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Sapucaia do Sul/Porto Alegre, RS, Brazil
Sócio e divulgador do Clube de Cinema de Porto Alegre, frequentador dos cursos do Cine Um (tendo já mais de 100 certificados) e ministrante do curso Christopher Nolan - A Representação da Realidade. Já fui colaborador de sites como A Hora do Cinema, Cinema Sem Frescura, Cinema e Movimento, Cinesofia e Teoria Geek. Sou uma pessoa fanática pelo cinema, HQ, Livros, música clássica, contemporânea, mas acima de tudo pela 7ª arte. Me acompanhem no meu: Twitter: @cinemaanosluz Facebook: Marcelo Castro Moraes ou me escrevam para marcelojs1@outlook.com ou beniciodeltoroster@gmail.com

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terça-feira, 25 de outubro de 2022

Cine Dica: PROGRAMAÇÃO CINEMATECA CAPITÓLIO 25 a 29 de outubro de 2022

SESSÃO ESPECIAL DE OS MUCKER

27 de outubro é o Dia Mundial do Patrimônio Audiovisual! A Cinemateca Capitólio celebra a data com uma sessão gratuita, às 19h, de Os Mucker, marco do cinema brasileiro realizado no Rio Grande do Sul por Wolf Gauer e Jorge Bodanzky, em 1978. Entrada franca.

A sessão celebra o legado da grande atriz Marlise Saueressig, protagonista de Os Mucker ao interpretar a personagem Jacobina Mentz. Pelo trabalho no filme, a atriz gaúcha ganhou o Kikito no Festival de Gramado de 1979.


Mais informações: http://www.capitolio.org.br/eventos/5527/dia-da-preservacao-audiovisual-os-mucker/


HORROR IUGOSLAVO NO PROJETO RAROS

Na sexta-feira, 28 de outubro, às 19h30, a Cinemateca Capitólio apresenta uma edição do Projeto Raros para aquecer o Dia das Bruxas com o cultuado Leptirica (1973, 63 minutos), de Dorde Kadijević considerado o primeiro filme de horror realizado na Iugoslávia. A sessão será apresentada pelo crítico e pesquisador Cristian Verardi. Antes do longa-metragem, será exibido um curta surpresa de uma grande diretora da história do cinema! Entrada franca.


Mais informações: http://www.capitolio.org.br/eventos/5529/projeto-raros-leptirica/


EXIBIÇÃO DE ZIGGY STARDUST AND THE SPIDERS FROM MARS

Neste sábado, 29 de outubro, às 20h, a Cinemateca Capitólio apresenta uma sessão especial do lendário documentário Ziggy Stardust & The Spiders from Mars, de D. A. Pennebaker, que registra um dos concertos mais importantes da carreira de David Bowie. Antes do filme, será exibido O Eclipse do Sol com a Lua, de Georges Méliès. O valor do ingresso é R$ 10,00.

Um lote de ingressos (80) será vendido a partir desta quinta-feira, 27 de outubro, nos horários de abertura da bilheteria da Cinemateca Capitólio (15h, 17h30, 19h).


Mais informações: http://www.capitolio.org.br/eventos/5519/ziggy-stardust-and-the-spiders-from-mars/


GRADE DE HORÁRIOS

25 de outubro a 2 de novembro de 2022


25 de outubro (terça-feira)

15h – As Patricinhas de Beverly Hills

17h30 – Mudança

19h – Nanook do Norte + debate


26 de outubro (quarta-feira)

15h – Procura-se Susan Desesperadamente

17h30 – Mudança

19h – Furyo: Em Nome da Honra


27 de outubro (quinta-feira)

15h – Mudança

17h – Tempestade de Gelo

19h – Dia da Preservação Audiovisual: Os Mucker


28 de outubro (sexta-feira)

15h –  Mudança

17h – Furyo: Em Nome da Honra

19h30 – Projeto Raros: Leptirica


29 de outubro (sábado)

