Sinopse:O gigante Optimus
Prime embarcou em uma das missões mais difíceis de sua vida: encontrar, no
espaço sideral, os Quintessons, seres que possivelmente são os responsáveis
pela criação da raça Transformers. O problema é que, enquanto isso, seus amigos
estão precisando de muita ajuda na Terra, já que uma nova ameaça alienígena
resolveu destruir toda a humanidade.
Quando eu assisti ao segundo
filme da franquia Transformers, acabei sendo que bombardeado por um roteiro
confuso, efeitos especiais ensandecidos e momentos absurdos que até Deus duvida.
Isso fez me afastar da franquia, mas como na vida tudo se perdoa, decidi revisitá-la
e assistir toda ela até o seu quarto filme. Decidi fazer esse sacrifício, mas
para me manter em dia com o que aconteceu anteriormente, para daí então encarar
sem medo Transformers O Último Cavaleiro, mas novamente me deparo com uma
montanha russa de proporções apocalípticas.
Novamente dirigido
pelo incansável Michael Bay, a trama começa em vários séculos do passado, onde se
descobre que o mago Merlin teve ajuda de antigos Transformers que, graças a um
cajado que ele ganhou deles, fez com que ajudasse o rei Arthur em várias
batalhas. No presente, Optimus prime, seus companheiros, além de seus inimigos,
se tornam fugitivos e procurados sem trégua pelo governo americano. Ao mesmo
tempo, o planeta natal deles está se dirigindo a terra e criando então uma séria
ameaça para a humanidade.
Como podem ver, assim
como aconteceu nos filmes anteriores, o roteiro é praticamente o mesmo, onde
mostra os heróis robóticos fazendo parte dos principais eventos da história e
fazendo com que tudo se interligue e nos forçando em aceitar isso com a maior
naturalidade. Quando nos damos conta disso, ou a gente aceita numa boa, ou começa
a reclamar para Deus e o mundo e começar a ficar se perguntando se vale à pena
encarar quase três horas projeção. Aceitar até que se torna fácil, se não
levarmos em nenhum momento a sério toda a situação vista na tela, para que daí então
a sessão se torne ao menos divertida.
O problema é a incessante
repetição em não trabalhar melhor nas personalidades dos robôs e dando mais
destaque ao elenco humano que, pasmem, chegam a ser piores na atuação do que os
próprios personagens alienígenas. Assim como aconteceu no último filme, Mark
Wahlberg novamente volta ao posto de protagonista, sendo que a sua canastrice
até que não chega atrapalhar o resultado final, pois ela é misturada em meio a
tanta correria, efeitos e explosões. Para piorar, se a intenção dos roteiristas
era para que o seu lado paternal fosse renovado com a presença da pequena
aventureira Izabella (Isabela Moner) que surge em cena, isso é meio que
abandonado ao longo da projeção.
E para se tornar convincente
(pode mesmo isso?) a possibilidade dos robôs fazerem parte de inúmeros momentos
históricos da humanidade, entra em cena a historiadora Vivien Wembley (Laura
Haddock) e Sir Edmund Burton (Anthony Hopkins). A meu ver, Laura Haddock nada
mais é do que uma segunda versão do tipo garota sex de Megan Fox dentro da
franquia, mas com uma importância mais elevada, o que não quer dizer muita
coisa. Já Anthony Hopkins, mesmo em meio a efeitos visuais e trama absurda, o
seu personagem, do qual é membro de uma organização super secreta, se torna o
mais cativante, descontraído e nos fazendo rir a todo o momento ao lado do seu
fiel mordomo robô que, pasmem, é o personagem mais bem elaborado dentre os
seres robóticos.
A partir daí, não espere
muita coisa em termos de originalidade, pois o que veremos do final do segundo
ao terceiro ato final, nada mais é do que aquilo tudo que a franquia de Michael
Bay já apresentou ao longo desses anos: explosões, muitos efeitos visuais,
brigas de robôs, câmera girando em 360º graus, corrida de carros, sol no horizonte,
patriotismo americano exagerado, piadas saltando em meio ao caos e sempre o
discurso decorado do herói Optimus Prime. É claro que, após tantos anos, fica notório
nesse quinto filme que a formula já está mais do que esgotada, mas os segundos
finais dão a entender que haverá mais aventuras desses seres robóticos anabolizados,
desde que tenha um bom retorno nas bilheterias é claro.
Transformers: O
Último Cavaleiro é aquele tipo de filme do qual lhe deixa com a sensação de ter
ficado bêbado após a sessão, ao ponto de você ir atrás da saída do shopping,
mas que acaba dando de encontro com a porta do banheiro.
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