EXIBIDO ANTES DO
FILME DETONA RALPH, DISNEY LANÇA ONLINE ESSE BELO CURTA METRAGEM.
Sinopse: A trama
acompanha um jovem solitário na Nova York do meio do século passado que conhece
uma bela garota durante uma manhã no trem para o trabalho. Ele acaba se
deparando com ela novamente na janela de um arranha-céu do lado oposto do seu
escritório, e tenta desesperadamente chamar a sua atenção.
Pelo visto os estúdios
Disney andam aprendendo os bons costumes de sua aliada Pixar, pois só dessa maneira
para explicar essa pequena, mas genial jóia que eles criaram. Anexado no mais
novo sucesso do estúdio, Detona Ralph, o filme é uma bela homenagem ao cinema
da era de ouro dos anos 40 e 50 e sem sombra de duvida uma singela pequena
historia de amor que nasce a partir do que parece ser uma obra do destino.
Dirigida pela dupla
John Kahrs e Kristina Reed, a animação é uma bela mistura de animação
tradicional com a animação por computador em uma nova técnica chamada Meander.
O resultado final é uma animação que passa fluidez, embalado com uma belíssima fotografia
em preto e branco. Indicado ao Oscar de melhor curta desse ano, essa pequenina jóia
já tem o meu voto e mesmo que não ganhe a estatueta na próxima cerimônia, já
tem o que é mais importante: a simpatia do publico.
Abaixo, assista também como foi criado passo a passo o curta.
Sinopse: O romancista
Calvin (Paul Dano) sofre com perturbador bloqueio criativo que atrapalha o
desenvolvimento de seu último livro. Com problemas também em sua vida pessoal,
começa a criar uma personagem feminina poderia se apaixonar por ele. Daí nasce
Ruby Sparks (Zoe Kazan), que inicialmente é uma personagem dentro de uma
história, mas que pouco depois ganha vida e passa a conviver e se relacionar
com Calvin pessoalmente.
A trama lembra em alguns
momentos, elementos de outros filmes como Mais Estranho que Ficção e até mesmo
Mulher Invisível, mas o filme dirigido pelos cineastas independentes Jonathan
Dayton e Valerie Faris (Pequena Miss Sunchine) fala por si. Isso muito se deve
graças ao engenhoso roteiro escrito pela roteirista Zoe Kazan, que alias, atua
no filme como a namorada perfeita do protagonista. Misturando elementos com absurdo
e a realidade, a trama nos brinda com uma situação em que todos já nos paramos
para nos perguntar: e se pudéssemos criar uma relação amorosa perfeita e de
nossa maneira?
O que a primeira vista
poderia ser um presente dos céus, acaba se tornando aos poucos um martírio para
o protagonista (Paul Dano), que se a principio teve o seu sonho realizado de
fazer o que bem entender com a sua namorada que criou no papel, por outro lado
se da conta que não se pode criar uma relação da sua maneira e que os altos e
baixos de um casal devem sim coexistir junto com os momentos de felicidades,
mesmo quando aqueles nunca vêem. Curiosamente, o que poderia desenrolar para
uma comedia romântica comum, o ato final acaba trazendo momentos dignos de nota,
nos quais se cria até mesmo tensão para o espectador que assiste
Embora oscile para momentos
finais um tanto que previsíveis, é de se tirar o chapéu para um filme, que nos
faz a gente se identificar rapidamente com o casal de protagonistas. Pois
embora tenha momentos do gênero fantástico, nos também passamos por relações amorosas
como essa, mesmo sem o poder de fazer o que bem entender com elas.
AS HISTORIAS QUE NOSSAS BABAS CONTAVAM ERAM MUITO MELHORES
Sinopse: Os jovens
João e Maria foram abandonados pelos pais na sombria floresta e acabam indo
parar na casa de uma malvada bruxa. Mas o que parecia ser o fim acabou se
tornando o começo de uma vida cheia de aventuras, uma vez que eles eliminaram a
malvada e viraram verdadeiros exterminadores de criaturas do mal. Após o
desaparecimento de várias crianças, os dois já adultos (Jeremy Renner e Gemma
Arterton) são contratados pelas autoridades locais para desvendar o mistério.
