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Sócio e divulgador do Clube de Cinema de Porto Alegre, frequentador dos cursos do Cine Um (tendo já mais de 100 certificados) e ministrante do curso Christopher Nolan - A Representação da Realidade. Já fui colaborador de sites como A Hora do Cinema, Cinema Sem Frescura, Cinema e Movimento, Cinesofia e Teoria Geek. Sou uma pessoa fanática pelo cinema, HQ, Livros, música clássica, contemporânea, mas acima de tudo pela 7ª arte. Me acompanhem no meu: Twitter: @cinemaanosluz Facebook: Marcelo Castro Moraes ou me escrevam para marcelojs1@outlook.com ou beniciodeltoroster@gmail.com

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quarta-feira, 4 de dezembro de 2024

Cine Dica: Streaming - 'Robô Selvagem'

Sinopse: Robô naufraga em uma ilha desabitada e precisa aprender a se adaptar ao ambiente hostil. 

No início dos anos 2000, a DreamWorks Animation havia se tornado a principal rival da Disney, ao lançar animações divertidas e cujo carro chefe era a sua franquia "Sherk".  Porém, no decorrer dos anos, a mesma acabou decaindo em continuações desnecessárias, personagens desinteressantes e histórias rasas. "Robô Selvagem" (2024) vem para revitalizar em termos de criatividade e provando que toda boa animação precisa também de coração.

Dirigido por Chris Sanders, de "Como Treinar o Seu Dragão" (2010), acompanhamos as aventuras do robô chamado Roz, criado por uma grande empresa para auxiliar pessoas que precisam de ajuda. Porém, durante um naufrágio, Roz acaba parando em uma ilha cheia de animais silvestres e dentre eles ela faz amizade com uma raposa chamada Astuto. Ao mesmo tempo, Roz cria um pequeno filhote de ganso e desse relacionamento nasceu uma incrível história de amor e superação.

Embora a trama aparente ser original, ela possui certos elementos narrativos que nos lembram de outros filmes animados, em especial da concorrente Disney/Pixar e que vai de "WALL-E" (2008) a "Zootopia" (2016). Porém, isso não diminui a qualidade da animação como um todo, principalmente pelo seu visual lírico e cheio de detalhes vindos daquela floresta que me fez relembrar os bons tempos que assistia a série animada "Animais do Bosque dos Vinténs" através da TV Cultura. Além disso, o longa transita entre elementos de computação para o desenho até mesmo tradicional e mantendo essa tendência sentida vinda dos estúdios desde "Homem-Aranha no Aranhaverso" (2018).

Mas é no desenvolvimento dos personagens que o filme nos conquista, principalmente pela forma gradual como Roz vai ganhando maior personalidade a partir da sua interação entre os animais, especial com o pequeno ganso e a raposa Astuto. Ao serem personagens carismáticos nós acabamos se importando com eles, ao ponto de temermos o pior que está por vir e que pode ser, ou não, a chegada do homem. Curiosamente, o retrato visto aqui sobre a humanidade fica somente pela superfície, sendo que dá a entender que a mesma sofreu com as mudanças climáticas, mas sobrevivendo através da tecnologia avançada.

O filme toca em um assunto até mesmo espinhoso, porém, muito bem vindo com relação ao sistema cheio de regras que é imposto a Roz, mas que ela precisa quebrá-los para então seguir os seus próprios sentimentos. Uma mensagem interessante para passar a essa nova geração tão presa ao sistema cheio de regras, redes sociais e que fazem diversas pessoas de hoje se desprenderem cada vez mais do mundo real. Nada melhor que um filme para todas as idades e que nos passe certas lições e que nos crie uma boa reflexão.

"Robô Selvagem" é um sinal de que há ainda vida inteligente dentro do estúdio DreamWorks Animation e que tem a capacidade de construir uma história inteligente, reflexiva e emocional na medida certa. 

Onde Assistir: Apple tv, Goople Play Filmes e Amazon Prime Vídeo  

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Cine Dica: DIVULGADA A PROGRAMAÇÃO DA SEMANA MUNDIAL DA CINEFILIA EM PORTO ALEGRE



De 10 a 15 de dezembro, a Semana Mundial da Cinefilia apresentará na Cinemateca Capitólio sessões duplas apresentadas por convidados dos dois países, clássicos inesperados, obscuridades preciosas de diversas cinematografias, e projeções especiais em 35mm de obras produzidas no Brasil e na Argentina.

