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Sapucaia do Sul/Porto Alegre, RS, Brazil
Sócio e divulgador do Clube de Cinema de Porto Alegre, frequentador dos cursos do Cine Um (tendo já mais de 100 certificados) e ministrante do curso Christopher Nolan - A Representação da Realidade. Já fui colaborador de sites como A Hora do Cinema, Cinema Sem Frescura, Cinema e Movimento, Cinesofia e Teoria Geek. Sou uma pessoa fanática pelo cinema, HQ, Livros, música clássica, contemporânea, mas acima de tudo pela 7ª arte. Me acompanhem no meu: Twitter: @cinemaanosluz Facebook: Marcelo Castro Moraes ou me escrevam para marcelojs1@outlook.com ou beniciodeltoroster@gmail.com

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quinta-feira, 19 de junho de 2025

Cine Dicas: Estreias do Final de Semana (12/06/25)

 ELIO

Sinopse: Elio, um oprimido com uma imaginação ativa, se vê inadvertidamente transportado para o Communiverse, uma organização interplanetária com representantes de galáxias distantes.


EXTERMÍNIO: A EVOLUÇÃO

Sinopse: O diretor vencedor do Oscar® Danny Boyle e o roteirista indicado ao Oscar® Alex Garland se reúnem para “Extermínio: A Evolução”, uma nova história aterrorizante ambientada no mundo criado a partir de “Extermínio”.


Stella: Vítima e Culpada

Sinopse: Stella é uma jovem judia alemã que cresce em Berlim durante o regime nazista. Apesar da repressão no país, ela sonha em ser cantora de jazz. A vida da garota se transforma em uma tragédia quando, em fevereiro de 1943, ela é forçada a se esconder com os pais. Porém, após ser capturada e torturada pela Gestapo, Stella aceita uma condição para evitar que ela e a família sejam mandados para o campo de concentração de Auschwitz: trair e deletar outros judeus.

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Cine Dica: Cinesemana de 19 a 25 de junho de 2025

Três Amigas. 

Uma das novidades da cinesemana de 19 a 25 de junho é o longa francês TRÊS AMIGAS, um dos títulos de maior público do Festival Varilux em 2024. Também apresentamos o novo filme do diretor chinês Jia Zhang-ke, LEVADO PELAS MARÉS, que traça um panorama do seu país nas últimas duas décadas. O filme vem acompanhado do relançamento de JIA ZHANG-KE, UM HOMEM DE FENYANG, documentário sobre o cineasta asiático assinado por Walter Salles há dez anos. A semana ainda é de Sessão Nostalgia, que exibe HARRY E SALLY – FEITOS UM PARA O OUTRO em comemoração ao Mês dos Namorados.

Nossa programação segue com títulos de várias nacionalidades que foram bem recebidos pelo público, como o longa alemão O GRANDE GOLPE DO LESTE, com Sandra Hüller; a produção coreana NA TEIA DA ARANHA, uma grande homenagem ao universo do cinema; e SÍNDROME DA APATIA, em que o diretor grego Alexandros Avranas se debruça sobre o drama dos refugiados na Europa.

Entre as produções brasileiras, seguem em cartaz PRÉDIO VAZIO, novo filme do cineasta Rodrigo Aragão; SANEAMENTO BÁSICO, O FILME, do cineasta gaúcho Jorge Furtado, que ganha sessão dupla com o premiado ILHA DAS FLORES; e o documentário RITAS, que celebra a trajetória de Rita Lee. Chegando à sétima semana de exibição, VIRGÍNIA E ADELAIDE, de Yasmin Thayná e Jorge Furtado, mostra o encontro histórico das duas mulheres fundadoras da psicanálise no Brasil.

Confira a programação completa no site oficial da Cinemateca clicando aqui. 

quarta-feira, 18 de junho de 2025

Cine Dica: Em Cartaz - 'Lampião, O Governador do Sertão'  

Sinopse: Lampião, Governador do Sertão" traça a trajetória de Virgulino Ferreira da Silva, o lendário Lampião, desvendando os caminhos entre o homem, o mito e as controvérsias que o envolvem. 

Os fatos se tornam lendas, assim como também elas se tornam mitos. É por esse pensamento que pode ser inserido Lampião, talvez um dos maiores símbolos do Sertão Nordestino e do qual até hoje divide opiniões sobre a sua figura que acabou fazendo parte da nossa cultura brasileira. "Lampião, O Governador do Sertão" (2025) procura explorar quem foi o verdadeiro homem por trás da lenda e da qual serviu de influência para inúmeras pessoas.

