quarta-feira, 4 de novembro de 2020

Cine Especial: Sean Connery (1930 - 2020)

Diz a lenda que o produtor que queria fazer o primeiro filme de 007, o "Satânico Dr. No" (1962), não se interessou em um primeiro momento por Sean Connery durante a sua primeira entrevista para o papel. Porém, quando o ator estava cruzando a rua, o produtor o observou pela janela e enxergou ali uma postura e elegância do qual o personagem exigia. Sean Connery foi então escolhido para ser o primeiro James Bond e entrando assim para a história do cinema.

Foram no total sete filmes estrelados pelo ator, sendo que "Moscou Contra 007" (1963) e "007 Contra Chantagem Atômica" (1965) estão entre os meus favoritos estrelados pelo ator. Após a sua fase áurea como espião a serviço da Inglaterra Sean Connery nunca parou, atuando tanto em filmes que se tornaram imediatamente clássicos como "Assassinato no Expresso Oriente" (1974), como também filmes não tão lembrados, mas que merecem ser redescobertos como no caso de "Robin e Marian" (1976). Mas se alguém ainda tinha dúvidas sobre a versatilidade do ator, eis que os anos oitenta vieram e o ator deu o troco.

Ao começar pelo filme "O Nome da Rosa" "(1986), onde ele interpreta um monge franciscano que investiga uma série de assassinatos em um remoto mosteiro italiano. Em "Highlander, o Guerreiro Imortal" (1986) ele interpreta o simpático imortal Ramirez e se tornando mestre do protagonista interpretado por Christophe Lambert. Mas é no clássico "Os Intocáveis" (1987) de Brian De Palma que ele obtém o seu melhor desempenho de sua carreira interpretando o veterano policial Jim Malone e lhe garantindo o seu primeiro e único Oscar.

Como se ainda já não bastasse tudo isso, Sean Connery obteve outro papel de sua vida ao interpretar o pai de Indiana Jones no terceiro filme da franquia intitulado "Indiana Jones - E a Última Cruzada" (1989). Como Professor Henry Jones, Conney tem uma interpretação magnífica ao lado de Harrison Ford e cuja a química de ambos juntos em cena é o coração do filme como um todo. Fechando a década de oitenta com chave de ouro, Connery continuou ativo durante a década de noventa, alternando entre filmes de ação como "A Rocha" (1996) e filmes românticos como "Corações Apaixonados" (1998).

O início dos anos dois mil foram os últimos passos da carreira do ator, sendo que o fracassado "Liga Extraordinária" (2003) foi o suficiente para o mesmo dizer chega para Hollywood e aproveitar a sua aposentadoria até os seus últimos dias de vida. Sean Connery parte sem nenhum arrependimento, onde jamais deixou de ser ele mesmo e tão pouco permitiu ser seduzido pelos vícios que o sucesso poderia ter lhe trazido. Casado com a pintura Micheline Roquebrune Connery desde 1975, além de ambos terem tido um filho o ator Jason Connery, esse grande intérprete parte desse mundo com o dever cumprido.


"Não digo que todos em Hollywood sejam idiotas. Só estou dizendo que lá há um monte deles". 

Sean Connery 


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