NOTA: O curta será debatido no próximo Cine Debate dia 09/02/21. Para participar basta entrar em contato com Maria Emília Bottini clicando aqui.
Sinopse: Sofrendo com a ausência do filho, uma mãe volta a ver sentido na vida quando um dos bolinhos que preparou ganha vida.
Quando se analisa os filmes da Pixar cada vez mais se percebe que eles são feitos para o público adulto. Se por um lado o visual dos seus filmes é fofo com relação aos seus personagens cativantes, do outro, se percebe que há uma carga madura em que é explorado diversas questões sobre cruzada da vida. "Bao" (2018) é um curta metragem surpreendente, sobre a relação de uma dona de casa com o seu bolinho que cria vida, mas a peça central se encontra mais embaixo do que se imagina.
Com um visual que presta uma homenagem e respeito a cultura japonesa, o filme presta todo um cuidado para que os seus personagens aparentam serem fofos aos nosso olhos, mas cujo os seus sentimentos é muito próximo da realidade dos seres humanos do lado de cá da tela. A relação de amor e alto proteção da mãe com o seu bolinho seria uma espécie de metáfora da passagem da vida inocente de uma criança para uma vida adulta, mas tendo que enfrentar o negacionismo da mãe que não aceita tais mudanças. Com situações que transitam para o humor e momentos até mesmo mais sérios, o ato final se torna um dos mais corajosos do estúdio e nos pegando desprevenidos.
Resumidamente, é um curta sobre a realidade crua e difícil sobre o fato dos pais terem que deixar os seus filhos livres para seguirem o seu próprio caminho, mas não conseguindo esconder a dor com relação a isso. Psicologicamente falando, o filme consegue passar muito bem isso em uma trama que transita entre o sonho e a realidade e onde ambos se cruzam em um momento criativo para os nossos olhos. "Bao" é e sempre será um curta gostoso e reflexivo para ser visto analisado ao longo dos anos.
Onde Assistir: Disney+