15h – Mudança

17h – A Dama na Água + debate

20h – O Eclipse do Sol com a Lua + Ziggy Stardust and the Spiders from Mars


30 de outubro (domingo)

NÃO HÁ SESSÃO


1 de novembro (terça-feira)

15h – Fome de Viver

17h – Twin Peaks: Os Últimos Dias de Laura Palmer

19h30 – Esquadrão 51 contra os Discos Voadores

22h – Especial Dia das Bruxas: Zumbi, a Legião dos Mortos + Sangue de Pantera


2 de novembro (quarta-feira)

15h – Labirinto - A Magia do Tempo 

17h – As Patricinhas de Beverly Hills

19h – Velvet Goldmine

segunda-feira, 24 de outubro de 2022

Cine Especial: Clube de Cinema de Porto Alegre - 'Mulheres'

 Nota: Filme exibido para os associados no último Domingo (23/10/2022).

Sinopse: Três ex-colegas de classe, agora na casa dos trinta, que se encontram em uma reunião escolar. Depois de uma noitada de bebedeira, elas tomam a decisão repentina de fugir de suas famílias e responsabilidades. 

É sempre interessante quando conhecemos um cinema quase desconhecido vindo de outros países, pois na maioria dos casos somos sempre mal acostumados com o cinema norte americano e fazendo a gente não aproveitar um novo cenário. Pouco conhecido para o olhar do cinéfilo, o cinema Norueguês talvez não seja muito diferente de um cinema mais autoral sueco do qual nós testemunhamos nas mãos de Ingmar Bergman, ou do que viria a se tornar o movimento Dogma 95. Assistindo "Mulheres" (1975) é um filme que você se encanta não somente pelas personagens, como também do modo em que foi filmado e despertando em nós o desejo de conhecermos mais a fundo aquele universo cinematográfico quase desconhecido.

Esse é o segundo longa-metragem de Anja Breien e surgiu como resposta a “Maridos” de John Cassavetes, que conta a história de três ex-colegas de classe, agora na casa dos trinta, que se encontram em uma reunião escolar. Depois de uma noitada de bebedeira, elas tomam a decisão repentina de fugir de suas famílias e responsabilidades. Vagando por Oslo, elas discutem sexo, feminilidade e responsabilidades familiares.

Segundo o crítico Peter Cowie ele descreveu Breien como uma pioneira do Dogma 95, 20 anos à frente do movimento de von Trier e Vinterberg, o que corresponde com o meu pensamento no início deste texto. Na abertura, por exemplo, vemos diversas mulheres se reunindo em uma mesa para comemorar a sua reunião após vários anos não terem se visto. Repare que a câmera segue um movimento continuo, como se fosse quase um documentário, pois uma vez que é apresentado as personagens vemos também retratos das próprias atrizes quando ainda eram meninas. Essa improvisação inicial me lembrou rapidamente do filme "Festa em Família" (1998) de Thomas Vinterberg e fazendo me preparar por alguma situação imprevisível que poderia acontecer.

Após esse prólogo, três personagens decidem não retornar as suas rotinas e decidem passar um dia juntas e desfrutarem um pouco da vida. É nesta mudança de curso que as três praticam que o filme nos conquista como um todo, principalmente pelo fato da câmera da diretora se tornar uma representação do nosso olhar, como estivéssemos acompanhando o trio central neste dia em que elas tomam novos rumos juntas e fazendo a gente se perguntar o que virá logo em seguida. Reparem, por exemplo, nas cenas em que elas começam a parar determinadas pessoas nas ruas, provocando em nós uma sensação de que tudo aquilo é bem espontâneo e fazendo a gente crer que aqueles cidadãos não faziam ideia do que estava acontecendo.

