Sinopse: Passado em
1973, em plena Guerra Fria, o longa gira em torno de George Smiley (Gary
Oldman), um veterano da divisão de elite do serviço secreto inglês conhecida
como Circo. Após a morte de seu ex-chefe e de alguns fracassos em missões
internacionais, ele é chamado para desvendar um mistério sobre a identidade do
agente duplo que, durante anos, trabalhou também para os soviéticos. Todos à
sua volta são suspeitos, mas, como bons espiões que são, foram treinados para
dissimular e trabalhar em condições de extrema tensão.
Foi um acerto, os
produtores desse elegante filme, buscar um diretor europeu para comandá-lo. Mais
precisamente, o trabalho caiu no colo do diretor Sueco Tomas Alfredson, que ainda
cole louros pelo seu trabalho cultuado internacionalmente, “Deixa Ela Entrar”.
E se naquele filme, ele deu um sopro de vida para o universo do sangue sugas,
aqui ele coloca um novo verniz para os filmes de espionagem, que atualmente estão
cada vez mais vertiginosos.
Baseado no livro de
Jhon Le Carré, o cineasta cria um clima de suspense gradual, onde os
personagens são muito bem construídos, junto com os seus conflitos e tendo um ótimo
casamento, com um roteiro bem elaborado. Outro ótimo lance é o fato da produção
estar recheada de coadjuvantes ilustres (onde Benedict Cumberbatch que se sobre-sai),
mesmo perante a uma das melhores interpretações de Gary Oldman (tendo sua
primeira indicação ao Oscar). Mas para aqueles que
buscam somente entretenimento, talvez a produção se torne um tanto que
aborrecida, já que tudo que acontece na trama está presa a inúmeros detalhes,
no qual o espectador tem que prestar atenção em dobro, mas fazendo isso, a sessão
se torna um deleite, tanto para aqueles desavisados, como para aqueles que
buscam algo de diferente.
Com isso, Alfredson
da um novo sabor ao gênero, sendo um filme para ser apreciado, tanto para
aqueles que curtiam os filmes de espionagem de antigamente, como para aqueles
que estão acostumados com a nova versão de 007 ou da cine série do desmemoriado
Borne.
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