REFILMAGEM AMERICANA DO OTIMO FILME SUECO TEM OS SEUS MÉRITOS
Sinopse: Em 'Deixe-me Entrar', Owen (Kodi Smit-McPhee) é um garoto de 12 anos sempre satirizado pelos garotos de escola e negligenciado por seus pais, que estão a se divorciar.
Com tanta solidão, Owen passa os seus dias planejando a vingança e as noites espiando o que acontece na vizinhança. Abby (Chloe Moretz), menina independente que mora com seu silencioso pai (Richard Jenkins), se torna sua única amiga. Frágil como Owen, Abby só aparece a noite, sempre descalça, aparentemente imune à neve do inverno. Owen se identifica e logo fazem relação única.
Quando uma série de assassinatos coloca a cidade em alerta, o pai da garota desaparece. Ele não aceita a ajuda de Owen, e seu comportamento bizarro faz o garoto pensar que Abby esconde algum segredo obscuro.
Ao assistir a esse filme me surpreendi com duas coisas. Primeiro pelo fato de ser o primeiro filme produzido pela Hammer Estúdios depois de vários anos após seu fechamento. Sim, você não leu errado, é justamente o estúdio Inglês que nos anos 50, 60 e até a metade dos anos 70 fazia inúmeros filmes de terror um atrás do outro de grande sucesso e que consagrou atores como Christopher lee e Peter Cushing, assim como diretores como Terence Fisher. Agora se vai ser um retorno triunfal aos bons tempos que se faziam filme de terror de verdade só o tempo dirá. Lembrando que na época de ouro do estúdio, ele se localizava na Inglaterra, já agora, esta localizada em território americano (medo, muito medo).
O segundo motivo que me surpreendi foi o fato que, apesar do filme ser em muitos momentos uma copia descarada do filme sueco, essa versão americana fala por si e possui personalidade própria, muito embora muitos fãs (como eu) terão certa dificuldade em separar as duas obras, mas nada é impossível.
O segundo motivo que me surpreendi foi o fato que, apesar do filme ser em muitos momentos uma copia descarada do filme sueco, essa versão americana fala por si e possui personalidade própria, muito embora muitos fãs (como eu) terão certa dificuldade em separar as duas obras, mas nada é impossível.
O que talvez tenha ajudado para essa produção não ter ido para cova de vez, foi o fato de o estúdio contratar um diretor já perito no assunto em termos de terror e suspense, ninguém menos que Matt Reeves que surpreendeu o publico e a critica com o seu Cloverfield. O acerto do diretor foi nao fazer uma copia descarada de cada cena do filme original (erro que Gus Van Sant cometeu na horrivel refilmagem de Piscose) e sim melhora-las a cada momento. Bom exemplo disso é a cena do hospital (que curiosamente abre o filme) e além de melhora-las, algumas tambem sao bem diferente, mas o resultado é o mesmo (como a cena em que o personagem de Richard Jenkins queima o rosto) e o diretor aproveita e cria uns truques de câmera impressionantes dando uma base perfeita de uma cena sem corte de um acidente de carro. Mas em termos de produção, o que mais diferencia de um filme do outro é sua fotografia, sendo que no filme original, as imagens eram claras, misturadas com o branco do clima do inverno da historia. Já aqui, a neve do inverno continua presente, mas misturado com a escuridão, deixando o clima mais frio e opressivo. Lembrando em alguns momentos 30 Dias da Noite, mas em menor grau de violência.
E o casal protagonista? Kodi Smit-McPhee impressionou no filme A Estrada e aqui novamente ele comprova o que eu achava, de que ele será uma ótima promessa ao longo dos anos e por conta disso, supera a interpretação de Kare Hedebrant do filme original, embora os sinais de um futuro assassino serial soam mais fortes em Hedebrant do que em Smit-McPhee. Já Chloe Moretz perde de longe se comparada à excelente Lina Leandersson. Não que Chloe esteja ruim no papel, longe disso, o problema é que o publico se simpatiza com ela já de imediato e acabamos não sentindo medo dela, mesmo nos sabermos que ela é uma vampira, Esse era o charme de Lina Leandersson, nos sentíamos medo devido a sua presença em cena, pois nunca sabíamos qual seria sua próxima ação, porque ela passava a sensação que iria explodir devido a sua natureza e não precisava de maquiagem para deixá-la assustadora, coisa que nesta nova versão acabou não escapando, além de alguns efeitos especiais meio que desnecessários.
No saldo geral, é um filme que fala por si, mas que vivera da sombra do filme original por um bom tempo. É o que da americano ter preguiça de ler legenda, mas pelo menos nessa refilmagem, ouve milagres.
Leia minha critica do filme original abaixo
http://cinemacemanosluz.blogspot.com/2011/02/cine-especial-deixa-ela-entrar.html
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