quinta-feira, 26 de junho de 2025

Cine Dicas: Estreias do Final de Semana (26/06/25)

F1 O FILME

Sinopse: Em F1, um piloto veterano de Fórmula 1 volta da aposentadoria para ser o mentor de seu jovem colega de equipe. 


M3GAN 2.0

Sinopse: Dois anos após M3GAN sair do controle, sua criadora, Gemma, tornou-se defensora da regulamentação da I.A. Sem que ela saiba, a tecnologia de M3GAN foi roubada e usada para criar uma arma militar conhecida como Amelia, a espiã assassina definitiva.


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Cine Dica: Cinesemana de 19 a 25 de junho de 2025

A cinesemana que encerra junho e abre julho tem como destaque a programação da 8 ½ FESTA DO CINEMA ITALIANO, que reúne 11 títulos. Nove são inéditos e trazem produções recentes de realizadores da Itália, incluindo quatro filmes assinados por mulheres. E há também um tributo ao grande mestre Federico Fellini, com as exibições dos clássicos “A Doce Vida” e “Fellini 8 ½”. A semana também traz a estreia de DREAMS, o filme ganhador do Festival de Berlim e que completa a elogiada trilogia do norueguês Dag Johan Haugerud.

Entre os filmes em cartaz, seguem o longa francês TRÊS AMIGAS, um dos títulos de maior público do Festival Varilux em 2024, e também o novo filme do diretor chinês Jia Zhang-ke, LEVADO PELAS MARÉS, que traça um panorama do seu país nas últimas duas décadas. Um dos preferidos do público é o longa O GRANDE GOLPE DO LESTE, com Sandra Hüller, ambientado às vésperas da reunificação da Alemanha, junto com o ENTRE DOIS MUNDOS, protagonizado por Juliette Binoche.

Entre as produções brasileiras, o público pode conferir SANEAMENTO BÁSICO, O FILME, do cineasta gaúcho Jorge Furtado, que ganha sessão dupla com o premiado ILHA DAS FLORES, e o documentário RITAS, que celebra a trajetória de Rita Lee. Chegando à oitava semana de exibição, VIRGÍNIA E ADELAIDE, de Yasmin Thayná e Jorge Furtado, mostra o encontro histórico das duas mulheres fundadoras da psicanálise no Brasil.


Confira a programação completa no site oficial da sala clicando aqui.

quarta-feira, 25 de junho de 2025

Cine Dica: Streaming -'vitória'

Sinopse: Vitória é uma senhora solitária que, aflita com a violência que passa a tomar conta da sua vizinhança, começa a filmar da janela de seu apartamento.  

Ao fazer parte de um trabalho de trânsito eu conheci de perto a ineficácia da polícia atual que infelizmente sempre inventa uma desculpa para não se envolver em certas situações que ocorrem no dia a dia. Além de sua inutilidade a mesma se alinha com o crime organizado e fazendo com o que o pensamento sobre um sistema falido se torne cada vez mais fortificado. "Vitória" (2025) é sobre a coragem de uma mulher em busca de justiça, mesmo quando não há para quem recorrer.

Dirigido por Andrucha Waddington, o filme conta a história real de Vitória (Fernanda Montenegro) é uma senhora solitária que, aflita com a violência que passa a tomar conta da sua vizinhança e em conflito com os vizinhos, começa a filmar da janela de seu apartamento. A idosa registra a movimentação de traficantes de drogas da região durante meses, com a intenção de cooperar com o trabalho da polícia. Porém, a sua única ajuda vem através da cooperação de um repórter (Alan Rocha), pois a própria polícia se vê envolvida no crime organizado.

Inicialmente é preciso destacar o fato que o filme seria dirigido por Breno Silveira, diretor de títulos de sucesso do nosso cinema brasileiro como "Os Dois Filhos de Francisco" (2005). Infelizmente o realizador viria a falecer no começo das filmagens e cuja vaga foi preenchida pelo seu colega do ramo Andrucha Waddington, realizador do já clássico "Eu Tu e Eles" (2000). Por conta disso muitos se perguntam como seria o longa se tivesse sido rodado por Silveira, mas a meu ver o resultado também seria, no mínimo, interessante para ser visto de perto.