Dirigido por Wolney Oliveira, o documentário explora a trajetória de Virgulino Ferreira da Silva, mais conhecido como Lampião. O longa busca mergulhar profundamente em sua jornada histórica e complexa dessa figura marcada por mitos, polêmicas e antagonismos. Através de documentos, imagens raras, entrevistas e outros registros orais e visuais, a obra revela as camadas de um homem comum que se tornou um fenômeno por sua imagem de temido líder cangaceiro, mas também por sua potência simbólica que se faz presente na cultura popular nordestina e brasileira.

Lampião foi uma figura predestinada a ser algo mais do que um mero trabalhador nordestino, principalmente em tempos em que o Brasil transitava entre ser uma democracia, ou um país autoritário. Portanto, a figura do cangaceiro pode ser representada como uma espécie de resistência perante o sistema dos poderosos e dos quais são esquecidos no seu devido tempo, mas cujo guerreiro do sertão continua sendo lembrado. Não é à toa, portanto, que Lampião se tornou uma das figuras mais bem lembradas da história, mesmo quando existem detratores querendo minar essa ideia.

Curiosamente, o documentário abre espaço para ambas as opiniões, tanto dos familiares ainda vivos, como também daqueles que são descendentes das vítimas de Lampião e que até hoje guardam rancor. São poucos aqueles que souberam com exatidão quem foi as suas verdadeiras pessoas e, portanto, cada registro, seja ele em livros ou de imagens, acaba sendo um verdadeiro achado para um grande estudo. Há, por exemplo, o documentário "Lampião, o Rei do Cangaço"(1937) de Benjamin Abrahão, sendo um dos registros mais importantes sobre essa figura histórica e que até hoje é bastante analisada.

Falando em cinema, Lampião já foi levado diversas vezes para as telas, sendo que "Baile Perfumado" (1997) é uma reconstituição do que poderia ter sido as filmagens de "Lampião, O Rei do Cangaço". Porém, "Deus e o Diabo na Terra do Sol" (1964), de Glauber Rocha, talvez seja a melhor síntese da figura do cangaço e cuja sua existência muito se deve ao Lampião. Vale lembrar que ele serviu de inspiração para a própria música brasileira, sendo Luiz Gonzaga obteve grande sucesso através não somente de sua música, como também se vestindo de acordo como um cangaço.

Vale destacar que o documentário não poupa em imagens até mesmo fortes, principalmente ao destacar a cabeça de Lampião e de seu bando que foram expostas em diversas cidades após terem sido emboscados e mortos. A partir deste massacre é que se construiu a lenda e cuja sua força cresceu de tal maneira que até hoje fica difícil dizer se ele foi um herói ou um bandido sanguinário. A meu ver, dificilmente teremos uma base de quem ele foi, pois certas lendas dificilmente são destruídas, mas sim aumentadas através do tempo e fazendo a gente não se lembrar do seu próprio início.

"Lampião, O Governador do Sertão" é um documentário sobre uma das figuras mais enigmáticas da nossa cultura brasileira e da qual até hoje é amada por uns e odiada por outros. 

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Cine Dica: Cinemateca Capitólio - PROGRAMAÇÃO 19 a 25 de junho de 2025

 MOSTRA FORD + WELLES

Nos meses de junho e julho, a Cinemateca Capitólio apresenta a mostra Ford + Welles, com oito filmes realizados por John Ford e Orson Welles exibidos em sessões duplas. No domingo, 22 de junho, a primeira sessão apresenta Como Era Verde Meu Vale, de Ford (16h30), e Cidadão Kane, de Welles (19h). As sessões têm entrada franca.


Mais informações: https://www.capitolio.org.br/novidades/8956/ford-welles/


MOSTRA ÊNFASE NO PROCESSO

Nos próximos dias 20 e 27 de junho o projeto de extensão da UFRGS, Trilhas Artísticas, com o apoio da Cinemateca Capitólio, apresenta duas sessões especiais de curtas-metragens. O tema das sessões é a Arte Processual e a mostra reúne sete obras em audiovisual que protagonizam os estágios de manipulação de sua própria feitura, assim como a possibilidade de experiências estéticas se darem a partir da simples incidência do tempo sobre cada fração do processo criativo.

