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Sócio e divulgador do Clube de Cinema de Porto Alegre, frequentador dos cursos do Cine Um (tendo já mais de 100 certificados) e ministrante do curso Christopher Nolan - A Representação da Realidade. Já fui colaborador de sites como A Hora do Cinema, Cinema Sem Frescura, Cinema e Movimento, Cinesofia e Teoria Geek. Sou uma pessoa fanática pelo cinema, HQ, Livros, música clássica, contemporânea, mas acima de tudo pela 7ª arte. Me acompanhem no meu: Twitter: @cinemaanosluz Facebook: Marcelo Castro Moraes ou me escrevam para marcelojs1@outlook.com ou beniciodeltoroster@gmail.com

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segunda-feira, 6 de maio de 2013

Cine Especial: François Truffaut: O Homem que Amava o Cinema: Parte 1

Nos dias 18 e 19 de maio, eu estarei participando do curso François Truffaut: O Homem que Amava o Cinema, criado pelo Cena Um e ministrado pela coordenadora e curadora da Sala da Redenção da UFRGS, Tânia Cardoso de Cardoso. Enquanto os dias da atividade não chegam, por aqui, estarei postando um pouco sobre os principais filmes desse diretor, que foi um dos pilares que sustentou o surgimento do movimento Nouvelle Vague.

OS INCOMPREENDIDOS   

Sinopse: Antoine Doinel é um garoto de 14 anos. Seus pais não lhe dão muita atenção, então ele mata aula para ir ao cinema e sair com seus amigos. Certo dia, ele descobre que sua mãe tem um amante, mas isso é apenas o principio para inúmeras mudanças que o jovem experimentaria dali em diante.

Numa época (final dos anos 50) em que o cinema Francês estava cada vez mais sendo feito por pessoas mais velhas e que não tinha nenhuma sintonia com a juventude daquele período, coube um grupo de jovens críticos de cinema (de uma revista intitulada L’Express), para injetar novo sangue para a sétima arte daquele país, mas que ao mesmo tempo fortalecia o termo “cinema de autor”. Assim nasceu o movimento Nouvelle Vague, que é referenciado até hoje, como um dos momentos mais importantes do cinema mundial e que influenciou o surgimento de outros movimentos pelo globo, como o nosso "Cinema Novo" e a "Nova Hollywood" do cinema americano.  Desse grupo que gerou essa onda, meu favorito sempre será François Truffaut, que diferente de seus colegas (como o gênio Jean Luc Godard) não queria fazer um cinema que apenas dizia sobre o que acontecia na França daquela época, como também queria falar um pouco de si próprio e do seu amor pelo cinema, em uma filmografia autoral e muito simpática.
Em sua estréia como diretor, Truffaut cria em Os Incompreendidos (o que muitos consideram) uma espécie de reconstituição de sua infância difícil, onde beirava entre a rebeldia e a busca (mesmo que escondida) por uma redenção. Agora se o personagem Antoine era um retrato genuíno ou não de sua juventude, isso é o que menos importa, já que o importante é o fato do diretor ter se encarregado de criar inúmeras passagens de cenas inesquecíveis: a seqüência onde o jovem protagonista está caminhando e depois correndo para a praia, está entre as melhores cenas da historia do cinema. Isso sem contar a cena anterior do brinquedo do parque de diversões, onde faz inúmeras voltas, fazendo uma representação, não somente o estado de espírito do protagonista, como também um prenuncio de uma mudança de 360º graus que o cinema Francês experimentaria dali em diante.
Mas essa não seria a ultima vez que veríamos o personagem Antoine, já que o filme fez tanto sucesso, que acabou gerando inúmeras continuações, com ele já crescido e com o mesmo ator, Jean-Pierre Léaud, que se tornaria figura bem conhecida na filmografia, tanto de Truffaut, como de Jean Luc Godard.

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4 comentários:

disse...

Só o título do curso já é sensacional. Como você, também prefiro Truffaut a Godard. Os Incompreendidos é maravilhoso, talvez só comparável como longa de estreia a Cidadão Kane em sua inovação.
Abraços!

Marcelo Castro Moraes disse...

Valeu Lê, seria muito bom se participasse comigo.

Gilberto Carlos disse...

Tinha uma colega na pós-graduação que era apaixonada por François Truffaut. Principalmente A noite americana. Era um grande diretor.

Marcelo Castro Moraes disse...

E ele transmitia simpatia em seus filmes Gilberto, ao ponto de ele próprio, quando atuava eu sentia isso.
Em a Noite Americana, uma das minhas cenas preferidas é quando ele está sonhando (ou lembrando) de quando era pequeno e tentava roubar os Posters do cinema através da grade. Uma representação de seu amor que tinha pela sétima arte.