Andrucha Waddington, por sua vez, sabe como rodar uma trama que nos prende atenção através de um grau de tensão envolvendo a protagonista, pois aqui se explora a questão do voyeurismo e sobre até que ponto a pessoa tem que se envolver uma vez que se torna testemunha de algo inusitado. Uma vez que sua casa se torna alvo de balas de fogo, é então que a protagonista usa todos os meios para dar fim a isso, mas dando de encontro ao lado burocrático, falido e corrupto de uma polícia que de nome só se encontra na superfície. Andrucha Waddington procura, acima de tudo, focar na expressão e extrair todos os sentimentos que a personagem principal está passando e por conta disso Fernanda Montenegro novamente nos brinda com uma atuação espetacular.

Com noventa e cinco anos, a veterana atriz esbanja força da qual muitos jovens atores de hoje não possuem e dando uma aula de interpretação nos momentos em que Vitória não esconde a sua fragilidade, mas que ao mesmo tempo nos transmite uma persistência em que a geração atual não sabe mais o que significa. Uma vez que já perdeu muito em vida a protagonista não tem mais nada a perder, a não ser buscar pela justiça coerente que se perdeu há muito tempo no território onde vive. Uma vez que ela bate o pé a personagem se torna uma figura incomum em uma realidade em que o desdém se tornou rotineiro e que a maioria vive agora no piloto automático.

Curiosamente, é um filme em que se retrata o final do século vinte e o começo de um novo século, mas que do qual o Brasil evoluiu pouco, seja na questão do preconceito, como também de um sistema que nunca foi revitalizado, mas sim só foi cada vez mais decaindo. Baseado na realidade de Joana da Paz, ela viu diante um dia a dia em que os meios de comunicação, por vezes, quase não têm acesso, pois o cenário é coberto por panos quentes e que muitos procuram não se envolver. Mas se ninguém se envolver, quem fará?

"Vitória" é sobre a força e a coragem de uma senhora de idade e da qual escancarou o lado burocrático, corrupto e criminoso de um Brasil que muitos querem esconder. 

Onde Assistir: Globoplay. 

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Cine Dica: Sessão DUPLA Clube de Cinema (28 e 29 de junho): "Sessão Buñuel" + "Manas"

Neste final de semana, o Clube de Cinema de Porto Alegre convida você para duas sessões imperdíveis. No sábado, uma homenagem ao mestre do surrealismo Luis Buñuel, com um de seus melhores filmes. No domingo, a exibição de "Manas", drama brasileiro que retrata com sensibilidade e força a resistência feminina na Ilha do Marajó.


📍 SESSÃO DE SÁBADO – 28/06

Local: Sala Redenção – Cinema Universitário da UFRGS

(Rua Eng. Luiz Englert, 333 – Campus Central)

Horário: 10h15 da manhã

FILME SURPRESA: De Luis Buñuel


📍 SESSÃO DE DOMINGO – 29/06

Local: Sala Eduardo Hirtz, Cinemateca Paulo Amorim, Casa de Cultura Mario Quintana (Rua dos Andradas, 736 - Centro Histórico)

Horário: 10h15 da manhã


Manas

Brasil, 2024, 101 min, 14 anos

Direção: Marianna Brennand

Elenco: Jamilli Correa, Fátima Macedo, Rômulo Braga, Dira Paes

Sinopse: Marcielle, de 13 anos, vive em uma comunidade ribeirinha na Ilha do Marajó e sabe que o futuro não lhe reserva muitas opções. Ao confrontar a lógica violenta que marca sua família e as mulheres ao seu redor, ela inicia um caminho de ruptura e resistência. Com atuações intensas e uma direção sensível, "Manas" é uma obra impactante sobre amadurecimento, violência e sororidade.

Esperamos por você neste fim de semana de grandes encontros com o cinema!

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terça-feira, 24 de junho de 2025

Cine Dica: Em Cartaz - 'Levados Pelas Marés'

Sinopse: Ambientada na China do início dos anos 2000 até os dias atuais, onde vemos o casal central se separando em meio às mudanças que ocorreram nos primeiros anos do século 21 no país.     