Serão exibidos, no dia 20, as obras “Vigília 2” e “Vigília 3”, de André Severo, e “Fluxus Fungus” e “Dilúvio Vivo”, de Tuane Eggers e Beto Mohr, seguidos de conversa com os artistas, mediada pela professora do Instituto de Artes e coordenadora do projeto, Marina Câmara. Entrada franca.


Mais informações: https://www.capitolio.org.br/novidades/8965/mostra-audiovisual-enfase-no-processo/


BRUNO DUMONT E ANDY WARHOL EM CARTAZ

A partir de quinta-feira, 19 de junho, a Cinemateca Capitólio exibe O Império, filme de ficção-científica dirigido pelo francês Bruno Dumont, e Andy Warhol – Um Sonho Americano, documentário sobre o artista dirigido por Lubomir Slivka. O valor do ingresso é R$ 16,00.


Mais informações: https://www.capitolio.org.br/eventos/8948/andy-warhol-um-sonho-americano/


GRADE DE HORÁRIO

19 a 25 de junho de 2025


19 de junho (quinta-feira)

15h – O Império

17h – Andy Warhol - Um Sonho Americano

19h – Pachamama Soul – Rock de Galpão


20 de junho (sexta-feira)

15h – O Império

17h – Andy Warhol - Um Sonho Americano  

19h – Trilhas Artísticas: Ênfase no Processo 1


21 de junho (sábado)

15h – Caiam as Rosas Brancas!  

17h – Andy Warhol - Um Sonho Americano

19h – O Império


22 de junho (domingo)

15h – A Procura de Martina

16h30 – Como Era Verde o Meu Vale

19h – Cidadão Kane


24 de junho (terça-feira)

15h – Cinema Negro na Escola

17h – Andy Warhol - Um Sonho Americano

19h30 – Cinema Negro na Escola 


25 de junho (quarta-feira)

15h – Cinema Negro na Escola

17h – Cidadão Kane

19h – Como Era Verde o Meu Vale

terça-feira, 17 de junho de 2025

Cine Dica: Em Cartaz - 'Oh, canada'

Sinopse: Escolhendo revelar as verdades e mentiras de sua vida e carreira, um cineasta doente se senta para uma entrevista longa e sincera com um ex-aluno.

Paul Schrader foi um dos cineastas que surgiram nos últimos anos da "Nova Hollywood" e mantendo durante os anos oitenta um lado autoral que do qual estava sendo deixado de lado na época. Em "Gigolô Americano" (1980), por exemplo, ele consagraria o ator Richard Gere e que entraria nos anos noventa como um dos grandes astros de sua época. Portanto, é curioso observar ambos se reencontrarem em "Oh, Canada" (2024), filme que sintetiza a fragmentação do ser humano em um momento em que busca a sua redenção particular.

Na trama, o documentarista norte-americano Leonard Fife (Richard Gere) vive com uma doença que pode tirar sua vida a qualquer momento. Nessa espécie de leito de morte, ele sente a força do tempo e de sua condição, resolvendo, então, contar sua história de vida sem filtros antes que seja tarde demais. Com uma carreira profissional de prestígio, Fife tem muito do que se orgulhar, porém lacunas do seu passado, em especial relacionadas à Guerra do Vietnã e as pessoas com quem esbarrou naquela época, ainda são dores que o diretor evita tocar.

Baseado na obra do escritor Russell Banks, que viria a falecer em 2023, o filme pode ser interpretado de diversas formas, tanto como uma síntese sobre o que foi o escritor em vida, como também da maneira como Paul Schrader enxerga a vida de um homem perante a sua reta final. O filme é apresentado de forma fragmentada, onde vemos o protagonista tanto em seu presente, como também em sua juventude e que buscava o seu lugar em um mundo cada vez mais complexo em meio a guerras, preconceito e inúmeros protestos por algo novo. Por alguns momentos, por exemplo, achamos que o protagonista seja realmente alguém que existiu, pois há uma curiosa transição entre a ficção e o lado documental, o que torna o longa interessante ao ser visto mais de perto.