Programação completa: https://www.capitolio.org.br/novidades/8011/semana-mundial-da-cinefilia-programacao/

Na terça-feira, 10 de dezembro, a sessão de abertura apresenta uma obra-prima desconhecida do mestre italiano Luigi Comencini: A Maleta dos Sonhos. Lançado em 1953, a obra narra história de um velho ator do cinema mudo que ganha a vida projetando filmes condenados à destruição. No domingo, 15 de dezembro, a sessão de encerramento da mostra apresenta uma projeção em 35mm de Falsa Loura, o último longa-metragem do diretor brasileiro Carlos Reichenbach, lançado em 2007.

A Selección oficial apresentará três sessões duplas elaborados por programadores convidados a partir da inspiração de um marco do punk argentino, o álbum Si el placer es un pecado… bienvenidos al Infierno, da banda Flema.

O diálogo entre as cinematografias argentinas e brasileiras é a tônica desta edição: veremos, lado a lado, curtas essenciais das diretoras pioneiras Helena Solberg, do Brasil, e Eva Landeck, da Argentina; filmes noir produzidos nos dois países; e dois longas-metragens de um grande mestre argentino que foi protagonista da história do cinema nos dois territórios: Carlos Hugo Christensen.

A amizade também se celebra com presentes: um filme surpresa com a participação de Odete Lara, será exibido em 35mm, em uma cortesia do Museo del Cine, de Buenos Aires. Vento Norte, de Salomão Scliar, o primeiro longa de ficção do cinema sonoro produzido no RS, será exibido no mesmo formato, com a cópia em 35mm acervada no Museu da Comunicação Hipólito José da Costa, instituição parceira da Cinemateca Capitólio.

No foco Hoteles japoneses, um passeio pela história do cinema japonês revela a presença dos hotéis em obras realizadas em diferentes períodos por Yasujiro Ozu, Hiroshi Shimizu, Mikio Naruse, Chusei Sone e Shinji Sômai.

Para completar a semana de alegria cinéfila, a programação apresentará a edição 300 do Projeto Raros, a sessão mais tradicional da cinefilia porto-alegrense, iniciada em 2003 na Sala P. F. Gastal da Usina do Gasômetro. A maratona festiva começa na noite da sexta-feira 13, às 23h, com a exibição da cópia restaurada do cultuado longa brasileiro Onda Nova, de José Antônio Garcia e Ícaro Martins, e segue até a manhã de sábado com filmes que narram histórias insólitas, perigosas e pitorescas no mundo do cinema.


GRADE DE HORÁRIOS

10 de dezembro (terça-feira)

20h – A Maleta dos Sonhos (Luigi Comencini, 1953, 84 minutos)


11 de dezembro (quarta-feira)

15h30 – Hoteles japoneses: Nuvens Dispersas (Mikio Naruse, 1967, 108 minutos)

18h – Helena y Eva (A entrevista 19′, Horas extras 17′, Meio-dia 10′, O emprego 25′) + conversa sobre a programação

20h30 – Souvenir brasileiro: Memória (Roberto Henkin, 1990, 14 minutos) + Vento Norte (Salomão Scliar, 1951, 75 minutos) 35mm


12 de dezembro (quinta-feira)

15h – Hoteles japoneses: Grampo Ornamental (Hiroshi Shimizu, 1941, 75 minutos)

16h30 – Hoteles japoneses: Love Hotel (Shinji Somai, 1985, 88 minutos)

18h – SELECCIÓN OFICIAL: A Vida de um Homem Amoroso (Yukio Abe, 1991, 55 minutos) + L.A. Plays Itself (Fred Halsted, 1972, 55 minutos)

20h30 – SELECCIÓN OFICIAL: Uma Menina Decente (Klaus Lemke, Peter Hajek, 1968, 10 minutos) + Rocker (Klaus Lemke, 1972, 86 minutos)


13 de dezembro (sexta-feira)

15h – Hoteles japoneses: Dias de Juventude (Yasujirô Ozu, 1928, 104 minutos)

17h – Hoteles japoneses: Tripas de Anjo: Sala Vermelha (Chûsei Sone, 1979, 76 minutos)

18h30 – SELECCIÓN OFICIAL: Os Homens que Eu Tive (Tereza Trautman, 1973, 80 minutos)

20h30 – SELECCIÓN OFICIAL: Não Quero Ser Um Homem (Ernst Lubitsch, 1918, 45 minutos)