 Jia Zhangke gosta de falar sobre a China através dos seus protagonistas, sendo que alguns casos eles se tornam secundários, enquanto vemos o país mudando através do tempo. Em "Um Toque de Pecado" (2013), por exemplo, vemos personagens com suas histórias distintas, mas que se interligam uma com a outra em meio às mudanças constantes que ocorrem em suas terras. "Levados Pelas Marés" (2024) é um épico sobre a China em si do início do século até os dias atuais, mas cujos temas vistos na tela são universais e que todos deveriam testemunhar.

A trama é uma cruzada de duas décadas em que os protagonistas Qiaoqiao e Bin tem um frágil romance na cidade de Datong na China. No decorrer da história, vemos o casal aproveitando os dias e as noites na cidade, até que, um dia, Bin resolve explorar novos ares, querendo tentar a sorte numa cidade maior do que Datong. Ao sumir sem dar notícia, Qiaoqiao parte numa jornada para reencontrá-lo, mas encontrando algo que muda sua perspectiva com relação ao seu próprio mundo.

É curioso observar como Jia Zhangke consegue transitar entre a ficção e documentário em uma único longa, já que os personagens centrais são fictícios, enquanto a sua câmera perambula o dia a dia de cidadãos chineses reais em meio às suas atividades corriqueiras e na corrida contra o relógio. Como a trama se inicia no século vinte um, é interessante observar que as primeiras cenas vemos cidadãos idosos, desfrutando do que tem direito, mas nos dando a impressão de que eles estão ficando para trás, enquanto a nova geração da China toma conta sem ao menos saber o que ocorrerá. Em meio a isso surgem oportunidades diversas oferecidas pelo governo, mas que nem tudo são flores para todos.

A separação do casal central, por exemplo, representa algo até mesmo a frente do seu tempo, já que no início do século ainda não tínhamos uma noção de como um possível casamento se tornaria tão ineficaz em tempos em que tudo gira através dos números e sendo que muitos são atraídos pelas cifras, mas que em alguns casos fica somente na promessa. O casal central Interpretados por Zhao Tao e Zhubin Li nos passam com clareza o lado desperto de cada um perante o fato que nem tudo o que estavam planejando acaba se concretizando, principalmente em tempos em que o sistema capitalista anda em passos largos e fazendo com que a própria humanidade se canse aos poucos. Curiosamente, a China é sempre acusada de ser um país comunista, quando na verdade o que se vê ali não é muito diferente de outros países viciados no capital, mas levado há um grau ainda maior.

Jia Zhangke, portanto, retrata o término de uma geração e o começo da outra, sendo que a última se encontra incrustada na possibilidade de serem celebridades através das redes sociais, enquanto os últimos da geração passada persistem em trabalhar na mão de obra, mesmo na possibilidade de um dia a mesma deixar de existir. Ao vermos a protagonista conversando com um robô que sabe conhecer os seus sentimentos é então que entendemos a proposta principal do realizador como um todo. Em seu ato final, vemos a população convivendo com o dia a dia em meio a pandemia do Covid19, mas da qual nem sequer ela conseguiu parar os avanços tecnológicos e o retrocesso que o ser humano anda enfrentando.

Acima de tudo, é um filme que fala não somente sobre a China, como também sobre um mundo em metamorfose em que cada vez mais precisamos seguir em frente, mesmo quando perdemos algo ou alguém em meio a essa corrida indefinida. Neste último caso, por exemplo, a cena final é simbólica, pois representa a força de vontade de uma boa parcela da população que não irá desistir e seguirá em frente aja o que houver. Resta saber o quanto ainda iremos ter que percorrer sem deixar de nos preocupar.

"Levados Pelas Marés" é um épico contemporâneo sobre a China apresentado por Jia Zhangke, mas que também nos soa extremamente familiar do começo ao seu fim.  

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Cine Dica: PROGRAMAÇÃO CINEBANCÁRIOS DE 26 DE JUNHO A 02 DE JULHO

ESTREIAS:

IMO

Brasil/ Documentário/ 2024/ 71min.

Direção: Bruna Schelb Corrêa

Sinopse: Três mulheres revisitam suas memórias e, neste ambiente regido por suas angústias, podem vislumbrar reações possíveis a situações que já viveram. Memória é lugar de voltar, ainda que doa.

O SILÊNCIO DAS OSTRAS

Brasil/ Drama/ 2024/ 127min.

