Sinopse: O Capitão Jack Sparrow (Johnny Depp), passa a ser assombrado pelos fantasmas de piratas do mal, que sob o comando de um antigo inimigo, Capitão Salazar (Javier Bardem), escapam do Triângulo do Diabo. Eles partem destinados a matarem todos os piratas do oceano, incluindo Jack. Para escapar da morte, o herói precisa achar o artefato Tridente de Poseidon, que concede ao seu detentor o controle dos mares. Mas claro, que não é só ele que quer tomar posse do valioso objeto.
O primeiro Piratas do Caribe foi um sucesso inesperado, mas muito bem vindo, pois além de ressucitar o velho filme de aventura de capa e espada, Johnny Depp nos brindou com um dos personagens mais divertidos do cinema. Veio então as sequências, das quais a Disney tentou expremer ao máximo toda a fórmula de sucesso, para então gerar lucro, mesmo quando as tramas não tinham mais nada para acrecentar a saga. Eis que chega então Piratas do Caribe: A Vingança de Salazar, cuja a missão é explorar mais daquele universo bucaneiro, mesmo quando o roteiro nos apresenta situações xerocadas dos filmes anteriores.
Dirigido por Joachim Rønning e Espen Sandberg, (A Aventura Kon-Tiki, 2013), o filme explora a busca de Henry Turner (Brenton Thwaites) ao tridente de Poseidon, do qual tem o poder de destruir as maldição da qual o seu pai Turner (Orlando Bloom) está condenado a viver para sempre no mar. Ele decide então recorrer ajuda a Jack Sparrow (Johnny Depp) e mais uma jovem chamada Carina Smyth (Kaya Scodelario) que conhece um meio para localizar o tridente. Porém, Capitão Salazar (Javier Bardem) escapa do triângulo do Diabo e caça sem trégua Jack Sparrow até que ele então seja morto.
Resumidamente, o filme parece uma espêcie de releitura do primeiro filme, só trocando o vilão e o tipo de cruzada em que os heróis tem que enfrentar. Assim como nos filmes anteriores, o filme osila entre os momentos de calmaria, para logo depois dar lugar a uma verdadeira montanha russa de cenas mirabulantes e bem cartunescas. Em meio a isso, Johnny Depp faz o que pode para tentar extrair ao maxímo o que o seu personagem tem a oferecer ao público em termos de humor, mesmo quando a sua figura já dá sinais de esgotamento de ideias.
Além disso, é muito visível a falta de química entre os atores Brenton Thwaites e Kaya Scodelario, sendo que é até válida as motivações de seus personagens dentro da trama, mas formarem um casal foi forçação de barra dos roteiristas. Contudo, Javier Bardem consegue com louvor nos transmitir ameaça verdadeira contra os protagonistas, mesmo quando os efeitos especiais que moldam o seu personagem prejudica algumas vezes na sua atuação em cena. E quando se achava que Geoffrey Rush com seu personagem Barbossa se tornaria apenas um coadjuvante de luxo nesta quinta aventura, eis que os roteiristas inventam uma surpresa mirabolante que, embora forçada, se encerra de uma forma emocionante e satisfatória.
Embora com uma bela fotografia, cujo os grandes navios em auto mar formam uma espécie de pintura em movimento, o filme descamba para muita correria e efeitos visuais em seu ato final e fazendo com que a gente meio que se perca com relação ao que está acontecendo na tela. Logicamente, os minutos finais terminam com todas as pontas soltas amarradas, mesmo dando a entender que as ambições da Disney seja continuar com as aventuras de Piratas do Caribe com ou sem Jack Sparrow.
Com uma participação hilária de Paul McCartney interpretando um pirata e tio de Jack Sparrow, Piratas do Caribe: A Vingança de Salazartalvez venha a ser o canto do cisne da franquia, mesmo quando o desejo do estúdio é sempre querer gerar mais lucro.
Sinopse: O jovem
Kelton vivem no interior de Minas Gerais, junto do irmão e do pai. Eles
trabalham no canavial, e fazem pequenos bicos na feira. Kelton sofre com a
ausência da mãe, que "se transformou" e abandonou a família. Ao se
apaixonar por uma colega de sua sala, o garoto tem medo de sofrer o mesmo destino
da mãe. Os indícios estão todos lá: ele transpira demais, tem desmaios...
Kelton estaria derretendo?
