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Sapucaia do Sul/Porto Alegre, RS, Brazil
Sócio e divulgador do Clube de Cinema de Porto Alegre, frequentador dos cursos do Cine Um (tendo já mais de 100 certificados) e ministrante do curso Christopher Nolan - A Representação da Realidade. Já fui colaborador de sites como A Hora do Cinema, Cinema Sem Frescura, Cinema e Movimento, Cinesofia e Teoria Geek. Sou uma pessoa fanática pelo cinema, HQ, Livros, música clássica, contemporânea, mas acima de tudo pela 7ª arte. Me acompanhem no meu: Twitter: @cinemaanosluz Facebook: Marcelo Castro Moraes ou me escrevam para marcelojs1@outlook.com ou beniciodeltoroster@gmail.com

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quarta-feira, 14 de abril de 2021

Cine Especial: Oscar 2021: 'Wolfwalkers'

Sinopse: Robyn, uma jovem caçadora, vai à Irlanda com seu pai para tentar acabar com o último bando de lobos. Os animais são vistos como demoníacos, verdadeiras encarnações do mal. Logo, os algozes terão outra perspectiva das alcateias.  

Em tempos em que a Pixar/Disney dominam o mercado de animação há sempre aqueles pequenos estúdios que surpreendem pela sua criatividade e pelo bom uso do desenho tradicional. O estúdio Irlandês de animação Cartoon Saloon, por exemplo, tem surpreendido o público e a crítica através de obras como "Uma Viagem ao Mundo das Fábulas" (2009) e A Canção do Oceano (2014). Pois então, a mesma retorna agora com "Wolfwalkers" (2020) uma animação de encher os olhos e com altas doses de lição de moral e companheirismo.

Dirigido por Tomm Moore e Ross Stewart, o filme se passa em uma época de superstição e magia, quando os lobos são vistos como demoníacos e a natureza um mal a ser domado.  Robyn, uma jovem caçadora aprendiz, vai para a Irlanda com seu pai na tentativa de eliminar um último bando. Quando a jovem salva uma garota nativa selvagem, sua amizade a leva a descobrir o mundo dos Wolfwalkers, transformando-a na mesma coisa que seu pai tem a tarefa de destruir.

Antes de tudo, é preciso destacar o primor que é essa animação. Feita de forma tradicional, os desenhos parecem que foram criados para pertencerem as paredes de tempos remotos e cuja as mesmas contam diversas histórias. Com imagens sobrepostas uma na outra, cria-se algo quase tridimensional, ou melhor dizendo, uma sensação de que os desenhos estão saindo da tela, onde cada forma se alinha uma com a outra e criando assim uma simetria fantástica.

Essa perfeição também se casa de forma perfeita com o seu elenco de personagens, onde cada um possui uma personalidade distinta e que servem como peças importantes para trama. Robyn é a verdadeira pequena heroína da trama, da qual transita entre os deveres de obedecer ao seu pai, como também de alimentar com a curiosidade com relação ao mundo lá fora. Dessa curiosidade ela conhece Mebh, menina selvagem que irá fazer com que Robyn conheça o lado que os Supersticiosos tentam destruir a todo custo.

Neste último caso, isso é muito bem representado pelo vilão Lorde Protetor Oliver Cromwell, cuja as suas atitudes lembram e muito o vilão de "O Corcunda de Notre Dame" (1996) da Disney. Na trama, a fé cega em nome de Deus contra o folclore visto na tela são temas que repercutem até os dias de hoje e que somente fazem com que os povos cada vez mais se separem. É a partir do amor e da amizade das duas pequenas protagonistas é que haverá um caminho de paz, mas até lá haverá diversos sacrifícios a serem tomados.

Assim como o recente "Soul" (2020), "Wolfwalkers" consegue tocar em assuntos espinhosos, que vai desde a vida e a morte, mas tudo de uma forma fluida e que não assusta os jovens que forem assisti-la. Acima de tudo, é um filme de aventura com coração, com vários bons ensinamentos e que se tornam valiosos nestes tempos nebulosos. Indicado ao Oscar de melhor Longa de Animação, "Wolfwalkers" é uma das mais belas animações do ano, feita com carinho e para aqueles que apreciam bons ensinamentos sobre coragem e ajuda ao próximo.  

Onde Assistir: Apple TV+

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Um comentário:

Roberto Moreno disse...

Sugiro que se faça a dublagem em português do Brasil. - Para maiores informações sobre o potencial da língua "brasileira" é só contactar a Fundação Geolíngua.