Sendo não visto há muito tempo em filmes de sucesso, Richard Gere surge aqui quase irreconhecível, distante dos tempos em que se apresentava como um grande galã e nos brindando com uma atuação digna de nota. Menosprezado por estúdios e a própria academia do Oscar, Gere nunca escondeu o seu lado crítico, tanto com relação à maneira como Hollywood lidava com as produções, como também sobre a própria política dos EUA. Portanto, talvez, um lado pessoal de sua pessoa se encontre neste personagem, onde ele não tem nada a esconder em sua reta final, a não ser colocar para fora algo que sempre ocultou, ou nunca admitiu os seus passos em falso em vida.

Com uma fotografia que transita entre o preto e branco sombrio e cores quentes de um passado distante, a figura Leonard Fife transita entre a sua forma jovem e mais velha, como se o espaço e tempo viessem em uma única direção e fizesse com que o protagonista ficasse cada vez mais confuso durante a sua entrevista. Nota-se, por exemplo, que até a sua esposa, interpretada por Uma Thurman, se manifesta de duas formas, seja como sua mulher, ou como uma figura que revela o seu lado que sempre tentou esconder devido ao preconceito da época. Por conta disso, a figura de Leonard Fife se torna, por vezes, complexa demais e cabe uma atenção redobrada sobre o seu verdadeiro ser em cena.

Ao final, o filme termina com uma única saída encontrada para o protagonista, mas que ao mesmo tempo seja uma forma do diretor Paul Schrader nos dizer para onde irmos uma vez que o mundo está cada vez mais afundando. Em tempos em que a guerra repete os mesmos erros do passado, cabe ao indivíduo aceitar esse mundo ou simplesmente dar as costas e deixá-lo para a própria sorte, pois a própria vida comum já é complexa demais para ser administrada. Ao final, só queremos um descanso digno em meio a tudo isso.

"Oh, canada" é uma visão autoral de Paul Schrader sobre o papel do homem perante uma realidade, por vezes, mais hedionda do que os próprios erros e acertos cometidos durante a vida do protagonista. 

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Cine Dica: PROGRAMAÇÃO CINEBANCÁRIOS DE 19 A 25 DE JUNHO

 ESTREIA:

LEVADOS PELAS MARÉS

China/ Drama/2024/ 111 min.

Direção:  Jia Zhangke

Sinopse: A duradoura e frágil história de amor de Qiaoqiao e Bin, ambientada na China do início dos anos 2000 até os dias atuais. Ligados um ao outro, eles aproveitaram tudo o que a cidade de Datong tinha a oferecer. Até que um dia Bin decide tentar a sorte em um lugar maior. Sem qualquer aviso, o rapaz vai embora. Depois de um tempo, Qiaoqiao parte em uma jornada para encontrá- lo. Jia Zhangke percorre todos os seus trabalhos anteriores e oferece um olhar épico sobre o destino romântico de sua eterna heroína, Qiaoqiao. Abrangendo 21 anos de um país em profunda transformação, o filme oferece uma nova perspectiva para enxergarmos a China contemporânea, bem como as experiências individuais, sob turbulentas mudanças emocionais e sociais.

Elenco: Zhao Tao, Li Zhubin, Pan Jianlin, Lan Zhou, Zhou You

EM CARTAZ:

EROS

Brasil/ Documentário/ 2024 /108 min.

Direção: Rachel Daisy Ellis

Sinopse: EROS explora as arquiteturas do amor, sexo e intimidade por meio de uma das mais infames e adoradas instituições brasileiras: o Motel. Frequentadores foram convidados a se filmar durante uma noite e compartilhar os seus vídeos para fazer parte de um filme.


PRÉDIO VAZIO

Brasil/ Terror / 2024 /80 min.

Direção: Rodrigo Aragão

Sinopse: A jovem Luna embarca junto ao namorado em uma jornada para procurar sua mãe, que desapareceu no último dia do Carnaval em Guarapari. Sua busca a leva até um antigo prédio aparentemente vazio, mas que na verdade é habitado por almas atormentadas.

Elenco: Lorena Corrêa, Caio Macedo, Gilda Nomacce, Rejane Arruda, Telma Lopes, Walter Filho e Leonardo Magalhães.


