Sinopse: A história
é dos irmãos Júlio e Carlos Bozano, que
estiveram em lados opostos na Revolução de 1923, no Rio Grande do Sul, quando
houve um conflito entre maragatos (federalistas) e chimangos (republicanos).
Julio Bozano, advogado nomeado intendente aos 26 anos e que comanda o Exército
contra o seu irmão, Carlos Bozano, vivido por André Arteche.
Embora aparente ser
uma produção mais simples, o épico gaúcho dirigido por Tabajara Ruas se mostra
muito mais eficiente em alguns momentos
do que uma produção mais cara que foi Tempo e o Vento como exemplo. Sua câmera
tremida, montagem rápida e uma fotografia que sintetiza bem o período, fazem
com que a obra possua uma aura de superprodução independente do seu valor.
Infelizmente a
produção possui o mesmo mal da produção dirigida Jayme Monjardim, que é não
saber dar conta de inúmeras subtramas, em meio a fatos históricos que merecem
certa relevância. Por vezes, a produção se esquece do principal foco da trama:
o conflito dos dois irmãos (Rafael Cardoso e André Arteche), que embora unidos
em sangue, suas visões diferentes com relação à guerra civil gaúcha os fazem
ficarem em lados opostos. Se o roteiro se concentrasse mais nesse conflito, o
filme seria muito mais rico.
Em compensação,
personagens secundários roubam a cena em inúmeros momentos. É como no caso de
Andrea Buzato (Castigo Final), que embora a sua personagem esteja em
poucos momentos em cena, da um verdadeiro show de interpretação. Isso faz com
que o seu colega de cena André Arteche
meio que se perca nas cenas em que contra cena com ela e faz com que o desempenho de Rafael Cardoso
quando surge se torne mais interessante no decorrer do filme.
Produção que foge um pouco
do lado pretensioso, mas que poderia ter tido um voo mais alto.
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