Sinopse: Traído e exilado de seu reino, o leãozinho Simba precisa descobrir como crescer e retomar seu destino como herdeiro real nas planícies da savana africana.
Tá certo que alguns anos antes a Disney já havia readaptado os seus clássicos em uma nova roupagem, como no caso, por exemplo, de "101 Dálmatas" (1996). Porém, foi a partir de "Alice no País das Maravilhas" (2010) que a ideia começou a ficar mais atraente e culminando em sucessos como "Malévola" (2014) e "Mogli: O Menino Lobo" (2016). Após outras readaptações de sucesso, finalmente chegamos ao novo "O Rei Leão", filme que não supera a obra prima de 1994, mas também não significa que isso a torne dispensável.
Dirigido por Jon Favreau, do filme "Homem de Ferro" (2008), o filme reconta a saga do pequeno Simba, do qual um dia irá suceder o seu pai Mufasa no posto como rei. Porém, o leão Scar, irmão de Mufasa, arma um golpe que faz o reino cair em desgraça. Cabe Simba saber quem ele é e abraçar o seu destino como verdadeiro rei.
Sabendo do vespeiro que estavam se metendo, tanto o diretor Jon Favreau, como os demais realizadores, opinaram em não mudar a forma da roda, mas sim prestar uma homenagem a ela. Com isso, o filme é basicamente um replay do grande clássico do estúdio, mas moldado com as últimas tecnologias de ponta e tornando tudo mais realístico e verossímil. Vale destacar que é um erro dizer que seja uma versão live action, já que não há atores ou animais realmente vivos em cena, mas sim personagens digitais super-realistas.
Ao não se arriscar em incrementar algo de novo dentro da trama, testemunhamos as mesmas passagens do clássico do cinema. O prólogo, por exemplo, é praticamente igual ao filme original, porém, não tendo a mesma carga emocional. É aí que adentramos ao principal problema do filme.
Se por um lado os realizadores opinaram em criar um filme super-realista, do outro, isso também impediu de enxergarmos o lado expressivo e emocional dos seus respectivos personagens principais. Se a gente testemunhava a dor no olhar do pequeno Simba, do qual era pincelado pelo bom e velho desenho tradicional da época, o mesmo não ocorre aqui e fazendo um dos momentos mais trágicos e emocionais da história perder um pouco do seu impacto. É claro que nem tudo está perdido.
Vale destacar que todos os números musicais que fizeram uma geração inteira cantarolar estão todos lá. É impressionante como os realizadores conseguiram encaixa-las dentro da proposta realista dessa obra e fazendo nós, os saudosistas, agradecer. Aguarde para rever Hakuna Matata e fazendo a gente sentir saudade de tempos mais inocentes.
Falando nessa música, é preciso destacar Timão e Bumba que, assim como visto na versão clássica, roubam a cena. Aliás, de todos os personagens digitais vistos em cena, é por eles que nos desperta um sentimento, que é nos fazer rir e fazendo disso o maior trunfo do filme. Vale destacar também a personagem Nala, que aqui ela é ainda mais independente e ganhando até mesmo algumas passagens novas dentro da trama.
Assim como no seu prólogo, o epílogo também é praticamente uma cópia vista do original. Após o encerramento, ficamos com aquela sensação de não sabermos ao certo como administrar o que testemunhamos e ficamos nos perguntando se essa nova versão, por mais que ela seja extraordinária visualmente, era realmente necessária. Assim como outros grandes filmes que vem e vão, somente o tempo dará essa resposta.
"O Rei Leão" é uma obra visualmente impecável, mas que, por enquanto, fará com que uma nova geração tenha interesse em conhecer o grande clássico de 1994.
Leia também a minha analise sobre “O Rei Leão” de 1994 no site Cinesofia clicando aqui.
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Um comentário:
Eu achei que o Scar dessa versão ficou parecendo mais um leão doente do que mau.
Na versão em desenho animado ele tinha mais cara de vilão mesmo.
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