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Sapucaia do Sul/Porto Alegre, RS, Brazil
Sócio e divulgador do Clube de Cinema de Porto Alegre, frequentador dos cursos do Cine Um (tendo já mais de 100 certificados) e ministrante do curso Christopher Nolan - A Representação da Realidade. Já fui colaborador de sites como A Hora do Cinema, Cinema Sem Frescura, Cinema e Movimento, Cinesofia e Teoria Geek. Sou uma pessoa fanática pelo cinema, HQ, Livros, música clássica, contemporânea, mas acima de tudo pela 7ª arte. Me acompanhem no meu: Twitter: @cinemaanosluz Facebook: Marcelo Castro Moraes ou me escrevam para marcelojs1@outlook.com ou beniciodeltoroster@gmail.com

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domingo, 24 de dezembro de 2017

NOTA: UM FELIZ NATAL E BOAS FESTAS


Para todos um feliz natal, boas festas e boas sessões de cinema. Deixo aqui uma pequena lembrança nostálgica para aqueles que esperavam o natal para ver esse delicioso longa metragem de Tim Burton 


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sexta-feira, 22 de dezembro de 2017

Cine Dica: Em Cartaz:Ninguém está olhando

Snopse: Nico, um ator de 30 anos, tomou uma decisão que pode mudar sua vida para sempre: após romper o relacionamento que tinha com seu produtor de maneira abrupta, decidiu abandonar sua carreira promissora na Argentina para começar do zero em Nova York. O problema é que, em meio aos problemas em sua nova realidade, um fantasma do passado insiste em reaparecer.

A união entre o cinema argentino e brasileiro atingiu o seu ápice nesse ano que está terminando, com títulos como Invisível, Vergel e agora Ninguém Está olhando, sendo talvez a obra mais complexa, mas tendo um teor convidativo e que deve ser visto por todos. Dirigido pela cineasta Julia Solomonoff, Ninguém está olhando acompanha a cruzada do astro Nico, interpretado com uma energia e delicadeza fora do comum pelo ator Guillermo Pfening, cujo seu personagem, após o termino de uma relação conflituosa, decide morar por uns tempos em Nova York em busca de novas oportunidades e para sim ter um reconhecimento mundialmente. Embora muito conhecido na Argentina, Nico larga de mão de uma série de sucesso que atuava por lá e que, ao lado de um amigo cineasta, tenta abraçar a todo custo um novo projeto.
Contudo, a terra das oportunidades, por vezes, possui uma realidade mais amarga, mesmo com todo aquele visual colorido de uma grande cidade tem a oferecer, mas com promessas que ficam somente na superfície. Como o futuro projeto fica emperrado, Nico precisa se virar no seu dia a dia, desde a trabalhar em restaurantes, como também sendo baba de crianças, cujo ás mães são amigas que moram por lá. É nesses momentos que sentimos total carinho pelo personagem que, embora esteja passando por tempos difíceis, nunca deixa de lado o seu ar carinhoso com as crianças que ele cuida.
Julia Solomonoff nos brinda então com um conto sobre solidões, sobre a realidade dura em ter que encarar o fracasso profissional de uma forma intima e individual. Quando Nico decide tentar a sorte num teste de elenco, por exemplo, ele acaba encarando todo um lado preconceituoso do qual os latinos vivem sofrendo, onde são somente sucumbidos a papeis cujo estereótipo latino é muito notório. Com isso, o protagonista vive na corda bamba, entre os sonhos fraturados, mas ao mesmo tempo mantendo em seu intimo uma resistência, mas da qual enfrenta uma desorientação emocional ao longo do percurso e do qual ele terá que enfrentá-lo.
Tanto a cineasta, como também a roteirista Christina Lazaridi faz da fragilidade emocional, do qual protagonista tenta esconder, uma espécie de catalisador de muitas ações e reações que vemos ao longo do seu percurso. O filme chega aos nossos cinemas após ter passado por festivais de Tribeca, onde ganhou o prêmio de melhor ator, Rio de Janeiro e com prêmio máximo conquistado no Cine Ceará. Embora retrate o universo de altos e baixos do mundo das celebridades Ninguém Está Olhando possui uma aura universal, da qual todos se identificam facilmente com o personagem e fazendo a gente desejar caminhar ao lado dele em meio aos percalços de uma realidade sem muito brilho.     



