Sócio e divulgador do Clube de Cinema de Porto Alegre, frequentador dos cursos do Cine Um (tendo já mais de 100 certificados) e ministrante do curso Christopher Nolan - A Representação da Realidade. Já fui colaborador de sites como A Hora do Cinema, Cinema Sem Frescura, Cinema e Movimento, Cinesofia e Teoria Geek. Sou uma pessoa fanática pelo cinema, HQ, Livros, música clássica, contemporânea, mas acima de tudo pela 7ª arte.
Me acompanhem no meu:
Twitter: @cinemaanosluz
Facebook: Marcelo Castro Moraes ou me escrevam para marcelojs1@outlook.com ou beniciodeltoroster@gmail.com
Sinopse: P. T. Barnum, um
showman que tem uma tendência natural de enganar seu público, decide montar um
circo na esperança de ficar famoso. Durante sua saga há ainda uma importante
questão pendente em sua vida, uma paixão cega pela cantora Jenny Lind.
Levei algum tempo para assistir
a essa super produção musical mas finalmente pude conferi-la nesse final de
semana. No embalo do sucesso de La La Land era inevitável que surgisse novas
produções desse gênero que já teve sua fase de ouro. Rei do Show segue uma tendência
de grande espetáculo, mesmo quando a trama não apresente nada de novo, mas sim
um show de luzes e som em grande estilo.
É claro que muitos irão
reclamar devido à visão romanceada sobre P.T Barnum, um dos primeiros artistas
a produzir um circo em que a grande atração era pessoas especiais das quais
eram excluídas pela sociedade conservadora da época. Mas em tempos de hoje em
que o conservadorismo anda se alastrando em todos os territórios, sejam eles políticos
ou religiosos, é necessário haver cada vez mais filmes que deem esperanças para
pessoas que sofrem devido o preconceito. Com um Hugh Jackman inspiradíssimo como
protagonista, além de números musicais que nos emociona, O Rei do Show usa as
velhas fórmulas de sucesso do cinema de antigamente e nos convida para ver o
outro lado daqueles que tem muito a oferecer, mas esperam uma oportunidade para
compartilhar.
A partir de hoje, e
durante as três segundas-feiras seguintes (4, 11 e 18 de junho), sempre às 19h,
o SindBancários (rua General Câmara 424) promove um ciclo de cinema sobre os 50
anos das revoltas de Maio de 1968. Em parceria com Departamento de História da
UFRGS, através do Luppa (Laboratório de Estudos sobre os Usos Políticos do
Passado) e com o apoio da Cinemateca da Embaixada da França no Brasil e do
Institut Français, serão exibidos no Cine Bancários quatro filmes que abordam o
tema, seguidos de debates abertos a plateia
Programação:
* 28/05: “Maio de 68:
uma estranha primavera – Parte 1”
Debatedor: Raul Pont
(ex-prefeito de POA e lider estudantíl em 1968)
Certificados:
Serão confeccionados
certificados de horas de atividades complementares, custeados pelos próprios
participantes, emitidos pela UFRGS.
Inscrições
Os que comparecerem hoje
poderão fazer as suas inscrições no próprio local.
As sessões serão
gratuitas.
Promoção e apoio:
SindBancários de
Porto Alegre e Região
Luppa (Laboratório de
Estudos sobre os Usos Políticos do Passado)/Departamento de História da UFRGS
Cinemateca da
Embaixada da França no Brasil
Institut Français
NOTA: Em virtude da greve dos
caminhoneiros a primeira sessão que seria para hoje (28/05/18) será transferida
para segunda que vem. Espero que todos estejam lá.
Sinopse: Após uma
série de ousadas aventuras, o jovem Han Solo encontra seu futuro copiloto,
Chewbacca, e o notório jogador Lando Calrissian.
Se por um lado é fácil assistir as trilogias de Star Wars no cinema, por outro, acompanhar o universo
expandido de cabo a rabo é uma missão praticamente impossível. Basta, por
exemplo, observar que há um número cada vez maior de HQ, livros e vídeo games
vistos no mercado e isso sem contar as séries animadas e de futuros projetos
para TV que estão em andamento. Contudo, o projeto da Disney em criar filmes
recentes derivados da franquia original, nos convida para assistir histórias
fechadas e se tornando bem vindas até mesmo para aqueles que nunca assistiram
nada até hoje da franquia.