Seja ficção, ou documentário,
o cinema brasileiro vive numa fase da qual não esconde os altos e baixos de
nosso país, mas sim criando um mosaico de obras das quais sintetizam o melhor e
o pior da nossa realidade. Porém, nunca é demais soltar a imaginação, onde se
pode criar uma fábula e da qual testemunhamos a imaginação se sobressair
perante as adversidades. Portanto, Família Dionti é um filme pertencente ao gênero
fantasia, sendo algo raro visto dentro do nosso cinema, mas não significa que
não seja bem vindo.
Dirigido por Alan
Minas, o filme é uma espécie de conto de fadas contemporâneo, onde vemos um
jovem que sofre pelo fato de suar demais quando está no sol e correndo o risco
de evaporar. Ao mesmo tempo, vemos ele se apaixonar pela jovem que a recém chegou
à cidade junto com o seu circo e trazendo então inúmeras histórias fantasiosas com
relação a sua família do picadeiro. Histórias fantásticas é o elo que fazem
deles terem algo em comum e que usam isso para enfrentar uma realidade pouco
colorida do mundo do qual eles vivem.
O filme pode ser
interpretado de inúmeras formas como, por exemplo, da realidade sempre batendo
na porta desses jovens, mas dos quais se entregam a possibilidade de um mundo
onde tudo é possível. O filme também é uma representação do melhor do nosso folclore
brasileiro, onde histórias, por vezes absurdas, é que dão vida nos lugares
esquecidos por Deus. Ceticismo, fé, crenças e fantasias são o que movem boa
parte dos personagens e criando então um convite para pessoas de
todas as idades para assistir a obra.
Com um final imprevisível,
mas ao mesmo tempo esperançoso, A Família Dionti é um pequeno sopro de vida
para aqueles que ainda conseguem usar a imaginação em meio às adversidades de
hoje em dia.
Muito Romântico
Sinopse: Melissa e Gustavo
atravessam o Oceano Atlântico em busca de uma vida nova em Berlim. Eles seguem
seu caminho fazendo filmes, amizades e música, mas um segredo revelado faz o
medo vir à tona. Eles perdem o rumo, até o dia em que encontram um portal para
o cosmos, expandindo a travessia para além do tempo e do espaço.
O filme convencional é
aquele que sempre se apresenta com tramas de começo, meio, fim e fazendo com que
a pessoa saia da sala no mínimo satisfeita. Porém, existem filmes que fogem
desse papel, optando por nos apresentar uma trama da qual testa a nossa atenção
e fazendo com que fiquemos pensando com relação ao que nós assistimos. Muito
Romântico é um filme que tranquilamente poderia trilhar pela primeira opção,
mas vai por um caminho imprevisível e testando as nossas próprias perspectivas.
Dirigido por Melissa
Dullius e Gustavo Jahn, o filme acompanha a história de um casal (interpretados
pelos próprios cineastas Melissa Dullius e Gustavo Jahn) que viajam para
conhecer uma nova Berlim e que ainda guarda um pouco das raízes de ambos.
Quando eles estão lá, eles começam a gravar inúmeras cenas da cidade, assim
como também fazendo novas amizades e participando de inúmeras festas. Porém, o
casal enfrenta adversidades na relação, mas algo surge para fazer com que esse
quadro mude e de uma forma surreal.
Com inúmeras cenas
rodadas, das quais nos passa a sensação de que elas foram criadas de uma forma
bem amadora (relembrando o velho super 8), o filme transita entre a ficção,
realidade e documentário, sendo algo cada vez mais comum visto em nosso cinema
brasileiro como, por exemplo, Castanha e Branco Sai, Preto Fica. Porém, o lado
abstrato, absurdo e fantástico é a palavra de ordem na história, onde o
corriqueiro dá de encontro com situações que beiram ao surrealismo e não
devendo nada do que já foi visto em filmes como de David Lynch (Cidade dos Sonhos).
Ao mesmo tempo, o filme me fez lembrar o recente Adeus à linguagem, de Jean-Luc
Godard, onde a relação conflituosa de um casal é mero pano de fundo e dando
lugar a cenas que fogem do convencional cinematográfico.
Ame ou odeie, Muito
Romântico é aquele tipo de filme que fará você sair do cinema pensando sobre ele e por longas horas á fio.
Pedro Almodóvar é
o cineasta espanhol de maior renome mundial atualmente. Sua filmografia
é repleta de filmes onde a presença feminina é o ponto principal das
tramas. Cores berrantes, personagens loucos, e a política espanhola
também são destaques em seus roteiros. Suas narrativas, de modo geral,
são bem humoradas e sem pretensões de se levar a sério.
Para
Almodóvar seus filmes são tão autobiográficos quanto poderiam ser. Suas
experiências de vida são suas fontes de inspiração, e a temática da
sexualidade é abordada de maneira bastante aberta em vários filmes.