Onde assistir: Cinebancários: Rua General da Câmara 424, centro de Porto Alegre. Horário: 15horas.  


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Cine Dicas: Estreias do final de semana (22/12/17)

SUBURBICON: BEM-VINDOS AO PARAÍSO

Sinopse:Suburbicon, 1959. Quando uma invasão de domícilio se torna mortal, a família aparentemente perfeita de Gardner Lodge (Matt Damon) se submete à chantagem, vingança e traição, gerando um rastro de sangue que mancha o suposto paraíso.

 Assim é a vida

Sinopse: Max, responsável pelo catering do evento com a sua empresa que gere há mais de 30 anos, recrutou como de costume uma equipa de empregados, cozinheiros e lavadores de pratos, para além de ter também aconselhado o casal em relação à escolha de fotógrafo e ter reservado a banda: tudo para que a festa seja um sucesso.

As aventuras de Tadeo 2

Sinopse: Tadeo é um pedreiro que tem grandes sonhos e sempre se mete em grande aventuras. Aqui, ele está de volta e parte agora para Las Vegas, onde irá ouvir algo extraordinário: que o colar de Midas, o rei transformava tudo o que tocava em ouro, existiu de verdade. Mas o problema surge quando Sara Lavroff, que fez a descoberta, desaparece misteriosamente.

 Cora Coralina

Sinopse: Cruzando a fronteira entre a realidade e a ficção, esta é a história da escritora e poeta brasileira Cora Coralina, uma mulher que trabalhou como doceira durante quase toda sua vida, apenas publicando seu primeiro livro aos 75 anos de idade. No entanto, nem mesmo todos os anos de espera a impediram de se tornar uma das autoras brasileiras mais importantes de sua geração.

Corpo e Alma

Sinopse: Um homem e uma mulher, colegas de trabalho, passam a se conhecer melhor e acabam descobrindo que eles sonham as mesmas coisas durante o sono. Eles decidem torná-los realidade, apesar das dificuldades no mundo real.

Jovem Mulher  

Sinopse:Paula decidiu seguir seu companheiro até Paris. No local, ela acaba sendo deixada por ele após 10 anos de relacionamento. Ela decide permanecer nessa cidade desconhecida e ser engolida por ela, aproveitar tudo que for possível.


TODAS AS MENINAS REUNIDAS, VAMOS LÁ!

Sinopse: O documentário acompanha as atividades no Girls Rock Camp Brasil, um acampamento só para meninas em Sorocaba, São Paulo, que tem como missão principal empoderar e promover a autoestima das visitantes, através de atividades que envolvem a educação musical, criatividade e feminismo. Lá elas aprendem ainda a tocar algum um instrumento, formam uma banda e se apresentam ao vivo para uma plateia formada por pais, familiares e amigos.


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quinta-feira, 21 de dezembro de 2017

Cine Dica: Cine Dica: Em Blu-Ray - DVD – VOD


 Jim e Andy




Sinopse: Documentário revela os bastidores do filme O Mundo de Andy, em que Jim Carrey encarnou o comediante Andy Kaufman. O próprio Carrey comenta como foi sua preparação para viver o personagem e a experiência de se manter no personagem o tempo todo.