PROJETO RAROS 300

23h – Onda Nova (José Antônio Garcia e Ícaro Martins, 1983, 93 minutos)

01h – Crime Wave (John Paizs, 1985, 80 minutos)

02h45 – Hollywood 90028 (Christina Hornisher, 1973, 87 minutos)

04h30 – Drive-in (Rod Amateau, 1976, 96 minutos)


14 de dezembro (sábado)

15h – Noir criollo vs. Noir caboclo: A Besta Deve Morrer (Román Viñoly Barreto, 1952, 95 minutos)

17h – SELECCIÓN OFICIAL: Arrebato (Ivan Zulueta, 1979, 105 minutos)

19h – SELECCIÓN OFICIAL: Travolta e Eu (Patricia Mazuy, 1993, 60 minutos)

20h30 – Souvenir argentino: Sábado à Noite, Cinema (Fernando Ayala, 1960, 97 minutos) 35mm


15 de dezembro (domingo)

15h – Noir criollo vs. Noir caboclo: Veneno (Gianni Pons, 1952, 75 minutos)

16h30 – Christensen Argentino: Nunca Abras Essa Porta (Carlos Hugo Christensen, 1952, 85 minutos)

18h – Christensen Brasileiro: O Homem Sensorial (Eugenio Puppo, 2013, 15 minutos) + O Menino e o Vento (Carlos Hugo Christensen, 1967, 100 minutos) 35mm

20h30 – Encerramento: Falsa Loura (Carlos Reichenbach, 2007, 103 minutos) 35mm

terça-feira, 3 de dezembro de 2024

Cine Dica: Em Cartaz - 'Moana 2'

Sinopse: Moana viaja para os mares distantes depois de receber uma ligação inesperada de seus ancestrais.

"Moana" (2017) é um daqueles casos em que os Deuses do cinema sorriram para os estúdios Disney e nascedo assim um clássico instantâneo. Ao explorar o universo dos povos das ilhas da Polinésia, o filme não somente provou o seu lado diversificado, como também soube conquistar aquele público que estava esperando por algo novo.

Inicialmente projetado para ser uma série de tv, "Moana 2" (2024) tem a missão ingrata de dar continuidade ao sucesso do filme original, mas não significa que isso é de todo mal. Na trama, acompanhamos o reencontro de Moana e Maui para uma nova aventura pelos mares. Passados três anos desde a última jornada marítima, um chamado de seus ancestrais leva a jovem polinésia Moana de volta para águas perigosas e distantes da Oceania com um grupo improvável de marinheiros.

Com a ajuda também do semideus Maui, ela deve quebrar uma maldição terrível que um deus cruel e com sede de poder colocou sobre uma das ilhas de seu povo. A história segue uma linha narrativa similar se formos comparar a obra original, principalmente ao vermos Moana novamente buscar novos horizontes e para assim chegar em um novo patamar, tanto para ela, como também para o seu povo. Por conta disso ela embarca em uma jornada que nos passa a impressão que ela poderia ser melhor encaixada em uma série de tv, principalmente em passagens da trama em que se fecha um núcleo narrativo e começa outro.

Neste ponto, portanto, se nota que o estúdio correu o risco de desperdiçar um grande projeto, mas que na visão deles se encaixaria na tela grande e nisso não posso negar, pois assim como o original, essa segunda parte precisa ser vista na tela grande.  Ao menos visualmente o filme ainda é um espetáculo de um verdadeiro show de luz e cores e cuja as cenas ganham até mesmo uma nova dimensão para aqueles que forem assistir no formato em 3D. Esses momentos, por exemplo, são embalados pelos já costumeiros números musicais e dos quais colocam os personagens em meio aos momentos em que a fantasia e realidade se entrelaçam de forma corriqueira para dizer o mínimo.

É uma pena que quase nenhuma dessas músicas não se tornaram tão marcantes quanto a música "Saber Quem Sou" e que conquistou o coração de inúmeras meninas pelo mundo afora. Dos personagens novos se destaca uma aparentemente vilanesca, Matangi (Lara Suleiman) que simplesmente rouba a cena mesmo em pouco mais de dez minutos de cena. E se por um lado os parentes de Moana não se empolgam durante essa cruzada, o mesmo não se pode dizer de Maui que novamente rouba a cena graças a sua personalidade cativante e pretensiosa.