Durante a jornada, logicamente, elas começam a questionar as suas vidas, seja pelo fato delas estarem envolvidas ou não com os seus respectivos maridos, ou pelo fato se vale mesmo a pena seguirem a vida rotineira de casada e viver somente dentro de casa e cuidando dos seus filhos. É a metade da década de setenta, onde o feminismo está mais do que aflorado dentro da sociedade e o filme se encarrega de sintetizar o calor desse momento de questionamento a todo momento. Curiosamente, esse movimento dá de encontro com uma ala mais conservadora da própria Noruega e a Anja Breien consegue nos passar isso em momentos em que as três protagonistas ficam frente a frente com os "tais bons costumes" daquele país e que não aceitam determinadas mudanças na curva.

Na reta final, ficamos apreensivos quando as discussões começam aflorar mais seguidamente, pois desejamos que elas não se separem e que sigam com esse dia, mesmo que para algumas isso possa custar caro. Neste último caso, por exemplo, uma delas perde o emprego por ter faltado no dia, revelando não somente o cenário trabalhista da mulher naqueles tempos, como também preconceitos que ainda hoje nós enfrentamos. Tudo isso moldado em um filme que nos faz refletir o quanto é bom saímos da rotina, revisitar velhos amigos(a) e questionar sobre os rumos que tomaram e quais deveriam a ser seguidos dali em diante.

"Mulheres" é um filme que nos conquista ao não nos apresentar algo convencional, mas sim algo que nos faz pensar sobre o papel da mulher dentro da sociedade de ontem e hoje e de como é bom saímos do sistema rotineiro e abraçarmos de vez em quando o mundo real que quase sempre ignoramos. 

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sexta-feira, 21 de outubro de 2022

Cine Especial: Clube de Cinema de Porto Alegre - 'Ennio, O Maestro'

Sinopse: O cineasta Giuseppe Tornatore presta homenagem a Ennio Morricone e relembra a vida e a obra do lendário compositor italiano: desde a sua estreia com Sergio Leone até o filme "Os Oito Odiados", que conquistou o Oscar de melhor trilha sonora. 

Certa vez eu estava assistindo ao documentário sobre como foi complexa as filmagens de "Tubarão" (1975) de Steven Spielberg. Em certo ponto o diretor diz que metade do sucesso da obra se deve a sua trilha sonora e da qual foi criada pelo compositor John Williams. No filme, o artista faz com que a trilha se torne um elemento crucial, já que toda vez que a fera se aproximava a trilha dispara e servindo de alerta para quem assistia.

A música existe dentro da história do cinema desde quando essa arte foi criada, onde os pianistas tocavam os seus pianos atrás da tela enquanto o público assistia a história. Com o passar do tempo as trilhas sonoras começaram a serem criadas especialmente para serem inseridas no filme, mas para isso precisaria de compositores que soubessem captar a essência de cada cena e para sim criar uma música que se casasse com ela. Ennio Morricone, talvez, tenha sido o melhor a captar essa tarefa, ao criar melodias fantásticas e que faziam com que cada cena se sobressaísse muito além do que os cineastas haviam criado para as suas obras.

Em “Ennio, o Maestro” (2022) dirigido por Giuseppe Tornatore, do maravilhoso "Cinema Paradiso" (1988) é sobre o lendário compositor Ennio Morricone. Indicado inúmeras vezes ao Oscar e autor de mais de 500 faixas de música, a obra segue a carreira do compositor com entrevistas e depoimentos de artistas e diretores como Quentin Tarantino, Quincy Jones, Bruce Springsteen, John Williams, Clint Eastwood, Hans Zimmer e outros. O longa também traz outros fatos não revelados sobre o compositor, como seu amor por xadrez, que pode ter ajudado em suas composições, seu pensamento e motivos por trás de cada faixa.

Tornatore abre o documentário com diversos depoimentos curtos com realizadores que trabalharam com o compositor ou com aqueles que simplesmente buscavam na figura do artista uma forma de inspiração. Começando a vida como trompetista, Morricone foi logo chamado para trabalhar na tv italiana, onde fazia diversas trilhas sonoras e já despertando atenção dos cineastas da época. Não demorou muito para que ele fosse chamado por um velho conhecido de tempos de escola, mais precisamente por Sergio Leone.