Direção: Marcos Pimentel

Sinopse: A vida de uma garota que nasceu numa vila de operários de uma mina e tem que aprender a lidar com sucessivas perdas. Com o fim da mineração, o local se transforma em uma cidade-fantasma. Sem ter para onde ir, ela e seu cachorro são os únicos que não abandonam o lugar, até que o rompimento de uma barragem dizima a região. Após perder todos os seus mundos, Kaylane insiste em sobreviver e resistir. Um filme sobre crescer e sonhar em meio à poeira, à lama e ao silêncio.

Elenco: Lavinia Castelari, Bárbara Colen, Lucas Oranmian, Lira Ribas.


EM CARTAZ:

LEVADOS PELAS MARÉS

China/ Drama/2024/ 111 min.

Direção:  Jia Zhangke

Sinopse: A duradoura e frágil história de amor de Qiaoqiao e Bin, ambientada na China do início dos anos 2000 até os dias atuais. Ligados um ao outro, eles aproveitaram tudo o que a cidade de Datong tinha a oferecer. Até que um dia Bin decide tentar a sorte em um lugar maior. Sem qualquer aviso, o rapaz vai embora. Depois de um tempo, Qiaoqiao parte em uma jornada para encontrá- lo. Jia Zhangke percorre todos os seus trabalhos anteriores e oferece um olhar épico sobre o destino romântico de sua eterna heroína, Qiaoqiao. Abrangendo 21 anos de um país em profunda transformação, o filme oferece uma nova perspectiva para enxergarmos a China contemporânea, bem como as experiências individuais, sob turbulentas mudanças emocionais e sociais.

Elenco: Zhao Tao, Li Zhubin, Pan Jianlin, Lan Zhou, Zhou You



HORÁRIOS DE 26 DE JUNHO A 02 DE JULHO (não há sessões nas segundas-feiras):

15h: LEVADOS PELAS MARÉS

17h: IMO

19h: O SILÊNCIO DAS OSTRAS


Ingressos: Os ingressos podem ser adquiridos a R$ 14,00 na bilheteria do CineBancários. Idosos (as), estudantes, bancários (as), jornalistas sindicalizados (as), portadores de ID Jovem e pessoas com deficiência pagam R$ 7,00. São aceitos PIX, cartões nas bandeiras Banricompras, Visa, MasterCard e Elo. Na quinta-feira, a meia-entrada é para todos e todas. EM TODAS AS QUINTAS TEMOS A PROMOÇÃO QUE REDUZ O VALOR DO INGRESSO PARA TODOS E EM TODAS AS SESSÕES PARA R$ 7,00.


C i n e B a n c á r i o s 

Rua General Câmara, 424, Centro 

Porto Alegre - RS - CEP 90010-230 

Fone: 51- 30309405

segunda-feira, 23 de junho de 2025

Cine Dica: Em Cartaz - 'Prédio Vazio'

 Sinopse: A jovem Luna embarca junto ao namorado em uma jornada para procurar sua mãe, que desapareceu no último dia do Carnaval em Guarapari. Sua busca a leva até um antigo prédio aparentemente vazio, mas que na verdade é habitado por almas atormentadas.

Rodrigo Aragão é um daqueles típicos cineastas brasileiros autorais que tira leite de pedra através de filmes com orçamentos minúsculos, porém, criativos. Nunca me esqueço que como me diverti assistindo "Mar Negro" (2013) em um longiniano Fantaspoa e cujo horror era mesclado com altas doses de humor escrachado bem brasileiro. "Prédio Vazio" (2024), por sua vez, mescla elementos típicos do gênero em um só, mas mantendo a nossa atenção do início até o seu final.

Na trama, uma jovem chamada Luna (Lorena Corrêa) vai em busca de sua mãe, que desapareceu misteriosamente no último dia de Carnaval em Guarapari. Depois de ter um sonho premonitório, Luna viaja até a cidade no fervo do feriado e mergulha numa investigação que a leva para um antigo prédio aparentemente vazio, o Edifício Magdalena, local onde sua mãe e o namorado se hospedavam na orla capixaba. Ao invadir o prédio, Luna conhece a estranha zeladora Dora (Gilda Nomacce) e é através dela que a protagonista descobre algo sinistro no local.