Não me surpreenderia se futuramente o personagem tivesse o seu próprio filme. O ato final nos entrega momentos emocionantes, principalmente em uma cena que fará muitos chorarem, mas para logo em seguida enxugar as lágrimas para os momentos alegres. Se por um lado a jornada de nossa heroína termina bem, do outro, o estúdio já começa a preparar dicas sobre uma eventual terceira parte e fazendo com que Moana tenha novos desafios pela frente. A própria Disney, portanto, se rende a famigerada cena pós-crédito, mas que ao meu ver essa ideia já se encontra cansada até mesmo dentro dos filmes da Marvel.

Apesar de não superar a aventura anterior, "Moana 2" é uma agradável, colorida e emocionante aventura  que levará o público aplaudir sem medo algum.  

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Cine Dica: PROGRAMAÇÃO CINEBANCÁRIOS DE 05 A 11 DE DEZEMBRO DE 2024

 ESTREIA:


OS SONHOS DE PEPE

Uruguai/ Documentário/2024/ 86min

Direção: Pablo Tropo

Sinopse: Em um planeta a caminho do colapso climático, onde a humanidade persegue um modelo predatório de desenvolvimento e consumo, a filosofia do ex-presidente do Uruguai, Pepe Mujica, acende um alerta em todos nós. O sonho de Pepe é deixar um planeta melhor para as gerações futuras. No entanto, o tempo está se esgotando e não pode ser recuperado.


EM CARTAZ:

MALU

Brasil/Ficção/ 2024/ 103 min.

Direção: Pedro Freire

Sinopse: Malu, uma mulher de meia idade com um passado glorioso, se vê presa em um caos existencial. A complexa relação com sua mãe conservadora e com sua filha adulta torna a crise ainda mais aguda, em meio a momentos de carinho e alegria entre as três. Um retrato de uma mulher em busca da melhor versão de si mesma.

Elenco: Yara de Novaes, Juliana Carneiro da Cunha, Carol Duarte, Átila Bee´


O CLUBE DAS MULHERES DE NEGÓCIOS

Brasil/ ficção/ 2024/ 95 min.

Direção: Anna Muylaert

Sinopse:Ambientado em um mundo onde os estereótipos de gêneros são invertidos, mulheres ocupam posições de poder que normalmente são ocupados por homens, e homens cumprem os papeis de serem socialmente submissos. O Clube das Mulheres de Negócios aborda questões emergentes não apenas do machismo, mas também do racismo, do classismo e da corrupção, enraizados na cultura patriarcal do Brasil e do mundo.

Elenco: Rafael Vitti, Luis Miranda, Irene Ravache


HORÁRIOS DE 05 a 11 DE DEZEMBRO(não há sessões nas segundas):

15h: MALU

17h: O CLUBE DAS MULHERES DE NEGÓCIOS

19h: OS SONHOS DE PEPE


Ingressos: Os ingressos podem ser adquiridos a R$ 12 na bilheteria do CineBancários. Idosos (as), estudantes, bancários (as), jornalistas sindicalizados (as), portadores de ID Jovem e pessoas com deficiência pagam R$ 6. São aceitos cartões nas bandeiras Banricompras, Visa, MasterCard e Elo. Na quinta-feira, a meia-entrada é para todos e todas.

EM TODAS AS QUINTAS TEMOS A PROMOÇÃO QUE REDUZ O VALOR DO INGRESSO PARA TODOS E EM TODAS AS SESSÕES PARA R$ 6,00.


C i n e B a n c á r i o s 

Rua General Câmara, 424, Centro 

Porto Alegre - RS - CEP 90010-230 

Fone: 51- 30309405

segunda-feira, 2 de dezembro de 2024

Cine Especial: Clube de Cinema - 'O Pequeno Diabo'

 Nota: Filme para associados no dia 30/11/24 

Sinopse: O Pequeno Diabo conta a história de um padre que, durante um exorcismo, se depara com um demônio que, em vez de partir, decide permanecer ao seu lado.  

O brasileiro não gosta de Roberto Benigni. Dito isso talvez alguns se perguntem porque, mas a história se encontra lá atrás, mais precisamente na noite do Oscar de 1999. Roberto Benigni estava concorrendo ao Oscar de melhor direção, ator e filme estrangeiro pelo seu "A Vida é Bela" (1998) enquanto nós estávamos torcendo para o nosso "Central do Brasil" (1998). Ao final da história todos nós conhecemos, sendo que posteriormente foi revelado que o produtor da Miramax da época ,Harvey Weinstein, recebeu muitos votos para os seus filmes através de jantares particulares e fazendo daquela noite uma das piores da história do cinema.

