Leia minha
crítica já publicada clicando aqui.
Rodin
Sinopse: Em 1880, o escultor
Auguste Rodin trabalha ao lado da esposa Rose Beuret. Ele se apaixona por sua
aprendiz mais talentosa, Camille Claudel, que se torna sua amante. Quando o
relacionamento termina, Rodin muda radicalmente a forma de seus trabalhos.
Roteirizado pelo
próprio diretor Jacques Doillon, Rodin é uma cinebiografia que foge das
convenções do subgênero. Em vez de nos mostrar o nascimento, vida e morte do
escultor, interpretado aqui pelo ator Vincent Lindon, o filme retrata um curto
período de sua existência, investindo em um ritmo extremamente lento – o qual,
por vezes, se torna arrastado – e, no que é uma ousadia narrativa rara nesse
tipo de produção, dedicando um tempo considerável à manufatura das obras de
arte. Assim, através de um andamento bastante cadenciado, o espectador tem a
chance de conhecer um pouco sobre o processo criativo de um artista e os relacionamentos
mantidos pelo biografado com Camille Claudel (Izïa Higelin), Paul Cézanne
(Arthur Nauzyciel), Claude Monet (Olivier Cadiot) e outros.
Z -
Cidade Perdida
Sinopse: O filme
conta a história de Percy Harrison Fawcett (Charlie Hunnam) – explorador
britânico que, em 1925, prometendo fazer uma das mais importantes descobertas
arqueológicas da história, desapareceu em uma expedição à Amazônia cujo
objetivo era encontrar uma antiga civilização. Sabe-se hoje que a suposta
localização dessa civilização, para onde se dirigiu Fawcett, é na Serra do
Roncador, em Barra do Garças, no estado do Mato Grosso, Brasil.
Baseado no livro
homônimo do repórter da New Yorker, David Grann, com roteiro e direção de James
Gray, essa história é considerada um dos maiores mistérios do período das grandes
expedições do início do século XX, o destino de Fawcett tornou-se uma obsessão
para centenas de viajantes que o seguiram pela selva impenetrável. Inclusive
Grann que, durante sua pesquisa para o livro, embrenhou-se na mata para, entre
outras coisas, tentar resolver esse mistério e entender a pulsão obsessiva do
explorador em relação à existência dessa civilização perdida e sua cidade.
James Gray em seu
sexto longa-metragem realiza seu trabalho mais ambicioso, um filme com um
grande elenco, um épico ambientado em boa parte na Amazônia, com uma grande
duração. Gigantesco em vários os sentidos, até mesmo em cinema. Z: A Cidade
Perdida parece ter saído de uma outra época, parece ter sido realizado com a
classe primordial dos grandes épicos hollywoodianos dos anos 1940. No filme e
na concepção do cineasta reside uma consciência enorme dessa raiz
historiográfica do cinema, não sendo um realizador que apenas se utiliza de
imagens cristalizadas por um imaginário cinéfilo, mas sim que investiga a fundo
os símbolos essenciais do cinema americano. O cinema policial em seus três
primeiros filmes (Fuga para Odessa, Caminho Sem Volta e Os Donos da Noite), o
melodrama em sua obra subsequente (Amantes), uma obra
de transição entre melodrama e o romance histórico (Era Uma Vez em Nova York) e
agora a utilização essencial do cinema épico e de sua grandiosidade.
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