Hoje, o diretor é tão conhecido quanto o conterrâneo Luis Buñuel,
cineasta cuja obra se assemelha muito ao estilo de Almodóvar.
Pedro
Almodóvar nunca pôde estudar cinema, pois nem ele nem sua família
tinham dinheiro para pagar seus estudos. Antes de dirigir filmes foi
funcionário da companhia telefônica estatal; desenhou histórias em
quadrinhos; foi ator de teatro de vanguarda e cantor de uma banda de
rock, na qual participava travestido. Foi o primeiro espanhol a ser
indicado ao Oscar de melhor realizador.
Objetivos
O Curso TODAS AS CORES DE PEDRO ALMODÓVAR, ministrado por Josmar Reyes,
vai tratar da filmografia de Pedro Almodóvar, abordando aspectos
estruturais e narrativos (estrutura espacial e temporal, personagens,
gênero, estrutura sonora e musical); técnicos; temáticos e estéticos,
bem como particularidades da carreira do cineasta e a crítica em torno
de seus filmes. Para tanto, durante as aulas serão apresentados
fragmentos de seus filmes e textos que tratam de sua obra.
Público alvo
Esta atividade é aberta e dirigida ao público em geral.
Não é necessário nenhum pré-requisito de formação e/ou atuação profissional.
Conteúdo programático
Aula 1
- Os Filmes: Sinopse ilustrativa resgatando o conteúdo de cada filme;
- As Musas: Carmen Maura, Victoria Abril, Marisa Paredes, Cecilia Roth e Penélope Cruz;
- A Cidade: Madri como cenário e personagem;
- As histórias e temas recorrentes;
- Estrutura narrativa: Segredos, mistérios e suspense.
Aula 2
- Estética almodovariana: O kitsch, figurinos e cenografia;
- Questões de gênero: O melodrama e o suspense;
- Referências culturais e cinematográficas;
- Análise da abertura dos filmes: Créditos iniciais;
- Trilhas musicais;
- Aspectos técnicos: Planos montagem e movimentos de câmera.
Ministrante: Josmar Reyes
Doutor
em Ciências da Comunicação e da Informação, Novas Tecnologias e Artes
do Espetáculo (Université de Paris III - Sorbonne Nouvelle). Professor
do Curso de Realização Audiovisual (Unisinos) e do Curso de Comunicação
Social (UNISC). Licenciado em Letras / Português - Francês (UFRGS) e
Mestre em Estudos Francófonos (UFRGS). Já ministrou os cursos
“Desconstruindo Woody Allen” e “Nouvelle Vague do Cinema Coreano” pela
Cine UM.
Curso
Todas as Cores de Pedro Almodóvar * Edição Porto Alegre * de Josmar Reyes
Datas: 10 e 11 de Junho (sábado e domingo)
Horário: 14h às 17h
Duração: 2 encontros presenciais (6 horas / aula)
Local: Cinemateca Capitólio
(Rua Demétrio Ribeiro, 1085 - Centro Histórico - Porto Alegre - RS)
Investimento: R$ 85,00
* Desconto para pagamento por depósito bancário: a) R$ 70,00 (para as primeiras 10 inscrições) b) R$ 800,00 (demais inscrições)
Formas de pagamento: Depósito bancário / Cartão de Crédito (PagSeguro)
Material: Certificado de participação e Apostila (arquivo em PDF)
Sinopse: Em pleno
século XVII, o pirata Jack Sparrow (Johnny Depp) tem seu navio saqueado e
roubado pelo capitão Barbossa (Geoffrey Rush) e sua tripulação. Com o navio de
Sparrow, Barbossa invade e saqueia a cidade de Port Royal, levando consigo
Elizabeth Swann (Keira Knightley), a filha do governador (Jonathan Pryce).
Decidido a recuperar sua embarcação, Sparrow recebe a ajuda de Will Turner
(Orlando Bloom), um grande amigo de Elizabeth que parte em seu encalço. Porém,
o que ambos não sabem é que o Pérola Negra, navio de Barbosa, foi atingido por
uma terrível maldição que faz com que eles naveguem eternamente pelos oceanos e
se transformem em esqueletos à noite.
Antes mesmo de sua estreia, o filme já era considerado um fracasso e motivos é o que não faltaram.
Para começar, o filme era baseado em um brinquedo famoso da Disneylândia, não
era baseada de um livro, tão pouco de uma refilmagem mas baseado nisso. Isso sem
contar que o diretor Gregor Verbinski vinha do desastroso A Mexicana, ou seja,
tudo estava a favor para um grande desastre, mas a própria Disney mal imaginava
do pé de coelho que tinha em mãos e esse pé de coelho seria Johnny Depp.