Spaghetti western dos anos 60 foi um subgênero que revitalizou o faroeste em uma época que estava enfraquecido nos EUA e coube aos jovens diretores italianos em mudar esse quadro. Quando Leone chamou Morricone para criar a trilha de "Por Um Punhado de Dólares" (1964) mal imaginava o quanto ele ajudaria dentro do gênero, ao criar trilhas que se misturavam com os efeitos sonoros, fazendo delas melodias que se sincronizavam com os duelos e criando assim temas para os seus respectivos protagonistas. Só mesmo Morricone para criar um tema para o personagem de Clint Eastwood, do qual entrou para a história do cinema e avançaria para outras casas através de "Por Uns Dólares a Mais" (1965) e "Três Homens e um Conflito" (1966).

Embora seja uma passagem curta, o documentário não esconde a expressão de emoção de Morricone com relação a sua maior obra prima que foi a trilha para "Era Uma Vez no Oeste" (1968), filme que fala sobre a morte e um novo começo para oeste americano. Curiosamente, o compositor trabalhou com cineastas autorais como Pier Paolo Pasolini ou Federico Fellini que poderiam contrariar algumas passagens de suas trilhas, pois estamos falando de realizadores que ajudaram a mudar a cara do cinema italiano. Porém, uma vez que escutavam as suas melodias e sendo incorporadas nas cenas, não tinha como eles não serem convencidos pela autoria do gênio e que faziam com que os seus filmes ganhassem um novo significado.

Outro ponto significativo do documentário é mostrar o lado mais humano do realizador, do qual o mesmo gostava de jogar xadrez com os seus colegas de profissão, assim como também ao lado dos cineastas enquanto ele pensava na melhor maneira de construir as suas melodias. Vale destacar que por detrás de todas as suas obras sempre havia uma avaliação através de sua esposa Maria Travia, da qual a mesma esteve com ele em praticamente em todos seus trabalhos e que com certeza o seu amor lhe dava um grande fortalecimento. Essa força, aliás, nunca se esgotou durante a sua vida, nem mesmo quando ele pensava que achava que estava chegando perto de sua aposentadoria.

Quando parecia que o compositor iria parar de trabalhar eis que inúmeros diretores sempre o chamavam para voltar a trabalhar. Sergio Leone, por exemplo, chamou Morricone para compor a trilha da qual seria pertencente ao seu último filme, "Era Uma Vez na América" (1984). Leone estava tão encantando pela trilha sonora de Morricone que fazia questão com a mesma fosse tocada durante as gravações do projeto. Portanto, ao vermos o Robert De Niro entrar em cena enquanto a música é tocada ao vivo constatamos que o mesmo está se emocionando realmente e fazendo com que a sua atuação se eleve ainda mais do que se poderia imaginar.

É claro que Giuseppe Tornatore não poderia deixar de sitar no seu documentário a sua maior obra prima que foi "Cinema Paradiso" e do qual Morricone esteve envolvido. Com um filme que sintetiza o temor sobre o fim do cinema que já existia naqueles tempos, o realizador criou uma das cenas finais mais impactantes dos anos 80, mas qual se torna ainda mais poderosa graças a trilha de Morrione e fazendo da sequência, não uma carta de despedida, mas sim de puro amor ao cinema. Com toda essa proeza é de se pensar que o realizador viria a ganhar inúmeras indicações ao Oscar e vencer, mas a realidade foi outra.

Indicado pela academia pelos seus trabalhos em "Cinzas no Paraíso" (1978), "A Missão" (1986), "Os Intocáveis" (1987) e Malena (2000) o realizador não ganharia a cobiçada estatueta por nenhum desses trabalhos e fazendo disso uma das maiores injustiças da história. Morricone somente viria a ganhar um prêmio honorário pela carreira em 2006, sendo uma espécie de pedidos de desculpas atrasada, porém, merecida. Porém, e isso graças ao Quentin Tarantino, o compositor veio a finalmente ganhar um prêmio pelo seu trabalho em "Os Oito Odiados" (2015).

