O Conto
Sinopse: Jennifer
(Laura Dern) tem uma ótima carreira como documentarista e professora e um
relacionamento repleto de carinho e respeito mútuo com seu noivo, Martin
(Common). Porém, quando sua mãe encontra uma história que ela escreveu para
escola quando tinha 13 anos contando sobre um relacionamento que teve com dois
adultos, ela é obrigada a revisitar um passado traumático e reconciliar suas lembranças
com o que de fato aconteceu com ela.
Tudo o que é visto
nesse filme é muito chocante, já que ele é baseado numa história real, que
virou livro escrito por Jennifer Fox, que também dirigiu o filme brilhantemente.
É um filme difícil de ver, mas extremamente bem feito e correto. A manipulação
da menina pelos dois adultos é realmente difícil de ver. A forma como a mãe
(feita pela sempre maravilhosa Ellen Burstynn) percebe como faltou com seu
apoio nesse momento da vida da filha, é igualmente angustiante. E, é claro,
Laura Dern, atriz tão premiada, está intensa e perfeita.
Ao final há um aviso
de que nenhum menor de idade esteve presente em cenas mais fortes, tendo sido
substituídas por dublês adultos. Isso fica claro na cenas, mas não atrapalha
cena alguma. Muito pelo contrário. Dá um suporte à mensagem muito poderosa do
filme. Para quem tem filhas, é ainda mais difícil de ver, porém, extremamente indispensável.
O Animal Cordial
Sinopse: Inácio é o dono de um
restaurante de classe média, por ele gerenciado com mão de ferro. Tal postura
gera atritos com os funcionários, em especial com o cozinheiro Djair. Quando o
estabelecimento é assaltado por Magno e Nuno, Inácio e a garçonete Sara
precisam encontrar meios para controlar a situação e lidar com os clientes que
ainda estão na casa: o solitário Amadeu e o casal endinheirado Bruno e
Verônica.
O Animal Cordial tem
sido classificado como slasher movie, ou seja, um filme de violência explícita,
sangue em alto grau, corpos esquartejados, o que antigamente se chamava de
“filme com facas, serras elétricas e machados”. A classificação está correta, mas não dá conta da força e
do alcance do surpreendente longa-metragem de estreia de Gabriela Amaral
Almeida, do qual corre o risco de encerrá-lo num nicho e limitar seu público
alvo. Mais do que um microcosmo da sociedade retratado nas entranhas de um restaurante, temos aqui uma microfísica do
poder. É um filme político como poucos. E agora cabe uma digressão sobre as
referências cinematográficas mais evidentes. Filmes em que personagens são
feitos reféns e aterrorizados por criminosos armados são frequentes na história
do cinema. Falou-se com razão no clássico Horas de Desespero (1955), de William
Wyler, como caso paradigmático. A diferença, porém, é que em O Animal Cordial o
terror não é o bandido que vem de fora, não é o psicopata à margem da sociedade
estabelecida. O monstro sanguinário, aqui, é o “cidadão de bem” que estava
dentro o tempo todo. Um filme brasileiro mais atual do que nunca.
Foxtrot
Sinopse: Michael
e Dafna ficam devastados quando oficiais do exército aparecem em sua casa para
anunciar a morte de seu filho Jonathan; enquanto sua esposa sedada descansa,
ele se envolve em um turbilhão de raiva e rivaliza com seu filho morto.
FoxTrot enfrentou críticas
do governo de Israel, por razões óbvias, pois é um filme que mostra o lado
insensato da guerra ininterrupta da região e a incoerência de um povo oprimido
agora ser opressor. É interessante que
Foxtrot fala de guerra mas não possui nenhuma cena de combate. As mortes que
acontecem durante a trama, inclusive, são mortes banais, de momentos
corriqueiros. Isso não impede de o filme ser tenso a cada segundo. É um filme
de detalhes, onde coisas pequenas, que na hora parecem não fazer sentido, logo
significam muito e até mesmo mudam o rumo de toda a trama.
Sua
Melhor História
Sinopse: Durante o London
Blitz de 1940, a roteirista Catrin se junta a uma equipe de filmagem britânica
para tentar fazer um filme patriota para levantar a moral inglesa durante a
Segunda Guerra Mundial.
Dunkiré novamente revisitado nesse filme singelo, engraçado e emocionante. Destaco a
maneira como o filme retrata a maneira que naqueles tempos os realizadores
faziam os filmes. Em tempos de alta tecnologia, é sempre um prazer ver a maneira
que se faziam os filmes em tempos mais dourados.
Desobediência
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a minha crítica já publicada clicando aqui.
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Eu ainda não vi O Animal Cordial. Mas ele tá sendo classificado em todos os sites como ´´terror``.
ResponderExcluirSe é assim, ele faz parte da nova leva de filmes de terror que têm crescido no Brasil.
Sim é um filme de terror, mas ao mesmo tempo ele levanta inúmeras questões como, por exemplo, as divisões de classes que o Brasil se encontra atualmente. O cidadão do bem visto na tela é na verdade o verdadeiro vilão da trama, se é que há uma definição de bem e mal ao longo da história.
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