Rogue One, por
exemplo, foi um filme bem executado e sendo bem aceito pelo público. Ao focar
em eventos que se localizam pouco antes dos vistos no clássico Uma Nova
Esperança de 1977, o público teve a oportunidade de testemunhar uma trama que
vai muito além de mestres Jedis e dos significados da força. Han Solo: Uma
História Star Wars segue essa mesma cartilha, mas usando um personagem clássico
da franquia original e que, embora com as suas inúmeras falhas, é um filme até
certo ponto divertido e convidativo para os leigos.
Dirigido sob
encomenda pelo cineasta Ron Howard (Uma Mente Brilhante), aventura se passa
anos antes de Uma Nova Esperança, onde vemos o jovem Han Solo (Alden
Ehrenreich) iniciar os seus primeiros passos como contrabandista da galáxia. Além
de conhecer o seu futuro copiloto Chewbacca, Han conhece outros contrabandistas
como Tobias (Woody Harrelson) e Lando (Donald Glover), sendo ele dono da
millenium Falcon na época. Com o intuito de reencontrar a sua namorada Kira (Emilia
Clarke), Han embarca em inúmeras aventuras, tanto para reencontrá-la, como
também para obter algum lucro ao lado dela.
Se Rogue One
funcionava com uma história independente, mesmo ela trazendo alguns elementos da
primeira e segunda trilogia, Han Solo tem a missão ingrata de trazer de volta o
anti-herói para as telas que tanto os fãs amam e fazendo da obra algo muito
dependente da trilogia original. Porém, assim como Rogue One, a trama até que
funciona de uma forma fluida, mesmo quando ela possua situações que nos lembrem
demais os espetáculos visuais dos filmes originais. Quando eu pensava num filme
estrelado por Han Solo, por exemplo, eu
sempre imaginava algo bem mais próximo de um faroeste se passando no espaço e
desprendendo um pouco das questões que vão desde ao império e a resistência.
Mas se esse detalhe
me incomodou, por outro lado, foi uma surpresa em ver o bom desempenho de Alden
Ehrenreich em cena. Embora Harrison Ford ainda seja o interprete definitivo de
Han Solo, Ehrenreich até que se sai bem, não só interpretando, como também
imitando os trejeitos e os cacoetes que o ator havia inventado para o
personagem na época. Se alguns dirão que isso é falta de inspiração, por outro
lado, é uma prova que o ator tem uma total consciência do vespeiro que havia se
metido e não queria desapontar os fãs de imediato.
Mas se por um lado
Woody Harrelson se sai bem como uma espécie de mentor para o futuro
contrabandista, por outro lado, Donald Glover não consegue se sobressair ao dar
vida ao jovem Lando e estando somente em cena para mostrar como ele e Solo se
conheceram e como esse último adquiriu a millenium Falcon. Porém, Emilia Clarke
se sobressai como interesse amoroso do protagonista, pois além de se revelar
como mais uma mulher forte dentro da franquia, a interprete também consegue nos
passar certo ar de ambiguidade em sua personagem e fazendo com que nunca
tenhamos certeza de suas reais intenções. Isso acaba até mesmo gerando sementes
para a construção do caráter de Solo, já que no início do filme original ele
somente tinha interesse por lucro e nunca abraçar uma causa que existe em seu
mundo em volta.
Porém, quando
desejamos mais do filme, ele acaba se encaminhando por veredas que teimam em se
interligar aos filmes originais. Isso faz com que não tenhamos a construção por
completo da imagem de Han Solo que nós conhecemos. Ao invés disso,
principalmente no ato final da trama, os realizadores se preocuparam não
somente em terminar o filme logo de uma vez, como deixar algumas pontas soltas
para uma possível sequência e isso se potencializa com a aparição surpresa de
um personagem até então esquecido da franquia.
Em meio a tropeços e
acertos, Han Solo: Uma História Star Wars é uma aventura despretensiosa e da
qual os fãs precisam levar ela somente na esportiva.