Só que eles não imaginavam que essa nova missão iria colocá-los diante da
terrível Bruxa Negra (Famke Janssen), pronta para destruir não só a reputação
de excelentes caçadores de bruxas, mas também as suas vidas.
Sempre
quando um gênero faz sucesso, é inevitável que os estúdios comecem a fazer
inúmeros filmes e lançarem rapidamente para o cinema e a bola da vez são os
contos de fadas. Quando Alice no País das Maravilhas faturou mais de um bilhão
em bilheteria mundial, começou uma enxurrada de filmes que seguia a trilha do
sucesso, mas não quer dizer que seriam bem sucedidos. João e Maria: Caçadores
de Bruxas até que possui uma premissa interessante, em mostrar como os irmãos
ficaram (se tornando caçadores de bruxas), após terem queimado a bruxa no
forno, mas é ai que a porca torce o
rabo.
Embora Jeremy Renner (Vingadores) e Gemma Arterton (Fúria de
Titãs) serem ótimos atores, o roteiro não permite um melhor aprofundamento para
cada um de seus personagens. Sendo que quando eles surgem em cena crescidos,
eles já estão caçando inúmeras bruxas, em meio a inúmeros efeitos especiais,
que somente estão ali para entreter o espectador, se é que conseguem fazer isso
é claro. Para piorar, a grande bruxa vilã da historia só está ali para adquirir
poder (como não morrer mais no fogo, por exemplo) e se as ambições não são lá
essas coisas, qualquer atriz, por mais talentosa que fosse colocada ali, não
acrescentaria em nada em num personagem tão limitado. Coube então a pobre Famke Janssen, que desde o final da trilogia X-Men não fez nada mais
significativo, agarrar esse abacaxi quente e que não me surpreenderia que
somente aceitou esse papel, unicamente para pagar contas atrasadas.
Com pouco mais de uma hora e meia de duração, João e Maria: Caçadores de
Bruxas passa uma ligeira sensação, de que produção poderia funcionar muito
melhor como um filme piloto para uma possível série de TV. Como no cinema uma possível
seqüência será difícil acontecer (devido ao inevitável fracasso do primeiro),
os produtores deveriam ter pensado
melhor em investir mais na trama na telinha. Pensando muito alto, a queda
sempre será mais dura.
Sinopse:Baseado no livro
“Team of Rivals: The Genius of Abraham Lincoln”, de Doris Kearns Goodwin, o
filme se passa durante a Guerra Civil norte-americana, que acabou com a vitória
do Norte. Ao mesmo tempo em que se preocupava com o conflito, o o 16º
presidente norte-americano, Abraham Lincoln (Daniel Day-Lewis), travava uma
batalha ainda mais difícil em Washington. Ao lado de seus colegas de partido,
ele tentava passar uma emenda à Constituição dos Estados Unidos que acabava com
a escravidão.
Se existe um grande motivo para se assistir um filme como
esse, a resposta é uma só: Daniel Day Lewis. Novamente o ator se entrega ao
trabalho de corpo e alma, que embora possamos sentir certa limitação do ator ao
interpretar um personagem tão histórico como esse, Lewis deixa a sua marca
registrada, fazendo-se desaparecer por completo no papel e transformando no próprio
Lincoln. Contudo, Lincoln é aquele típico filme que os coadjuvantes roubam a
cena, que aqui, nada mais são que os políticos daquele período, onde cada um se
tornou peça chave para aprovação da liberdade dos escravos.
Dessa turma, Tommy Lee Jones
é que se sobressai, ao interpretar o Deputado Thaddeus Stevens, que além de
roubar a cena toda vez que surge, fica soltando perolas com as suas palavras
fortes, que embora alguns acreditem que não tenham sido reais, adaptado para o
cinema se soou muito bem. Como toda boa adaptação de uma época, o filme possui
uma reconstituição de primeira grandeza e a fotografia escura de Janusz
Kaminski é disparada a favorita para o próximo Oscar. Mas assim como o seu protagonista, Lincoln é
um filme contido (talvez o mais contido da carreira de Spielberg), sem inventar
muito, talvez porque sempre é um grande vespeiro ter que se adaptarem fatos históricos
que muita gente conhece. Mas convenhamos: antes apreciar esse filme do que
Lincoln: Caçador de Vampiros que sempre tenta nos tratar que nem idiotas.
