Atualmente eles dividem o espaço de sucesso com os vampiros, se parecem mais como lobos gigantes do que homens meio lobos e quando são humanos ficam se exibindo sem camisa. Claro que estou me referindo aos lobisomens vistos na saga Crepúsculo e que começaram a ter grande destaque apartir de Lua Nova.
Mas eu acho que lobisomem de verdade é aquela besta fera irracional que vaga pela noite a procura da sua presa e que no amanhecer volta a ser homem que era, amargurado pelo horror que cometeu, lobisomem pra valer é isso para mim. O cinema está cheio deles, quando o cinema ainda era mudo eles apareceram, baseado sempre em historias de pescador que algumas podem até ser verdade, quem sabe né! No Brasil, as historias de lobisomem são freqüentes no interior, minha bisa avó, por exemplo, contava inúmeras historias sinistras para a minha mãe que renderiam grandes filmes de horror.
Falando nisso, solto aqui os meus filmes de Lobisomens preferidos.
O Lobisomem
Sinopse: Larry Talbot (Lon Chaney Jr.) é mordido por um lobo quando tentava salvar uma moça. Após o acontecimento, ele passa a virar um monstro toda noite de lua cheia, até ser confrontado pelas pessoas que ama.
Em 1941, quando os estúdios da Universal estavam no auge fazendo filmes de terror que se tornaram clássicos, faltava alguém na galeria de monstros para formar uma espécie de trindade clássica com Drácula e Frankenstein. Então, o estúdio se baseou em historias antigas sobre a transformação do homem para uma fera, precisamente um lobisomem. A trama que o estúdio cria então é o típico bom filme de terror daquele tempo, com cenários fantasmagóricos, personagens carismáticos e sinistros e uma realidade onde não se tem exatamente uma idéia em que época se passa a trama.
Lon Chaney Jr interpretou o papel que marcaria para sempre a sua carreira, antes o ator era conhecido mais por ser filho do Lon Chaney I, (ator brilhante que se consagrou fazendo inúmeros filmes de terror como O Fantasma Da Opera) e com isso se afastou da sombra do pai, contudo, seguiu os mesmos trilhos indo direto para os filmes de terror e se consagrando.
O Lobisomem em si, para época, era assustador, a transformação, apesar de antiquada, mostrava passo a passo a transformação do homem para fera através do recurso quadro a quadro da câmera.
Visto hoje, o filme não mete muito medo, mas é um deleite em ver um bom filme daquele tempo em que empregava mais na aura sombria da trama do que nas imagens explícitas, pena que já naquele tempo, a Universal era ambiciosa em querer mais e com isso gerou inúmeras seqüências piores do que a outra.
Um Lobisomem Americano em Londres
Sinopse: dois jovens viajando em férias pelo interior da Inglaterra são atacados por um enorme lobo. Um deles morre e o outro é brutalmente ferido. O que ele não sabe é que foi acometido por um terrível maldição, que o transformará em lobisomem nas noites de lua cheia.
O filme impressiona pelos efeitos especiais de Rick Baker, mostrando a transformação do homem em lobo "a olho nu". Mais do que apavorante, a seqüência da metamorfose é comovente, chegando a provocar compaixão pelo monstro. Além disso, o filme tem um finíssimo senso de humor (o jovem lobisomem xinga a rainha só para ser preso no segundo dia de lua cheia) e surpreendente refinamento na imagem (o lobisomem desperta sem roupas, em sua forma humana, em pleno Hyde Park, e rouba balões coloridos para cobrir a nudez).
Curiosidades: Referências ao filme apareceram em outros trabalhos de Landis, principalmente no famoso vídeo clip de Michael Jackson Thriller, com a trilha sonora de Elmer Bernstein na transformação e durante algumas pequenas pausas na canção de Jackson
Devido a fantástica cena da transformação, aliada a partes de bonecos e maquiagem, academia de artes cinematográfica (O Oscar) decidiu então criar a categoria de melhor maquiagem e dando o prêmio a esse filme merecidamente.
LOBO
sinopse: Vindo de Vermont tarde da noite, o editor de livros Will Randall (Jack Nicholson) ao retornar para casa atropela um lobo. Quando sai do carro para ver se o animal morreu, acaba sendo mordido. Deste instante em diante começa a se transformar em um lobo. Paralelamente sua vida particular e profissional é afetada, pois é traído por sua mulher e está prestes em ser despedido. Além disto Laura Alden (Michelle Pfeiffer), a bela filha de Raymond Alden (Christopher Plummer), futuro comprador da editora; se apaixona por Randall, sem imaginar que o homem que ela ama está se transformando em uma fera capaz de atos animalescos.
Um roteiro inteligente, bons diálogos, e sutis efeitos visuais de maquiagem, Lobo é uma intrigante fábula moderna sobre o mito do lobisomem, apresentado como pano de fundo a selvagem competição da sociedade atual e a crise existencial e pessoal de um homem. Com clima sofisticado e romântico, sem grandes cenas de horror explicito o que deve desagradar mais para o publico que está acostumado a filmes de terror mais provocantes.
curiosidades: O diretor Mike Nichols queria que Mia Farrow interpretasse a personagem Charlotte Randall, mas os produtores do filme temiam que a polêmica que a atriz vivia devido à sua separação do diretor Woody Allen influenciasse negativamente no desempenho nas bilheterias. Farrow chegou a acertar seu salário para atuar em Lobo, mas depois teve que desistir da personagem devido a conflitos em sua agenda de trabalho.
Sharon Stone recusou a personagem Charlotte Randall.
Este é o 2º filme em que os atores Jack Nicholson e Michelle Pfeiffer atuam juntos. O anterior fora As Bruxas de Eastwick (1987).
LOBISOMEM
Sinopse: Assim como no clássico original de 1941, estrelado por Lon Chaney Jr., esta refilmagem também é ambientada na Inglaterra Vitoriana. Na história, Del Toro faz o papel de Lawrence Talbot, um homem que retorna da América para sua terra ancestral e no caminho é mordido por um lobisomem. Talbot começa sua assustadora transformação sob a lua cheia.
Muita bobagem foi escrita a respeito desse ótimo filme de terror a moda antiga. Ao meu ver, muitos defenderam o clássico de 1941, já que esse Lobisomem é uma refilmagem daquele, mas desde que as novas roupagens são feitas na medida certa, nunca é demais experimentá-la. Joe Johnston (responsável pelo futuro filme do Capitão America) soube dosar momentos de suspense e terror da moda antiga mas sem esquecer o terror explicito que atrai mais o publico atual, mesmo que a maioria do publico de hoje tenha de uns tempos pra cá se acostumado mau com lobisomens e vampiros a lá Crepúsculo. E palmas para a fascinante e assustadora parte do manicômio, mesmo curta é aterradora. Benicio Del Toro nasceu para o personagem e mesmo que alguns momentos sua interpretação soe um tanto que contida ele da um show quando é o homem fera, mesmo carregado de maquiagem. E como sempre é sempre bom ver Anthony Hopkins atuando e se esquecendo um pouco da sua aposentadoria. Emily Blunt, Hugo Weaving, Elizabeth Croft, Sam Hazeldine, e David Sterne completam o elenco.
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