Ennio Morricone viria a morrer em 6 de julho de 2020, deixando um trabalho irretocável para a posteridade e da qual muitos compositores até hoje buscam inspiração através dele. Sendo reconhecido por diversas gerações, o compositor faz parte da nossa cultura, onde nascemos já ouvindo as suas músicas, mesmo quando não sabemos de qual filme a mesma pertencia.

Enfim, a música que representa o cinema tem nome e ela se chama Ennio Morricone. 


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quinta-feira, 20 de outubro de 2022

Cine Dicas: Estreias do Final de Semana (20/10/2022)

 Adão Negro

Sinopse: Dotado dos poderes onipotentes dos deuses, Teth Adam está preso por 5.000 anos, passando de homem, mito, lenda: Adão Negro. Agora livre, um vingativo Adão Negro exerce seu senso único de justiça, nascido da raiva, mais uma vez. 



Outras Estreias: 

Rir Para Não Chorar

Sinopse: Flavio (Rafael Cortez) era um comediante de sucesso, até que sua mãe descobre um câncer e ele entra em crise. Durante esse difícil período, Flavio percebe o quanto é apegado emocionalmente à matriarca.


Piggy

Sinopse: Sara (Laura Galán) é uma adolescente que sofre bullying na escola por ser considerada acima de seu peso. Tentando escapar de suas perseguidoras, em um dia de sol escaldante ela se esconde no açougueiro dos seus pais e acaba sendo testemunha do sequestro de uma das meninas.


Purgatório

Sinopse: As Revelações Secretas do Padre Pio e Fulla Horak .Desde o início dos tempos, as pessoas se perguntam o que as espera após a morte. Embora ninguém tenha conseguido desvendar este mistério, muitas pessoas, ao longo dos tempos, puderam ver além– como Fulla Horak, Santa Faustina Kowalska ou São Padre Pio. 


O Menino Mais Solitário do Mundo

Sinopse: Após a morte repentina de sua mãe, Oliver (Max Harwood), um adolescente protegido e solitário, precisa fazer novos amigos. No entanto, ele acaba decidindo literalmente desenterrar pessoas para ter companhia.


A Escola do Bem e do Mal

Sinopse: Sophie (Sophia Anne Caruso) e Agatha (Sofia Wylie) são duas melhores amigas que cresceram juntas. Certa noite, elas são levadas para a Escola do Bem e do Mal, onde todos os contos de fada tiveram início e adolescentes são treinados para se tornarem heróis ou vilões.


O Desconhecido

Sinopse:Henry Teague (Sean Harris), um homem desgastado por uma vida inteira de trabalho físico e crime, se torna grande amigo de Mark (Joel Edgerton), realizando seu sonho de ter uma amizade verdadeira.


Rir Para Não Chorar

Sinopse: Flavio (Rafael Cortez) era um comediante de sucesso, até que sua mãe descobre um câncer e ele entra em crise. Durante esse difícil período, Flavio percebe o quanto é apegado emocionalmente à matriarca.

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Cine Dica: PROGRAMAÇÃO DE 20 A 26 DE OUTUBRO DE 2022 na Cinemateca Paulo Amorim

 SEGUNDAS-FEIRAS NÃO HÁ SESSÕES

O Perdão


SALA 1 / PAULO AMORIM


14h30 – HOMENS À BEIRA DE UM ATAQUE DE NERVOS

(Hommes au bord de la crise de nerfs - Bélgica/França, 2022, 100min). Direção de Audrey Dana, com Thierry Lhermitte, Laurent Stocker, Marina Hands, François-Xavier Demaison, Ramzy Bedia. Synapse Filmes, 14 anos. Comédia dramática.

Sinopse: Um grupo de homens, entre 17 e 70 anos, se encontra em uma pequena estação de trem, no meio da natureza. Eles não têm nada em comum, exceto o fato de estarem muito estressados. Todos aceitaram participar de um treinamento, liderado pelo coach Ômega, para tratar de suas crises pessoais - mas nada é muito fácil neste novo cotidiano. A diretora Audrey Dana também assina "Se Eu Fosse um Homem”, da Netflix.