A partir do dia 28 de janeiro, o CineBancários recebe a
programação do 5º Festival do Júri Popular, evento que ocorre
simultaneamente em 19 cidades brasileiras, exibindo uma seleção do melhor do
cinema nacional nos formatos de curta e longa-metragem (novidade a partir deste
ano, pois em suas edições anteriores o festival exibia apenas curtas). Grande destaque
dessa edição, os longas são todos do gênero documentário, sendo a primeira
oportunidade para os espectadores locais conhecerem títulos elogiados como Doméstica,
de Gabriel Mascaro, ACidade é uma Só?, de Adirley
Queirós, e Jards, de Eryk Rocha.
Além da mostra competitiva de curtas e longas (cujos vencedores são
eleitos pelo público), o Festival do Júri Popular também terá uma mostra
hors-concours, que homenageia os 40 anos do Festival de Gramado, exibindo uma
seleção de curtas preferidos do público no tradicional festival da serra
gaúcha. Além de Porto Alegre, o Festival do Júri Popular acontece nas seguintes
sedes: Belém/PA, Belo Horizonte/MG, Boa Vista/RR, Brasília/DF, Corumbá/MS,
Curitiba/PR, Florianópolis/SC, Fortaleza/CE, Goiânia/GO, João Pessoa/PB,
Maceió/AL, Palmas/TO, Parauapebas/PA, Paraty/RJ, Rio Branco/AC, Rio de
Janeiro/RJ, Salvador/BA, São Paulo/SP e Teresina/PI. A
programação, com entrada franca, se estende até o dia 3 de fevereiro no Cin
ebancários, nas sessões das 17h e 19h. No horário das 15h o CineBancários segue
exibindo o documentárioMarcelo Yuka no Caminho das Setas, de Daniela
Broitman.
Informações sobre todos os filmes e horários das sessões, vocês
conferem na pagina da sala clicando aqui.
Sinopse: A presença
de uma milícia em uma rua de classe média na zona sul do Recife muda a vida dos
moradores do local. Ao mesmo tempo em que alguns comemoram a tranqüilidade
trazida pela segurança privada, outros passam por momentos de extrema tensão.
Ao mesmo tempo, casada e mãe de duas crianças, Bia (Maeve Jinkings) tenta
encontrar um modo de lidar com o barulhento cachorro de seu vizinho.
Nos primeiros minutos
de projeção do filme O Som ao Redor, conseguimos ter a absoluta certeza, que as
cenas falarão por si sobre o que acontece na trama, ou mais especificamente falando,
a câmera irá nos mostrar o que acontece. O diretor Kleber Mendonça Filho
demonstra do inicio ao fim nesse filme, uma paixão pelo cinema, pois ele usa a
sua câmera como testemunho, sobre o que acontece no dia a dia de alguns
moradores de um prédio, onde cada gesto, olhar fica registrado e fala por si.
Como próprio titulo
entrega, existem sons durante o decorrer da trama, que muitos casos não fazemos
a menor idéia de onde eles vêm, muito menos sabemos do seu propósito, mas estão
ali para gerar certo desconforto e para a surpresa de alguns, até mesmo criar
um clima de suspense. Todos esses
ingredientes servem na realidade, para guardar as sete chaves, as reais intenções
de alguns dos inúmeros personagens que surgem na trama.
Até lá, ficamos entretidos
com a dona de casa, que fica incomodada com um cachorro que não para de latir. Do rapaz
que vende os apartamentos e que começa uma relação com uma garota melancolia.