Em seu novo trabalho, o diretor Chris Smith (American Movie, Collapse) mergulha nos bastidores da conturbada gravação de O Mundo de Andy, na medida em que apresenta ao espectador um emocionante relato da simbiose de dois gênios da comédia: Andy Kaufman e Jim Carrey. “Mestre” e “discípulo” que estabeleceram uma conexão quase espiritual. Ou algo nesse sentido. Na década em que esteve no auge, Andy Kaufman revolucionou a comédia. Uma força incontrolável da natureza, ele foi pioneiro na arte de testar os tais limites do humor. Seus personagens, como o Foreign Man e Tony Clifton, eram extensões de sua visão pouco convencional.
Sendo grande fã do artista, Jim Carrey passou  então a perseguir o sucesso se inspirando em seu ídolo e, alcançando então o seu sonho de maneira meteórica durante os anos 90. Nada mais justo que ele movesse céus e terras para interpretar Andy em sua cinebiografia. O que ninguém poderia imaginar é que essa ambição tomaria um rumo inesperado. Nas imagens feitas por Lynne Margulies e Bob Zmuda, namorada e melhor amigo de Andy, podemos ver como as peripécias de Carrey tiraram o sossego de todos os envolvidos em O Mundo de Andy. Destaque especial para o momento em que o renomado diretor Milos Forman (Um Estranho no Ninho) implora para que Jim, devidamente caracterizado com toda a babaquice de Tony Clifton, faça pelo menos uma cena de acordo com o roteiro. Sem contar os problemas com Danny DeVito, Paul Giamatti e o ex-lutador Jerry Lawler. Incomoda bastante conhecer essa versão de Jim Carrey, talvez na mesma medida em que seja algo fascinante. Babaquice e genialidade nunca andaram tão próximas.
Vendo atualmente Jim Carrey falando com total sinceridade sobre o que o levou a interpretar Andy, a sua maneira de querer entrar a fundo nele, são momentos riquíssimos ao ser vistos e revistos. Claro que tudo há um grande preço a se pagar. Carrey jamais gostou de retornar aos seus respectivos papeis e voltar a ser Andy era algo inadmissível, pois por pouco lhe custou a sua própria sanidade. Após O Mundo de Andy, Carrey lutou ser um ator versátil em diversos outros projetos, mas a imagem do comediante escondia um talento nato e do qual temos um verdadeiro vislumbre, não somente naquele filme de 1999, como também neste documentário e do qual testemunhamos a verdadeira pessoa como ele realmente é.    

 

O Zoológico de Varsóvia

Sinopse: Polônia, 1939. O zoológico de Varsóvia é mantido sob o comando de Jan Zabinski e cuidados de Antonina, sua esposa. Quando o país é invadido pelos nazistas, eles são forçados a se reportar para o zoologista, Lutz Heck.
O holocausto criado por Hitler foi uma das maiores manchas da história da humanidade. Ao longo da história sempre houve adaptações sobre inúmeras histórias que realmente aconteceram naquele tempo e esse filme é mais uma de inúmeras lutas pela sobrevivência. A história só veio à tona em 2007, quando a escritora Diane Ackerman publicou o livro que inspirou o filme, e de lá pra cá o casal de heróis ganhou uma mostra permanente em Varsóvia e esta cinebiografia respeitosa O Zoológico de Varsóvia merecia sorte maior nos cinemas do Brasil, tendo pulado as salas e ido direto para DVD e canais de aluguel (como o Now, Telecine e Youtube), mas merece atenção por tudo que representa neste momento conturbado em que a humanidade anda sendo envenenada por um conservadorismo perigoso.




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Cine Curiosidade: Atriz internacional de cinema Cris Lopes ganha Prêmio no Brasil

Atriz internacional de cinema Cris Lopes ganha Prêmio no Brasil
2o. Prêmio na Categoria Melhor Atriz no Festival de Cinema FFF pela atuação com a francesa exótica de AGS
A atriz brasileira Cris Lopes que atua no cinema nacional e internacional nos últimos anos, atriz fluente em 05 idiomas, encerra 2017 com mais uma premiação na carreira. Cris ganhou 2o. prêmio na categoria Melhor Atriz por sua atuação no conhecido humor negro AGS, no qual a atriz protagoniza a francesa exótica de muito bom gosto que deseja planejar sua morte com requinte mas que tem muitas dúvidas apesar do seu entusiamo quando visita a Agência de Suicidio AGS (Agence Générale du Suicide: baseado na obra do poeta francês Jacques Rigaut anos 20) atendida pelo gerente da agência "Monsieur" (vivido pelo ator Euler Santi). Aclamado no Brasil e no exterior, o filme AGS dirigido por Rodney Borges com roteiro do ator e roteirista Euler Santi, conquistou o público com críticas positivas como na Espanha, Uruguai e Argentina: "humor negro ao estilo inglês" e muitos outros elogios que renderam outras premiações em diversas cidades do Brasil entre eles: para a atriz Cris Lopes pela Direção de Arte (Curta Canedo);  Direção de Fotografia para diretor Rodney Borges (Corvo de Gesso) e Melhor Roteiro para o ator Euler Santi (PopCorn) entre outras indicações nos festivais de cinema.
A jornalista Carmelita Gomes (Imprensa Criativa) representou a atriz internacional Cris Lopes na cerimônia de premiação do festival de cinema FFF 2017 (Festival de Filmes de Faina) que exibiu mais de 100 filmes e distribui mais de 50 prêmios. Com o objetivo de promover, exibir, discutir, premiar e difundir o cinema brasileiro, o FFF é uma realização de Weslle Fellipe de Araújo e Daiane Bastos e foi realizado na Câmara Municipal dos Vereadores da cidade de Faina.


