Sinopse: O Floquinho desapareceu. Para encontrar seu cachorro de estimação, Cebolinha conta com os amigos Cascão, Mônica e Magali e, claro, um plano infalível.
No início do filme "Coraline" (2009) vemos a pequena jovem protagonista pegar um graveto e começar a procurar um possível poço de água por perto. É uma cena que facilmente nos identificamos, já que ela remete tempos mais coloridos da infância e que pequenas situações rendiam uma grande aventura. "Turma da Mônica - Laços" segue esse meu raciocino, onde vemos pequenos conhecidos nossos se aventurar em uma perigosa aventura, mas da qual nos soa familiar do começo ao fim dela.
Dirigido por Daniel Rezende, do filme “Bingo - O Rei das Manhãs” (2017), o filme conta a história da vila Limoeiro, onde Mônica, Cebolinha, Cascão e Magali vivem o seu dia a dia entre brincadeiras, imaginações e travessuras. Certo dia, Floquinho, o cachorro verde de Cebolinha, desaparece e lançando um mistério por todo o bairro. Cabe a união das quatro jovens crianças partirem para uma imprevisível cruzada em busca do seu amigo.
Em tempos em que inúmeras HQ americanas são adaptadas para o cinema, era inevitável que o próprio Brasil não ficasse de fora e sendo uma questão de lógica que uma das suas adaptações teria uma das suas mais conhecidas marcas nacionais. Não há criança no Brasil que não tenha conhecido as HQ da “Turma da Mônica” um dia e ao testemunharmos aquele universo criado por Mauricio de Sousa ser transportado para o cinema nos dá aquela deliciosa sensação de nostalgia. Embora seja uma adaptação de uma releitura daquele universo, criado pelos escritores e desenhistas e irmãos Vitor e Lu Cafaggi, o filme possui todos os elementos dos quais nós víamos quando liamos os nossos gibis, seja da Mônica ou do Cebolinha, em tempos longínquos.
Falando no Cebolinha, é notório que o pequeno personagem é o que mais se destaca entre os quatro, principalmente nas situações em que ele terá que saber lidar contra a sua própria prepotência e saber agir em equipe. Kevin Vechiatto surpreende numa atuação que nos emociona e nos brindando com as melhores partes do filme. Giulia Benite (Mônica), Laura Rauseo (Magali) e Gabriel Moreira (Cascão) estão todos ótimos em cena, sendo que esse último nos rende os melhores momentos de humor da trama.
Em termos técnicos, Daniel Rezende se sobressai novamente. Se em "Bingo - O Rei das Manhãs" ele já criava um bom ritmo graças a uma edição criativa, aqui não é diferente, já que os jogos de câmera, principalmente no ato final da trama, nos rendam momentos de pura adrenalina e olha que estamos falando de um filme para todas as idades. Visualmente, o filme parece uma HQ em movimento, não se distanciando de nossa realidade, mas moldado com cores quentes para que, talvez, remeta tempos mais inocentes.
Só acho uma pena que o elenco adulto não possua o mesmo pique da trupe mirim, sendo que eles estão lá unicamente para complementar a trama. Porém, é preciso tirar o chapéu para curta, porém, importante participação de Rodrigo Santoro em cena. É pelo seu personagem, aliás, que o Cebolinha toma decisões importantes e que fará com que ele e os demais possam alcançar o final de sua aventura.
"Mônica - Laços", não é somente uma deliciosa adaptação da famosa HQ, como também consegue nos enlaçar emocionalmente e nos lembrar de épocas mais inocentes.
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Excelente análise!
ResponderExcluirVocê escreve muito bem,Parabéns pelo belo resumo,turma da Mônica e Maurício são tudo isso mesmo!
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