Interessante observar que Rodrigo Aragão usa o mesmo elemento explorado em outras obras como "Aquarius" (2016) de Kleber Mendonça Filho, cuja a imagem de um grande edifício nada mais é do que um símbolo vazio e deslocado de uma cidade que jamais precisou. Porém, o local se torna fértil na realização de um bom filme de terror, onde o realizador usa os ingredientes típicos de sucesso do gênero, mas alinhado com a nossa cultura local como um todo. Embora a sensação de deja-vu nos atinge em alguns momentos, o filme nos prende até o seu final, pois o mistério daquele cenário e que conquista a nossa atenção.

Embora com elenco jovem, é a veterana Gilda Nomacce que rouba a cena, ao interpretar a zeladora do local e possuindo uma ligação fora do comum com o lugar. Sendo vista constantemente em títulos de horror cultuados como "Trabalhar Cansa" (2011) e "Boas Maneiras" (2017), atriz não se intimida nas cenas de violência, principalmente quando rola muito gore em doses cavalares. Claro que não beira ao absurdo como foi visto em "Mar Negro", sendo que, ao meu ver, é o título mais contido de Rodrigo Aragão e podendo decepcionar as fãs que adoraram os filmes anteriores.

Porém, o filme fortalece o gênero de horror do cinema brasileiro, ao provar que não precisamos necessariamente nos entregarmos ao que os gringos fazem, mas sim observar mais de perto o que os nossos cineastas produzem. Além disso, em tempos turbulentos da política do Brasil e do mundo, realizadores como Aragão sempre poderão nos brindar com um filme de horror bem criativo, pois o mundo real está farto de situações absurdas que superam qualquer ficção. "Prédio Vazio" é um filme aquém do esperado, mas que demonstra novamente o lado criativo de Rodrigo Aragão como um todo.



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Cine Dica: Cinemateca Capitólio - PROGRAMAÇÃO 26 de junho a 2 de julho de 2025

FORD + WELLES – SEGUNDA SESSÃO

A segunda sessão da mostra Ford + Welles apresenta no domingo, 29 de junho, Macbeth – Reinado de Sangue, de Orson Welles, às 16h30, e Sangue de Heróis, de John Ford, às 18h30. Os filmes serão reprisados na terça-feira, 1º de julho. A mostra Ford + Welles exibe oito filmes dos realizadores, em sessões duplas, durante os meses de junho e julho. Entrada franca. 


Mais informações: https://www.capitolio.org.br/novidades/8956/ford-welles/


TRILHAS ARTÍSTICAS: ÊNFASE NO PROCESSO 2

Na sexta-feira, 27 de junho, às 19h, o projeto de extensão da UFRGS, Trilhas Artísticas apresenta a segunda sessão especial de curtas-metragens na Cinemateca Capitólio, com a estréia de Badlands: um parque fictício, da premiada cineasta gaúcha Cristyelen Ambrozio e Outro dia e Carta de Interesse, do realizador paulista Lincoln Péricles. A mediação da sessão ficará a cargo do artista Marcelo Chardosim e do professor da FABICO UFRGS, Ricardo Lessa Filho. Entrada franca.


Mais informações: https://www.capitolio.org.br/novidades/8965/mostra-audiovisual-enfase-no-processo/


GRADE DE HORÁRIOS

26 de junho a 2 de julho de 2025


26 de junho (quinta-feira)

15h – Cinema Negro na Escola

17h – Andy Warhol - Um Sonho Americano

19h – O Império


27 de junho (sexta-feira)

15h – Cinema Negro na Escola

17h – Andy Warhol - Um Sonho Americano

19h – Trilhas Artísticas: Ênfase no Processo 2


28 de junho (sábado)

15h – O Império

17h – Andy Warhol - Um Sonho Americano

18h45 – Ilha das Flores + Saneamento Básico  


29 de junho (domingo)

15h – A Procura de Martina

16h30 – Macbeth – Reinado de Sangue

18h30 – Sangue de Heróis


1º de julho (terça-feira)

15h – Cinema Negro na Escola

17h – Sangue de Heróis

19h15 – Macbeth – Reinado de Sangue


2 de julho (quarta-feira)

15h – Cinema Negro na Escola

17h – Andy Warhol - Um Sonho Americano

19h – Cinema Negro na Escola

domingo, 22 de junho de 2025

NOTA: FELIZ ANIVERSÁRIO 'TUBARÃO'

Escrevi tantas coisas sobre o clássico "Tubarão" (1975) nesta página que quando completou os seus 50 anos recentemente  eu não tinha mais nada para escrever. Portanto eu acho que essa imagem acima vale por mil palavras, onde o saudoso Cine Vitória de Porto Alegre da época  teve filas quilométricas para assistir ao filme que mudaria os rumos do mercado cinematográfico para sempre. Abaixo, segue a minha última análise que eu fiz deste clássico no ano passado. 