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Assistir Trailer filme premiado AGS com Cris Lopes e Euler Santi: https://www.youtube.com/watch?v=W8tnO05edfQ
Crédito Fotos: @crislopesoficial  @filmeags
Divulgação: Brasil/Portugal/Argentina/Uruguai :  Imprensa CL  (5511) 3835.7205  - Entrevistas (5511) 996530651. email: imprensacl@terra.com.br

Cine Dica: Ninguém Está Olhando entra em cartaz no CineBancários

CineBancários fecha programação de 2018 com o longa argentino "Ninguém Está Olhando"
 
 
Entra em cartaz no CineBancários, dia 21 de dezembro, com sessões sempre às 15h, o longa "Ninguém Está Olhando" da argentina Julia Solomonoff, dividindo a grade da última semana de programação da sala com "Meu Corpo é Político", de Alice Riff e "Corpo Delito", de Pedro Rocha. 
 
O CineBancários entra em recesso dia 29 de dezembro de 2017, retomando a programação de 2018 a partir de fevereiro, com os filmes Zama, de Lucrécia martel e Pela janela, de Caroline Leone.
 
O filme participou da 27° edição do Cine Ceará - Festival Ibero-americano de Cinema e levou para casa quatro prêmios, inclusive o de melhor filme e melhor ator (para Guillermo Pfening). Também concorreu ao prêmio de melhor filme internacional no Zurich Film Festival.
 
O CineBancários funciona de terça a domingo e os ingressos podem ser adquiridos no local ou no site ingresso.com a R$10,00. Estudantes, idosos, pessoas com deficiência, bancários sindicalizados e jornalistas sindicalizados pagam R$5,00. Aceitamos os cartões Banricompras, Visa e Mastercard.
 
Sinopse: Nico (Guillermo Pfening) é um ator argentino que tomou uma decisão que pode mudar sua vida para sempre: após romper de maneira abrupta o relacionamento às escondidas que tinha com Martin (Rafael Ferro), seu produtor na série de TV "Rivales", decidiu abandonar sua carreira promissora para começar do zero em Nova York. Apalavrado com um filme que será rodado por um expoente do novo cinema mexicano, ele precisa encontrar meios de se manter na cidade enquanto as filmagens não começam. Para tanto, cuida do bebê de uma amiga e aplica pequenos golpes.

 
NINGUÉM ESTÁ OLHANDO 
[Drama / Argentina, Colômbia, Brasil, EUA, França / 1h 41min] 
Direção: Julia Solomonoff
Não recomendado para menores de 14 anos
 
GRADE DE HORÁRIOS:
*Não abrimos segundas-feiras
21 de dezembro (quinta-feira)
15h - Ninguém Está Olhando, de Julia Solomonoff
17h - Meu Corpo é Político, de Alice Riff
19h - Corpo Delito, de Pedro Rocha
 
22 de dezembro (sexta-feira)
15h - Ninguém Está Olhando, de Julia Solomonoff
17h - Meu Corpo é Político, de Alice Riff
19h - Corpo Delito, de Pedro Rocha
 
23 de dezembro (sábado)
Cinema Fechado
 
24 de dezembro (domingo)
Cinema Fechado
 
25 de dezembro (segunda-feira)
Cinema Fechado
 
26 de dezembro (terça-feira)
15h - Ninguém Está Olhando, de Julia Solomonoff
17h - Meu Corpo é Político, de Alice Riff
19h - Corpo Delito, de Pedro Rocha
 
27 de dezembro (quarta-feira)
15h - Ninguém Está Olhando, de Julia Solomonoff
17h - Meu Corpo é Político, de Alice Riff
19h - Corpo Delito, de Pedro Rocha
 