16h30 – MARTE UM Assista o trailer aqui.

(Brasil, 2021, 115min). Direção de Gabriel Martins, com Cícero Lucas, Carlos Francisco, Camilla Damião. Embaúba Filmes, 16 anos. Drama.

Sinopse: Os Martins, uma família negra de classe média baixa, vivem na periferia de uma grande cidade brasileira – e, apesar da situação do país, tentam equilibrar suas expectativas e dificuldades. A mãe, Tércia, acha que está amaldiçoada depois de levar um susto, enquanto a filha mais velha planeja ir morar com a namorada. O pai, Wellington, que trabalha como porteiro, sonha com o dia em que o filho mais novo será um jogador de futebol, mas Deivinho sonha mesmo em viajar para Marte. O filme foi um dos destaques do Festival de Gramado 2022, com o prêmio especial do júri e os Kikitos de melhor roteiro e júri popular.


18h45 – O PERDÃO Assista o trailer aqui.

(Ghasideyeh gave sefid - Irã/França, 2021, 105min) Direção de Maryam Moghadam e Behtash Sanaeeha, com Maryam Moghadam, Alireza Sani Far, Pouria Rahimi Sam. Imovision, 14 anos. Drama.

Sinopse: Um ano depois da morte do marido, Mina descobre que ele era inocente do crime pelo qual foi acusado. Disposta a conseguir justiça e limpar o nome da família, ela inicia uma batalha árdua contra as autoridades. Além disso, enfrenta as dificuldades impostas ao sexo feminino em um país como o Irã, que não permite autonomia à mulher – mesmo que ela seja viúva. O filme, selecionado para o Festival de Cannes, foi construído a partir de entrevistas com dezenas de pessoas que passaram por situações semelhantes.


SALA 2 / EDUARDO HIRTZ


14h15 – ENNIO, O MAESTRO Assista o trailer aqui.

(Ennio, Il Maestro - Itália, 2021, 150min). Documentário de Giuseppe Tornatore. Bonfilm, 14 anos.

Sinopse: O filme destaca a carreira do lendário compositor Ennio Morricone (1928 - 2020), duas vezes vencedor do Oscar e autor de mais de 500 trilhas sonoras, muitas delas clássicos internacionais. Entre curiosidades sobre sua vida em família e o trabalho como compositor, há depoimentos de artistas e diretores como Quentin Tarantino, Quincy Jones, Bruce Springsteen, John Williams e Clint Eastwood.


17h – O LIVRO DOS PRAZERES Assista o trailer aqui.

(Brasil, 2019, 105min). Direção de Marcela Lordy, com Simone Spoladore e Javier Drolas. Vitrine Filmes, 16 anos. Drama.

Sinopse: Professora do ensino fundamental, melancólica e reservada, Lóri vive só. Num acaso, ela conhece Ulisses, um reconhecido professor de filosofia, argentino egocêntrico e provocador, mas que ainda não entendeu nada sobre as mulheres. É com ele que Lóri aprende a amar enfrentando sua própria solidão. O filme é baseado no romance “Uma Aprendizagem ou O Livro dos Prazeres”, de Clarice Lispector.


19h – SOCIEDADE DO MEDO Assista o trailer aqui.

(Brasil, 2021, 75min). Documentário de Adriana L. Dutra, com depoimentos de David Carrol, Francis Wolff, padre Júlio Lancellotti e Ailton Krenak. Forte Filmes, 14 anos.

Sinopse: O filme propõe uma reflexão sobre a forma como o medo domina a humanidade e o sistema se aproveita deste sentimento para manipular as pessoas, explorando as manifestações de cada ambiente e/ou comunidade para atingir seu objetivo. O longa encerra a trilogia da diretora sobre temas contemporâneos, que inclui “Fumando Espero” (2009) e “Quanto Tempo o Tempo Tem!” (2016).