Cliquem aqui.

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Cine Dica: Mostra reúne filmes antigos que desafiam as normas de gênero

De 23 a 27 de junho, na semana do Dia Internacional do Orgulho LGBTQIAPN+, a Sala Redenção exibe a mostra “Antiguidades Queer”. A programação reúne seis filmes do início do século XX que rompem com o normativismo presente em muitas das obras dos primeiros anos do cinema. A curadoria da programação é de Victor Souza, historiador da arte, pesquisador e crítico de cinema.

A partir da transgressão dos papéis tradicionais de gênero e da representação de relações homoeróticas — na maioria das vezes disfarçadas ou camufladas pelo código moral vigente —, os longa-metragens selecionados anteciparam as possibilidades de uma cultura cinematográfica queer que só se consolidou como campo de pesquisa a partir da década de 1990.

Em “Filibus” (1915) e “Feitiço da Flórida” (1914), mulheres performam masculinidades e transgridem não só a moralidade social, mas também as expectativas de gênero. Já “Diferente dos Outros” (1919), considerado o primeiro filme a lidar com a homossexualidade de forma aberta e política, é um protesto contra as leis de criminalização da homossexualidade presentes no Código Penal alemão da época. A programação ainda inclui “O Bando de Zapata” (1914), “Algie, o mineiro” (1912) e “Yankee Doodle em Berlin” (1919).

“Antiguidades Queer” tem entrada franca e aberta à comunidade em geral. A Sala Redenção está localizada no campus centro da UFRGS, com acesso mais próximo pela Rua Eng. Luiz Englert, 333. 

Confira a programação completa no site oficial da sala clicando aqui. 

sexta-feira, 20 de junho de 2025

Cine Especial: De Ray Harryhausen -'Simbad e o olho do tigre'

Bem antes dos efeitos especiais dominarem as telonas, mundo afora, existia Ray Harryhausen, pioneiros do gênero, talvez um dos mais importantes artesões que o cinema já teve. Mas se você não conhece a figura, fique tranquilo porque, com certeza, em algum momento da vida já esbarrou em algumas de suas bestiais criaturas, criadas a partir de iluminada imaginação. Pode ser tanto Pégaso ou a assustadora Medusa, mitos gregos revisitados pelo artista em "Fúria de titãs" (1981), um de seus trabalhos mais conhecidos, ou esqueletos surgidos do fogo, feras pré-históricas medonhas, trogloditas, animais mecânicos e babuínos quase humanos, personagens do clássico, "Simbad e o olho do tigre" (1977), um dos filmes que marcaram minha infância e de milhares de pessoas nas gloriosas sessões da tarde.

Protagonizado por Patrick Wayne, filho de John Wayne, a fita embarca nas aventuras do mítico marujo de Bagdá pelos sete mares, em busca de terra desconhecida no fim do mundo onde está localiza o Santuário das Curas. É para lá que ele deve levar o príncipe de Charnak, Kassim (Damien Thomas), amigo a quem deve a vida para salvá-lo da maldição da bruxa Zenobia (Margaret Whiting), que o transformou num babuíno.

"Já consultamos os mais conceituados médicos, sábios, sacerdotes e astrólogos, daqui a Alexandria, e nenhum diagnóstico”, desespera o vizir local, tio da vítima. “Por ele eu arriscaria minha vida, por você eu daria”, diz o marujo das mil e umas noites, a Farah (Jane Seymour), princesa a quem jura salvar o irmão para pedi-la em casamento.