A principio era para
ser Will Turner (Orlando Bloom) como protagonista da trama e Jack Sparrow como
coadjuvante, mas se a intenção era essa do estúdio, então devemos a agradecer a
eles mesmos por terem errado, pois Johnny Depp não só se torna protagonista da
trama como rouba a cena a cada momento que aparece. Isso graças o modo como ele
criou seu Jack Sparrow, com trejeitos que, segundo ele, se inspirou em seu
ídolo, o guitarrista Keith Richards. Apesar de longo, o filme não cansa em
nenhum momento, graças a ótimas cenas de ação no alto mar e que lembra bastante
os bons e velhos tempos dos filmes de aventura de pirata.
Isso sem contar as sequência da tripulação do pérola negra que esta amaldiçoada, lembrando
bastante uma cena clássica de Jasão e os Argonautas. Depp, pela primeira vez na
carreira, teve sua primeira indicação ao Oscar de melhor ator, já filme rendeu
mais de R$ 300 milhões de dólares somente em território americano e o resto é
história.
PIRATAS
DO CARIBE: O BAÚ DA MORTE
Sinopse: Elizabeth
Swann (Keira Knightley), a filha do governador Weatherby (Jonathan Pryce), está
prestes a se casar com o ferreiro Will Turner (Orlando Bloom). Porém o evento é
atrapalhado pela ameaça de Davy Jones (Bill Nighy), o capitão do assombrado
navio Flying Dutchman, que tem uma dívida de sangue com o capitão Jack Sparrow
(Johnny Depp), amigo do casal. Temendo ser amaldiçoado a uma vida após a morte
como escravo de Jones, Sparrow precisa encontrar o misterioso baú da morte para
escapar da ameaça.
Com o sucesso bem
vindo do filme anterior, o estúdio Disney decide então, junto com o diretor
Gregor Verbinski, criarem uma trilogia e assim como aconteceu com as trilogias
De Volta para o futuro e Matrix, os capítulos dois e três de piratas foram
rodados ao mesmo tempo. Tecnicamente o filme é muito superior ao seu antecessor
e as cenas de ação são espetaculares. O que talvez tenha prejudicado um pouco
para que esse filme não fosse 100% perfeito foi o fato de a trama possuir
inúmeras sub-tramas nas quais, por alguns momentos, deixa o espectador desavisado
confuso. Outra coisa que o estúdio errou foi terem dado mais atenção ao
personagem Will Turner (Orlando Bloom). Nada contra a trama de Will em si, o
problema é que Orlando Bloom sempre foi um péssimo ator, principalmente se
comparado ao Johnny Depp que aqui, por pouco não é relegado a segundo plano da
trama toda, mas graças ao seu ótimo desempenho isso não aconteceu. Destaco aqui o ótimo
desempenho de Bill Nighy como o amaldiçoado Davy Jones que, mesmo carregado de
efeitos especiais, consegue passar para o público um personagem maquiavélico e
trágico. Atenção para o emocionante final que deixa inúmeras pontas soltas para
o capítulo seguinte, mas isso sem contar um retorno inesperado nos segundos finais
da trama.
PIRATAS
DO CARIBE: NO FIM DO MUNDO
Sinopse: O lorde
Cuttler Beckett (Tom Hollander), da Companhia das Índias Orientais, detém o
comando do navio-fantasma Flying Dutchman. O navio, agora sob o comando do
almirante James Norrington (Jack Davenport), tem por missão vagar pelos sete
mares em busca de piratas e matá-los sem piedade. Na intenção de deter Beckett,
Will Turner (Orlando Bloom), Elizabeth Swann (Keira Knightley) e o capitão
Barbossa (Geoffrey Rush) precisam reunir os Nove Lordes da Corte da Irmandade.
Porém falta um dos Lordes, o capitão Jack Sparrow (Johnny Depp). O trio parte
para Cingapura, na intenção de conseguir o mapa que os conduzirá ao fim do
mundo, o que possibilitará que Jack seja resgatado. Porém para conseguir o mapa
eles precisarão enfrentar um pirata chinês, o capitão Sao Feng (Chow Yun-Fat).