28 de dezembro (quinta-feira)
15h - Ninguém Está Olhando, de Julia Solomonoff
17h - Meu Corpo é Político, de Alice Riff
19h - Corpo Delito, de Pedro Rocha
 
29 de dezembro (sexta-feira)
Cinema Fechado
 
C i n e B a n c á r i o s 
Porto Alegre | RS | CEP 90010-230
Fone: (51) 34331204 

quarta-feira, 20 de dezembro de 2017

Cine Dica: Em Cartaz: THELMA



Sinopse: Depois de se mudar para Oslo, uma estudante norueguesa vai passar pelos momentos mais estranhos de sua vida. Isso porque, inesperadamente, ela acaba descobrindo que tem poderes sobrenaturais e, para completar, está perdidamente apaixonada.

Imagine um filme dos X-Men, do qual é ainda mais com um pé dentro da realidade e que o maior vilão seria o próprio conservadorismo da nossa sociedade. Imagine uma realidade em que uma jovem possui poderes fora do comum, mas não há um Charles Xavier para poder guiá-la.  Assim é o universo apresentado em Thelma, da qual a realidade esconde pessoas com dons especiais, mas dos quais sofrem por uma opressão imposta pela intolerância e fé cega.
Dirigido por Joachim Trier (Mais forte que bombas), acompanhamos o dia a dia de Thelma (Eili Harboe), uma jovem recatada e sempre sendo observada de longe pelos pais conservadores. No decorrer dos dias ela conhece a estudante Anja (Kaya Wilkins) da qual se apaixona, mas que faz despertar nela desejos nunca antes sentidos, assim como um poder vindo dela adormecido. Tendo sido criada em meio a fortes crenças, Thelma começa a descobrir aos poucos o que ela é relembrando um passado que até então ela havia esquecido.
Já nos primeiros minutos o cineasta Joachim Trier faz questão de mover a sua câmera como uma espécie de segunda pessoa em cena e da qual observa Thelma a todo momento. Aos poucos percebemos algo de errado no ar, desde as mudanças do clima, sons estranhos e os pássaros agindo de forma peculiar. Esses momentos ocorrem onde Thelma se encontra e de acordo com o que ela está sentido num determinado momento.
Basicamente a trama é sobre a passagem da inocência para um cenário de descobertas, mas que a repressão que a própria protagonista causa nela, não somente lhe prejudica, como também pode causar certo perigo para as outras pessoas em volta. Não tendo opção, Thelma recorre aos seus pais, mas que, ao invés de ajudá-la, seguem somente uma visão retrógrada e impondo isso a ela de uma maneira errônea. Porém, não esperem desses pais uma aura perversa, assim como foi visto na mãe movida pela fé ensandecida no clássico Carrie: A Estranha, mas sim conhecemos gradualmente através de Flashbacks as raízes do porque eles agirem dessa maneira e fazendo a gente compreender então a dor e o medo que eles sentem pela própria filha no dia a dia.  
Tecnicamente o filme possui uma fotografia maravilhosa, onde cada quadro é uma verdadeira revelação e sintetizando até mesmo os pensamentos vindos do mais fundo do consciente da protagonista. Embora sejam elementos fantásticos que movem a trama, é interessante como o cineasta injeta um alto-grau de verossimilhança e nos dando a entender que tudo o que acontece tem então uma explicação plausível. Pegamos, por exemplo, a cena em que a protagonista tem uma experiência sexual, mas que começa a ser envolvida por uma cobra em meio aos desejos que ela antes nunca havia sentido.
Podemos simplificar que aquele momento seria uma forma de manifestação do poder dela a partir do momento em que ela sente sensações que a deixam insegura e fazendo com o seu dom interior reaja. Porém, a cena em questão, seria na realidade um pensamento de acordo com o entendimento que ela tem com relação ao sexo a partir dos ensinamentos conversadores que ela obteve vindo dos seus pais. A opressão aqui, aliás, não faz com que ela tenha uma vida dentro dos trilhos, mas faz com que ela se encaminhe cada vez mais pelos prazeres do mundo contemporâneo e tendo cada vez mais curiosidade sobre os seus reais dons nunca antes alcançados em total plenitude.
Thelma é uma pequena fábula, onde o verdadeiro mal se encontra na desinformação e nas atitudes retrógradas vindas de uma sociedade conservadora.   




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