Sinopse: Após dez anos preso
sem qualquer razão em um cubículo, um homem é solto e começa a investigar a
identidade do responsável pelo seu misterioso calvário.
Quando Quentin Tarantino (Cães de
Aluguel) apresentou ao mundo Oldboy no festival de Cannes em 2003, nem ele
talvez imaginasse como isso influenciaria o mundo do cinema posteriormente. A
obra dirigida pelo cineasta Park Chan-wook fez com que as distribuidoras
de todo mundo começassem a olhar com mais atenção aos filmes dos vizinhos do
Japão e fez com que inúmeros ótimos filmes de lá fossem descobertos. Mais de
uma década depois, Oldboy é considerado para muitos uma grande obra prima, em
que muitos veem e reveem o filme para fazer inúmeras analises e levantar novas teorias.
O que até a pouco tempo ninguém
sabia, é que o filme é baseado num manga japonês com o mesmo nome. Criado por
Garon Tsuchiya (roteiro) e Nobuaki Minegishi (arte), a historia é basicamente a
mesma, mas eu lendo até agora, percebo que o filme condensou inúmeras subtramas
e focando apenas o essencial. O interessante é ler e ter a sensação de estarmos diante de
uma historia completamente diferente, mesmo a gente percebendo que todos os
pontos da narrativa até agora estejam se encaminhando para o tão polêmico ato
final visto no filme e que pegou todo mundo desprevenido.
Contudo, não me
surpreenderia se aquele final visto no filme não esteja realmente no manga e,
portanto é preciso ler a HQ sem muitas expectativas quanto a isso e esperar por
um desfecho completamente diferente. O manga em si lembra muito as novelas
policiais de antigamente e até mesmo o gênero noir, onde a arte de Minegishi,
embora simples, sintetize muito bem esse gênero com suas luzes e sombras em
destaque. Falando em simplicidade, os diálogos dos personagens e a narração do
protagonista (que aqui se chama Goto) são deveras simplórios, se casando muito
bem com a arte, mas não quer dizer que facilite a mente do leitor que lê a
historia.
A trama começa a se tornar
gradualmente um verdadeiro quebra cabeças, principalmente quando entra em cena uma
professora (ausente na adaptação) que tem interligação com o passado de Goto e
com o grande vilão da trama que o prendeu durante dez anos em um quarto. Mas
assim como no filme, talvez o protagonista esteja indo para o caminho errado em
busca das respostas. A questão não é achar o motivo de o vilão tê-lo prendido, mas
sim porque tê-lo soltado. Ou melhor: porque soltar Goto depois de tantos anos
preso?
A resposta(s) será relevada
nas ultimas duas edições publicadas pela editora Nova Sampa, que se em parte está
de parabéns por ter trazido esse ótimo manga para o nosso país, por outro lado
peca em não publicar nenhuma menção ao filme que revelou o cinema Coreano ao mundo.
Quem sabe nas duas ultimas edições eles corrigem esse erro grotesco.
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2 comentários:
Assisti esse filme, é muito bom, instigante, faz a gente pensar em um monte de coisas, um filme muito tocante também, e, denso.
Se gostou muito do filme Carla, recomendo então que leia a HQ que se encontra nas melhores lojas de HQ como a tutatis de Porto Alegre.
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