Do dia a dia (e noite) dos seguranças que dão proteção aos moradores. Em meio a
todas essas sub-tramas, da à sensação de que há um cenário que esta sendo
armado no decorrer da historia, para daí então explodir num determinado ponto. Habilidoso
como ninguém, Kleber Mendonça Filho cria inúmeros momentos tensos, que quando
parece que são peças chaves que poderiam nos levar ao x da questão, eis que
eles são apenas pequenos artifícios para aumentar o clima de suspense que o
espectador começa a sentir. Se por um lado são momentos que apenas estendem a
trama, por outro é uma prova de toda esperteza do cineasta, que consegue nos
prender numa historia que poderia facilmente ser mais encurtada, mas que acabamos
ficando fisgados até o final.
Quando as luzes da
sala se acendem, temos a sensação de que fomos enganados, mas tudo de uma forma
que saíssemos satisfeitos. Pois não é todo dia que interpretarmos de uma forma com
relação a uma trama que assistimos, mas que na verdade era algo completamente
diferente do que imaginávamos que fosse acontecer.
Sinopse: Baseado no
livro “Team of Rivals: The Genius of Abraham Lincoln”, de Doris Kearns Goodwin,
o filme se passa durante a Guerra Civil norte-americana, que acabou com a
vitória do Norte. Ao mesmo tempo em que se preocupava com o conflito, o o 16º
presidente norte-americano, Abraham Lincoln (Daniel Day-Lewis), travava uma
batalha ainda mais difícil em Washington. Ao lado de seus colegas de partido,
ele tentava passar uma emenda à Constituição dos Estados Unidos que acabava com
a escravidão.
João e Maria:
Caçadores de Bruxas
Sinopse:A história
segue os passos dos personagens que ficaram conhecidos no Brasil como João e
Maria. 15 anos após o traumático incidente envolvendo uma casa feita de doces,
Hansel e Gretel (nomes originais) formam uma dupla de impecáveis caçadores de
bruxas, que migram pelo mundo procurando e matando tais seres malignos.
Estrelado por Jeremy Renner, Gemma Arterton e Famke Janssen.
O ELEVADOR
Sinopse: Na véspera
do Carnaval, dois assaltantes, Carlos e Jhony, e sua vítima, o jovem empresário
Héctor, ficam presos em um elevador de um prédio comercial. O edifício está
vazio e permanecerá assim até que os três dias de festa terminem. Os três
homens terão que aprender a conviver até que o resgate chegue, uma tarefa
difícil dadas as diferenças que os separam. O Elevador é um dos raros
exemplares da cinematografia boliviana a estrear no Brasil e foi sucesso de
público no seu país de origem.
O Resgate
Sinopse: Will
Montgomery (Nicolas Cage) acaba de sair da prisão após ter cumprido pena por
roubar 10 milhões de dólares. Ele decide celebrar sua liberdade com a filha, que
não vê há oito anos. Mas seu antigo parceiro no crime (Josh Lucas), dado como
morto por todos, reaparece e sequestra a garota, colocando-a no porta-malas de
seu carro. Ele deseja justamente recuperar os 10 milhões que acredita ainda
estar com Will. Tendo perdido todo esse dinheiro, Will tem que roubar um banco
para conseguir a soma exigida, enquanto o detetive que o prendeu (Danny Huston)
torna a buscá-lo.
Sudoeste
Sinopse: Em uma
cidade pacata e anônima, durante um dia apenas, Clarice (Simone Spoladore) vê
sua vida se desenrolar de maneira circular, da morte ao nascimento, e depois à
velhice mais um vez. Ela observa as pessoas ao seu redor, que não envelhecem, e
que não entendem sua existência. Esta mulher deve compreender a importância de
temas fundamentais como a vida, a morte, a maternidade e a violência.
Sinopse: Desde o ataque dos
chitauri a Nova York, Tony Stark (Robert Downey Jr.) vem enfrentando
dificuldades para dormir e, quando consegue, tem terríveis pesadelos. Ele teme
não conseguir proteger sua namorada Pepper Potts (Gwyneth Paltrow) dos vários
inimigos que passou a ter após vestir a armadura do Homem de Ferro. Um deles, o
Mandarim (Ben Kingsley), decide atacá-lo com força total, destruindo sua mansão
e capturando Pepper. Para enfrentá-lo Stark precisará ressurgir do fundo do
mar, para onde foi levado junto com os destroços da mansão, e superar seu maior
medo: o de fracassar.