O filme começa
exatamente onde a trama havia se encerrado no filme anterior e por conta disso, o ritmo é o mesmo, acelerado do inicio
ao fim, mas ao mesmo tempo as sub tramas continuam nesse filme e dessa vez redobradas. Por sorte, o filme mantém o que
funciona, como capitão Jack Sparrow (Johnny Depp) que, dessa vez, vem
acompanhado de suas alucinações múltiplas dele mesmo. Curiosamente, Keith
Richards aparece fazendo o pai de Jack Sparrow. Como o próprio ator havia
falado no passado, quando disse que se inspirou no seu ídolo para criar o seu personagem, era
mais do que lógico que, caso aparecesse o pai dele, tinha que ser Richards
mesmo. Apesar dos tropeços lá e
aqui, mais a longa duração, o ato final é espetacular onde todos os personagens da trilogia se confrontam em meio a um redemoinho moldado a fantásticos efeitos
especiais. A trama da trilogia em si termina satisfatória, com todas as
inúmeras sub tramas de seus protagonistas
resolvidas, com exceção do próprio Jack Sparrow. Ele termina da mesma
maneira que começou a saga, mas novamente, pronto para uma grande aventura.
Piratas do Caribe: Navegando em Águas
Misteriosas
Sinopse: O Capitão
Jack Sparrow retorna em mais uma aventura cheia de ação sobre verdade traição
juventude. Ele começa sua jornada quando cruza com uma mulher de seu passado a
filha do lendário Barba Negra. Sparrow está em busca da Fonte da Juventude e
não sabe se a relação deles é amor ou se ela apenas é uma golpista que quer
saber como chegar à fonte.
Por mais divertida
que fosse a trilogia de Piratas do Caribe, ela sofria de dois grandes
problemas: a insistência do estúdio em tentar focar a história nos
personagens de Orlando Bloom e Keira Knightley que, por mais que fossem
importantes dentro história, não conseguiam 100% conquistar a simpatia do público. Já o segundo grande problema, foi o fato de terem criado mirabolantes histórias no
segundo e terceiro filme, no qual tornou a trama de ambos um tanto que
confusa em muitos momentos. Piratas do Caribe: Navegando em Águas Misteriosas
retorna as raízes do primeiro filme, cuja intenção era, acima de tudo, divertir do
começo ao fim mas sem deixar a peteca cair. Com uma história bem mais limpa, além de acessível para todos que assistirem, finalmente o estúdio foca todas as suas
atenções ao verdadeiro ganso dos ovos de ouro que Jack Sparrow.
Johnny Depp volta ao
personagem de sua vida e mais a vontade do que nunca. É impressionante que cada
gesto, trejeitos, tanto na forma de andar como de agir e com suas piadas
rápidas e certeiras consegue conquistar tão facilmente o publico. Mas isso se
deve a um dos melhores casamentos entre ator e personagem dos
últimos anos, algo que não se via desde que Harrison Ford quando
interpretou pela primeira vez Indiana Jones.
Por conta disso, essa nova
aventura é toda dele, do início ao fim, mas não é por isso que coadjuvantes
serão dispensáveis, mas desta vez eles não atrapalham. Bom exemplo disso é a presença de Penélope
Cruz, que surge como um antigo amor e ódio de Jack Sparrow. Ambos já haviam
trabalhado juntos no filme Profissão de Risco e pelo visto a química aqui
novamente funciona com doses e de humor e sedução. Geoffrey Rush volta a
viver como um renovado Capitão Barbossa e, assim como aconteceu nos filmes
anteriores, os momentos dele com Johnny Depp são impagáveis. De personagens
novos, confesso que senti certa decepção com relação a Ian McShane como Barba
Negra. Não que o ator esteja ruim, muito pelo contrario, mas o caso que ele
interpreta um dos piratas mais conhecidos da história, mas sua introdução na
trama e de como ela foi criada me soou um tanto que insatisfatória, mas talvez
seja pelo fato de eu ter ido com muita expectativa de ver como ficaria o
personagem nas telas.
Em contrapartida o novo casal, formado pelo religioso Philip (Sam
Claflin) e a sereia Syrena (Astrid Bergés-Frisbey) possuem uma química bem boa
e nada forçada, principalmente se compararmos aos personagens de Orlando Bloom
e Keira Knightley dos filmes anteriores. Rob Marshall (Chicago)
mesmo dirigindo um filme desse porte pela primeira vez, não se intimida nas
cenas de ação e cria verdadeiros momentos de tensão e perigo, como a fantástica sequência do ataque das sereias que é, desde já, a melhor cena de ação do filme. Embora a aventura termine com algumas pontas soltas, Piratas do Caribe:
Navegando em Águas Misteriosas poderia muito bem fechar com dignidade a saga do
pirata Jack Sparrow nos cinemas, mas com 600 milhões de dólares na bilheteria
mundialmente em apenas 12 dias na época, dificilmente a Disney largaria tão cedo seu
ganso dos ovos de ouro.