Mas verdade seja dita, Roberto Benigni talvez não tivesse culpa com relação a tudo isso, sendo que quando vejo seus filmes eles nada mais são do que puras comédias italianas, das quais até mesmo serviram de inspiração para o nosso próprio cinema ao longo da história. Porém, naquela época do Oscar de 1999 eu ainda era jovem e não estava caindo de cabeça 100% como eu faço hoje em dia com relação ao cinema e a filmografia de Roberto Benigni ainda era para mim um tanto quanto desconhecida. Bom exemplo disso é esse "O Pequeno Diabo" (1988), filme puramente Benigni e cujo seu humor remete a tempos mais inocentes da comédia.

Na trama, Roberto Benigni é o diabo em pessoa. Com 400 anos de idade, ele está cansado de sua monótona vida no inferno. Na busca de novos "ares", o pequeno e ingênuo diabo resolve encarnar-se em uma mulher gorda chamada Giuditta. Para ajudá-la, o padre provinciano Maurice (Walter Matthau) é chamado e realiza o exorcismo. Mas o maligno Ser está relutante em retornar para "casa" e por isso, resolveu esconder-se na igreja, decidido a atormentar a vida do pobre padre.

Foi uma grande surpresa para mim testemunhar Walter Matthau nesta produção italiana, mas a escolha não poderia ser mais do que acertada, já que a química entre ele e Benigni é digna de nota. Já o ator e diretor parece sempre interpretar o mesmo tipo de personagem, mesmo com origens diferentes, mas é interessante observar de como ele nos transmite tamanha energia em cena, como se cada momento fosse uma bela desculpa para ele colocar para fora a sua força interior. No caso deste filme, ao ser um Diabo inocente perante ao mundo em que ele pisa acaba se tornando uma bela desculpa do filme explorar questões sobre o que nos faz sermos humanos hoje em dia.

Por conta disso, nos deliciamos quando ele interage com as pessoas, enquanto essas mesmas acabam baixando a guarda perante a situação, já que ninguém sabe lidar com alguém que parece que a recém nasceu para aquela realidade. Ao assistir o filme se percebe similaridade com outras obras, onde o protagonista vai seguindo em frente mesmo com toda a sua ingenuidade e ao mesmo tempo fazendo com as pessoas em sua volta tenham até mesmo os seus destinos modificados ao longo dessa encruzilhada que chamamos de vida.

Destaque para Nicoletta Braschi, uma das musas do diretor ao longo da carreira, que aqui interpreta uma intrigante personagem que surge do nada, mas que leva o nosso ingênuo protagonista para os grandes prazeres da vida. O filme como um todo é um convite do realizador para nos ensinar a desfrutar da vida ao máximo, mesmo quando ela nos leve para situações que não correspondiam com os nossos planos. O brasileiro pode até não gostar de Roberto Benigni, mas nunca é demais deixar de lado certas rivalidades.

"O Pequeno Diabo" é um pequeno clássico do cinema Italiano e que sintetiza toda a energia de Roberto Benigni como um todo.

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Cine Dica: CINEMATECA CAPITÓLIO PROGRAMAÇÃO 05 a 11 de dezembro de 2024

PRÉ-ESTREIA DE FILME INDIANO

Nesta quinta-feira, 05 de dezembro, às 19h, a Cinemateca Capitólio apresenta uma sessão de pré-estreia do filme indiano Tudo Que Imaginamos Como Luz, da diretora Payal Kapadia, vencedora do Prêmio do Juri no Festival de Cannes. O filme entra em cartaz em janeiro. O valor do ingresso é R$ 16,00.


Mais informações: https://www.capitolio.org.br/eventos/7999/tudo-o-que-imaginamos-como-luz/


FILMES DE BERNARDO ZANOTTA

Na sexta-feira, 06 de dezembro, às 19h, a Cinemateca Capitólio apresenta uma sessão com dois filmes do diretor Bernardo Zanotta: Wild Fruits (2024) e Insieme Insieme (2020). O diretor participa de uma conversa após a sessão. Entrada franca.


Mais informações: https://www.capitolio.org.br/eventos/7997/wild-fruits-insieme-insieme-debate/


BICENTENÁRIO DA IMIGRAÇÃO ALEMÃ

Nos dias 07 e 08 de dezembro, a Cinemateca Capitólio apresenta duas sessões da mostra Bicentenário: um programa com dois curtas da produtora Pátio Vazio e exibição da nova digitalização de Os Mucker, de Jorge Bodanzsky e Wolf Gauer. A programação foi concebida pelo Goethe-Institut de Porto Alegre para celebrar os 200 anos da imigração alemã no Brasil, e apresenta exibições em quatro espaços na cidade. Entrada franca.


