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Sapucaia do Sul/Porto Alegre, RS, Brazil
Sócio e divulgador do Clube de Cinema de Porto Alegre, frequentador dos cursos do Cine Um (tendo já mais de 100 certificados) e ministrante do curso Christopher Nolan - A Representação da Realidade. Já fui colaborador de sites como A Hora do Cinema, Cinema Sem Frescura, Cinema e Movimento, Cinesofia e Teoria Geek. Sou uma pessoa fanática pelo cinema, HQ, Livros, música clássica, contemporânea, mas acima de tudo pela 7ª arte. Me acompanhem no meu: Twitter: @cinemaanosluz Facebook: Marcelo Castro Moraes ou me escrevam para marcelojs1@outlook.com ou beniciodeltoroster@gmail.com

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terça-feira, 2 de julho de 2013

Cine Dica: Dossiê Jango


Sinopse: João Goulart havia sido eleito democraticamente presidente do Brasil, mas foi expulso do cargo após o golpe de Estado de 1 de abril de 1964. Depois disso, Jango viveu exilado na Argentina, onde morreu em 1976. As circunstâncias de sua morte no país vizinho não foram bem explicadas até hoje. Seu corpo foi enterrado imediatamente após a sua morte, aumentando as suspeitas de assassinato premeditado. Este documentário traz o assunto de volta à tona e tenta esclarecer publicamente alguns fatos obscuros da história do Brasil.

Se eu paro por um momento e olho para traz, percebo a enorme quantidade de títulos brasileiros que foram lançados recentemente e que foca exclusivamente eventos do período da ditadura militar, desde os documentários há tramas fictícias. O diretor Paulo Henrique Fontenelle (Loki) decide se aventurar, ao adentrar num verdadeiro quebra cabeças sobre a vida e a morte de João Goulart, que até hoje existe mais perguntas do que respostas. Assim como o genial O Diário de uma Busca, a produção lembra por vezes um filme investigativo, onde tanto o cineasta como as pessoas ligada a Goulart tentam destrinchar cada parte dessa complicada historia.
Curiosamente, o filme surpreende ao mostrar de uma forma explicita os verdadeiros peões que foram responsáveis pela queda do Presidente, sendo que para nossa surpresa, o próprio governo dos EUA é que acabou se envolvendo em meio aos bastidores, pois acreditavam que a forma que Goulart estava administrando o País, acabaria levando o governo para uma situação bem pior.  Atualmente fica meio difícil imaginar se foi para melhor ou para pior a intervenção dos americanos, mas o resto da historia todos nos conhecemos: o golpe de 1964 em que os militares tomaram o governo e o exílio de João Goulart na Argentina. A partir desse ponto Fontenelle começa a focar inúmeras coincidências durante aquele fatídico período, como a morte dos aliados do ex Presidente em pouco espaço de tempo e a morte do próprio em que até hoje está sob investigação.
A investigação dos produtores dos documentários chega a um ponto, em que tudo que é apresentado na tela se torna uma verdadeira teia de eventos, que acaba formando uma imensa  teoria da conspiração, em que nos leva a um surpreendente encontro do filho de Goulart com uma figura que só não direi quem é para não estragar a surpresa. Embora o filme tenha começo, meio e fim, os minutos finais terminam em aberto para o espectador, pois as investigações da morte do ex Presidente ainda prosseguem, assim como também as inúmeras investigações sobre os desaparecimentos e mortes de inúmeras pessoas daquele complicado período. Um filme para ser visto por todos e como um alerta para que tempos como aqueles não voltem mais.   


NOTA: O filme ainda não se encontra em cartaz, sendo que eu o assisti numa sessão especial pelo Cine Clube Zero Hora.   


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2 comentários:

renatocinema disse...

Amo documentários históricos. Porém, sempre devemos lembrar que ele possui um ponto inicial em que o diretor direciona a câmera para sua visão.

Não sei o Brasil estaria melhor ou pior a queda do Jango.......igual jamais.

Te indico o documentário Hércules 56.

Imperdível.

abs

Marcelo Castro Moraes disse...

Anotado Renato