sexta-feira, 28 de novembro de 2014

Cine Dica: Em Blu-Ray, DVD, Netflix e locação via TV a cabo: Amantes Eternos



Sinopse: A história de amor entre dois vampiros eruditos, Eve (Tilda Swinton) e Adam (Tom Hiddleston), cansados da sociedade atual e profundamente incomodados com a evolução da humanidade. Há séculos eles vivem uma relação de cumplicidade e muito amor, que será abalada pela aproximação da irresponsável irmã caçula da vampira, Ava (Mia Wasikowska). 


Amantes Eternos, para mim, é um dos melhores filmes de vampiros desde Deixe ela Entrar. Aqui não há espaço para romance sem sal estilo Crepúsculo (que fiz questão de botar fora finalmente os DVDs) e também temos poucas cenas rotineiras de terror e suspense. Trata-se de uma experiência um tanto melancolicamente sombria, que explora os problemas da vida eterna de maneira convincente.
Claro, não se pode negar os benefícios de viver ao longo dos séculos: ler quantos livros puder, ver o maior número possível de shows e viver um amor verdadeiro até o fim dos tempos. Mas há algo de errado em uma existência que não seja finita.Por mais que Adam(Tom Hiddleston)  tenha vivido intensamente na companhia de Eve(Tilda Swinton), ele tem dificuldades de levantar de sua própria cama, parece sempre esgotado, com mal humor e começando  a pensar na possibilidade de   suicídio.
O enredo foge de qualquer tipo de formula conhecida e da maioria das vezes desgastada. É mais uma experiência que deve ser aproveitada com total plenitude, tal qual os vampiros fazem quando sorvem o saboroso sangue tipo O negativo.Falando em vampiros, a verdadeira essência dos personagens é revelada gradualmente na trama. O legal é assisti-lo sem saber que é um filme desse tipo de gênero, portanto foi interessante acompanhar as pistas sobre a real identidade do casal de protagonistas, como a preferência pela noite, as coisas  antigas que usam no dia a dia e a compra de sangue no hospital.
Outro ponto interessante são as críticas feitas aos seres humanos em geral. Os vampiros nos chamam de zumbis, acredito que pelo fato de que às vezes fazemos as coisas no piloto automático, sem parar para desfrutar daquilo que temos bem a nossa frente. Percebam como Eve e Adam sentem a beleza das coisas, tanto da natureza como de um belo desempenho musical.
Há ainda espaço para o humor negro, ainda que em poucos momentos. Nesse sentido, o destaque vai para uma cena em que um vampiro lamenta o fato de que hoje em dia não se pode jogar um cadáver no meio do rio qualquer, como era feito antigamente com os que sofriam de tuberculose.
Amantes Eternos exige um pouco de paciência. É um filme mais contemplativo, mas que, se você permitir, te absorve e te hipnotiza com uma fotografia com cores frias que possibilitam inúmeras sensações, inclusive medo, afinal vampiros de hoje, por mais que sejam civilizados, não deixam de ser imprevisíveis em suas ações e seus instintos naturais.  


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