Mais informações:

https://www.capitolio.org.br/eventos/8002/os-olhos-na-mata-e-o-gosto-na-agua-urban-solutions/

https://www.capitolio.org.br/eventos/8004/os-mucker/


GRADE DE HORÁRIOS

05 a 11 de dezembro de 2024


05 de dezembro (quinta-feira)

15h – 171

17h – Malu

19h – Tudo Que Imaginamos Como Luz (pré-estreia)


06 de dezembro (sexta-feira)

15h – 171

17h – Malu

19h – Wild Fruits + Insieme Insieme


07 de dezembro (sábado)

15h – 171

17h – Malu

19h – Urban Solutions + Os Olhos na Mata e o Gosto na Água


08 de dezembro (domingo)

15h – Os Mucker

17h – 7 Minutos

19h – Cadim + Tia Virgínia


10 de dezembro (terça-feira)

15h – Tudo Que Imaginamos Como Luz (pré-estreia)

17h – Malu

20h – A Maleta dos Sonhos


11 de dezembro (quarta-feira)

15h30 – Nuvens Dispersas

18h – Helena Solberg e Eva Landeck

20h30 – Memória + Vento Norte

Cine Dica: Próxima Sessão CineClube Torres - 'Quase Samba'

 Na primeira segunda feira de dezembro, dia 2 às 20h, o Cineclube Torres vai participar da 1a Semana do Samba de Torres com uma exibição especial do filme "Quase Samba" de Ricardo Targino.

A exibição integra a 1ª Semana do Samba de Torres, que prevê uma série de atividades e encontros, com a organização da Casa Odara, parceria e apoio do Cineclube Torres e Muitas Luas. A sessão da próxima segunda, dia 2, Dia Nacional do Samba, será alusiva a este estilo musical cheio de gingado e melodia que estimula a dança e exige perícia na harmonia e no ritmo de todos os músicos envolvidos na roda.

O filme selecionado para a efeméride é o filme "Quase Samba" de Ricardo Targino, exibido a partir da parceria com a Taturana, plataforma de mobilização social pela difusão de audiovisuais com conteúdo político social. Produção brasileira de 2015 o samba aparece num contexto de periferia, com suas problemáticas socioeconômicas, junto a temas como a dignidade feminina e LGBTQIAPN+: Teresa (Mariene de Castro) é uma cantora de samba, que mora na Baixada Fluminense, no Rio de Janeiro; mãe solteira de um filho pequeno, ela está grávida do segundo filho, e luta para sustentar a família.

“Quase Samba” é uma produção da Bananeira Filmes e traz no elenco a cantora e atriz Mariene de Castro, João Baldasserini, Cadu Fávero, além das participações especiais de Arnaldo Antunes e Eron Cordeiro. "Nem tão “popular” nem tão “autoral”, Quase Samba surge como incógnita, a tatear numa tradição do cinema brasileiro historicamente desafiadora" (Marcelo Miranda, Cinética)

A sessão, com entrada franca, integra a programação continuada realizada na Sala Audiovisual Gilda e Leonardo, pelo Cineclube Torres, associação sem fins lucrativos com 13 anos de história, em atividade desde 2011, Ponto de Cultura certificado pela Lei Cultura Viva federal e estadual, Ponto de Memória pelo IBRAM, Sala de Espetáculos e Equipamento de Animação Turística certificada pelo Ministério do Turismo (Cadastur), contando para isso com a parceria e o patrocínio da Up Idiomas Torres.

Serviço:

O que: Exibição de "Quase Samba", de Ricardo Targino, ficção, 90min., 2013.

Onde: Sala Audiovisual Gilda e Leonardo, junto à escola Up Idiomas, Rua Cincinato Borges 420, Torres

Quando: Segunda-feira, dia 2/12, às 20h.

Ingressos: Entrada Franca, até lotação do local (aprox. 22 pessoas).

Cineclube Torres

Associação sem fins lucrativos

Ponto de Cultura – Lei Federal e Estadual Cultura Viva

Ponto de Memória – Instituto Brasileiro de Museus

CNPJ 15.324.175/0001-21

Registro ANCINE n. 33764

Produtor Cultural Estadual n. 4917