Quem diria que o garoto problema
dos anos 90 Robert Downey Jr daria uma volta por cinema tão positiva neste novo
século. Nem bem começou a melhorar a carreira a partir de Beijos e Tiros e
Robert já foi engatando o maior sucesso de sua carreira que foi Homem de Ferro,
filme de abertura do universo Marvel criado pelo mesmo e que abocanhou horrores
em bilheteria com Os Vingadores. Tudo isso talvez muito se deva ao próprio ator,
pois o seu casamento de interprete e personagem é tão bem feito, que não resta
menor duvida que ele nasceu para fazer o personagem.
Após Homem de Ferro 2 e
Vingadores, Downey Jr novamente retorna para o personagem, mas pelo que foi
mostrado pelo trailer, as coisas não serão nenhum pouco fáceis dessa vez. Para
começar, finalmente sai das sombras o maior inimigo do personagem, o Madarim,
que aqui é interpretado por ninguém mesmo Bem Kingsley, veterano do mundo do
cinema, que sempre funciona, tanto como mocinho, como também para o mais maquiavélico
dos bandidos. Resta saber se todo esse clima sombrio mostrado no trailer será posto
por completo em todo filme. Se por um lado há um publico que deseje que o
personagem passe por grandes apuros e aumente na carga dramática, por outro há
pessoas que desejam que o lado do humor do personagem, que é tão contagiante,
permaneça nesse filme.
Somente quando o filme chegar
por aqui é que teremos uma idéia do resultado, que dessa vez é comandado pelo
cineasta Shane Black, que alias, já
havia trabalhado com o astro em Beijos e Tiros. O filme estréia dia 23 de abril
de 2013.
Morreu no ultimo 15
de Janeiro, Nagisa Oshima, que nos anos 70 sacudiu o mundo do cinema com o
elogiado e polemico Império dos Sentidos. Abaixo, leiam mais um pouco desse
clássico que deu o que falar quando foi lançado por aqui.
O IMPÉRIO DOS
SENTIDOS
Sinopse: Proibido na
sua primeira exibição no Festival de Nova York de 1976, esta obra-prima do
erotismo, pe baseada em um dos mais famosos escândalos do Japão. Esta é a história
de uma ex-prostituta que acabou se envolvendo em um obsessivo caso de amor com
o mestre da casa onde trabalha como doméstica. Aquilo que começou como uma
diversão casual, atinge níveis em que a paixão não encontra mais seus limites.
Nagisa Oshima já era
um veterano do cinema do Japão, tendo sido inclusive ter feito parte do grupo
de jovens cineastas, que criaram ótimos filmes, no inicio dos anos 50, que
muitos consideram esse período como "Nouvelle Vague" do cinema
japonês. Mas foi somente em 1976, que Oshima ganhou os holofotes pelo mundo,
através desse filme erótico, provocante e que tem muito a dizer.
Lembrando um pouco
elementos de sucesso do clássico O Ultimo Tango em Paris, acompanhamos os
encontros sexuais do casal central da trama, cujo os encontros vão evoluindo
de tal forma ao longo da projeção, que culmina num dos momentos mais
inesperados daquela época. Sexo, loucura e morte atravessam juntas a cada cena,
numa espécie de ritual, onde cada ato não é o suficiente para saciar ambos.
Devido a isso, o filme foi considerado em muitos países como obsceno e
impróprio para ser assistido, mas devido a toda essa polemica, atraiu milhares
de cinéfilos curiosos, para ver cenas eróticas até então limitadas ao mercado
da pornografia.
