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Sócio e divulgador do Clube de Cinema de Porto Alegre, frequentador dos cursos do Cine Um (tendo já mais de 100 certificados) e ministrante do curso Christopher Nolan - A Representação da Realidade. Já fui colaborador de sites como A Hora do Cinema, Cinema Sem Frescura, Cinema e Movimento, Cinesofia e Teoria Geek. Sou uma pessoa fanática pelo cinema, HQ, Livros, música clássica, contemporânea, mas acima de tudo pela 7ª arte. Me acompanhem no meu: Twitter: @cinemaanosluz Facebook: Marcelo Castro Moraes ou me escrevam para marcelojs1@outlook.com ou beniciodeltoroster@gmail.com

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sexta-feira, 12 de abril de 2013

Cine Dica: Em Cartaz: OS CROODS



Sinopse: Família pré-histórica precisa achar um novo lar quando sua caverna é destruída. Liderados por Grug (Nicolas Cage), só não imaginavam que sair das cavernas ia render a maior aventura de suas vidas.

Embora nunca tenha criado um filme que tivesse tamanha criatividade como a sua rival Pixar, a Dreamworks sempre criou animações que divertissem a família na medida certa, mesmo apresentando por vezes tramas que já nos da uma idéia do esperar no final. No caso de Os Croods, a trama da família pré-histórica que tenta sobreviver às mudanças da terra, oscila entre o previsível, para alguns momentos de pura criatividade inesperada. O inicio já começa de forma criativa e divertida, mostrando o dia a dia dessa família e do porque o pai Grug (Nicolas Cage) ser tão protetor em demasia em proteger o seu sangue, principalmente da filha rebelde (Ema Stone), que já não agüenta mais viver aquela vida de se esconder na caverna.
Essa tirada já é bem manjada: pai que nunca sabe quando deixar livre o seu rebento, algo muito bem visto no já clássico Procurando Nemo. Aqui, antes mesmo de acontecer, já sabemos que um imprevisto vai fazer com que aconteça uma cadeia de eventos, para então fazer com que o chefe dessa família comece a pensar diferente sobre a vida que leva. Isso não demora muito, pois após a apresentação dos personagens, conhecemos Guy (Ryan Reynold), um rapaz com a cabeça a frente desse período pré-histórico, que além (claro) de fazer parzinho com a filha de Grug, será ele que os levará a um novo mundo cheio de aventuras e que fará com que eles sobrevivam às mudanças da terra.
A partir desse momento, o filme nos brinda com um mundo selvagem cheio de riquezas e detalhes, onde o 3D somente aumenta ainda mais essa grandiosidade cheia de cores e que não deve nada ao universo de Avatar. É claro que em meio a isso, haverá situações em que a família terá que enfrentar, mas que ao mesmo tempo fará com que eles mesmos se descubram: Grug, logicamente é o que mais se vê afetado, pois acreditava que o “novo” sempre era perigoso, quando na verdade sempre criava em volta dele e de sua família, uma prisão psicológica que nunca o fazia seguir em frente.
Os momentos finais do ato final são dignos de nota, pois representa tanto o fato da Dreamworks em querer ousar mais, como também ficar preso a velhas formulas. Quando a gente acha que o filme está terminando (com um final inesperado e que com certeza marcaria uma geração inteira de crianças), eis que surgem idéias (literalmente) velhas, para fazer com que as pessoas de todas as idades saiam das salas satisfeitas e sem trauma. Das duas uma: ou eles queriam criar uma verdadeira pegadinha para quem estava assistindo, ou em ultima hora, algum executivo do estúdio se intrometeu e impediu para que isso acontecesse e ao mesmo tempo pudesse dar uma chance para a criação de uma futura nova franquia.
Difícil ambição e criatividade andarem bem de mãos dadas, mas também nada é impossível no universo da animação de Hollywood.

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