*Não haverá sessão no dia 25, terça.*


PROGRAMAÇÃO PARA OS DIAS 20 E 25 DE OUTUBRO DE 2022


SALA 3 / NORBERTO LUBISCO


SESSÕES ESPECIAIS DA SEMANA

ENTRADA FRANCA


DIA 20, QUINTA

19h30 – VIDA MAIS LEVE

(Brasil, 2022, 60min). Documentário de Felipe Goettems. Distribuição independente. Livre.

Sinopse: A partir da experiência do próprio diretor, que viveu um episódio de burnout e teve que mudar drasticamente de vida, o filme procura explicar o que é a ansiedade, como se manifesta e como lidar com esta sensação.


*Sessão com participação do diretor.*


DIA 25, TERÇA

19h30 – SESSÃO ESCOLA DE CINÉFILOS

Exibição do documentário “Histórias que Nosso Cinema (não) Contava” (2017), de Fernanda Pessoa.


PREÇOS DOS INGRESSOS:

TERÇAS, QUARTAS e QUINTAS-FEIRAS: R$ 12,00 (R$ 6,00 – ESTUDANTES E MAIORES DE 60 ANOS). SEXTAS, SÁBADOS, DOMINGOS, FERIADOS: R$ 14,00 (R$ 7,00 - ESTUDANTES E MAIORES DE 60 ANOS).

CLIENTES DO BANRISUL: 50% DE DESCONTO EM TODAS AS SESSÕES. 

Professores têm direito a meia-entrada mediante apresentação de identificação profissional.

Estudantes devem apresentar carteira de identidade estudantil. Outros casos: conforme Lei Federal nº 12.933/2013. Brigadianos e Policiais Civis Estaduais tem direito a entrada franca mediante apresentação de carteirinha de identificação profissional.

*Quantidades estão limitadas à disponibilidade de vagas na sala.

A meia-entrada não é válida em festivais, mostras e projetos que tenham ingresso promocional. Os descontos não são cumulativos. Tenha vantagens nos preços dos ingressos ao se tornar sócio da Cinemateca Paulo Amorim. Entre em contato por este e-mail ou pelos telefones: (51) 3136-5233, (51) 3226-5787.


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Cine Dica: PROGRAMAÇÃO CINEMATECA CAPITÓLIO 21 a 26 de outubro de 2022

 DAVID BOWIE EM EXIBIÇÃO

A partir de sexta-feira, 21 de outubro, a Cinemateca Capitólio apresenta a mostra Danças Mágicas com David Bowie, produzida em parceria com o pesquisador Giordano Gio. O valor do ingresso é R$ 10,00.

A sessão de abertura apresenta na sexta, às 19h15, Twin Peaks – Os Últimos Dias de Laura Palmer, de David Lynch. Um lote de 80 ingressos será vendido a partir desta quarta-feira, 19/10, nos horários de abertura da bilheteria (14h45; 16h45; 18h45) da Cinemateca Capitólio.


Mais informações: http://www.capitolio.org.br/novidades/5525/as-dancas-magicas-com-david-bowie/


SESSÃO ESPECIAL DE NANOOK DO NORTE

Na terça-feira, 25 de outubro, às 19h, a Cinemateca Capitólio apresenta uma sessão especial para celebrar o centenário de Nanook do Norte, marco cinematográfico realizado por Robert Flaherty em 1922. A sessão será comentada pela professora e pesquisadora Maria Henriqueta Creidy Satt. Entrada franca.


Mais informações: http://www.capitolio.org.br/eventos/5515/nanook-do-norte-debate/


MUDANÇA EM CARTAZ

Mudança, o mais novo filme de Fabiano de Souza, volta à tela da Cinemateca Capitólio a partir do dia 21 de outubro. O valor do ingresso é R$ 16,00.