Muitos tentam entender a
mensagem que o filme passa. Talvez a mais valida seja, que a entrega dos
protagonistas para um sexo sem limites tenha sido um símbolo de um final de
uma época. Sendo que os anos de 1960, onde a paz, amor e o sexo sem limites dos
jovens daquele tempo, estavam sendo ultrapassados por uma sociedade e política
mais conservadora. Talvez a intenção do cineasta nunca tenha sido polemizar,
mas sim criar um filme premonitório, embora outras teorias possam ser levadas
mais a fundo.
Sinopse: O longa é
dividido em quatro segmentos. Em um deles, um casal americano (Woody Allen e
Judy Davis) viajam para Roma para conhecer a família do noivo de sua filha.
Outra história envolve Leopoldo (Roberto Benigni), um homem comum que é
confundido com uma estrela de cinema. Um terceiro episódio retrata um arquiteto
da Califórnia (Alec Baldwin) que visita a Itália com um grupo de amigos. Por último,
temos dois jovens recém-casados que se perdem pelas confusas ruas de Roma.
Pelo andar da carruagem, tão
cedo Woody Allen não irá retornar para a sua amada Nova York, pois desde Match
Point, o genial diretor vem fazendo inúmeros filmes no mundo a fora e bola da
vez é Roma. Baseado no clássico "Decamerão", o filme acompanha inúmeras
historias de pessoas sem nenhuma ligação uma com a outra, mas que passam por situações
parecidas, desde há achar um novo rumo na vida, vidas amorosas em conflito, com
direitos a teste de fidelidade e situações que beiram a surreais bem ao modo do
diretor.
É claro que em todas as situações
dos personagens são sempre as mesmas habituais que sempre nos vimos, desde os
primeiros grandes sucessos do diretor, mas com um novo revestimento e o que torna algo novo. Das inúmeras
tramas, que mais lembram os velhos tempos de Allen é aquela que é protagonizada
pelo próprio diretor, que embora seja um pouco esquecida na meia hora final, é
uma das mais divertidas. E como sempre, quando Wood Allen não está atuando em sua própria
trama, sempre acha o seu alter ego a altura e a bola da vez é Roberto Benigni.
Embora protagonize uma trama mais simples, acaba sendo uma das mais surreais,
pois Benigni interpreta o típico sujeito que deseja uma vida normal, que de uma
hora para outra vira tudo de cabeça para baixo, quando inexplicavelmente se
torna famoso.
Com um elenco que inclui
astros que já havia trabalho com o cineasta anteriormente como Penélope Cruz (mais
linda e fogosa do que nunca), Para Roma, Com Amor pode não ter a mesma
desenvoltura do seu filme anterior (Meia Noite em Paris), mas é uma prova de
que o diretor neurótico está muito longe de fazer filmes que fiquem aquém de
seu talento. A pergunta que fica é: Quando ele virá filmar no Brasil?
Sinopse: Georges
(Jean-Louis Trintignant) e Anne (Emmanuelle Riva) são um casal de aposentados,
que costumava dar aulas de música. Eles têm uma filha musicista que vive com a
família em um país estrangeiro. Certo dia, Anne sofre um derrame e fica com um
lado do corpo paralisado. O casal de idosos passa por graves obstáculos, que
colocarão o seu amor em teste.
“Pessimismo” é a
palavra que melhor define a filmografia de Michael Haneke como um todo. Nos
seus filmes, os seus personagens nos incomodam, nos fazer pensar e nos
surpreendem pelas suas atitudes imprevisíveis, mas ao mesmo tempo humanas. Em
Amor, embora seja um filme leve se comparado a outras obras do cineasta, não
deixa de ser incomodo o fato, que o que vemos na tela nada mais é do que um
retrato de uma situação que todos nos um dia iremos passar queira ou não.
