Django Livre
Sinopse: Django é um escravo
negro liberto que, sob a tutela de um caçador de recompensas alemão, torna-se
um mercenário e parte para encontrar e libertar a sua esposa das garras de
Monsieur Calvin Candie, charmoso e inescrupuloso proprietário da Candyland,
casa no Mississippi onde escravas são negociadas como objetos sexuais e
escravos são colocados pra lutar entre si.
O que eu acho: Sempre quando
eu via um filme de Tarantino, me perguntava para mim mesmo: “Puxa, como ele
seria ótimo dirigindo um faroeste”.
Meu pensamento se fortaleceu
quando em 2004 assisti no cinema Kill Bill: Volume 2, onde na seqüência em que
a Noiva se encontra com Bill, Tarantino usa a trilha sonora de Três Homens e Um
Conflito e o close da câmera para a entrada da igreja, é uma referencia mais do
que explicita da seqüência final de Rastros do Ódio de John Ford. As homenagens
ao gênero não param por ai, sendo que em Bastardos Inglórios, mesmo que a trama
se passe durante a Segunda Guerra Mundial, várias seqüências ali poderiam ser
muito bem inseridas no gênero faroeste, desde a enigmática abertura, para a seqüência
do tiroteio dentro do bar nazista.
Mas esse namoro finalmente
acabou e Tarantino entrega um faroeste, que nada mais é do que uma
homenagem mais do que justa, de um dos períodos que o gênero fazia imenso sucesso,
mas não nos EUA, mas sim em território Italiano: o gênero westerns Spaghetti,
que consagrou gênios como Sergio Leone. Assim como no seu ultimo filme,
Tarantino explora uma trama, que se passa não somente dentro do gênero, como também
num período histórico dos EUA que foi a guerra civil e os primeiros anos da
libertação dos escravos. Jamie Foxx e Christoph Waltz são uma dupla improvável,
que devido as circunstancias das quais irão se meter, precisam se unir. Mas durante
a jornada, ambos darão de cara com Leonardo Dicaprio, num papel vilanesco que
muitos críticos apontam como nova indicação para o ator.
Não importa se o filme irá
revitalizar mais o gênero, ou se irá ganhar prêmios, mas o que eu quero ver mesmo
é um filme de Tarantino puro, com muito dialogo, movimento de câmera inovadora e
um humor negro caprichado, no qual o cineasta sabe fazer como ninguém.
Estreia dia 18 de Janeiro de
2013.
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