sexta-feira, 30 de dezembro de 2011

Cine Especial: Retrospectiva 2011: FINAL!

OS DEZ MELHORES FILMES DE 2011!
Por fim, Cinema Cem Anos luz, encerra suas postagens de 2011, onde eu encerro listando os dez melhores filmes deste ano. A pergunta que fica no ar é: Foi um bom ano? Alguns críticos por ai, disseram que foi um ano meio que fraco, mas eles se baseiam somente no cinema americano, que convenhamos, vive uma verdadeira crise de falta de idéias, que felizmente, isso não acontece com os pequenos filmes de lá, os independentes que vêm surpreendendo cada vez mais, desde os anos noventa, enquanto as produções de grande orçamento (com algumas exceções) tem só decepcionado. Mas o cinema em si é global, temos boas opções, saídos da frança, Argentina, Espanha, e logicamente, aqui do Brasil, que provou que cinema brasileiro, não fica preso na mesma formula, e se arrisca em outros terrenos, como a ficção O Homem Do Futuro e potencial para ótimos documentários como O Lixo Extraordinário.
E para aqueles que me acompanham por aqui, já adianto, que talvez saio um pouco de cena, para recarregar as baterias e aproveitar mais as férias que eu estou curtindo. Mas como eu sou viciado em escrever, sobre o que eu acho dos filmes que eu assisto, não se surpreendam que eu apareça mais cedo do que se imagina, principalmente porque em breve, participarei de mais um curso pelo CENA UM (Cinema de Horror) e portanto, aguardem novos especiais por aqui.
Além da lista e dos textos abaixo, cliquem nos títulos para lerem as criticas que eu escrevi na época.

DESEJO A TODOS UM FELIZ 2012 E ANO QUE VEM TEM MAIS!



O diretor Darren Aronofsky já havia provado que se pode criar um filme de terror (em Réquiem Para Um Sonho), onde o verdadeiro horror pode estar em nossas próprias mentes. Apesar de possuir elementos que lembram clássicos como O Inquilino e a Repulsa do Sexo (ambos de Polanski) Cisne Negro fala por si, com cenas arrebatadoras (com o impressionante ato final) e um dos grandes desempenhos dos últimos anos, que é de Natalie Portman, que desde O Profissional, sabia que essa jovem atriz iria longe.
O filme que me fez mudar minha opinião sobre Juliette Binoche, que antes, não considerava como uma boa atriz, mas as coisas mudam, e esse filme, me fez mudar de opinião completamente. Foi com esse filme também, que tive o prazer de conhecer o talento do diretor iraniano Abbas Kiarostami, que antes desse, havia criado uma filmografia impecável, onde pode se ver, inúmeros elementos que ele usaria neste filme (como no filme Dez). Com uma trama simples, mas eficaz, o filme nos leva a inúmeras interpretações sobre aquele casal central e quando a trama termina, ficamos com a pulga atrás da orelha sobre a verdadeira origem do encontro de ambos.

Acredito que o que Lars Von trier está querendo fazer, é uma trilogia do terror psicológico, apartir do filme anticristo. Embora as tramas sejam completamente diferentes, o que vemos em Melancolia, em comum com o anterior, é que são personagens sofrendo um terror interior, que simplesmente eles não podem se desvencilhar, e tudo que podem fazer, são abraçar o inevitável. Com um prólogo e epilogo arrebatadores, o filme apresenta um dos melhores desempenhos de Kirsten Dunst, que prova que vivera bem sem a cine serie do Homem Aranha.

Uns aman e outros odeiam completamente. Mas esses últimos que não gostaram do filme, deveriam ter se informado mais sobre onde estavam pisando, pois o que pode se esperar de um diretor (Terrence Malick) que teve a capacidade de sempre esperar “a hora magica do dia”, para filmar todas as cenas do clássico Cinzas do Paraíso?
Se soubessem disso, teriam mais ou menos uma base do que esperar desse enigmático A árvore da Vida, onde explora os significados sobre a união da família, interligados com a origem da vida, da morte, do que nos somos, para onde vamos e o que é exatamente o contato do ser humano com a natureza em volta. Ou então, o que isso tudo tem haver com Deus ou com o acaso? Como eu disse, ame ou odeie!

Por um momento, Pedro Almodóvar não parecia ele mesmo no inicio desse filme, mas isso foi apenas uma forma dele se inovar e criar uma trama completamente diferente de tudo que ele já fez. Mas ao mesmo tempo, conseguiu colocar todos os seus elementos (como crise de identidade) que tanto usou em seus filmes anteriores, e criar algo novo, mas que soa familiar, se comparado ao que fez no passado. O filme também marca o retorno da parceria dele com Antonio Bandeiras, que cá pra nós, viver só de Gatos de Botas não rende.

É bem da verdade, que os melhores filmes de Wood Allen, ainda são do inicio de sua carreira, mas convenhamos, o diretor tem surpreendido, ao largar o território americano e filmar em outros países. Dessa deliciosa nova safra, Meia Noite em Paris provou ser um dos seus melhores vinhos, ao criar uma historia mágica, que presta uma bela homenagem ao cinema, artes plásticas, literatura, e acima de tudo a própria capital francesa.

O novo cinema Argentino tem nos surpreendido cada vez mais, provando que O Segredo Dos Seus Olhos, não foi algo isolado. Novamente com o astro do momento de lá (Ricardo Darin) a trama acompanha a união inusitada desse ultimo, com o chinês (Ignacio Huang) que a principio, eles não tem ligação nenhuma, mas bem da verdade, as coisas são bem assim, e conforme o tempo passa, irão se ajudar um ao outro. Uma comedia dramática deliciosa e reflexiva.

Foi apartir de Cheiro do Ralo, que Selton Mello, provou para mim de uma vez por todas que era um dos melhores atores brasileiros atualmente, mas não é que ele é bom atrás das câmeras também!
Com uma trama deliciosa, com cores quentes, o filme acompanha a trajetória de um jovem palhaço em busca de sua própria identidade. Um raro caso do cinema brasileiro, que estreou de uma forma discreta, e logo foi conquistando o publico e a critica.


Tinha tudo, mas tudo mesmo, para essa reinvenção do clássico de 1968 dar errado, mas não é que estávamos completamente errados! Com uma trama fresca, acompanhamos o desenvolvimento do chimpanzé Cezar (Andy Serkis, espetacular). De sua origem, para o cativeiro, e de lá, para revolução contra os humanos. Isso pode ser apenas o principio, pois graças ao sucesso de critica e de publico, não me surpreenderia se viesse uma trilogia dessa nova versão. Para um diretor estreante como Rupert Wyartt, começou bem com o pé direito.

Thor e Capitão America foram boas aventuras criadas pela própria Marvel em seus estúdios, mas foi fora de lá (pela Fox) que se criou uma dos melhores filmes de HQ do ano. Com uma trama que se passa antes dos acontecimentos dos filmes anteriores, acompanhamos o desenvolvimento de personagens já conhecidos pelo publico, mas de uma forma não repetitiva, como se tivéssemos conhecendo eles novamente. Surpreendentemente, o filme nos apresenta o que parecia impossível, que é apresentar um desempenho tão bom, quanto de Ian McKellen quando fez Magneto, e Michael Fassbender é a bola da vez! Visto, falando frases de efeito em 300, o ator chamou atenção em Bastardos Inglórios, mas sua consagração finalmente veio por aqui, ao apresentar novas camadas da personalidade desse velho personagem, tão conhecido pelos leitores de HQ. Matthew Vaughn (Kick Ass) provou que o universo mutante no cinema se vive sem Wolverine!



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