O filme já começa com
isso, onde vemos um grupo de bombeiros e policiais arrobando um apartamento, para
então encontrar uma idosa, jaz morta em seu leito. Haneke já de cara nos
prepara o terreno para o que estar por vir e mesmo à gente já sabendo o que irá
acontecer, até lá, vemos a degradação psicológica e física que o casal de idosos
protagonista passa, devido ao fato da esposa ter sofrido um derrame. Raramente
outros personagens de fora contracenam com eles (a não ser um pianista ou a
filha), sendo que aquele universo apresentado por nos é somente eles e o
apartamento, que embora esse ultimo esteja cheio de riquezas culturais como
livros e musicas, aos poucos se torna um cenário mórbido, mesmo não havendo nenhuma
alteração
Não há salvação nem
esperança, apenas as coisas vão acontecendo e vão piorando. Nestes momentos, é
quando Jean Luis Trintignant e Emmanuelle Riva se sobressaem e principalmente
ela, que nos surpreende no inicio do filme, onde a sua personagem da os primeiros sinais de um mal que estará por vir.
Mas não há como negar que Trintignant é quem rouba o filme da metade para o final, sendo
que seu personagem começa a sentir o grande peso que é de ter que cuidar de sua
esposa, que cada vez mais se distancia dessa vida. O ator consegue passar para o espectador controle,
mas ao mesmo tempo um desespero interior do seu personagem, que o leva a uma difícil
decisão, que embora possa ser terrível para alguns olhos, fez na verdade por
amor a esposa, por mais mórbido que seja.
Mesmo com esse
retrato sobre o fim da vida de cada um de nos, Michael Haneke nos brinda com
momentos nos quais nos da certa esperança, mas isso somente aflora dependendo
de cada pessoa que for assistir, sendo crente ou não sobre os significados da
vida e da morte. É um filme que vai junto com a gente quando nos saímos de
dentro do cinema, que embora não nos traga nenhuma sensação agradável, sabemos
que acabamos de assistir algo diferente e ao mesmo tempo familiar para todos
nos.
Sinopse: Ambientado no sul
dos Estados Unidos dois anos antes do advento da Guerra Civil Django Livre é
estrelado por Jamie Foxx no papel de Django um escravo cujo passado brutal com
seus antigos senhores o deixa cara a cara com um caçador de recompensas alemão
o dr. King Schultz. Schultz está no encalço de assassinos os irmãos Brittle e
Django é o único que poderá levá-lo até eles. O heterodoxo Schultz compra
Django com a promessa de alforriá-lo após a captura dos Brittle mortos ou
vivos.br Com o sucesso da missão Schultz liberta Django mas ambos optam por não
se separar e seguir pelo mesmo caminho. Com Django ao seu lado Schultz sai em
busca dos criminosos mais procurados do sul. Enquanto vai aperfeiçoando suas
habilidades como caçador Django permanece focado no seu único objetivo:
encontrar e resgatar Broomhilda a esposa que ele perdera para o tráfico de
escravos anos atrás.br A busca de Django e Schultz acaba por levá-los a Calvin
Candie o proprietário de Candyland uma abominável propriedade agrícola. Explorando
a fazenda sob falsos pretextos Django e Schultz despertam a suspeita de Stephen
o escravo doméstico de confiança de Candie. Seus passos passam a ser seguidos e
uma organização perigosa fecha o cerco em torno deles. Se Django e Schultz
quiserem escapar com Broomhilda serão obrigados a escolher entre a
independência e a solidariedade entre o sacrifício e a sobrevivência.
Do jeito que a carruagem
anda, Quentin Tarantino está fazendo uma espécie de trilogia histórica, onde se
explora uma determinada raça oprimida em ir à desforra contra a opressão
dominante. Foi assim em Bastardos Inglórios, onde os Judeus dessem a lenha
contra os Nazistas e aqui a historia se repete, onde Tarantino explora um dos períodos
mais vergonhosos dos EUA, que foi a escravidão. Mais do que um tapa na cara
contra os racistas daquele tempo, Tarantino aproveita ao máximo para homenagear
um gênero que ele já estava namorando já algum tempo: o faroeste, ou mais
especificamente o Western spaghetti, no
qual surgiram perolas como a trilogia dos Dólares comandada por Sergio Leone e
Jango, estrelado por Franco Nero (que aqui faz uma bela ponta).