Mais informações: http://www.capitolio.org.br/eventos/5436/mudanca/


GRADE DE HORÁRIOS

21 a 26 de outubro de 2022


21 de outubro (sexta-feira)

15h – Tempestade de Gelo

17h30 – Mudança

19h15 – Invocation of My Demon Brother + Twin Peaks: Os Últimos Dias de Laura Palmer


22 de outubro (sábado)

15h – Procura-se Susan Desesperadamente  

17h – Fome de Viver

19h - Mudança + debate


23 de outubro (domingo)

15h – Pessoas-Pássaro

17h30 – Mudança

19h – O Homem que Caiu na Terra


25 de outubro (terça-feira)

17h – As Patricinhas de Beverly Hills

17h30 – Mudança

19h – Nanook do Norte + debate


26 de outubro (quarta-feira)

15h - Labirinto

17h30 – Mudança

19h – Furyo: Em Nome da Honra

quarta-feira, 19 de outubro de 2022

Cine Dica: Em Cartaz - 'Super Quem?'

Sinopse: Cedric é um ator que, após anos tendo sua carreira vista como chacota, encontra uma oportunidade que promete mudar sua vida: dar vida ao personagem super-herói Badman! Nome familiar, não? 

O gênero de super-heróis de HQ para o cinema atingiu ao seu ponto perigoso, onde os estúdios Marvel/Disney e DC/Warner optam em fazer grandes franquias com esses personagens, mas sem se preocupar muito com a falta de criatividade. Não que os filmes e séries estejam ruins, mas já se sente que o poço anda secando e cabe alguém renovar o gênero. Enquanto o salvador não chega para esse tal feito aparece então filmes como o francês "Super Quem?" (2022) que satiriza o gênero do qual se encontra na situação que é preciso rir para não chorar.

Dirigido por Philippe Lacheau, o filme conta a história do ator (Philippe Lacheau), que tem o azar quando a questão é trabalho. E quando, por obra do destino, consegue o protagonismo em um filme de super-herói chamado BadMan, ele sofre um acidente e começa a viver como se fosse o personagem da história. Imerso em alucinações de sua nova vida, ele e seus amigos se veem no meio de uma grande confusão com bandidos reais e um caso para solucionar.

É engraçado que a comédia de antigamente se encontra meio que morta em meio ao cenário atual dominado por superproduções com os seus heróis uniformizados. Curiosamente, na própria Marvel se usa uma fórmula que, mesmo nos seus altos e baixos, dá certo que é introduzir humor em meio ação e efeitos visuais vertiginosos. Já a comédia escrachada, ou politicamente incorreta, se encontra em frangalhos, já que fica cada vez mais difícil fazer humor sem ofender alguém e fazendo com que todos tenham uma crise de identidade. É mais ou menos isso em que se encontra o protagonista dessa trama, já que ele não sabe quem é, ao ponto que ao achar que é um super herói isso o torna uma verdadeira piada ambulante em cena diga-se de passagem.

O filme é uma sátira onde brinca com o gênero a todo o momento, com o direito de o roteiro fazer graça com as cenas de luta, assim como as posições de super-heróis que hoje estão cada vez mais se tornando uma verdadeira piada dentro dos filmes oficiais. O filme nos faz rir das situações absurdas, desde o protagonista ir atrás de uma fantasia do qual ele acredita, como também os personagens coadjuvantes que são afetados pelas suas ações imprevisíveis. Mas é claro que o filme pertence a Philippe Lacheau.

Diretor, roteirista e ator, Philippe Lacheau vem se tornando o queridinho da França na questão de filmes autorais em que a comédia é a sua arte, mesmo quando a mesma soe forçada em algumas vezes. Aqui a sátira pesa, mas de forma proposital, já que a figura do herói atual do cinema está cada vez mais se tornando uma peça, porém, fundamental para o mercado vender e ganhar dinheiro, seja através dos ingressos do cinema ou das bugigangas baseadas no produto. Ao final, concluímos que o realizador acertou em cheio ao nos revelar que esse gênero corre sério risco de se esgotar nos próximos anos, ou até meses diga-se de passagem.

"Super Quem?" é uma sátira do seu começo ao fim do universo dos super heróis do cinema, pois o próprio gênero já se encontra em estágio de fórmula exaustivamente repetida. 


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