segunda-feira, 22 de setembro de 2025

Cine Dica: Em Cartaz - ''A Vida de Chuck"

Sinopse: De Stephen King e Mike Flanagan, A VIDA DE CHUCK apresenta a extraordinária história de um homem comum. A jornada de Charles "Chuck" Krantz (Tom Hiddleston) é contada de forma única e emocionante, misturando gêneros para explorar os altos e baixos da existência humana. 

Mike Flanagan é um cineasta que tem ganhado certo prestígio em um momento que o gênero de horror tem feito grande sucesso, tanto no cinema como para a tv. Pela Netflix, por exemplo, ele ganhou notoriedade a partir de "A Maldição da Residência Hill" (2018) e pelo cinema surpreendeu ao fazer "Ouija - Origem Do Mal" (2026), sendo que o filme em si era muito superior ao filme original. Eis então que ele adentra ao universo do mestre da literatura Stephen King ao fazer adaptação para o cinema de "A Vida de Chuck" (2024) onde a trama adentra a ligação da vida humana com realidade infinita em sua volta.

Na trama, o filme explora sobre a vida de Charles Krantz (Tom Hiddleston) de forma inversa através de três partes que se interligam. Começando com sua morte precoce aos 39 anos devido a um tumor cerebral, a narrativa revela os eventos que moldaram sua vida, culminando na casa de sua infância, envolta em mistério e supostamente assombrada. Cada parte desvenda um aspecto crucial da jornada de Krantz, oferecendo uma reflexão sobre afirmação da vida e transformação da raça humana.

Embora não seja exatamente um conto de horror, a história possui todos os ingredientes que Stephen King, desde ao criar uma história fantástica, mas que ao mesmo tempo se entrelaça com dilemas sobre a vida. O filme vem em um momento sobre a identificação em que a humanidade se encontra atualmente, onde cada vez mais se vê assombrada tanto por políticas retrógradas, como também uma resposta da própria mãe terra. Porém, acima de tudo, o filme explora a questão sobre a vida individual de cada um, sendo que o ser humano pode guardar para si a sua própria realidade que ele testemunhou ao longo da vida e fazendo da sua jornada não só uma mera passagem nesta terra.

Dividida em três atos, a trama não nos mostra em um primeiro momento o protagonista, mas deixando que os personagens que ele havia se cruzado ao longo da vida sejam os personagens principais e cujo mesmos testemunham o fim de tudo. E quando achamos que estamos testemunhando um filme apocalíptico, eis que a trama nos surpreende ao revelar quem é Chuck, sendo que ele aparecia somente em uma enigmática cena de anúncios enquanto os demais personagens, além de nós, ficam se perguntando quem é ele.

Mike Flanagan procura não moldar o que já está feito pela escrita de Stephen King, mas sabendo conduzir a adaptação com tamanha segurança que faz com que a gente deseje que ele se torne o realizador das próximas adaptações dos livros do escritor para o cinema. O surgimento de Chuck, interpretado com intensidade por Tom Hiddleston, é talvez um dos momentos mais singelos do cinema deste ano, já que tudo culmina em um verdadeiro número musical e fazendo com que a cena encha os nossos olhos de forma imediata. Não é todo dia que um número musical surge de forma tão inusitada em uma trama que não estava dando nenhuma pista de que iria acontecê-la.

No decorrer da trama vemos as motivações que levaram o protagonista a protagonizar esse grande momento, mas em sua fase mais jovem e é então que sentimos ainda mais o universo de Stephen King na tela. Nesta fase, agora vivido pelo jovem ator Jacob Tremblay, vemos Chuck vivendo com os seus avôs, mas convivendo também com um grande mistério com relação a um quarto da casa e que não pode ser adentrado. É por esse mistério que o avô rouba a cena, mas isso graças a surpreendente atuação de Mark Hamill e que sinceramente não havia reconhecido que era o eterno Luke Skywalker em cena.

Com um grande elenco, que inclui Chiwetel Ejiofor e Karen Gillan, o filme nos faz refletir sobre a vida, de como somos um ponto minúsculo deste universo, mas tendo a possibilidade de sermos os responsáveis pelo próprio mundo em que vivemos. Confesso que o filme me fez relembrar sobre certos pensamentos que eu tive ao longo da vida, fazendo com que a sua proposta nos pegue no coração em cheio, mesmo com a sua complexidade nas entrelinhas, mas colocando acima de tudo o lado filosófico sobre a vida humana. É uma pena que nem todos irão captar a mensagem de forma imediata, mas da minha parte o filme irá com certeza obter uma certa revisão futura.

"A Vida de Chuck" é uma das gratas surpresas deste ano, ao revelar uma nova faceta do escritor Stephen King, mas também fazendo a gente identificar elementos de sucesso vindo de suas outras obras que foram adaptadas para o cinema.      

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