Mas mesmo com todos esses ingredientes,
a primeira vista a historia é simples, mas o que faz dela diferente de outras produções
dentro do gênero é com certeza o olhar afiado de Tarantino em injetar a todo o
momento a sua afinidade pelo humor negro e seus diálogos afiadíssimos, que
sempre renderam momentos inesquecíveis em seus filmes. O primeiro ato
representa a construção desse cenário, que aqui no caso é comandada pela interpretação
certeira e refinada de Christoph Waltz, que embora lembre em alguns momentos o
seu personagem marcante que o consagrou em Bastardos Inglórios, aqui suas intenções
são bem mais nobres, mesmo possuindo as mais ardilosas idéias para se dar bem,
tanto ele, como o seu mais novo parceiro, Django (James Foxx, cujo seu
personagem vai crescendo gradualmente no decorrer da trama).
Com a dupla feita, ambos
embarcam numa jornada cheia de perigos, onde se tornam uma dupla de caçadores
de recompensas, que em meio a suas caçadas, sempre dão de encontro com almofadinhas
ricos e que acreditam estarem por cima da carne seca. Nesse momento, Quentin
Tarantino tira o maior sarro desse tipo de pessoa daquele período, em especial,
de um grupo de pessoas alienadas que se vestem de Ku Klux
Klan, que acabam discutindo uns com os outros, devido a abertura para os olhos
mal feita das mascaras que vestem. Infelizmente esses momentos hilários se
perdem um pouco a partir do momento da entrada do segundo ato, sendo que
Tarantino não consegue manter o mesmo ritmo, pois a meu ver, acaba esticando a
trama mais do que deveria.
Felizmente, o ritmo se acelera
graças à entrada de um dos personagens mais asquerosos da trama: Calvin Candie,
dono um grande império e que usa escravos para lutas livres até a morte. Para a
surpresa de todos, Leonardo Dicaprio surpreende interpretando esse personagem
de uma forma tão insana e fora de controle, que em alguns momentos chegamos até
nos assustar com suas ações imprevisíveis, principalmente na seqüência em que
ele levanta uma teoria sobre um crânio que ele carrega de um falecido escravo.
Devido a essa seqüência (com direito ao Dicaprio realmente machucar a mão em
cena), o ator nos brinda com uma de suas melhores interpretações de sua
carreira, mas que acabou injustamente ignorado pelos membros da academia. Mas o
que dizer então do braço direito de Candie, que nada mais é do que um escravo
vira casaca e que não hesita em trair a sua própria raça para melhor agradar o
seu senhor. Não é um dos personagens mais fáceis de ser aceitos hoje em dia devido
as suas ações, mas só mesmo um ator de calibre como Samuel L. Jackson, para nos
fazer rir de suas ações endiabradas e de suas palavras racistas que ele dispara
do inicio ao fim. É o melhor momento da carreira do ator depois de muito tempo.
Com todos os piões reunidos no
mesmo tabuleiro, Tarantino como ninguém cria uma verdadeira montanha russa de emoções
no terceiro ato, nos quais a gente jamais sabe o que irá acontecer em seguida. A
aflição é tanta, que nos faz acreditar que os mocinhos (modo de dizer) não irão
se dar bem depois que toda a merda é jogada no ventilador. Quando isso
acontece, o espectador é jogado em um verdadeiro banho de sangue, no qual a
gente não via em sua filmografia desde Kill Bill: Volume 1, mas tudo de uma forma
cartunesca, chocante, hilária e com uma rica montagem de câmera e trilha sonora,
que nos contagia e da vontade de gritar um olé.
Mas embora com tudo isso, a
tempestade se ameniza e embora o cineasta entregue um final que o publico em
geral irá aceitar de bom grado, faltou ali um Gran Finale mais corajoso. Talvez fosse uma espécie de
forma de Tarantino conseguir conquistar uma fatia maior do publico cinéfilo em
geral, que embora isso possa ser valido, faz com que ele se afaste um pouco de
tempos mais corajosos como em Cães de
Aluguel. Apesar disso, esse ultimo filme nos faz desejar querer ver o que ele
irá aprontar na eventual terceira parte dessa trilogia histórica que ele está inventando.
Que os Tarantinescos estejam futuramente lá para conferir.