HORÁRIOS DE 19 A 25 DE JUNHO(não há sessões nas segundas-feiras):

15h: PRÉDIO VAZIO

17h: EROS

19h: LEVADOS PELAS MARÉS


Ingressos: Os ingressos podem ser adquiridos a R$ 14,00 na bilheteria do CineBancários. Idosos (as), estudantes, bancários (as), jornalistas sindicalizados (as), portadores de ID Jovem e pessoas com deficiência pagam R$ 7,00. São aceitos PIX, cartões nas bandeiras Banricompras, Visa, MasterCard e Elo. Na quinta-feira, a meia-entrada é para todos e todas. EM TODAS AS QUINTAS TEMOS A PROMOÇÃO QUE REDUZ O VALOR DO INGRESSO PARA TODOS E EM TODAS AS SESSÕES PARA R$ 7,00.

segunda-feira, 16 de junho de 2025

Cine Especial: Próximo Cine Debate - 'Energia Pura'

Sinopse: Um adolescente albino, apelidado de Pó, é sensitivo e tem um QI altíssimo. Ele se torna alvo do interesse do líder do grupo de encrenqueiros de uma escola do Texas. 

Não foi fácil para o gênero de super-heróis do cinema obter o sucesso que se tem hoje em dia. O problema principal era atrair o público em geral, sendo que até então boa parte das tentativas era somente através do velho embate entre o bem e o mal. Porém, foi a partir de "X-Men - O Filme" (2000) que o gênero atrai as massas, não por causa da ação e dos efeitos especiais, mas cujo tema principal era com relação ao preconceito de unicamente ser superdotado.

Super seres vistos pela sociedade como abominações, do qual sofriam preconceito, mas que mesmo assim lutavam pela pacificação de ambos os lados. Para a época, foi novidade para a maioria, mas antes da virada do século o cinema ensaiava uma forma para que esses super-seres fora do comum pudessem ganhar o seu merecido reconhecimento. Pode-se dizer que "Energia Pura" (1995) é uma espécie de filme à frente do seu tempo e cuja temática seria vista de forma comum dentro do gênero de super seres do cinema no decorrer do anos.

Dirigido por Victor Salva, o filme começa em uma investigação da morte de um senhor de idade em uma propriedade rural. Barnum (Lance Henriksen), o xerife local, descobre Powder (Sean Patrick Flanery) - seu verdadeiro nome é Jeremy Reed -, um adolescente que era neto do falecido e que tinha passado toda a sua vida conhecendo o mundo através dos livros, sem nunca ter deixado a fazenda da família, tudo isto por ter uma aparência estranha (é totalmente branco). Powder é levado para um orfanato, mas é hostilizado pelos outros internos em virtude do seu aspecto.

Eu me lembro desse filme ser anunciado em uma distante sessão do Cinema em Casa no SBT, mas nunca havia dado muito crédito. Posteriormente os anos foram se passando e o filme acabou sendo bastante cultuado, principalmente pelo advento do termo Bullying e onde os jovens que sofriam preconceito nas escolas se identificam com a trama. Contudo, o filme foi polêmico em sua época de estreia, já que o diretor Victor Salva foi acusado e condenado por ser um pedófilo.

Mesmo cumprindo a sua pena, o apadrinhado do diretor Francis Ford Coppola não escapou da sombra do seu passado e fazendo com que o seu filme acabasse sendo prejudicado. Com essa informação e assistindo ao longa pela primeira vez, percebo que o realizador procurou se redimir através de uma trama em que mostra o quanto a sociedade é preconceituosa com aqueles que são diferentes e dos quais não conseguem o seu lugar no mundo.  A mensagem é válida, mas ao mesmo tempo me parece que o cineasta buscou nos dizer através do seu filme que não passava de uma vítima do preconceito, o que me parece um tanto forçado para dizer o mínimo.

Polêmicas à parte, o filme ganha contornos positivos graças atuação de um grande elenco, em especial ao jovem ator Sean Patrick Flanery, que soube criar para o seu Powder uma figura enigmática, aparentemente frágil, mas possuindo um poder incomum para os demais que o viam. Se a temática pode soar familiar é porque atualmente estamos mais do que acostumados com esse tipo de longa, mas para a época, onde havia poucos títulos do gênero a serem destacados, o filme pode ser considerado até mesmo um pouco à frente do seu tempo, principalmente com os desdobramentos que culminam em um final até então inesperado. Vale destacar as atuações de veteranos como Mary Steenburgen, Jeff Goldblum e Lance Henriksen, sendo que esse último interpreta um xerife com um drama familiar que o faz se aproximar do protagonista mesmo de forma reticente.

"Energia Pura" é um filme que tinha o ingrediente de sucesso que viria a ser usado posteriormente dentro do gênero de super-heróis do cinema, mas que ninguém havia percebido na época.

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