Morreu no ultimo 15
de Janeiro, Nagisa Oshima, que nos anos 70 sacudiu o mundo do cinema com o
elogiado e polemico Império dos Sentidos. Abaixo, leiam mais um pouco desse
clássico que deu o que falar quando foi lançado por aqui.
O IMPÉRIO DOS
SENTIDOS
Sinopse: Proibido na
sua primeira exibição no Festival de Nova York de 1976, esta obra-prima do
erotismo, pe baseada em um dos mais famosos escândalos do Japão. Esta é a história
de uma ex-prostituta que acabou se envolvendo em um obsessivo caso de amor com
o mestre da casa onde trabalha como doméstica. Aquilo que começou como uma
diversão casual, atinge níveis em que a paixão não encontra mais seus limites.
Nagisa Oshima já era
um veterano do cinema do Japão, tendo sido inclusive ter feito parte do grupo
de jovens cineastas, que criaram ótimos filmes, no inicio dos anos 50, que
muitos consideram esse período como "Nouvelle Vague" do cinema
japonês. Mas foi somente em 1976, que Oshima ganhou os holofotes pelo mundo,
através desse filme erótico, provocante e que tem muito a dizer.
Lembrando um pouco
elementos de sucesso do clássico O Ultimo Tango em Paris, acompanhamos os
encontros sexuais do casal central da trama, cujo os encontros vão evoluindo
de tal forma ao longo da projeção, que culmina num dos momentos mais
inesperados daquela época. Sexo, loucura e morte atravessam juntas a cada cena,
numa espécie de ritual, onde cada ato não é o suficiente para saciar ambos.
Devido a isso, o filme foi considerado em muitos países como obsceno e
impróprio para ser assistido, mas devido a toda essa polemica, atraiu milhares
de cinéfilos curiosos, para ver cenas eróticas até então limitadas ao mercado
da pornografia.
Muitos tentam entender a
mensagem que o filme passa. Talvez a mais valida seja, que a entrega dos
protagonistas para um sexo sem limites tenha sido um símbolo de um final de
uma época. Sendo que os anos de 1960, onde a paz, amor e o sexo sem limites dos
jovens daquele tempo, estavam sendo ultrapassados por uma sociedade e política
mais conservadora. Talvez a intenção do cineasta nunca tenha sido polemizar,
mas sim criar um filme premonitório, embora outras teorias possam ser levadas
mais a fundo.
Nenhum comentário:
Postar um comentário