A solução para o insólito caso são os conhecimentos e façanhas lendárias do sábio grego, Melanthius (Patrick Troughton), o eremita de Kasgar, refugiado em remota ilha do Egeu, lugar onde homem nenhum colocou os pés. “A mente é uma coisa notável. O pensamento é transferível. Ele viaja pelo espaço, até pelas mentes”, ensina o filósofo. É ele quem irá conduzir Simbad, o marujo, e sua tripulação, rumo ao sagrado templo, encontrando pelo caminho, numa trilha de sombras e segredos envolvendo ciências ocultas como magia negra, alquimia e, claro, fantasia sem fim, as mais incríveis aventuras e feras. “Dizem que é o presente do vento a Apolo”, poetiza o sábio, ao depara com os fenômenos escandinavos da Aurora Boreal.

Lançado em 1977, o filme, massacrado pela estreia retumbante de "Guerra nas estrelas", foi visto com olhos criteriosos pela crítica que classificou as animações, stop motion, de Harryhausen, de toscas, embora inseridas numa trama envolvente. Pior para eles que não entenderam que essa aventura contagiante era um dos poucos exemplares do gênero em que a imaginação ainda era sincera e pura, sem as verborragias e os vazios dos efeitos especiais de hoje. Familiarizado tanto com os sortilégios dos sete mares, quanto com as regalias e intrigas da realeza, Simbad, sempre um homem viril com sua espada árabe nas mãos, é protagonista dos momentos mais marcantes da fita, entre eles o épico duelo com o tigre de dente de sabre do título, na cena final.

Mas é o velho sábio Melanthius o símbolo máximo dessa aventura, o elo perdido entre o homem primitivo, de espírito aventureiro e fragilizado pelo medo do desconhecido, mas também curioso das grandes descobertas da vida. “Arquimedes vai se matar de inveja”, faz troça ao aceitar embarcar nessa grande jornada, evocando outro ícone do conhecimento.

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Cine Especial: Sessão Clube de Cinema (21/06): "Os Contos de Canterbury" na Cinemateca Capitólio

Nosso encontro deste sábado será às 10h15 da manhã, na Cinemateca Capitólio, com a exibição do provocante e irreverente Os Contos de Canterbury (1972), dirigido pelo cineasta italiano Pier Paolo Pasolini.

Inspirado na obra clássica de Geoffrey Chaucer, o filme transforma contos medievais em um mosaico de histórias eróticas, cômicas e satíricas, revelando o olhar singular de Pasolini sobre o prazer, o corpo e as hipocrisias sociais. Segunda parte de sua "trilogia da vida", que inclui Decameron, que assistimos recentemente no CCPA, e As Mil e Uma Noites. Os Contos de Canterbury segue até hoje como uma das experiências cinematográficas mais ousadas e sensoriais da história do cinema europeu.


Confira os detalhes:


SESSÃO DE SÁBADO NO CLUBE DE CINEMA

📅 Data: Sábado, 21/06/2025, às 10h15 da manhã

📍 Local: Cinemateca Capitólio

Rua Demétrio Ribeiro, 1085 – Centro Histórico, Porto Alegre


Os Contos de Canterbury

(I racconti di Canterbury, França, 1972, 111 min, 18 anos)

Direção: Pier Paolo Pasolini

Elenco: Franco Citti, Laura Betti, Hugh Griffith, Alan Webb, Derek Deadman, Francis De Wolff, Ninetto Davoli, Willoughby Goddard

Sinopse: Um grupo de peregrinos viaja rumo à Catedral de Canterbury. Para passar o tempo durante a jornada, eles compartilham histórias recheadas de humor, erotismo e crítica social. Com cenários vibrantes e personagens inusitados, Pasolini celebra o prazer e a vitalidade popular, em contraste com as normas morais e religiosas da época. Um filme que ainda provoca, diverte e desafia o espectador.

Sobre o Filme: Os Contos de Canterbury (1971), filme do cineasta italiano Pier Paolo Pasolini, adaptado da obra de Geoffrey Chaucer, é a segunda obra da chamada “trilogia da vida”; iniciada por O Decameron (1970) e completada por As mil e uma noites (1974). Os Contos de Canterbury nos mostram a morte como um perseguidor dessa vida: Thanatos diretamente ligado a Eros. Os Contos de Canterbury, de Chaucer, foi escrito no século XIV, em forma de poema. Além dos contos utilizados por Pasolini no filme, há vários outros, além de muitos fragmentos, anotações e contos deixados incompletos por Chaucer. 

Para completar, Pasolini faz uma magnífica representação do inferno com claras influências da pintura de Hieronymus Bosch.

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